
Diante desses testemunhos é impossível interpretar a Ressurreição de Cristo fora da ordem física e não reconhecê-la como um fato histórico. Os fatos mostram que a fé dos discípulos foi submetida à prova radical da paixão e morte na cruz de seu Mestre, anunciada antecipadamente por Ele. O abalo provocado pela Paixão foi tão grande que os discípulos (pelo menos alguns deles) não creram de imediato na notícia da ressurreição. Longe de nos falar de uma comunidade tomada de exaltação mística, os Evangelhos nos apresentam discípulos abatidos, “com o rosto sombrio” (Lc 24,17) e assustados. Por isso não acreditaram nas santas mulheres que voltavam do sepulcro, e “as palavras delas pareceram-lhes desvario” (Lc 24,11). Quando Jesus se manifesta aos onze na tarde da Páscoa, “censura-lhes a incredulidade e a dureza de coração, porque não haviam dado crédito aos que tinham visto o Ressuscitado” (Mc 16,14). (Cat. §642)
Estamos conversando sobre a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Recentemente falamos sobre os questionamentos levantados desde aquela época sobre o assunto. Falamos sobre o sepulcro vazio, falamos sobre o testemunho dos discípulos e agora vamos conversar sobre mais um aspecto que evidencia o milagre do Senhor: As reações dos discípulos nas Sagradas Escrituras.

A bíblia conta que primeiro Jesus apareceu as mulheres que foram ao seu túmulo.
Se lermos os evangelhos, sobretudo os capítulos que narram a morte e ressurreição de Jesus, nós podemos ver como os apóstolos reagiram a todos os fatos: Tiveram medo. Uns fugiram, Pedro chegou a negar o Senhor, João permaneceu aos pés da cruz e em todos os casos, é possível sentir neles todos os sentimentos próprios de quem perde uma pessoa querida.
Após a morte de Jesus eles estavam abatidos, sofridos, desnorteados, perdidos. O catecismo no parágrafo acima chega a dizer que no princípio eles chegaram a duvidar da ressurreição logo de cara. Eles estavam sem norte. Estavam como nós quando perdemos alguém que amamos. Somente depois que testemunharam que Jesus estava de fato vivo, eles recobraram o ânimo, a coragem e a fé. É possível perceber uma mudança no comportamento dos discípulos entre a morte e a ressurreição do Senhor. De desolados a esperançosos. De tristes e abatidos a reanimados e alegres. A postura deles não era a mesma e não havia nenhum traço de dúvida: Algo muito sério aconteceu na vida daqueles homens.

Os discípulos de Emaús reconheceram Jesus ao partir do pão.
Analisando por este ângulo, fica difícil acreditar que a ressurreição de Jesus foi uma trama, uma mentira. Muito complicado acreditar que um grupo de 12 pescadores incultos iria promover uma dissimulação tão grande. Eles eram pescadores e não atores.
Quem convive com pessoas simples sabe que dificilmente essas pessoas não conseguem fingir ou esconder sentimentos. Se estiverem bravos, tristes ou alegres logo sabemos. A simplicidade geralmente vem com a transparência de sentimentos. Claro que toda regra tem exceção. Mas em geral é assim. Ainda mais quando vemos que os discípulos de Jesus eram impetuosos, falavam o que bem entendiam e muitas vezes foram recriminados por Jesus pela sua imprudência.

"Eu vos transmiti... o que eu mesmo recebi: Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras. Foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Apareceu a Cefas, e depois aos Doze" (1Cor 15,3-4)
Eles não saberiam de fato fazer toda essa tramóia. Além do mais, se isso acontecesse seria difícil testemunhos tão empolgantes e tão cheios de fé como os discursos de Pedro. Como dizemos no populacho: Mentira tem perna curta.
Mas ao contrário, é vendo todo desenrolar da história e o processo que cada discípulo passou até a ressurreição do Senhor que temos a certeza de que verdadeiramente este milagre aconteceu: Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem, ressuscitou dos mortos!
E nós como Igreja, não devemos em hipótese alguma duvidar da vitória do Senhor sobre a morte. Não podemos como católicos, dar créditos as heresias que surgem pondo em dúvida essa certeza da fé católica.
Eu como católico, evito ler livros, revistas e jornais que põem em dúvida a minha fé. Não vejo filmes e não ouço essas besteiras. E quer saber? Acho que se você é um bom católico, também deveria fazer o mesmo. Se tiver algum tipo de dúvida, procure um bom sacerdote ou busque os livros e documentos católicos. Eles certamente irão esclarecer sua dúvida. Mas não entre nessa loucura das heresias.