Estudo: O Amor que vem da cruz:: Jesus fez a vontade do Pai. E você? Está fazendo?

O Filho de Deus, que “desceu do Céu não para fazer sua vontade, mas a do Pai que o enviou”, “diz ao entrar no mundo: …Eis-me aqui… eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade… Graças a esta vontade é que somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas” (Hb 10,5-10). Desde o primeiro instante de sua Encarnação, o Filho desposa o desígnio de salvação divino em sua missão redentora: “Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e consumar sua obra” (Jo 4,34). O sacrifício de Jesus “pelos pecados do mundo inteiro” (1Jo 2,2) é a expressão de sua comunhão de amor ao Pai: “O Pai me ama porque dou a minha vida” (Jo 10,17). “O mundo saberá  que amo o Pai e faço como o Pai me ordenou” (Jo 14,31). (Cat.§606)

O amor do Pai pelo Filho, e do Filho pelo Pai é tamanho, que um nunca nega o pedido do outro. Nada que o Pai pede ao Filho é negado. O amor do Pai pelo Filho é concreto. Não se manifesta apenas por intermédio de palavras, mas em atos concretos.

Como vimos no trecho do catecismo acima, Jesus veio, acima de tudo, para fazer a vontade do Pai do Céu. Tudo que Ele fez foi de acordo com a vontade de Deus, e na medida em que Ele dava os passos devidos no tempo estipulado, o Pai dava respostas de amor a Ele. Assim foi no seu batismo quando uma voz veio do céu dizendo que Jesus era o seu Filho muito amado. Depois na transfiguração mais uma vez o amor do Pai pelo Filho se tornou visível.

Isso serve de ensinamento para nós. Assim como o Pai fez com Jesus, Ele também quer fazer conosco. Ele quer manifestar seu amor e alegria em todos os passos que damos de acordo com a sua vontade. Talvez nós nunca escutemos a voz de Deus dizendo: Eis meu filho muito amado. Todo caso, Ele quer se alegrar e corresponder a cada passo dado.

Para isso devemos imitar Jesus e fazer também nós a vontade do Pai que está nos céus. Ainda que essa vontade nos leve a cruz, ela também nos levará a ressurreição. Fazer a vontade do Pai não fácil. Exigiu sangue, suor e lágrimas do Cristo. Mas depois da cruz vem a vitória. Por isso pergunte ao Pai qual a vontade Dele para sua vida. Peça que Ele te dê a direção.

Essa direção nem sempre vem de acordo com a nossa vontade. Queremos ser sacerdotes, e Deus nos manda o matrimônio. Queremos casar e Deus nos pede o celibato. Queremos ser missionários e rodar o mundo, mas Deus nos coloca na paróquia para cuidar das crianças. Para fazer a vontade do Pai é necessário ter o coração aberto!

Às vezes a direção está em cuidar bem da sua família, ou daquela pessoa que está doente na sua casa. Pode ser que a vontade de Deus na sua vida seja cuidar dos seus pais que estão velhinhos e que carecem de cuidados. Quem sabe a vontade de Deus para sua vida não está em trabalhar na sua paróquia com aquele povo chato que fala pelos cotovelos e na hora de fazer as coisas inventam desculpas e tiram o corpo fora. Há ainda a possibilidade de uma vocação religiosa ou sacerdotal.

Jesus buscou a vontade do Pai e cumpriu essa vontade. E nós? E eu? E você? Jesus deu a vida pela vontade do Pai. Nós estamos dando nossa vida? Estamos fazendo nossa parte?  O convite hoje é perguntar ao Pai, qual a vontade Dele para sua vida? Prepare-se para a resposta. Pode ser inesperada!

Dominus Vobiscum

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Evangelho do Dia: a Tua misericórdia dá-me coragem

Do Evangelho Quotidiano

Com quem poderei comparar esta geração? É semelhante a crianças sentadas na praça, que se interpelam umas às outras, dizendo: ‘Tocamos flauta para vós e não dançastes; entoamos lamentações e não batestes no peito!’ Na verdade, veio João, que não come nem bebe, e dizem dele: ‘Está possesso!’ Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: ‘Aí está um glutão e bebedor de vinho, amigo de cobradores de impostos e pecadores!’ Mas a sabedoria foi justificada pelas suas próprias obras. (Mt 11,16-19)

Comentário do Evangelho do dia feito por Santo Afonso-Maria de Ligório (1696-1787), bispo e doutor da Igreja

Fogo sempre ardente, diremos com Santo Agostinho, inflama as nossas almas. Jesus Cristo, fizeste-Te homem para acender nos nossos corações o fogo do amor divino: como pudeste encontrar em nós tamanha ingratidão? Tudo fizeste para que Te amassem; chegaste a sacrificar o Teu sangue e a Tua vida. Porque razão ficam os homens insensíveis a tantas graças? Será que as ignoram? Não, eles sabem, eles crêem que, por amor deles, vieste do céu revestir a carne humana e carregar com as suas misérias; eles sabem que, por amor deles, quiseste levar uma vida de sofrimento permanente e sofrer uma morte ignominiosa. Depois disto, como explicar que vivam no completo esquecimento da Tua bondade extrema? Eles amam os pais, eles amam os amigos, eles chegam mesmo a amar os animais […]; é somente por Ti que não sentem amor nem gratidão! Mas que digo eu? Ao acusar os outros de ingratidão, estou a condenar-me a mim mesmo, pois o meu comportamento para conTigo foi pior do que o deles. Porém, a Tua misericórdia dá-me coragem; sei que ela me sustentou durante tanto tempo, para me perdoar e incendiar-me com o Teu amor, com a única condição de eu querer arrepender-me e amar-Te. Sim, meu Deus, quero arrepender-me […]; quero amar-Te com todo o meu coração. Reconheço que o meu coração […] Te negligenciou para amar as coisas deste mundo; mas também vejo que, apesar desta traição, Tu continuas a chamá-Lo. É por isso que, com toda a força da minha vontade, eu To dedico e To dou. Digna-Te incendiá-lo com o Teu santo amor; faz com que doravante ele só Te ame a Ti. […] Amo-Te, meu Jesus; amo-Te, meu soberano Bem! Amo-Te, único amor da minha alma.

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Série Espiritualidade:: Vida espiritual se alcança pela humilde oração e não apenas por leituras

Do Livro Imitação de Cristo

A alma: Senhor, é próprio do varão perfeito: nunca perder de vista as coisas celestiais, e passar pelos mil cuidados, como que sem cuidado, não por indolência, mas por um privilégio duma alma livre, que não se apega, com desordenado afeto, a criatura alguma.

Peço-vos, ó meu benigníssimo Deus! Preservai-me dos cuidados desta vida, para que não me embarace demasiadamente neles; das muitas necessidades do corpo, para que não me escravize a sensualidade; e de todas as perturbações da alma, para que não me desalente sob o peso das angústias. Não falo das coisas que a vaidade humana busca tão empenhadamente, mas das misérias que, pela maldição comum de todos os mortais, penosamente oprimem a alma de vosso servo, e a impedem de elevar-se à liberdade perfeita de espírito, sempre que o quiser.

Ó meu Deus, doçura inefável! Convertei-me em amargura toda consolação carnal, que me aparta do amor das coisas eternas e me fascina pelo encanto de um prazer momentâneo. Não me vença, Deus meu, não me vença a carne e o sangue; não me seduza o mundo, com sua glória passageira; não me faça cair o demônio, com sua astúcia. Daí-me força para resistir, paciência para sofrer, constância para perseverar. Daí-me, em lugar de todas as consolações do mundo, a suavíssima unção do vosso espírito e, em lugar do amor terrestre, infundi-me o amor de vosso nome!

O comer, o beber, o vestir e outras coisas necessárias ao corpo são um peso para a alma fervorosa. Concedei-me usar com moderação de tais lenitivos, sem me prender a eles com demasiado afeto. Não é lícito rejeitar tudo, pois devemos sustentar a natureza; mas buscar as coisas supérfluas e o que mais delicia, proíbe-o vossa santa lei, porque de outro modo a carne se rebelará contra o espírito. Entre estes dois extremos, Senhor, peço-vos que me dirijas e governes na vossa mão, para que não pratique algum excesso.

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