Hoje antes da oração do Ângelus, o Papa pediu aos fiéis que redescubram a importância de saciar não só a fome material, mas também, e, sobretudo, a fome mais profunda que é a de Deus, da verdade e de amor através da participação na Santa Mesa Eucarística, sempre de forma fiel e responsável.
O Papa salientou que “Jesus não é um rei da terra que exerce o domínio, mas um rei que serve, que se curva até o homem para saciar não só a fome material, mas, sobretudo, a fome de algo profundo, a fome de orientação, de sentido, de verdade, a fome de Deus”, disse.
Ao explicar o milagre dos pães, o Santo Padre assinalou que “Jesus não nos pede aquilo que não temos, mas nos faz ver que se cada um oferece aquele pouco que tem, o milagre pode sempre acontecer: Deus é capaz de multiplicar o nosso pequeno gesto de amor e nos tornar participantes do seu dom”?
A insistência sobre o tema do “pão” que é partilhado e o render graças evocam a Eucaristia, o Sacrifício de Cristo para a salvação do mundo. O evangelista observa que a, Páscoa, a festa, estava próxima. O olhar se orienta para a Cruz, o dom de amor, e para a Eucaristia, a perpetuação deste dom: Cristo se faz pão de vida para os homens”, completou o Pontífice.
Citando Santo Agostinho, o Papa afirmou que “para que o homem pudesse comer o pão dos anjos, o Senhor dos anjos se fez homem. Se Ele não se fizesse homem não teríamos seu corpo; não tendo o corpo propriamente dele, não comeríamos o pão do altar”, assim sendo a Eucaristia “é o permanente grande encontro do homem com Deus, no qual o Senhor se faz alimento, dá a Si mesmo para nos transformar Nele”.
O Papa ressaltou que na cena da multiplicação, se destaca também a presença de um garoto que, diante da dificuldade de alimentar tanta gente, coloca em comum o pouco que tinha: cinco pães e dois peixes. “O milagre não se realiza do nada, mas de uma primeira e modesta partilha daquilo que um simples garoto tinha consigo. Jesus não nos pede aquilo que não temos, mas nos faz ver que se cada um oferece aquele pouco que tem, o milagre pode sempre acontecer: Deus é capaz de multiplicar o nosso pequeno gesto de amor e nos tornar participantes do seu dom”, afirmou o Papa.
E finalizou: “Queridos irmãos e irmãs, peçamos ao Senhor que nos faça redescobrir a importância de nos nutrir do corpo de Cristo, participando fielmente e com grande consciência da Eucaristia, para estarmos sempre mais intimamente unidos a Ele. Ao mesmo tempo, rezemos para que jamais falte a ninguém o pão necessário para uma vida digna e sejam abatidas as desigualdades não com as armas da violência, mas com a partilha e o amor”.
Ao final do Ângelus o Pontífice lembrou a todos os jovens do mundo que dentro de um ano tem um encontro marcado entre os dias 23 e 28 julho de 2013 no Brasil, na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que acontecerá no Rio de Janeiro. “Trata-se de uma preciosa ocasião para tantos jovens experimentarem a alegria e a beleza de pertencer à Igreja e viverem a fé”.
O Papa falou de sua expectativa: “Aguardo com esperança este evento, e desejo animar e dar as graças aos organizadores, especialmente à Arquidiocese do Rio do Janeiro, por seu compromisso na preparação com vivacidade a acolhida de quão jovens de todo o mundo tomarão parte neste encontro eclesial tão importante”.
Neste final de semana aconteceu o maior evento pré-JMJ realizado até o momento no Brasil. O Encontro “Preparai o Caminho”, que reuniu milhares de jovens no estádio do Maracanãzinho, no Rio de janeiro.
O Encontro foi marcado pelas celebrações eucarísticas com a participação do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni d’Aniello, do Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta e de Dom Raymundo Damasceno, presidente da CNBB. Bem como, pelos concertos, conferências e o lançamento de uma campanha de arrecadação de fundos para a JMJ.
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