Do Evangelho Quotidiano
Naquele tempo, encontrando-se junto do lago de Genesaré, e comprimindo-se à volta dele a multidão para escutar a palavra de Deus, Jesus viu dois barcos que se encontravam junto do lago. Os pescadores tinham descido deles e lavavam as redes. Entrou num dos barcos, que era de Simão, pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra e, sentando-se, dali se pôs a ensinar a multidão. Quando acabou de falar, disse a Simão: Faz-te ao largo; e vós, lançai as redes para a pesca. Simão respondeu: Mestre, trabalhamos durante toda a noite e nada apanhámos; mas, porque Tu o dizes, lançarei as redes. Assim fizeram e apanharam uma grande quantidade de peixe. As redes estavam a romper-se, e eles fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco, para que os viessem ajudar. Vieram e encheram os dois barcos, a ponto de se irem afundando. Ao ver isto, Simão Pedro caiu aos pés de Jesus, dizendo: Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador. Ele e todos os que com ele estavam encheram-se de espanto por causa da pesca que tinham feito; o mesmo acontecera a Tiago e a João, filhos de Zebedeu e companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens. E, depois de terem reconduzido os barcos para terra, deixaram tudo e seguiram Jesus. (S. Lucas 5,1-11)
Comentário do Evangelho do dia feito por Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja
Nessa noite de luz [no Natal, aos catorze anos] começou o terceiro período da minha vida, o mais belo de todos, o mais repleto de graças do céu. […] Tal como os Seus apóstolos eu podia dizer: Mestre, trabalhamos durante toda a noite e nada apanhamos. Sendo ainda mais misericordioso para comigo do que tinha sido para com os Seus discípulos, Jesus pegou Ele mesmo na rede, lançou-a e retirou-a repleta de peixes. Fez de mim uma pescadora de almas; senti um grande desejo de trabalhar pela conversão dos pecadores. […] O grito de Jesus na cruz ressoava também continuamente no meu coração: Tenho sede! (Jo 19,28). Essas palavras acendiam em mim um ardor desconhecido e muito vivo. Queria dar de beber ao meu Bem-Amado e sentia-me eu própria devorada pela sede das almas. […]
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