Santa Sé retira os títulos de “Pontifícia” e “Católica” da Universidade do Peru. Imagina se a moda pega?

Agora a Universidade do Peru terá que tirar os títulos “Pontificio” e “Católico” da sua nomenclatura.

Provavelmente você já deve ter lido esta notícia em algum lugar por ai na internet. Infelizmente a minha falta de tempo não me permitiu comentá-la. Não que ela não seja importante, muito pelo contrário, mas por causa da correria do dia a dia não pude falar sobre isso. Mas antes tarde do que nunca não é mesmo?

A notícia veio a tona no dia 20 de julho. A Santa Sé através da sua Sala de Imprensa comunicou que resolveu retirar da Universidade do Peru, que é sediada em Lima, os títulos de “Pontifícia” e “Católica”.

Para quem não sabe, as universidades pontifícias têm como missão, colaborar com o Papa e entre si na evangelização da cultura e na formação de alto nível dos sacerdotes, religiosos e leigos cristãos, para que o mundo conheça Jesus Cristo. Pelo jeito a PUC Peru não vem fazendo isso a um bom tempo…

A discussão vem desde 1967, quando a universidade modificou seus estatutos, se colocando em muitos pontos, em posição diferente do que a Igreja Católica Apostólica Romana ensina. Em 1990 a Santa Sé solicitou que a Universidade do Peru readequasse seus estatutos, colocando-os dentro dos padrões da Constituição Apostólica Ex-Corde Ecclesiae. Os pedidos da Igreja foram todos rejeitados de forma que se tornou iminente as medidas que foram tomadas recentemente.

>>Mais sobre o caso você pode ler clicando aqui.

Agora isso me leva a pensar e posteriormente questionar as diversas universidades aqui no Brasil que carregam os títulos de “Pontíficia” e de “Católica”. Embora elas tenham seus estatutos na mais perfeita ordem, muitas delas não cumprem a missão a que foram destinadas. Muitos dos alunos que entram nelas com uma fé embasada, saem delas perdidos e às vezes sem fé alguma. É verdade que boa parte delas formam grandes profissionais que saem aptos para o mercado, mas muitos deles com ideias contrárias a Doutrina Cristã, ideias essas pregadas muitas vezes pelo próprio corpo docente das ditas PUCs.

Eu particularmente estudei em uma delas pouco antes me tornar missionário. Confesso que ver a ação evangelizadora e missionária dentro da mesma foi algo deveras decepcionante. Por muito pouco não perco a fé!

Se você é universitário sabe como é difícil levar a palavra de Deus em uma universidade que tem o título de “Católica”, mas que de católica mesmo pouca coisa tem. Sei que isso não é neurose minha. Evangelizar em uma universidade é “dose pra leão” e se a universidade se diz católica, deveria cuidar melhor da formação religiosa dos seus alunos. Na PUC que eu estudei, por exemplo, o que tinha de concreto a nível de evangelização era uma sala chamada de animação vocacional, onde alguns jovens que se reuniam para falar de mais de política do que de doutrina, e muita, mas muita heresia!

Ali Boff e Betto reinavam tranqüilos, solenes e absolutos. A Teologia da Libertação dava as cartas no lugar esbofeteando a Santa Doutrina. Naquele tempo, outros jovens que não eram da TL passavam maus bocados quando tentavam levar a Boa Nova dentro da Universidade. Não digo que eram perseguidos, mas muitas vezes tinham as portas fechadas quando tentavam anunciar Jesus aos demais alunos. Ali se questionava o Papa, a Hierarquia da Igreja, a Santa Doutrina e era muito difícil para mim, católico apostólico romano, viver dentro daquele ambiente acadêmico. De um lado os universitários e professores com suas bravatas ateístas e do outro lado, católicos progressistas amparados pelos padres locais que tolhiam todos os que tentavam fazer algo diferente da velha e caduca Teologia da Libertação.

Agora fica a pergunta: Será que estas universidades podem também ser chamadas de “Pontifícias”? Será que devem ser chamadas de “Católicas”?

Que o digam os alunos católicos destas universidades. A Universidade do Peru perdeu os títulos por uma mudança de estatuto. Mas será que não é o tempo da Igreja Católica Apostólica Romana exigir uma postura mais condizente das universidades no Brasil que portam este título?

Não estou dizendo aqui que as universidades devem impor a Fé Católica a todos os alunos, mas estou dizendo que elas devem atentar para a formação que se dá dentro e fora sala de aula, bem colaborar com a iniciativa dos alunos católicos que desejam utilizar do espaço acadêmico para também levar a palavra de Deus. Acho absurdo que uma instituição dita católica pague professores para espalhar mentiras iluministas contra a mesma Igreja que aquela instituição faz parte. Poxa, se não pode ajudar, também não atrapalha!

Precisamos que as instituições que portem títulos como “Pontifício” e “Católico” dêem um verdadeiro testemunho. Se de nós, simples leigos, é cobrada uma postura condizente com a fé que professamos, o que dizer de uma instituição universitária?

As universidades pontifícias católicas precisam ser para os católicos uma referência segura de aprendizado e de formação humana e religiosa. Espero em Deus o dia em que saiam das universidades católicas mais jovens católicos do que os que lá entraram. É um sonho! Quem sabe não se torna uma realidade?

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Virgindade Perpétua de Maria:: Escritos de São Jerônimo – Capítulo 17

Posto aqui mais um capítulo da Carta de São Jerônimo a Helvídio a respeito da Virgindade Perpétua da Virgem Maria. Aqui iremos nos aprofundar no sentido da “irmandade”, segundo a bíblia.

CAPÍTULO XVII

Inumeráveis exemplos da mesma espécie podem ser vistos nos Livros Sagrados.

Mas, para abreviar, volto à última das quatro espécies de irmãos, aqueles, esclareço que são irmãos por afeição, e estes novamente são de duas espécies: aqueles por um relacionamento espiritual e aqueles por um relacionamento geral. Digo espiritual porque todos nós cristãos somos chamados irmãos, como no verso: “Veja como é bom e agradável para os irmãos viverem juntos na unidade”. E em outro Salmo, o Salvador diz: “Eu enumerarei teu nome entre meus irmãos”. E, em outro lugar: “Vá a meus irmãos e dize-lhes…”

Eu disse – por relacionamento geral – porque nós somos todos filhos de um mesmo Pai, há como um penhor de irmandade entre nós todos. “Dizei àqueles que vos odiarem:” – diz o profeta – “vós sois nossos irmãos”. E o Apóstolo escrevendo aos Coríntios: “Se algum homem que é chamado irmão for um fornicador, ou avarento, ou idólatra, ou caluniador, ou beberrão, ou autor de extorsões, com alguém assim, não se deve comer”.

Agora eu pergunto à que classe você considera que devem pertencer os irmãos do Senhor, no Evangelho. Eles são irmãos por natureza, você responde. Mas a Escritura não diz isso. Não os chama nem filhos de Maria, nem de José. Poderíamos dizer que eles eram irmãos pela raça? No entanto, seria absurdo supor que uns poucos judeus fossem chamados irmãos quando todos os judeus daquele tempo poderiam, a esse título, reivindicar o nome. Eram eles irmãos pela virtude de intimidade estreita e de união de coração e pensamento? Se eram assim, quais eram exatamente seus irmãos mais do que os apóstolos que receberam sua instrução privada e eram chamados por Ele Sua mãe e Seus irmãos? Novamente, se todos os homens, como visto, eram seus irmãos, seria loucura dar uma mensagem especial: “Vede, seus irmãos o procuram” porque todos os homens semelhantemente mereceriam esse nome.

A única alternativa é adotar a explicação anterior e considerar que são chamados irmãos em virtude do vínculo de parentesco, não de amor e simpatia, nem por prerrogativa de raça, nem pela natureza. Exatamente como Lot foi chamado irmão de Abraão, e Jacó, de Labão, exatamente como as filhas de Zelophehad receberam um lote entre seus irmãos, exatamente como o próprio Abraão tinha a esposa Sarai por sua irmã, porque ele diz: “Ela é de fato minha irmã, por lado de pai, não pelo lado da mãe” o que quer dizer, ela era filha de seu irmão e não de sua irmã. De outro modo, o que diremos de Abraão, um homem justo, falando que a esposa era filha de seu próprio pai?

A Escritura, relatando a história dos homens nos tempos primitivos, não ultraja nossos ouvidos falando da amplitude em termos expressos, mas prefere deixá-la ser inferida pelo leitor. Deus mais tarde aplicou a sanção de lei à proibição, estabelecendo: “Quem toma sua irmã, filha de seu pai, ou de sua mãe, e mostra sua nudez, comete abominação, deverá ser morto. Aquele que descobre a nudez de sua irmã, deverá pagar seu pecado”.

Veja Também:: Capítulos 1 e 2 | Capítulos 3 e 4 | Capítulo 5 e 6 | Capítulos 7 e 8|Capítulos 9 e 10 | Capítulos 11 e 12 | Capítulos 13 e 14 | Capítulo 15 | Capítulo 16

( Tradução: José Fernandes Vidal e Carlos Martins Nabeto – Central de Obras do Cristianismo Primitivo)

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Relatos sobre a vida de São Charbel

Irmãos, hoje como sabemos celebramos São Charbel, e fiquei muito interessado na vida deste homem santo. Resolvi trazer aqui alguns relatos que encontrei no site da Paróquia Nossa Senhora do Líbano na Igreja São Benedito (Diocese de São José do Rio Preto – Diocese Maronita do Brasil), é muito bom! O relato foi feito por volta de 1998, e não descobri quem assinou-o.

Segundo o relato, o corpo de São Charbel permaneceu intacto depois de sua morte; inclusive transpirava. Este fenômeno de conservação e transpiração de corpo, desafiando as leis da natureza, fascinou os médicos, os homens de ciência e as pessoas mais simples. O autor do texto diz:

Em agosto de 1952, eu mesmo toquei no seu corpo; poderia dizer que era um “morto-vivo”. 

Que um cadáver se conserve não é um fenômeno único, porém que os restos mortais se conservem flexíveis, tenros, manejáveis, transpirando incessantemente, é um caso extraordinário e único no gênero. Este foi o caso de nosso Santo, cujo corpo se conservou e transpirou até o dia de sua Beatificação que se realizou no dia 5 de dezembro de 1965, no encerramento do Concilio Ecumênico Vaticano II. Podemos até dizer que seu corpo não conheceu a corrupção: depois de 1965, ele se decompôs simplesmente, e jamais se percebeu o odor que emana normalmente dos cadáveres ao abrir seus túmulos. Era ao contrário um odor agradável. O autor do texto ainda afirma que:

“Abriu-se o túmulo no dia 3 de fevereiro de 1976, e eu estive presente como responsável da sua Causa de Canonização; seu corpo está já decomposta, sobrando o esqueleto. No entanto os ossos conservam uma certa frescura e uma cor rosada (cor de vinho).”

Conforme a ciência, afirmaram dois médicos, seis meses depois da morte, o esqueleto do ser humano, normalmente, é formado de ossos brancos e perfurados. Até hoje, ano 1998, nunca este fenômeno se encontrou no esqueleto de São Charbel.

São Charbel

Em suma, seu corpo foi conservado até a sua Beatificação, depois ele “se volatilizou”, sobrando o esqueleto que é conservado de uma maneira extraordinária.

GRAÇAS E MILAGRES

Nosso Senhor, por intercessão de nosso Santo, fez muitos milagres, mesmo na sua vida como após a sua morte, pois tornou-se pouco a pouco evidente para todos que um poder sobrenatural emanava dele. Quando vivo, ele tinha um poder que curava os doentes, acalmava os espíritos malignos. Por exemplo, uma vez, durante o trabalho campestre, uma cobra saiu de uma moita e se aproximou, ameaçadora. Os trabalhadores-leigos tentam em vão matá-la ou afugentá-la. Apeiam para Padre Charbel que estava pertinho. Ele chega, sereno, e aproxima-se da cobra com calma. Esta se imobilizou. Fazendo um gesto, diz-lhe: “vá embora daqui, ó bendita”. O réptil deslizou calmamente por perto dele e foi embora.

Em 1885, os gafanhotos invadiram a montanha libanesa e começaram a devastar a região de Annaya. Eles foram afastados desta região pelas preces do Padre Charbel e sua bênção.

Muitos doentes, considerados perdidos pela medicina, encontravam cura repentina sob a influência do Padre Charbel que, em geral, chegava, rezava, abençoava a água, aspergia o doente, olhando-o longamente, e se reúrava. O doente levantava-se; estava curado.

Um dia, levaram ao Padre Charbel um jovem chamado “o louco de Ihmej”, pequena aldeia perto do eremitério, que era violento, indomável, agressivo, e muito perigoso. O Padre Charbel libertou-o das cadeias e mandou-o pôr-se de joelhos. O louco, com calma, obedeceu. Nosso Santo põe as mãos sobre a cabeça dele e reza. Terminando a oração, o louco de Ihmej estava totalmente curado.

Estes foram alguns favores e milagres que se realizaram durante a vida do Padre Charbel. Após a sua morte,o primeiro fenômeno extraordinário se realizou algumas semanas depois do seu sepultamento quando luzes estranhas começaram a aparecer à noite sobre seu túmulo. Os fiéis da vizinhança alertaram o superior do convento que, uma noite, percebeu pessoalmente o fenômeno prodigioso; sob o efeito das luzes e dos milagres, ele solicitou autorização ao Patriarca Maronita, Elias Houwaék, para abrir o túmulo e transferir o corpo para um sepulcro mais honroso e digno. A autorização foi concedida a condição de que o corpo fosse conservado num lugar bem fechado. Conforme as recomendações patriarcais, o túmulo foi aberto, pela primeira vez, no dia 15 de abril de 1899, em presença apenas de sete testemunhas, incluído as pessoas da Comissão eclesiástica. Então, foi o segundo fenômeno prodigioso: o corpo estava intacto!

De fato, as mãos repousavam sobre o peito, segurando o crucifixo. O corpo estava tenro e flexível. O rosto e as mãos eram os de um homem adormecido. De um dos lados do corpo, escorria um sangue vermelho misturado com uma espécie de água: o suor. Os paramentos, cheios deste líquido sanguinolento, foram trocados e conservados até hoje. Caso extraordinário, este líquido sanguinolento sempre escorreu de seu corpo até a sua Beatificação em 1965, pois, esta exsudação de seu corpo era permanente, apesar de muitas tentativas realizadas todas vãs para pará-la. As vezes, este líquido atravessava as paredes do túmulo.

O túmulo foi também aberto, sempre em presença das duas Comissões eclesiástica e médica, em 1901, em 1909, em 1926 no dia 9 de outubro, em 1927 em dia de 24 de julho, em 1950 no mês de fevereiro, em 1952 no mês de agosto, e em 1955 no mês de setembro; o corpo estava sempre flexível, e sempre transpirando; e cada vez, os paramentos molhados foram trocados e conservados no museu de nosso Santo à Annaya. Eu, pessoalmente, em 1952, em 1955 e em 1965, fui testemunha ocular deste fenômeno extraordinário que nem médicos, nem cientistas especialistas conseguiram explicar.

Em 1952, o corpo foi exposto durante duas semanas no mosteiro de São Marun de Annaya afim de que os fiéis pudessem ver o corpo conservado. Milhares e milhares vieram visitá-la e vê-lo. Eu era uma das três pessoas responsáveis pelo corpo exposto, e via os fiéis que passavam das 7:ao horas de manhã até 7:ao horas da noite em frente do corpo, durante 14 dias, fazendo fila ininterrupta; e cada um só podia recitar um Pai Nossa e uma Ave Maria.

São Charbel

Em suma, o Senhor, pela intercessão de nosso Santo, fez e está fazendo ainda, no Líbano como no mundo inteiro, diversos milagres e favores. É interessante revelar que, entre os favorecidos pelos milagres, contam-se ortodoxos, muçulmanos e druzos, entre outros. Todavia, entre os numerosos milagres que ocorreram pela intercessão de São Charbel, dois foram considerados e analisados para a Beatificação: a da irmã Maria Abel Kamari, libanesa da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, que durante 14 anos sofreu de uma úlcera estomacal, e o de Alexandre Obeid, libanês, que perdeu a vista ao receber um golpe no olho direito. Estas duas curas milagrosas aconteceram no Ano Santo de 1950. Para a Canonização estudou-se mais um milagre: o de Mariam Assaf Awad, libanesa, de 68 anos de idade. Em 1966 ela sofria de um câncer na amígdala direita. Era um tumor maligno e a paciente foi desenganada. O câncer lhe causava muitas dores e dificuldade de respirar e engolir. Em dezembro de 1966, recorrendo a São Charbel, ela curou-se de sua doença.

No entanto, o milagre mais característica, concedido pela intercessão de São Charbel, é a conversão de um grande número de fiéis. De fato, numerosos cristãos afastados dos sacramentos da confissão e da eucaristia, ou mesmo afastados totalmente da Igreja, voltam ao Senhor ao visitar o túmulo de São Charbel; mudam de conduta e adotam uma vida coerente e cristã. O seu túmulo é freqiientemente vi. Citado no inverno e no verão, e a devoção por ele se tornou universal.

São Charbel, rogai por nós!

BEATIFICAÇÃO E CANONIZAÇÃO

Quanto mais a pessoa se isola para estar perto de Deus, tanto mais ela está perto dos homens. Retirando-se do mundo para não ser do mundo, embora vivesse no mundo (Jo,17,16), São Charbel é conhecido no mundo inteiro. Centenas de milhares de cartas que chegam ao mosteiro de Annaya testemunham o fato. Assim a vida de São Chartel é uma prova de que o verdadeiro eremita na Igreja é um apóstolo de Cristo, apóstolo por excelência. Padre Charbel foi beatificado no dia 5 de dezembro de 1965, por Sua Santidade o Papa Paulo VI, em presença dos compatriotas, de todos os cardeais e bispos da Igreja Universal, que se encontravam em Roma por ocasião do encerramento do Concilio Vaticano IL. Todos assistiram a esta cerimônia memorável. No dia 9 de outubro de 1977, o mesmo Papa o canonizou, declarando o Santo do Líbano, Santo para a Igreja Universal, durante o Sínodo dos Bispos. Estes eventos inesquecíveis, por ser ele o primeiro confessor oriental, foram uma grande honra para o Líbano e particularmente para a Igreja Maronita e para a Ordem Libanesa Maronita. Participei dos dois eventos, e era mesmo o Postulador da Causa de Canonização de São Charbel e dois outros santos libaneses maronitas: a Beata Irmã Rafqa (Rebeca) El-Choboq El-Rayés de Himlaya, nascida em 1832, falecida em 1914, (foi beatificada pelo Papa João Paulo II no dia 17 de novembro de 1985); e o novo Beato Padre Nimatullah Kassab Al-Hardini, nascido em 1808 e falecido em 1858, (foi beatificado, pelo Papa João Paulo II, no dia 10 de maio de 1998, primeiro aniversário da visita do Santo Padre João Paulo Il ao Líbano). Como São Charbel, foram membros da Ordem Libanesa Maronita, ramos masculino e feminino. Sim, o Líbano pode orgulhar-se de CHARBEL, RAFQA E NIMATULLAH AL-HARDINI! Quantas vezes os responsáveis na Congregação das Causas dos Santos no Vaticano me diziam quando era responsável dessas três Causas: “Vocês têm as mais belas figuras de santidade na Igreja”. Que honra para nossa Igreja Maronita que está testemunhando o Evangelho de Cristo no Oriente Médio, e que foi a única Igreja Oriental que ficou sempre Católica Apostólica Romana.

Este fenômeno é curioso, e às vezes surge a pergunta: por que encontramos tantas pessoas que visitam regularmente e quase cada dia o túmulo de São Charbel’! A resposta me parece esta: no mundo de hoje, de tal modo materialista, de tal modo egoísta, e de tal modo sensual, as pessoas, angustiadas pelo vácuo interior, tem a nostalgia da felicidade que não se consegue achar nem no conforto, nem na riqueza, nem na concupiscência da carne, nem na soberba da vida, como diz São João, o Evangelista (1Jo, 2,16), mas consegue achá-la nas virtudes que nosso Santo se esforçou para viver com grande heroísmo. Por isso, elas vêm ali para se sentir um pouco feliz, perto deste homem que consegui conhecer e viver a autêntica felicidade que elas estão procurando, e tentar imitá-la.

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Evangelho do Dia:: Querer somente o que Deus quer

Do Evangelho Quotidiano

Naquele tempo, enquanto Jesus estava a falar à multidão, apareceram sua mãe e seus irmãos, que, do lado de fora, procuravam falar-lhe. Disse-lhe alguém: “A tua mãe e os teus irmãos estão lá fora e querem falar-te”. Jesus respondeu ao que lhe falara: “Quem é a minha mãe e quem são os meus irmãos?”. E, indicando com a mão os discípulos, acrescentou: “Aí estão minha mãe e meus irmãos; pois, todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está no Céu, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” (Mt 12,46-50)

Comentário do Evangelho do dia feito por São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol

Querer somente o que Deus quer é lógico para quem está verdadeiramente apaixonado por Ele. Fora dos Seus desejos, nós nada desejamos, e se desejássemos, era apenas o que é conforme à Sua vontade; se assim não fosse, a nossa vontade não estaria unida à Sua. Mas, se estivermos verdadeiramente unidos, por amor, à Sua vontade, não desejaremos nada que Ele não deseje, não amaremos nada que Ele não ame e, abandonados à Sua vontade, ser-nos-á indiferente o que Ele nos envie ou onde nos coloque. Tudo o que Ele quiser de nós ser-nos-á, não apenas indiferente mas, mais do que isso, agradável. Não sei se me engano em tudo o que digo; submeto-me em tudo Àquele que entende estas coisas; digo somente o que sinto. Na verdade, não desejo mais nada a não ser amá-Lo e tudo o resto entrego nas Suas mãos. Faça-se a Sua vontade! A cada dia me sinto mais feliz, no meu completo abandono nas Suas mãos.

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Santo do Dia: São Charbel

Olá, tudo bem com você? Hoje celebramos um Santo que desde a sua juventude se dedicou a seguir os valores e martírios do Evangelho.

São Charbel, rogai por nós!

São Charbel

O santo de hoje nasceu no norte do Líbano, num povoado chamado Bulga-Kafra, no ano de 1828. Proveniente de uma família cristã e centrada nos valores do Evangelho, muito cedo precisou conviver com a perda de seu pai.

Após discernir o seu chamado à vida religiosa, com 20 anos ingressou num seminário libanês maronita. Durante o Noviciado, trocou seu nome de batismo (José) por Charbel. Mostrou-se um homem fiel às regras, obediente à ação do Espírito Santo e penitente.

Após sua ordenação em 1859, enfrentou muitas dificuldades, dentre elas a perseguição ferrenha aos cristãos com o martírio de muitos jovens religiosos e a destruição de inúmeros mosteiros em sua época. Em meio a tudo isso, perseverou na fé, trazendo consigo as marcas de uma vocação ao silêncio, à penitência e à uma vida como eremita.

A sua vida religiosa resumia-se à prática da profissão evangélica e da austeridade, à assiduidade na oração e à obediência aos superiores. Em 1875, Charbel obteve licença para viver como eremita no ermo dos santos apóstolos Pedro e Paulo, a 1200 metros de altitude. Procurava, assim, viver na maior austeridade de vida com mais rigor ainda do que no convento. Charbel não foi pregador nem missionário. Contudo, seu eremitério era muito procurado para conselho e orientação espiritual. No dia 16 de Dezembro de 1898, no momento da elevação da hóstia e do cálice, sentiu-se arrebatado numa visão: era o fim da missa de sua vida terrena. Levada para a sua cela, estendido sobre tábuas nuas com um pedaço de madeiro por travesseiro, entrou em agonia. Exalou o seu último suspiro em 24 de Dezembro, para iniciar o seu Natal no céu.

Foi canonizado em 1977, pelo papa Paulo VI, que rompeu com a tradição de quatro séculos, na qual a Igreja de Roma excluía os santos maronitas de seu calendário.

Um estranho fenômeno ocorreu com seu corpo até a sua beatificação: seu corpo transpirou sangue como se ainda estivesse vivo. O túmulo de São Charbel é visitado constantemente e é chamado de Lourdes do Líbano.

Oração: Pai Eterno, por São Charbel, eu Vos rogo a graça de que tanto necessito. Concedei-me, por Vosso poder, o dom da oração e crescimento espiritual, pois somente unido a Vós eu posso discernir o que é bom para mim e qual caminho devo tomar. Amém.

São Charbel, rogai por nós!

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Série Espiritualidade: De como não se deve dar crédito a todos, e quão facilmente faltamos nas palavras

Do livro “Imitação de Cristo”

Socorrei-nos, Senhor, na tribulação, porque é vão o auxílio humano (Sl 59,3). Oh! Quantas vezes procurei em vão fidelidade, onde cuidava que a havia! Ah! Quantas vezes a encontrei onde menos a esperava! Vã é, pois, a esperança que se põe nos homens; em vós, meu Deus, está a salvação dos justos. Bendito sejais, Senhor meu Deus, em tudo que nos sucede. Nós somos fracos e inconstantes, facilmente nos enganamos e mudamos.

Que haverá tão cauteloso e vigilante em todas as coisas, que alguma vez não caia em perturbação ou engano? Mas aquele que em vós, Senhor, confia, e vos procura de coração sincero, não cai tão facilmente. E se vier a cair em alguma tribulação, de qualquer sorte que esteja embaraçado nela, prontamente será por vós libertado ou consolado, porquanto não desamparais para sempre a quem em vós espera. Raro é o amigo fiel que persevera em todas as tribulações de seu amigo. Vós, Senhor, sois o único amigo fidelíssimo e não se acha outro igual.

Oh! bem o soube aquela alma santa (Santa Águeda) que disse: “Meu coração está firmado e fundado em Cristo!” Se assim fora comigo, não me perturbaria tão facilmente o temor humano, nem me abalariam as flechas das más palavras. Quem pode prever tudo e precaver-se contra os males futuros? Se os males previstos já ferem tanto, quanto mais os imprevistos causarão feridas dolorosas! Mas por que motivo, sendo eu tão miserável, não me acautelei melhor? Por que tão facilmente dei créditos aos outros? Entretanto, somos homens e nada mais que homens fracos, ainda que muitos se julguem e chamem anjos. A quem hei de crer, Senhor? A quem senão a vós? Vós sois a verdade que não engana nem pode ser enganada. Ao passo que está escrito: “Todo homem é mentiroso (Sl 115,2), fraco, inconstante, inclinado a pecar, mormente em palavras, de sorte que mal se deve logo acreditar o que, à primeira vista, parece verdadeiro”.

Quão prudentemente nos aconselhastes que nos acautelássemos dos homens, e nos dissestes que “os inimigos do homem são os que com ele moram” (Mt 10,36), que não devemos dar crédito se alguém nos disser: Aqui está Cristo! Ou está acolá! À minha custa aprendi esta verdade, e queira Deus que me sirva de maior cautela e não para dar provas de maior insensatez! Toma cuidado, diz-me alguém, e guarda para ti o que te digo. E enquanto me calo e guardo segredo, não pode guardar silêncio aquele que me pediu segredo, senão logo descobre a si e a mim e lá se vai. De homens tais, palradores e desacautelados, livrai-me, Senhor, para que não caia em suas mãos nem cometa semelhantes faltas. Ponde em minha boca palavras sérias e sinceras, e apartai de mim o embuste da língua. A todo custo devo evitar o que não quero aturar dos outros.

Oh! Como é bom, para viver em paz, calar dos outros, não crer tudo indiferentemente, nem repeti-lo logo a outrem; abrir-se a poucos e buscar sempre a vós, o perscrutador do coração; não se mover com qualquer sopro de palavra, mas desejar que todas as coisas exteriores e interiores se façam conforme o beneplácito da vossa vontade. Que meio seguro para conservar a divina graça, fugir do que cai na vista dos homens, e não desejar o que possa granjear-nos a admiração dos homens, antes procurar, com toda solicitude, o que serve para emenda da vida e fervor da alma! A quantos prejudicou a virtude divulgada e prematuramente elogiada! Quanto proveito, porém, traz conservar a graça do silêncio, durante esta vida tão frágil, que não é mais que contínua tentação e peleja!

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JMJ: a contagem regressiva já começou!

Estamos a menos de um ano deste evento que mudará a vida da Igreja no Brasil!

“A Jornada Mundial da Juventude em Madrid renovou nos jovens o chamado a serem o fermento que faz a massa crescer, levando ao mundo a esperança que nasce da fé. Sede generosos ao dar um testemunho de vida cristã, especialmente em vista da próxima Jornada no Rio de Janeiro”.

Essas foram as palavras proferidas pelo Papa Bento XVI, durante a audiência geral no dia 24 de agosto de 2011, por ocasião do anúncio do lema da Jornada Mundial da Juventude Rio2013: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19).

Este é o convite que ressoa para cada um de nós, brasileiros, batizados e que amamos a Santa Igreja Católica Apostólica Romana. O Santo Padre nos convoca a ser “fermento na massa” e através do testemunho de vida cristã, abraçar a missão de fazer discípulos. Somos chamados a multiplicar a alegria do Cristo Ressuscitado, a defender a vida, a verdade e a justiça. Através da Jornada Mundial da Juventude, gritaremos para o mundo que Jesus é nosso Salvador, nossa vida e alegria.

A evangelização exprime a identidade, a vocação própria da Igreja, sua missão essencial: “Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, sua mais profunda identidade.” (cf. Papa Paulo VI, “Evangelii nuntiandi”, 14) Por esta razão. Os cristãos não podem permanecer passivos. É preciso colocar toda a Igreja em “estado permanente de missão”.

Quem é o discípulo? É aquele que recebe os ensinamentos do Mestre, de coração aberto e ouvidos atentos.  Mas antes que a pessoa seja elevada à condição de discípulo, ela deve ser apresentada ao Mestre. Quando a Igreja no Brasil foi incumbida de sediar a Jornada, recebeu a missão de conduzir as pessoas pela mão e apresentar-lhes “o rosto jovem do Cristo” (cf. Papa João Paulo II).

O arcebispo do Rio de Janeiro, D. Orani, enfatiza:

“Somos chamados a sermos testemunhas que em Cristo nós encontramos a vida, e mesmo diante das dificuldades e no mundo hostil em que vivemos não se pode deixar de anunciar a Boa Nova, não só na Jornada, mas desde agora”.

Faltam 363 dias! Por isso pergunto:  E você, como está se preparando para a JMJ?

Aqui vão algumas sugestões para a ação: Voluntariado, acolhida de peregrinos, grupos de intercessão, divulgação, oração pelos jovens e pelo Papa, montagem de caravanas, participar das atividades da sua paróquia, como as vigílias de adoração…  Se você tiver disponibilidade, Jesus mostrará para você a melhor maneira de ajudar a “fazer discípulos” para Ele.

Vamos lotar o Rio de Janeiro e mostrar que é possivel ser um jovem (claro, você pode se considerar jovem, se estiver entre 0 a 130 anos!), vivendo uma vida sadia, responsável, comunicando a beleza e a alegria de ser discípulo do Senhor!

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