Estudo sobre Jesus Cristo: Um dos maiores acontecimentos da face da terra… A Encarnação do Verbo

Retomando a expressão de São João (“O Verbo se fez carne” Jo 1,14), a Igreja denomina “Encarnação” o fato de Filho de Deus ter assumido uma natureza humana para realizar nela a nossa salvação. (CIC§461)

A Encarnação de Jesus Cristo foi o maior acontecimento da História da Humanidade. Senão o maior, um dos maiores, haja vista que a morte de Cristo, o seu nascimento e a sua ressurreição também são acontecimentos importantes e essenciais. Por mais que eu tente meditar sobre isso, é algo tão profundo que não chego a uma conclusão lógica. É muito amor… Muita doação…

Eu fico pensando (óbvio que com a cabeça humana e limitada que tenho) que se eu fosse um Deus, eu não iria me dispor a deixar o ambiente em que vivo, para assumir a forma de uma criatura, para passar pelos mais duros sofrimentos, decepções e ainda ser crucificado… Realmente, humanamente falando eu jamais faria isso. Jamais me faria criatura. Mas Deus não pensa assim. Jesus não pensa assim. Graças a Deus!

O fato é que Ele se encarnou. Se fez homem. E o convite hoje é que você pare para pensar nisso. Pense no amor e no carinho que Deus tem pelo homem, a ponto de sair de si mesmo para nos salvar.

Tende em vós o mesmo sentimento de Cristo Jesus: Ele tinha a condição divina, e não considerou o ser igual a Deus como algo a que se apegar ciosamente. Mas esvaziou-se a si mesmo, assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana. E, achado em figura de homem, humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz! (Fl 2,5-8).

Pax Domini

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Evangelho do Dia: A Minha mãe e os Meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática

Sua mãe e seus irmãos vieram ter com Ele, mas não podiam aproximar-se por causa da multidão. Anunciaram-lhe: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te. Mas Ele respondeu-lhes: Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática. (S. Lucas 8,19-21)

Comentário do Evangelho do dia feito por Isaac da Estrela (?-c. 1171), monge cisterciense

Procurei o repouso em todas as coisas disse a Sabedoria de Deus; e permanecerei na herança do Senhor (Sir 24,12). A herança do Senhor, em sentido universal, é a Igreja; de forma mais especial, é Maria; em sentido particular, é a alma de cada crente. […] O texto continua: Então o Criador do universo deu-me as Suas ordens, e aquele que me criou assentou a minha tenda. E disse-me: Habita em Jacó (v. 8). Com efeito, procurando por toda a parte o descanso e não o encontrando em parte nenhuma, a Sabedoria de Deus, o Seu Verbo, deu-Se então como herança ao povo judeu, a quem, através de Moisés falou e incumbiu. […] E Aquele que, por esta segunda criação, criou a Sinagoga, a mãe da Igreja, repousou na Sua tenda, na tenda da Aliança. Agora, na Igreja, repousa no sacramento do Seu Corpo. E, como também procurou, por assim dizer, entre todas as mulheres Aquela de quem nasceria, escolheu muito especialmente Maria, que depois foi chamada bendita entre todas as mulheres (Lc 1,28). […] Cristo, que a criou nova criatura (cf 2Co 5,17), veio descansar no seu seio. Também a cada alma fiel e predestinada à salvação esta Sabedoria incumbe e fala quando quer e como quer. Fá-lo interiormente pela inteligência natural, pela qual ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina (Jo 1,9), e pela inspiração da graça […]; ou seja, quer pela doutrina, quer pela criação (cf Rm 1,20). […] E a Sabedoria de Deus, o Seu Verbo, criando e formando assim esta alma em Cristo Jesus, para vivermos na prática das boas obras (Ef 2,10), vem repousar na sua consciência.

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Estudo sobre Jesus Cristo: Podcast: A encarnação de Jesus Cristo

Pax Domini! É com alegria que começamos mais um estudo. E como você sabe cada estudo começa com um Podcast. Nesse podcast vamos iniciar falando sobre a encarnação do Verbo. Vamos saber e entender um pouco mais sobre essa pequena palavrinha, tão importante para a Fé Católica. Na oração da semana, vamos rezar uma oração que é rezada no mundo todo diante do Santíssimo Sacramento do Altar.

Obs.: Vale a pena salientar que este podcast ainda era do tempo em que eu fazia parte da Comunidade Canção Nova. Alguns endereços, dados, datas e locais já não são mais válidos, porém o conteúdo do ensino é super atual!

Ouça este podcast aqui, acessando o player abaixo

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Série espiritualidade: Sem a mão de Deus, nada somos. Então porque orgulhar-se de algo?

Do Livro Imitação de Cristo

Trovejam sobre mim, Senhor, vossos juízos, temem e tremem meus ossos abalados e minha alma fica de todo espavorida. Estou assombrado ao considerar que nem os céus são puros à vossa vista. Se nos anjos achastes maldade e não lhes perdoastes, que será de mim? Caíram as estrelas do céu, e eu, pó, de que hei de presumir? Aqueles cujas obras pereciam louváveis precipitaram-se no abismo, e vi os que comiam o pão dos anjos deleitarem-se com o alimento dos animais imundos.

Não há, pois, santidade, Senhor, se retirais vossa mão. Não há sabedoria que aproveite, se deixais de a governar. Não há fortaleza que valha, se deixais de a conservar. Não há castidade segura, se deixais de a defender. Não é proveitosa a própria vigilância, se falta vossa santa guarda. Desamparados, afundamos logo e perecemos, mas visitados por vós nos reerguemos e vivemos. Somos, com efeito, inconstantes mas por vós somos confirmados; somos tíbios, mas vós nos afervorais.

Oh! Quão humilde e baixo conceito devo formar de mim próprio! Em quão pouca conta devo ter o bem que possa haver em mim! Quão profunda deve ser a minha submissão a vossos insondáveis juízos, Senhor, se outra coisa não sou que nada e puro nada! Ó peso imenso! Ó pélago insondável, onde não acho outra coisa em mim senão um puro nada! Onde se refugiará, pois, a minha soberba? Onde a presunção de alguma virtude? Sumiu-se toda vanglória na profundeza dos vossos juízos.

Que é toda carne em vossa presença? Porventura gloriar-se-á o barro contra quem o formou? Como se pode desvanecer com vãos louvores aquele cujo coração está deveras sujeito a Deus? Nem o mundo todo é capaz de ensoberbecer aquele a que a Verdade subjugou. Nem os louvores de todos os lisonjeiros poderão mover aquele em que Deus põe toda a sua esperança. Porque todos que falam não são nada, e se esvaecem como som das palavras; ao passo que a verdade do Senhor permanece para sempre (Sl 116,2).

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Estudo sobre Jesus Cristo: Ele se encarnou para sermos santos

“Pois o Filho de Deus se fez homem para nos fazer Deus.” (Santo Atanásio)

Quis começar o post de hoje com essa frase de Santo Atanásio para fazer você pensar um pouco nela antes de explicá-la. Vimos que Deus enviou seu Filho Único para nos salvar. Ele não apenas nos remiu, morrendo na cruz e ressuscitando, como enquanto se fez homem, nos mostrou o caminho para chegarmos ao céu: A Santidade.

Essa frase apesar de ousada, é verídica. Pois se aceitamos Jesus como Nosso Senhor e Salvador, morremos com Ele para com Ele ressuscitarmos, assim nos ensina São Paulo. Oras, se estamos Nele, se fazemos parte do seu corpo Místico, acabamos nos tornando Deuses em Jesus. Por isso São Tomás de Aquino afirma:

“O Filho Unigênito de Deus, querendo-nos participantes de sua divindade, assumiu nossa natureza para que aquele que se fez homem dos homens fizesse deuses.” (São Tomás de Aquino)

Mas é preciso estar atento que o desejo de Deus é que sejamos deuses EM Jesus, e não COMO Jesus. Veja, seremos deuses se, e somente se, estivermos em Cristo.  Senão acabaremos nos entregando a serpente que disse aos nossos primeiros pais: Vós sereis COMO deuses. Hoje existe uma gama de falsas doutrinas que prometem ao homem uma falsa divindade. Essas promessas fazem alusão a promessa da antiga serpente, ou como você queira, diabo ou satanás.

Porém se permanecermos unidos a Cristo seremos sim participantes do corpo místico de Cristo, e portanto participantes da sua Divindade.

O Verbo se fez carne para tornar-nos “participantes da natureza divina” (2Pd 1,4): “Pois esta é a razão pela qual o Verbo se fez homem, e o Filho de Deus, Filho do homem: é para que o homem, entrando em comunhão com o Verbo e recebendo, assim, a filiação divina, se torne filho de Deus”. (CIC§460)

Pax Domini

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