Quem tem as chaves do Reino de Deus? :: Pedro e as promessas de Cristo

Pedro havia confessado: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16). Nosso Senhor lhe declara na ocasião: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as Portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela” (Mt 16,18). Cristo, “Pedra viva”; garante a sua Igreja construída sobre Pedro a vitória sobre as potências de morte. Pedro, em razão da fé por ele confessada, permanecerá como a rocha inabalável da Igreja. Terá por missão defender esta fé de todo desfalecimento e confirmar nela seus irmãos (CIC§552)

A promessa de Jesus Cristo a São Pedro foi clara: Tu és “Petrus” (Rocha) e sobre essa “Petrus” (Rocha) edificarei a Minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre Ela. (Mt 16,18)

Ontem havia deixado no texto que escrevi, duas perguntas:

1. Se Jesus dá a Pedro o direito de ligar ou não as coisas no céu, não seria óbvio que Ele iria de alguma forma assitir a Pedro?
2. E depois que Pedro morresse a Igreja iria ficar a deriva?

Essas são perguntas que precisam ser feitas para que entendamos que Deus pensou em tudo. As coisas de Deus nunca são feitas de modo improvisado. O plano de Deus foi, é, e sempre será perfeito. Jesus quando retornou a direita di Pai, deixou-nos a Igreja. E para comandar a sua Igreja, deixou-nos Pedro. Agora pense comigo: Poderia Deus correr riscos de seu plano de amor ir água a baixo por causa de um homem? Claro que não. Já não bastasse a desobediência dos nossos primeiros pais.

Ao deixar Pedro como chefe da sua Igreja, Jesus também estava assegurando que iria assistar a Pedro em tudo, pois a partir do momento em que Ele assumisse a Igreja, o que Ele ligasse na Terra, seria ligado no céu. Já pensou se Deus desse esse “poder” a um homem e não desse assistência a Ele?

Ora, sabemos que os homens por mais justos e sábios, sempre serão homens. Porém ai entra o Auxílio Divino que Jesus deu para que esse homem não falhasse. E ai nós olhamos mais para a frente e vemos que depois que Pedro morreu (e nós católicos cremos que Ele está nos céus), outros teriam que ocupar seu posto. Acaso Deus deixaria a esses de lado? Acaso Deus desonraria uma promessa que Ele mesmo fez?

Claro que não irmãos. Deus não é homem. Ele não volta atrás em suas promessas. Desacreditar na sucessão apostólica é desacreditar que Deus é Deus.

Se existe uma promessa que afirma que as portas do Inferno nunca prevalecerão sobre a Igreja, também existe uma promessa de que a Igreja seria, e tem sido edificada sobre a pessoa de São Pedro e a partir dele nos seus sucessores. O Papa Pio XII disse em uma das encíclicas que escreveu:

“Há os que se enganam perigosamente, crendo poder se ligar a Cristo, cabeça da igreja, sem aderir fielmente a seu Vigário na terra. Porque suprimindo esse Chefe visível, quebrando os laços luminosos da unidade, eles obscurecem e deformam o Corpo místico do Redentor a ponto de ele não poder ser reconhecido e achado dentro dos homens, procurando o porto da salvação eterna”. (Papa Pio XII –  Encíclica “Mystici Corporis Christi”)

Pax Domini

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Quem tem as chaves do Reino de Deus? :: Já no Século I se falava sobre a Sucessão Apostólica

“Os apóstolos foram mandados a evangelizar pelo Senhor Jesus Cristo. Jesus Cristo foi enviado por Deus. Assim, Cristo vem de Deus e os apóstolos de Cristo. Essa dupla missão se sucede em boa ordem, por vontade de Deus. Assim, tendo recebido instruções, e estando plenamente convencidos pela ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, e confirmados na fé pela palavra de Deus, saíram os Apóstolos a anunciar, na plenitude do Espírito Santo, a boa nova da aproximação do reino de Deus. Iam pregando por campos e cidades, batizavam os que obedeciam o desígnio de Deus, e iam estabelecendo aos que eram as primícias dentre eles como bispos e diáconos dos futuros fiéis, depois de prová´los no Espírito Santo. E isto não era novidade, pois desde muito tempo estava escrito de tais bispos e diáconos.” (n.VI) “Renunciemos, portanto, às nossas vãs preocupações e voltemos à gloriosa e veneranda regra de nossa Tradição.” (n.VII) “Para que a missão a eles [apóstolos] confiada fosse continuada após a sua morte, impuseram a seus colaboradores imediatos, como que por testamento, o múnus de completar e confirmar a obra iniciada por eles, recomendando que atendessem a todo o rebanho no qual o Espírito Santo os colocara para apascentar a Igreja de Deus. Constituíram pois, tais varões e em seguida ordenaram que, quando eles morressem, outros homens íntegros assumissem o seu ministério” (Carta aos Coríntios 42,44). “Também os nossos Apóstolos sabiam, por Nosso Senhor Jesus Cristo,que haveria contestações a respeito da dignidade episcopal. Por tal motivo e como tivessem perfeito conhecimento do porvir, estabeleceram os acima mencionados e deram, além disso, instruções no sentido de que, após a morte deles outros homens comprovados lhes sucedessem em seu ministério. Os que assim foram instituídos por eles, ou mais tarde por outros homens iminentes com a aprovação de toda a Igreja, e serviram de modo irrepreensível ao rebanho de Cristo com humildade, pacífica e abnegadamente, recebendo por longo tempo e da parte de todos o testemunho favorável, não é justo em nossa opinião que esses sejam depostos de seu ministério” (Cor 42, 1´3). Essas palavras de S. Clemente, discípulo de S. Paulo como confirma a tradição, é da maior importância; pois nos mostram que foi desejo expresso dos Apóstolos que acontecesse a sucessão deles. É por isso que após a morte de S. Pedro, a Igreja de Roma elegeu o seu sucessor, S. Lino, depois S. Anacleto, etc.

S. Clemente de Roma (†102), Papa

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Quem tem as chaves do Reino de Deus? :: O que é autoridade? De onde ela vem?

Autoridade: O que é isto? O que significa?

Sua raiz está na palavra “autor”, que significa “criador” ou “originador”. Vem do latim “auctoritas”: “o poder do criador para comandar ou tomar decisões”. O dicionário define como: “o poder de executar a lei, exigir obediência, comandar, determinar ou julgar.Também significa: “aquele que foi investido de poder, especialmente um governador”.

Então a palavra pode se aplicar tanto a uma forma de governo quanto a um indivíduo. O Senado tem a autoridade de fazer leis, a Suprema Corte tem a autoridade de interpretar aquelas leis e o Presidente tem a autoridade de executá-las.

O que você acha que aconteceria se não houvesse autoridade? Haveria anarquia, tumulto, caos, todo mundo “fazendo o que bem quiser”. A civilização, do jeito que a conhecemos, iria se desmoronar rapidamente. Veja o caso da Albânia: poucos dias depois do colapso da autoridade, houve anarquia, com milhares tentando fugir para salvar suas vidas. A Escritura nos recorda que: “Por falta de direção cai um povo; onde há muitos conselheiros, ali haverá salvação.” (Pr 11,14; 24,6).

A autoridade vem do “Autor da Vida”: At 3,15. Toda autoridade vem de Deus “Cada qual seja submisso às autoridades constituídas, porque não há autoridade que não venha de Deus; as que existem foram instituídas por Deus. Assim, aquele que resiste à autoridade, opõe-se à ordem estabelecida por Deus; e os que a ela se opõem, atraem sobre si a condenação.” (Rm 13,1-2). Perceba que Deus é seletivo com quem Ele dá justa autoridade.

A Igreja Católica tem uma forma de governo chamada teocracia e opera com uma “Hierarquia”. Como qualquer outra forma de governo, tem que ter “autoridade” para funcionar. A Igreja recebeu sua autoridade de seu fundador, Jesus Cristo:

1. “E Eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16,18). Jesus vai construir sua Igreja em rocha sólida. Ele é a “pedra angular” (Salmo 118,22; Ef 2,20-22), a “fundação” (pedra angular) (1Cr 3,11), e a “rocha” (1Cr 10,4). As “Portas do Inferno não prevalecerão contra ela”, significa: Ele a defenderá por dentro e por fora, contra todos os adversários, para sempre.

2. Os Apóstolos são a fundação, Jesus Cristo é a “Pedra angular-chefe” (Ef 2,20).

3. Jesus Cristo deu uma autoridade superior para resolver disputas entre pessoas, mesmo quando há duas ou mais testemunhas. Ele lhes disse para apelar para a Igreja em Mt 18,17: “Mas se recusa a ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano (um coletor de impostos para o Império Romano).” Aqui, Cristo deu autoridade total à Sua Igreja.

4. Paulo adverte aqueles que se recusam a aceitar a autoridade dada à Igreja e diz o que acontecerá com eles se recusarem em Rm 13,1-2: “Cada qual seja submisso às autoridades constituídas, porque NÃO HÁ AUTORIDADE QUE NÃO VENHA DE DEUS; AS QUE EXISTEM FORAM INSTITUÍDAS POR DEUS. Assim, AQUELE QUE RESISTE À AUTORIDADE, OPÕE-SE À ORDEM ESTABELECIDA POR DEUS; E OS QUE A ELA SE OPÕEM, ATRAEM SOBRE SI A CONDENAÇÃO.”

5. O Próprio Jesus Cristo é a cabeça da Igreja que Ele fundou, a “Cabeça de Seu Corpo” (Ef 1,22). Não pode haver maior autoridade do que esta.

6. Jesus Cristo se certificou de que Sua Igreja era digna da autoridade que Ele lhe deu. Ele se certificou de que sua Igreja não tinha mancha: “Para apresentá-la a Si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível.” (Ef 5,27). Ele se certificou de que Sua Igreja era digna de ser chamada “Casa de DEUS”, e a “Coluna da Verdade”: …como deves comportar-te na Casa de DEUS, que é a Igreja de DEUS vivo, coluna e sustentáculo da verdade” (1Tm 3,15).

7. Jesus Cristo ama a Igreja que Ele fundou (Ef 5,29). E você?

8. DEUS disse que estará com Sua Igreja para sempre: “Não te deixarei nem te desampararei” (Hb 13,5). Em Mt 28,20, Jesus disse: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.” Isto significa que Ele estará com Sua Igreja todo dia, em cada século, até o fim dos tempos. Qual Igreja era a Igreja Dele quando estes versículos foram pronunciados?

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