Cristãos na Índia são perseguidos por falta de liberdade religiosa, denuncia Cardeal

Do ACI Digital

Com ocasião da visita ad limina de um grupo de bispos da Índia ao Papa Bento XVI, o Arcebispo de Bombay, Cardeal Oswald Gracias, denunciou a perseguição que sofrem os cristãos em seu país e a falta de liberdade religiosa. Os bispos da Índia se reuniram com o Papa Bento XVI no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo e o informaram sobre a difícil situação que as dioceses católicas do país suportam. Na Índia, os cristãos representam uma minoria, dois por cento da população é cristã. Os ataques realizados pelos grupos extremistas hindus que começaram fortemente no ano 2008, aumentaram este ano e a cada dia poderia registrar-se um novo caso. O Arcebispo de Bombay, Cardeal Oswald Gracias, explicou em uma entrevista concedida em Roma à Rádio Vaticano que o Santo Padre “mostrou-se muito interessado pelo diálogo com as demais religiões, com o governo, e com a sociedade civil”. O Cardeal Gracias explicou que a situação dos cristãos na Índia é realmente difícil, “mas isto não significa que nosso trabalho tenha diminuído: nosso trabalho avança entre as pessoas no referente ao campo da educação, e portanto nas escolas, e no campo da assistência médica”. Explicou também que o ataque contra os cristãos se deve à falta de compreensão do Evangelho pois desconhecem que “Cristo nos convida a viver uma vida de amor, de serviço, levando a Boa notícia a todos”. O país vive em uma situação constante de incerteza, “lamentavelmente, alguns políticos querem aproveitar-se deste medo afirmando que a religião hindu está em perigo; o povo acredita e daí nasce a hostilidade aos cristãos e ao Evangelho”. O bispo denunciou que os fundamentalistas hindus “instrumentalizam a religião: aproveitam-se de ganhar votos e de chegar ao poder”. Explicou que fazer apostolado na Índia significa fazer aquilo que Cristo nos ensinou: “levar uma vida ao serviço de todos”.

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Bento XVI se preocupa com os jovens que não acham seu caminho

Do ACI Digital

O P. Eric Jacquinet, responsável pela Seção de Jovens do Pontifício Conselho para os Leigos, afirmou que o Papa Bento XVI se preocupa “pelos jovens que precisam encontrar seu caminho” e nesse sentido os convida a participar da Igreja, como foi a Jornada Mundial da Juventude Madrid 2011 (JMJ). “Vejo muitos jovens perdidos e os ‘indignados’ são o testemunho disso. Enfrentamos uma grave crise econômica e moral na Espanha e em outros países e devemos nos juntar para ver como seguir adiante. Este é o fundo da proposta do Santo Padre” em atos como a JMJ, afirmou o sacerdote que velou desde o Vaticano pelo êxito do evento mundial realizado na Espanha.Em entrevista difundida na sexta-feira passada pelo jornal La Razón, o sacerdote também disse que “uma das grandes preocupações de Bento XVI é a falta de Deus no ambiente europeu. Este drama é a causa de todos os males da sociedade na Europa”. “O problema da Espanha não é só o desemprego, é um problema de sociedade”, afirmou o Pe. Jacquinet e disse que “quando se lê a história dos últimos 20 séculos dos países europeus, vê-se que a acolhida do Evangelho contribuiu ao crescimento social, cultural e também econômico”. “Há um mapa do cristianismo e um mapa dos países desenvolvidos que se sobrepõem. O Evangelho é uma ferramenta de desenvolvimento econômico e cultural da sociedade”, assegurou. Finalmente, o sacerdote disse que as JMJ são, como afirmou João Paulo II, “um encontro com Cristo na Igreja”, e que ajudaram ao crescimento das vocações religiosas. “Muitos sacerdotes dizem que para eles participar de uma JMJ foi uma etapa importante em seu processo de decisão”, assinalou.

A entrevista completa ao jornal espanhol pode ser vista no link: http://www.larazon.es/noticia/9251-o-evangelho-é-uma-ferramenta-de-desenvolvimento-economico-e-cultural    

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Evangelho do Dia: Encontrava-se ali um homem cuja mão direita estava paralisada

Do Evangelho Quotidiano

Naquele tempo, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. Encontrava-se ali um homem cuja mão direita estava paralisada. Os doutores da Lei e os fariseus observavam-no, a ver se iria curá-lo ao sábado, para terem um motivo de acusação contra Ele. Conhecendo os seus pensamentos, Jesus disse ao homem da mão paralisada: Levanta-te e põe-te de pé, aí no meio. Ele levantou-se e ficou de pé. Disse-lhes Jesus: Vou fazer-vos uma pergunta: O que é preferível, ao sábado: fazer bem ou fazer mal, salvar uma vida ou perdê-la? Então, olhando-os a todos em volta, disse ao homem: Estende a tua mão. Ele estendeu-a, e a mão ficou sã. Os outros encheram-se de furor e falavam entre si do que poderiam fazer contra Jesus. (S. Lucas 6,6-11)

Comentário do Evangelho do dia feito por Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão e Doutor da Igreja  

A mão que Adão estendera para colher os frutos da árvore proibida, impregnou-a o Senhor da seiva salutar das boas obras, para que, estando ressequida pelo erro, fosse então curada pelas boas obras. Naquela ocasião, Cristo ataca os Seus adversários, que com falsas interpretações violavam os princípios da Lei; julgavam eles que o sábado devia ser observado como dia de descanso, não se permitindo o trabalho, nem mesmo a realização de boas obras. Mas a Lei prefigurou no presente o aspecto do futuro onde, seguramente, será o mal a não trabalhar, não o bem […]. Ouviste pois as palavras do Senhor: Estende a tua mão. Eis o remédio para todo o homem. E tu, que crês ter a mão sã, toma cuidado para que a avareza, o sacrilégio, não a paralise. Estende-a pois, sempre: estende-a a esse pobre que te implora auxílio, estende-a para ajudares o teu próximo, para socorreres a viúva, para arrancares da injustiça aquele que vês submetido a uma imerecida vexação; estende-a a Deus, pelos teus pecados. Assim se deve estender a mão; e assim ela será curada. 

Estudo sobre Jesus Cristo: Perder tudo por Cristo?

O Catecismo da Igreja Católica ainda faz mais uma observação para aqueles que desejam falar de Jesus Cristo aos irmãos que não o conhecem: 

Aquele que é chamado a “ensinar o Cristo” deve, portanto, procurar primeiro “este ganho supereminente que é o conhecimento de Cristo”; é preciso “aceitar perder tudo… a fim de ganhar a Cristo e ser achado nele”, e “conhecer o poder de sua Ressurreição e a participação em seus sofrimentos, conformando-me com ele em sua Morte, para ver se alcanço a ressurreição de entre os mortos” (Fl 3,8-11). (CIC§428)

Essa é uma decisão muito séria que todo o Cristão deve tomar. Estar disposto a perder tudo afim de ganhar o Cristo. Geralmente quando se fala nisso logo se pensa que se deve largar tudo para ir para uma comunidade ou coisa parecida. Mas seja você leigo ou religioso, paroquiano ou membro de comunidade, você precisa tomar essa decisão, para segui-lo. Largar tudo, significa abrir mão de velhos conceitos que talvez você carregue a anos. Talvez abrir mão de sonhos e projetos, que até são bons, mas não são projetos de Deus para você.

Significa mudança de hábito. De rota. Significa disciplina de oração. De vida. Tomada de atitudes. E o mais importante (vou até frisar): Nada disso pode ser um peso.

Como assim?

Essa metanóia (mudança de atitude) precisa ser livre, espontânea, coerente e verdadeira. Não pode ser feita a força. Mas é preciso se decidir. Ainda que hajam quedas, mas se o desejo é buscar o mestre como Pedro fez, levante e persevere. Assim você será um excelente anunciador do Cristo.

Viva você uma história de amor com Jesus. Trace sua história com Jesus. Por que enquanto você não buscar essa história pessoal com Jesus, Ele será para você apenas uma teoria, uma bela história para se contar. E infelizmente isso é algo que a maior parte dos evangelizadores e catequistas vivem. Jesus ainda é uma história e não fez na vida dessas pessoas uma história. Deus quer criar uma amizade com você. Quer fazer história na tua história! Se abra a Ele. Assim serás uma testemunha viva do Cristo.

Pax Domini

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Estudo sobre Jesus Cristo: Somos microfones na boca do Senhor

Ainda falando sobre a catequese, gostaria que refletíssemos neste parágrafo do Catecismo da Igreja Católica:

“Na catequese, é Cristo, Verbo Encarnado e Filho de Deus, que é ensinado – todo o resto está  em relação com ele; e somente Cristo ensina; todo outro que ensine, fá-lo na medida em que é seu porta-voz, permitindo a Cristo ensinar por sua boca… Todo catequista deveria poder aplicar a si mesmo a misteriosa palavra de Jesus: ‘Minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou’ (Jo 7,16).” (CIC§427)

 Hoje eu e você sendo discípulos do Mestre, somos chamados a anunciar a Boa Nova, ou seja, somos chamados a Evangelizar. E a evangelização compreende duas etapas: Kerigma e Catequese.

O Kerigma é o primeiro anúncio, ou seja, é para pessoas que não conhecem o Cristo, ou que nunca tiveram uma experiência pessoal com Nosso Senhor. Já a catequese é para aquelas pessoas que experimentaram o amor de Deus nas suas vidas e que desejam caminhar com Jesus Cristo, seguindo seus preceitos e fazendo a sua vontade. É para essas pessoas que a pessoa do catequista se destina.

O catequista tem como missão, ajudar as pessoas recém convertidas (entenda-se recém convertida como uma pessoa que está tendo recentemente sua primeira experiência forte com Deus) a permanecer no caminho correto. Percebe que ser catequista é bem mais do que ensinar as crianças a rezarem?

A RCC tem ou tinha um ministério muito abençoado que era o Ministério do Pastoreio. Em alguns grupo sisso ainda acontece. São pessoas que tem como missão ajudar os recém convertidos a permanecerem na caminhada, ajudando-os a tirarem suas dúvidas de fé, explicando-lhes a palavra e aquilo que a Igreja, que é fiel ao Senhor Jesus nos diz para vivermos melhor e mais santamente nossas vidas.

Mas é preciso que esse catequista, que esse pastor, viva isso que o catecismo ensina no parágrafo acima. O catequista não pode ter medo de anunciar a palavra. Por mais polêmica que ela seja. O catequista precisa saber e crer que não é ele quem ensina mas o próprio Cristo. E o Cristo nunca foi “panos quentes”. Ele exortava a verdade com caridade. E para ser porta-voz do Cristo, precisamos ter esse Espírito de destemor. Precisamos ser ousados no anúncio. Preciso ser como João Batista que não teve medo de dizer a Herodes que ele estava em adultério. Essa era a verdade de Herodes. Somos porta-vozes do Cristo.

E ser porta-vozes do Cristo implica em perdermos muitas coisas: perdemos prestígio, perdemos status, perdemos amigos, perdemos conceitos, somos incompreendidos… Ser porta-voz de Cristo é colocar uma cruz sob as costas e carregá-la por toda vida e só ver os louros do seu trabalho quando chegarmos ao céu. Óbvio que existem alegrias, mas para aquele que se decide por esse caminho, as maiores alegrias e deleites acontecerão quando ver a Jesus face a face.

Esse blog é um blog para eternos catequistas. Para pessoas que trazem dentro de si, o desejo de ajudar os outros a trilharem o caminho da verdade. Estamos juntos nessa! E fico feliz de não estar sozinho…

Pax Domini

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Estudo sobre Jesus Cristo: Todos somos chamados a Catequisar

Estamos fazendo uma breve introdução no estudo sobre Jesus Cristo, porém precisamos antes disso falar da necessidade de termos pessoas que anunciem o Cristo a todos. Peguemos o catecismo:

A transmissão da fé cristã é primeiramente o anúncio de Jesus Cristo, para levar à fé nele. Desde o começo, os primeiros discípulos ardiam do desejo de anunciar Cristo: “Pois não podemos, nós, deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (At 4,20). E convidam os homens de todos os tempos a entrarem na alegria de sua comunhão com Cristo (CIC§425)

Isso está muito ligado ao nosso estudo, pois o Cristo é o Centro da vida Cristã. Ele é o centro da catequese.

Catecismo – do latim tadio catechismus, por sua vez originado do termo grego κατηχισμός, derivado do verbo κατηχέω que significa “instruir a viva voz”. É uma instrução religiosa, ou seja, o ensino oral da religião cristã, dos seus mistérios, princípios e código moral. A catequese é normalmente feita por um ministro autorizado pela Igreja, que também pode ser leigo, como preparação de crianças para a confissão e à primeira comunhão.

Catequese (do latim tadio catechesis, por sua vez do grego κατήχησις, derivado do verbo κατηχέω que significa “instruir a viva voz”) é parte principal do rito de iniciação cristã, em que a pessoa iniciada ouve o anúncio do Evangelho. Portanto, a catequese e as celebrações formam uma unidade no processo de iniciação a vida cristã. A pessoa é instruída para bem celebrar.

Infelizmente aprendemos muitas coisas erradas quanto a formação cristã e uma delas, é que a catequese é coisa de crianças. Na verdade a catequese é algo para todo o cristão, tenha ele a idade que tiver. Catequisar alguém, é levar a essa pessoa a Boa Nova de Cristo, não de forma imperativa mas de uma maneira nova, mostrando as pessoas quem é Jesus Cristo, o que Ele fez na sua vida e como essa pessoa será mais feliz seguindo seus ensinamentos. Catequisar, é fazer exatamente o que diz São João na sua primeira carta:

O que ouvimos, o que vimos com nossos olhos, o que contemplamos e o que nossas mãos apalparam do Verbo da vida – porque a Vida manifestou-se: nós a vimos e lhe damos testemunho e vos anunciamos a Vida Eterna, que estava voltada para o Pai e que no; apareceu -, o que vimos e ouvimos, vo-lo anunciamos para que estejais também em comunhão conosco. E nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo. E isto vos escrevemos para que nossa alegria seja completa (1Jo 1,1-4).

Catequisar não é levar as crianças para a Igreja para brincadeiras e dinâmicas. É claro que para falar de Jesus para as crianças é preciso uma metodologia mais lúdica, mas o importante  é que as pessoas que estão ali, escutem sobre Jesus e se deixem apaixonar por Cristo, ainda que sejam crianças. Mas não podemos perder o foco. Se existem dinâmicas (e é bom que existam) elas precisam levar as crianças uma conscientização da pessoa do Cristo. Porém não só as crianças precisam de catequese. Todos nós precisamos. E hoje o grande problema da Igreja, na minha opinião, é que hoje temos uma Igreja formada por adultos com uma catequese de crianças. A única catequese que ouviram foi nos seus 10 anos de idade. Hoje a Igreja carece de uma catequese sólida de adultos.

Por isso precisamos de pessoas maduras na sua fé, espiritualidade e no seu conhecimento para ensinar os outros sobre esse Cristo e sobre tudo que Ele nos deixou. Hoje a Igreja nos dá como fonte de estudo, o Catecismo da Igreja Católica para que estudemos e ensinemos aquilo que é a verdade, guardada e preservada pela santa Igreja Católica Apostólica Romana. Mas infelizmente poucos católicos tem em casa esse maravilhoso livro. Hoje é tempo de acordarmos para essa realidade e buscarmos uma catequese mais sólida, mais coerente com a realidade do povo Católico e sua Igreja.

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