Evangelho do Dia: A nossa verdadeira morada

Do Evangelho Quotidiano

Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os seus anjos, há-de sentar-se no seu trono de glória. Perante Ele, vão reunir-se todos os povos e Ele separará as pessoas umas das outras, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. À sua direita porá as ovelhas e à sua esquerda, os cabritos. O Rei dirá, então, aos da sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me, estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo.Então, os justos vão responder-lhe: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos peregrino e te recolhemos, ou nu e te vestimos? E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-te? E o Rei vai dizer-lhes, em resposta: Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes. Em seguida dirá aos da esquerda: Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, que está preparado para o diabo e para os seus anjos! Porque tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber, era peregrino e não me recolhestes, estava nu e não me vestistes, doente e na prisão e não fostes visitar-me. Por sua vez, eles perguntarão: Quando foi que te vimos com fome, ou com sede, ou peregrino, ou nu, ou doente, ou na prisão, e não te socorremos? Ele responderá, então: Em verdade vos digo: Sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer. Estes irão para o suplício eterno, e os justos, para a vida eterna. (Lc 25,31-46)

Comentário feito por São Cipriano (c.200-258), bispo de Cartago e mártir

É conveniente nunca perdermos de vista, caros irmãos, que renunciámos ao mundo e que vivemos aqui em baixo como hóspedes de passagem, como estrangeiros (Heb 11,13). Bendigamos o dia que atribui a cada um a sua verdadeira morada, e que, depois de nos ter arrancado a este mundo e libertado das suas amarras, nos conduz ao paraíso e ao Reino dos Céus. Quem não se apressaria em regressar à pátria depois ter passado algum tempo o estrangeiro? Quem […] não desejaria um vento favorável para navegar, para mais rapidamente abraçar os seus? A nossa pátria é o paraíso; desde sempre, tivemos os patriarcas por pais.

Porque não nos apressamos então para ver a nossa pátria, porque não corremos para saudar os nossos pais? Temos uma multidão de entes queridos à nossa espera, pais, irmãos, filhos, já seguros da sua própria salvação mas preocupados ainda com a nossa; eles desejam ver-nos entre eles. […] É lá que se encontra o coro glorioso dos apóstolos, a multidão entusiasmada dos profetas, o exército inumerável de mártires, coroados com o seu sucesso contra o inimigo e o sofrimento […]; é lá que reinam as virgens […]; é lá que, por último, são recompensados os homens que experimentaram compaixão, que multiplicaram os seus actos de caridade provendo às necessidades dos pobres e que, fiéis aos preceitos do Senhor, chegaram a elevar-se dos bens terrenos aos tesouros do céu. Apressemo-nos por conseguinte em satisfazer a nossa impaciência de nos juntarmos a eles, e de comparecermos o mais rapidamente possível perante Cristo. Que Deus descubra em nós esta aspiração […], Ele que concede a recompensa suprema da Sua glória aos que a desejaram com o maior ardor.

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Notícia:: No Dia de Finados, Bento XVI recorda que o homem precisa da eternidade

Do RadioVaticana

Bento XVI se reuniu com fiéis e peregrinos hoje, na Sala Paulo VI, para a Audiência Geral das quartas-feiras. A catequese foi dedicada ao Dia de Finados. O Papa fez sua reflexão sobre o que este Dia representa hoje em meio a uma mentalidade que dá importância somente ao “aqui e agora”.

Bento XVI recordou que o homem sempre levou em consideração os mortos. E mesmo que a nossa sociedade tente eliminar com todos os meios o pensamento sobre a morte, nós nos perguntamos: “Por que é assim?”. A resposta é que a morte atinge a todos nós, em qualquer tempo e lugar.

Diante de um mundo positivista, incapaz de abordar este mistério, essas celebrações nos ajudam a reconhecer na morte a grande esperança, de que a vida do homem não termina aqui, que seu anseio de eternidade foi preenchido por Deus, cujo Filho, morto e ressuscitado por nós, vencendo a morte nos abriu o caminho para a vida eterna.

“Se reduzirmos o homem àquele pouco que ele percebe empiricamente, a vida perde seu sentido mais profundo. O homem precisa da eternidade, pois todas as outras esperanças são muito breves e limitadas”, disse Bento XVI.

Eis o resumo da catequese do Papa em português, precedido da apresentação dos grupos de brasileiros presentes na Sala Paulo VI, feita pelo Padre Bruno Lins: “Queridos irmãos e irmãs, hoje a Igreja nos convida a pensar em todos aqueles que nos precederam, tendo concluído o seu caminho terreno. Na comunhão dos Santos, existe um profundo vínculo entre nós que ainda caminhamos nesta terra e a multidão de irmãos e irmãs que já alcançaram a eternidade. Em definitiva, o homem tem necessidade da eternidade; mas por que experimentamos o medo diante da morte? Dentre as várias razões, está o fato de que temos medo do nada, de partir para o desconhecido. Não podemos aceitar que de improviso caia, no abismo do nada, tudo aquilo que de belo e de grande tenhamos feito durante a nossa vida. Sobretudo, sentimos que o amor requer a eternidade, não pode ser destruído pela morte assim num momento. Além disso, assusta-nos a morte, por causa do juízo sobre as nossas ações que a ela se segue. Mas Deus manifestou-Se enviando o seu Filho Unigênito para que todo aquele que acredita não se perca, mas tenha a vida eterna. É consolador saber que existe um Amor que supera a morte, um amor que é o próprio Deus que se fez homem e afirmou: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá» (Jo 11,25). Saúdo com afeto os peregrinos de língua portuguesa, em particular os brasileiros vindos de diversas cidades do Estado de São Paulo. Exorto-vos a construir a vossa vida aqui na terra trabalhando por um futuro marcado por uma esperança verdadeira e segura, que abra para a vida eterna. Que Deus vos abençoe!“.

No final da tarde desta quarta-feira, Bento XVI irá até a Cripta Vaticana para um momento particular de oração pelos Sumos Pontífices defuntos.

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***** V O T E   N O   B L O G   D O M I N U S   V O B I S C U M *****

Notícia:: Cardeal Scherer: Igreja não reconhece “casamento” homossexual

Do ACI Digital

Em uma recente entrevista o Arcebispo da capital paulista, Cardeal Odilo Pedro Scherer, afirmou que a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de autorizar casamento de duas mulheres preocupa a Igreja por equiparar união de pessoas do mesmo sexo à família. Para Dom Odilo o casamento e a família têm um papel antropológico e social insubstituível.

Conforme informou ACI Digital, a Quarta Turma do STJ reconheceu, em julgamento concluído na terça-feira, 25, o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Quatro dos cinco ministros decidiram autorizar o casamento de um casal de lésbicas gaúchas que vivem juntas há cinco anos e desejam mudar seu estado civil.

Segundo explicou o advogado Danilo Badaró à ACI Digital, a decisão do STJ não gera jurisprudência e não pode ser aplicada a outros casos, porém abre precedente para que tribunais de instâncias inferiores ou até mesmo cartórios adotem a mesma posição.

Foi a primeira vez que o STJ admitiu o casamento gay. Outros casais já haviam conseguido se casar em âmbito civil em instâncias inferiores da Justiça, esclarece uma nota lançada pelo portal Canção Nova Noticias.

Nesta entrevista, publicada pelo jornal arquidiocesano O São Paulo nesta terça-feira, 1º de novembro, Dom Odilo explica as razões da preocupação da Igreja diante de tal decisão: “De fato, a autorização dada pelo Superior Tribunal de Justiça, embora ainda não libere de maneira generalizada o reconhecimento da união homossexual como casamento, abre bem as portas para chegar a isso. Saem perdendo e ficam banalizados a família e o casamento, que têm um papel antropológico e social insubstituível. A união homossexual não cumpre o mesmo papel e não é justo equipará-la à família e ao casamento”.

Ao explicar a razão pela qual a Igreja é contrária ao chamado “casamento gay”, Dom Odilo afirmou que “isso é contrário à natureza e também, objetivamente, contrário à Lei de Deus e, por isso, a Igreja nunca poderia dar a sua aprovação”.

“A diferenciação sexual tem um sentido e revela um desígnio de Deus, que nós devemos acolher e respeitar. A união de duas pessoas do mesmo sexo quebra esse sentido. Pode-se dar o nome que se queira, mas isso nunca será verdadeiro “casamento”. Usando o mesmo nome e conceito que se emprega para o casamento entre um homem e uma mulher, acaba sendo introduzida uma confusão antropológica, jurídica e ética muito grande”, frisou o cardeal.

Dom Odilo, explicou também que uma união homossexual “não se trata de verdadeira família, pois falta algo de importante para ter essa identidade”.

“Para coisa nova, nome novo. Se fosse usado um outro conceito, em vez de “casamento”, e uma outra convenção social para esses casos, em vez a da “família”, pelo menos a família e o casamento, no seu sentido verdadeiro, estariam preservados. Infelizmente, o Brasil está adotando a mesma confusão já introduzida em outros países. É lamentável e não creio que isso seja um passo adiante na civilização. O tempo dirá”, conclui o Cardeal Scherer.

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Quem tem as chaves do Reino de Deus? :: Graças a Deus que a Igreja nunca será democracia

Jesus confiou a Pedro uma autoridade específica: “Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: o que ligares na terra será ligado nos Céus, e o que desligares na terra será desligado nos Céus” (Mt 16,19). O “poder das chaves” designa a autoridade para governar a casa de Deus, que é a Igreja. Jesus, “o Bom Pastor” (Jo 10,11), confirmou este encargo depois de sua Ressurreição: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21,15-17). O poder de “ligar e desligar” significa a autoridade para absolver os pecados, pronunciar juízos doutrinais e tomar decisões disciplinares na Igreja. Jesus confiou esta autoridade à Igreja pelo ministério dos apóstolos e particularmente de Pedro, o único ao qual confiou explicitamente as chaves do Reino. (CIC§553)

Diante de tudo que estudamos nesse tempo, só nos resta agora não apenas fortalecer nossa fé na vontade de Deus para com a sua Igreja, como na pessoa a quem Jesus destinou para governar a Igreja Dele. A barca está no mar, porém temos um excelente navegador. Sempre teremos porque Ele sempre será assistido por Deus. Hoje, estamos sob a responsabilidade de Bento XVI, que segundo a opinião do Padre Paulo Ricardo (e a minha também) é o maior e melhor teólogo vivo do mundo. Ele tem governado a Igreja com sabedoria e eficiência.

É importante se conscientizar que a Igreja não é, nunca foi, e nunca será democracia. A Igreja sempre será hierarquia. Foi assim que Jesus a criou. Está na raiz da nossa fé. Quem não gostar que reclame com Deus. Por isso é natural que nós, homens e mulheres da modernidade, muitas vezes possamos sentir algo ranger dentro de nós, quando “recebemos uma ordem”.

Hoje faz parte da cultura moderna a idéia de ouvir, debater, opinar, concordar ou não. Mas na Igreja as coisas não assim (graças a Deus). Não faz parte da Igreja a idéia “da maioria prevalecer”.

Na Igreja de Cristo, Ele é a cabeça e sempre será. Porém o representante Dele sempre haverá no meio de nós. Porque isso impede que nós façamos as coisas da nossa cabeça, e ai a coisa vira bagunça.

Veja, na Igreja Católica Apostólica Romana, temos diversos movimentos e pastorais. Cada um com sua particularidade, com seu jeito peculiar de buscar a Deus, de expressar a sua fé, de realizar seus gestos concretos. Mas todos eles devem obediência a alguém (ao pároco, ao bispo). Por sua vez, os padres devem obediência aos bispos diocesanos. Estes devem obediência ao Papa, e por ai vai… Se não fosse assim, teríamos um monte de “Igrejas Malucas”. A unidade precisa acontecer e para que isso aconteça, é necessário ordem e disciplina. Embora existam coisas que precisamos conversar (e conversar muito) para chegar a unidade, somos a Igreja de Cristo. Participamos da Eucaristia, professamos a mesma fé, comungamos do mesmo pão, vivemos os mesmos sacramentos.

Repito: A dificuldade de aceitar Pedro e os seus sucessores se deve muito mais a dificuldade que temos em obedecer alguém hierarquicamente, o que implica em fazer coisas que não gostaria de fazer, em abrir mão de suas vontades, e por ai vai…

Quero por fim para terminarmos este estudo, deixar um texto escrito por ninguém mais que Martinho Lutero, fundador do protestantismo sobre a Sucessão Apostólica. Esse texto foi escrito antes dele se desligar da Igreja de Cristo. Leia com bastante atenção:

“Se Cristo não houvesse confiado todo poder a um homem, a Igreja não poderia ter sido perfeita porque não haveria ordem e cada um estaria apto para dizer que é guiado pelo Espírito Santo. É isso que os hereges dizem, cada um pondo razão em seu próprio princípio. Dessa maneira, tantas Igrejas foram levantadas porque havia cabeças. Cristo, todavia, quer, para nos colocar todos em uma unidade, que seu poder seja exercitado por um homem a quem Ele mesmo confie essa atribuição. Ele tinha, entretanto, tão grande poder que venceu os poderes do inferno (sem dano algum). Ele disse: ‘As portas do inferno não prevalecerão contra ela’, como querendo dizer: ‘lutarão contra ela, mas nunca poderão vencê-la’; é então dessa maneira que ela manifesta que seu poder é na realidade vindo de Deus e não do homem. Assim, quem rompe com essa unidade e com essa ordem de poder, não deixa sinal de grande ou de obras maravilhosas, como nossos Picards e outros hereges fazem, ‘Vigia teus passos, quando vais à casa de Deus! Entra para escutar e não apenas para oferecer sacrifícios, como os insensatos, que não percebem que estão procedendo mal!’(Ecle 4,17) (Sermo in Vincula S. Petri, “Werke” Weimar edition, I, 69)

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Quem tem as chaves do Reino de Deus? :: A autoridade de Pedro era incontestável na Igreja Primitiva

“Pedro e Paulo, indo para a Itália, vos transmitiram os mesmos ensinamentos e por fim sofreram o martírio simultaneamente” (História Eclesiástica, II 25,8) Observação: A História da Igreja, desde cedo, mostra que os sucessores de S. Pedro em Roma fizeram uso da sua jurisdição. Por exemplo na questão da data da festa da Páscoa, no século II, alguns cristãos da Ásia Menor não queriam seguir o calendário de Roma; o Papa S. Victor (189-199) ameaçou-os de excomunhão (cf. Hist. Ecles. Eusébio V 24, 9-18). Ninguém contestou o Bispo de Roma, o Papa; e parecia claro a todos os bispos que nenhum deles podia estar em comunhão com a Igreja universal (já chamada de católica) sem estar em comunhão com a Igreja de Roma. Isto mostra bem o primado de Pedro desde o início da Cristandade. (Eusébio de Cesaréia †340)

Obs.: Perceba que desde os inícios, os santos da Igreja Primitiva falam da autoridade de Pedro e dos seus sucessores. Contra fatos não existem argumentos.

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