Você sabe quais são os símbolos que representam o Espírito Santo?

O Espírito Santo de Deus é representado por diversos símbolos. Cada um deles faz referência a uma parte da missão que lhe foi confiada. Antes de conversarmos de uma forma mais profunda sobre a Terceira Pessoa da Trindade, convém fazermos este estudo um pouco mais básico.

A água – O simbolismo da água é significativo da ação do Espírito Santo no Batismo, pois após a invocação do Espírito Santo ela se torna a sinal sacramental eficaz do novo nascimento: assim como a gestação de nosso primeiro nascimento se operou na água, da mesma forma também a água batismal significa realmente que nosso nascimento para, a vida divina nos é dado no Espírito Santo Mas “batizados em um só Espírito” também “bebemos de um só Espírito” (1Cor 12,13): o Espírito é, pois também pessoalmente a água viva que jorra de Cristo crucificado como de sua fonte e que em nós jorra em Vida Eterna.

A unção – O simbolismo da unção com óleo também é significativo do Espírito Santo, a ponto de tomar-se sinônimo dele. Na iniciação cristã, ela é o sinal sacramental da confirmação, chamada com acerto nas Igrejas do Oriente de “crismação”. Mas, para perceber toda a força deste simbolismo, há que retomar à unção primeira realizada pelo Espírito Santo: a de Jesus. Cristo (“Messias” a partir do hebraico) significa “Ungido” do Espírito de Deus. Houve “ungidos” do Senhor na Antiga Aliança de modo eminente o rei Davi. Mas Jesus é o Ungido de Deus de uma forma única: a humanidade que o Filho assume é totalmente “ungida do Espírito Santo”. Jesus é constituído “Cristo” pelo Espírito Santo A Virgem Maria concebe Cristo do Espírito Santo, que pelo anjo o anuncia como Cristo por ocasião do nascimento dele e leva Simeão a vir ao Templo para ver o Cristo do Senhor; é Ele que plenifica o Cristo é o poder dele que sai de Cristo em seus atos de cura e de salvação. É finalmente Ele que ressuscita Jesus dentre os mortos. Então, constituído plenamente “Cristo” em sua Humanidade vitoriosa da morte, Jesus difunde em profusão o Espírito Santo até “os santos” constituírem, em sua união com a Humanidade do Filho de Deus, “esse Homem perfeito… que realiza a plenitude de Cristo” (Ef 4, 13): “o Cristo total”, segundo a expressão de Santo Agostinho.

O fogo – Enquanto a água significa o nascimento e a fecundidade da Vida dada no Espírito Santo o fogo simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito Santo O profeta Elias, que “surgiu como um fogo cuja palavra queimava como uma tocha” (Eclo 48,1), por sua oração atrai o fogo do céu sobre o sacrifício do monte Carmelo, figura do fogo do Espírito Santo que transforma o que toca. João Batista, que caminha diante do Senhor com o espírito e o poder de Elias” (Lc 1,17), anuncia o Cristo como aquele que “batizará com o Espírito Santo e com o fogo” (Lc 3,16), esse Espírito do qual Jesus dirá “Vim trazer fogo à terra, e quanto desejaria que já estivesse acesso (Lc 12,49). É sob a forma de línguas “que se diriam de fogo” o Espírito Santo pousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Si. A tradição espiritual manterá este simbolismo do fogo como um dos mais expressivos da ação do Espírito Santo Não extingais o Espírito” (1Ts 5,19).

A nuvem e a luz – Estes dois símbolos são inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo Desde as teofanias do Antigo Testamento, a Nuvem, ora escura, ora luminosa, revela o Deus vivo e salvador, escondendo a transcendência de sua Glória: com Moisés sobre a montanha do Sinai, na Tenda de Reunião e durante a caminhada no deserto; com Salomão por ocasião da dedicação do Templo. Ora, estas figuras são cumpridas por Cristo no Santo Espírito Santo. É este que paira sobre a Virgem Maria e a cobre “com sua sombra”, para que ela conceba e dê à luz Jesus. No monte da Transfiguração, é ele que “sobrevêm na nuvem que toma” Jesus, Moisés e Elias, Pedro, Tiago e João “debaixo de sua sombra”; da Nuvem sai uma voz que diz: “Este é meu Filho, o Eleito, ouvi-o sempre” (Lc 9,34-35). É finalmente essa Nuvem que “subtrai Jesus aos olhos” dos discípulos no dia da Ascensão e que o revelará Filho do Homem em sua glória no Dia de sua Vinda.

O selo – É um símbolo próximo ao da unção. Com efeito, é Cristo que “Deus marcou com seu selo” (Jo 6,27) e é nele que também o Pai nos marca com seu selo. Por indicar o efeito indelével da unção do Espírito Santo nos sacramentos do batismo, da confirmação e da ordem, a imagem do selo (“sphragis”) tem sido utilizada em certas tradições teológicas para exprimir o “caráter” indelével impresso por estes três sacramentos que não podem ser reiterados.

A mão – E impondo as mãos que Jesus cura os doentes e abençoa as criancinhas. Em nome dele, os apóstolos farão o mesmo. Melhor ainda: é pela imposição das mãos dos apóstolos que o Espírito Santo é dado. A Epístola aos Hebreus inclui a imposição das mãos entre os “artigos fundamentais” de seu ensinamento. A Igreja conservou este sinal da efusão onipotente do Espírito Santo em suas epicleses sacramentais.

O dedo – “E pelo dedo de Deus que (Jesus) expulsa os demônios.” Se a Lei de Deus foi escrita em tábuas de pedra “pelo dedo de Deus” (Ex 31,18), a “letra de Cristo”, entregue aos cuidados dos apóstolos” é escrita com o Espírito de Deus vivo não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, nos corações” (2Cor 3,3). O hino “Veni, Creator Spiritus” (Vem, Espírito criador) invoca o Espírito Santo como “dedo da direita paterna” (digitus paternae dexterae).

A pomba – No fim do dilúvio (cujo simbolismo está ligado ao batismo), a pomba solta por Noé volta com um ramo novo de oliveira no bico, sinal de que a terra é de novo habitável. Quando Cristo volta a subir da água de seu batismo, o Espírito Santo, em forma de uma pomba, desce sobre Ele e sobre Ele permanece. O Espírito desce e repousa no coração purificado dos batizados. Em certas igrejas, a santa Reserva eucarística é conservada em um recipiente metálico em forma de pomba (o columbarium) suspenso acima do altar. O símbolo da pomba para sugerir o Espírito Santo é tradicional na iconografia cristã.

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Evangelho do Dia:: Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós

Do Evangelho Quotidiano

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Eu sou a videira verdadeira e o meu Pai é o agricultor. Ele corta todo o ramo que não dá fruto em mim e poda o que dá fruto, para que dê mais fruto ainda. Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado. Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer. Se alguém não permanece em mim, é lançado fora, como um ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem. Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e assim vos acontecerá. Nisto se manifesta a glória do meu Pai: em que deis muito fruto e vos comporteis como meus discípulos.” (S. João 15,1-8)

Comentário do Evangelho do dia feito por Papa Bento XVI

O primeiro período na vida desta santa foi caracterizado pelo seu casamento feliz. O marido chamava-se Ulf e governava um importante território do Reino da Suécia. O casamento durou vinte e oito anos, até à morte de Ulf. Deste casamento nasceram oito filhos, a segunda dos quais, Catarina, é venerada como santa. Eis um sinal eloquente do empenho educativo de Brígida para com os seus filhos. […] Brígida, que tinha direção espiritual com um religioso erudito que a introduziu no estudo das Escrituras, exerceu uma influência muito positiva naquela família que, graças à sua presença, se tornou uma verdadeira “Igreja Doméstica”. Juntamente com o marido, adotou a Regra dos Terciários franciscanos. Praticava generosamente obras de caridade em prol dos pobres, e fundou um hospital. Com a esposa, Ulf aprendeu a melhorar o seu carácter e a progredir na vida cristã. No regresso de uma longa peregrinação a Santiago de Compostela […], o casal decidiu viver na abstinência; mas, pouco tempo depois, na paz de um mosteiro para onde se tinha retirado, Ulf terminou a sua vida terrena. Este primeiro período da vida de Brígida ajuda-nos a apreciar o que poderíamos definir hoje como uma verdadeira “espiritualidade conjugal”: em conjunto, os dois elementos de um casal cristão podem percorrer um caminho de santidade, apoiados na graça do sacramento do matrimônio. Muitas vezes, como foi o caso da vida de Santa Brígida e de Ulf, é a mulher que, com a sua sensibilidade religiosa, a sua delicadeza e a sua doçura, consegue levar o marido a percorrer um caminho de fé. Penso reconhecidamente em muitas mulheres que também hoje iluminam, dia após dia, as suas famílias com o seu testemunho de vida cristã. Que o Espírito do Senhor possa suscitar, também nos nossos tempos, a santidade dos casais cristãos, para mostrar ao mundo a beleza do casamento vivido segundo os valores do Evangelho: o amor, a ternura, a ajuda recíproca, a fecundidade na geração e educação dos filhos, a abertura e a solidariedade para com o mundo, a participação na vida da Igreja.

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Afinal, o que é a Liturgia?

Saudações leitores!

Estamos iniciando hoje mais uma categoria no “Dominus Vobiscum”, onde trataremos de uma tema tão importante para nossa caminhada na fé: a Liturgia!

Vamos tentar, aos poucos, tirar as principais dúvidas acerca do tema, versando sobre o tempo litúrgico, as cores litúrgicas, as fontes da Liturgia, seus livros, a Santa Missa, e tudo o mais que diga respeito a este tema tão rico.

Afinal, o que é a Liturgia?

Você já deve ter ouvido, em alguma Missa ou encontro religioso, que determinado ato praticado não é litúrgico, ou ainda, que determinado grupo será responsável pela Liturgia. Ou ainda, que a liturgia da Igreja prescreve que tal ação ou ato deve ser desta ou daquela forma.

Liturgia, nestes termos, passa a ser algo metódico e rígido, como um manual de conduta, para muitos sem sentido, que deve ser seguido. Mas não é bem assim! Este não é o sentido real da Liturgia. Afinal, você sabe o que é a Liturgia?

A palavra Liturgia vem do grego (λειτουργία = λειτο – “povo” + υργία – “trabalho, ofício”) e significa “serviço” ou “trabalho público”, “do povo”.

No âmbito da Igreja Católica, a Liturgia compreende uma celebração religiosa, guiada por um ritual formal, e elaborada de acordo com regras formais, indispensáveis e obrigatórias, que se expressa de maneira mais clara e evidente por meio da Santa Missa.

Na Bíblia dos Setenta (LXX) ou Septuaginta, a palavra “liturgia” refere-se, apenas, aos ofícios religiosos realizados pelos sacerdotes levíticos no Templo de Jerusalém, sendo que, no princípio, a palavra não era utilizada para designar as celebrações dos cristãos, os quais entendiam que Cristo inaugurara um tempo inteiramente distinto do culto do templo.

Só posteriormente é que o vocábulo foi adotado com um sentido cristão, significando a atualização constante do sacrifício de Jesus pela salvação da humanidade.

Não é que Cristo continue se sacrificando na Cruz, pois Ele já se sacrificou por todos nós de uma vez por todas, morreu e ressuscitou. O que nós, Católicos, fazemos, na Liturgia da Santa Missa, não é, pois, uma encenação, mas sim, a memória da salvação, tornando presente, através da celebração litúrgica, aquele acontecimento do Mistério Pascal de Jesus Cristo, tornando-O presente, efetivamente, naquele momento sublime, quando o sacerdote celebrante consagra o pão e o vinho, tornando-os, pela ação de Deus, no Corpo e Sangue de Cristo.

Mas engana-se quem pensa que a liturgia só diz respeito ao rito, ou ao celebrante e/ou aos grupos encarregados dela. Muito pelo contrário! A liturgia segue, sim, um rito formal, e não poderia ser diferente, pois, solenemente, fazemos memória da nossa salvação, empreendida por Jesus Cristo, mas a Liturgia vai além dos ritos a serem seguidos, é “serviço do povo”, e através dela, todo o povo de Deus participa daquele momento salvífico da Paixão do Senhor.

Somos, através da Liturgia presente no culto a Deus (Missa), como que transportados para o Calvário, para, não por meio de um simple rito, mas através da contemplação verdadeira, oferercermos “um culto agradável a Deus” (Romanos 12, 1-2).

Por isso não é correto afirmar que vamos “assistir” à Missa, e sim, “participar” da Missa! Visto que nossa participação litúrgica é, efetivamente, o serviço do povo de Deus, louvando-O e cultuando-O na Ação de Graças, por meio dos atos e ritos litúrgicos.

A Eucaristia apresenta-se, pois, como nosso principal ato litúrgico.

Surge aí o sentido de Liturgia na Doutrina Católica, como celebração do “Mistério Pascal de Cristo”, sendo por isso o cume para onde tendem todas as ações da Igreja e, simultaneamente, a fonte donde provém toda a sua força vital.

Mas isto é assunto do nosso próximo post. Um grande abraço, e fiquem todos com Deus!

In corde Iesu et Mariae semper,
Equipe “Dominus Vobiscum”.

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Santo do Dia: Santa Brígida!

Bom dia amigos, tudo bem?

Hoje vamos falar um pouco de mais uma mulher santa que celebramos no grande mistério de Deus e da Igreja que é ser proclamado santo (a). Se não for pra ser Santo, não vale nada a vida!

Santa Brígida da Suécia, rogai por nós!

Santa Brígida da Suécia

Nasceu em Finstad, perto de Upsala, na Suécia, em 1303, e morreu em Roma, em 1373. Foi contemporânea de Santa Catarina de Sena. Aos 13 anos, em 1316, casou-se com o príncipe de Nreícia, Wulfom. Ao casar-se com Wulfon, Santa Brígida assumiu, com orações e sacrifícios, a missão de lutar pela conversão de seu esposo, um homem entregue aos vícios e paixões desregradas. Santa Brígida alcançou esta graça. Foram pais de oito filhos, entre eles uma santa: Catarina. Fundaram um hospital e eles próprios (Santa Brígida e seu marido), cuidavam dos doentes. Juntamente com seu esposo (agora convertido) numa vida com muitas práticas de piedade, foram a diversas peregrinações, até que Wulfon veio a falecer com 32 anos de idade em 1344.

Agora viúva ela decidiu-se recolher num mosteiro. Em 1346, fundou um mosteiro em Vadstena. Levava vida austera, chegando a mendigar às portas das igrejas. Uns dez anos antes de morrer, fundou a Ordem de São Salvador (brigidinas), da qual, mais tarde, sua filha, Santa Catarina da Suécia, viria a ser a prioresa. Em 1372, partiu em companhia da filha, Catarina, e de dois filhos, para a Terra Santa.

Foi uma grande mística, cujas experiências de Deus, suas Revelações, publicadas em livro, são a maior prova de seu profundo amor a Jesus e da solidez de sua espiritualidade. Brígida é uma das místicas mais conhecidas nos séculos XIV e XV.

Com Santa Catarina de Sena e Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), foi proclamada por João Paulo II como patrona da Europa.

Santa Brígida, rogai por nós!

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