“Pela graça de Deus, Ele provou a morte em favor de todos os homens” (Hb 2,9). Em seu projeto de salvação, Deus dispôs que seu Filho não somente “morresse por nossos pecados” (1Cor 15,3), mas também que “provasse a morte”, isto é, conhecesse o estado de morte, o estado de separação entre sua alma e seu corpo, durante o tempo compreendido entre o momento em que expirou na cruz e o momento em que ressuscitou. Este estado do Cristo morto é o mistério do sepulcro e da descida aos Infernos. É o mistério do Sábado Santo, que o Cristo depositado no túmulo manifesta o grande descanso sabático de Deus depois da realização da salvação dos homens, que confere paz ao universo inteiro. (Cat. §624)
Desde criança as celebrações da Semana Santa sempre me encantaram. Embora não entendesse o porquê de cada uma delas, eu sempre quis estar em todas. Em geral nunca gostei de missas muito demoradas, mas as celebrações desse período eram uma exceção a regra. Quanto mais demorassem melhor.
A sexta-feira era (e é até hoje) um momento marcante para mim. Embora saiba que de todas a mais importante das solenidades é a Missa da Páscoa, sempre me marca reviver e tornar memória a morte de Nosso Senhor. Eu consigo nesse dia de dor e sofrimento sentir um amor e uma gratidão tão grande a Jesus pelo seu sacrifício que fico mexido demais. Quem me conhece sabe…
Ele morreu por mim. É disso que procuro me lembrar sempre. Jesus provou a morte pelos meus pecados. Ele conheceu a mansão dos mortos por mim. Isso eu nunca me esqueci e nem quero esquecer. Peço que o Senhor me lembre disso todos os dias e escrever no blog é uma forma de tornar essa lembrança algo atual.
O catecismo diz que a morte de Jesus não foi simbólica: A alma e o corpo de Cristo se separaram de fato. Jesus não “adormeceu”. Não fingiu de morto. Ele morreu mesmo! E isso a Igreja Católica pela Sagrada Escritura e o Sagrado Magistério enfatizam com fervor. A morte de Jesus não foi um teatrinho montado. Não foi uma farsa. Ao contrário: Foi real!
Quando sua Mãe Maria o pegou nos braços após Ele ser retirado da cruz, ela foi a primeira a sofrer com essa constatação: Jesus padeceu na cruz.
É importante que saibamos e defendamos isso, pois hoje em dia vemos todo tipo de blasfêmias contra Cristo e embora eu não tenha conhecimento, não duvido que já exista algum tipo de maluco que venha falar que Jesus não morreu, que Ele fingiu e blá, blá, blá… Hoje em dia aparecem sempre alguns malucos querendo provar que Jesus não era Deus. Portanto fique esperto!
Se Ele não tivesse morrido com nossos pecados, não teria ressuscitado sem Eles, portanto estaríamos encrencados! Faz parte da nossa profissão de fé essa certeza: Jesus morreu e foi sepultado, conforme as escrituras. Não podemos permitir que ideias que minimizem a Divindade de Cristo entrem na nossa casa, na nossa fé na nossa vida. O Sacrifício de Jesus por mim e por você não pode ser diminuído ou esvaziado. Ele morreu para nos salvar e nos trazer a vida plena e abundante. Nunca se esqueça disso!
E quando for rezar, seja na semana santa ou no período natalino como estamos agora, sempre se lembre do amor de Cristo que foi até o fim por mim e por você.
Pax Domini
AVISO:: Estamos assumindo aqui no blog Dominus Vobiscum uma campanha de oração pela Jornada Mundial da Juventude. A proposta é que todo católico reze um terço por dia de hoje até o evento que acontecerá em 2013 no Rio de Janeiro. Você topa o desafio?