Vem ai o Estatuto da diversidade sexual.Prepare-se para tirar o nome dos seus pais da carteira de identidade!

Tirar o nome de seus pais da carteira de identidade? Se o estatuto for aprovado, é o que acontecerá!

Passamos o período das eleições. Agora quem ganhou, ganhou, quem perdeu, perdeu. Não existe choro nem vela. Se eu e você votamos corretamente, só o tempo dirá. Todo caso o que me preocupa não são as pessoas eleitas, mas o que elas vão fazer com o poder que nós – sociedade – demos a ela. Porém não quero falar aqui das eleições municipais, mas de um projeto que está rodando a nossa sociedade e se apresenta como um perigo para as nossas famílias: O estatuto da diversidade sexual. Mas o que é isso?

O estatuto da diversidade sexual é mais uma investida do movimento gayzista para implantar no Brasil uma espécie de ditadura totalitária gay. A proposta foi elaborada com contribuições de movimentos sociais e é endossada pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Os principais pontos de projeto são bastante polêmicos pois desejam mudar a estrutura de valores que consideramos fundamentais, entre eles a família. Veja quais são estes tópicos:

  • Acabar com a família tradicional – O conceito de família é pai, mãe e filhos. A ideia é acabar com este conceito e fazer com que as famílias possam ser constituídas de dois homens e duas mulheres e não necessariamente de duas mães ou dois pais;
  • Retirar os termos “pai” e “mãe” dos documentos – Uma vez que a pessoa possa ter dois “pais” ou duas “mães”, é melhor tirar o nome deles da carteira para não constranger a pessoa;
  • Acabar com as festas tradicionais das escolas (dia dos pais, das mães) – Para “não constranger” os que não fazem parte da família tradicional;
  • A partir de 14 anos, os adolescentes disporão de cirurgia de mudança de sexo custeada pelo SUS – Eu estou com um cirurgia marcada para tirar uma pinta pelo SUS faz um ano. Para isso eles não tem dinheiro, mas para um adolescente mudar de sexo eles vão ter…

Além disso, o estatuto abriria uma brecha para a tal ideologia de gênero. Se você não sabe o que é isso clique aqui para saber mais.

Outro aspecto bastante questionável é o fato deste estatuto prever uma cota de trabalho em organismos públicos para travestis e transsexuais. Ou seja, não adianta você estudar para passar em um concurso público, pois alguém com menos preparo poderá assumir sua vaga se ele (ou ela) se declarar travesti ou transsexual. Isso quem afirma não sou eu, mas Maria Berenice Dias, presidente da Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Veja um trecho de sua entrevista no site Athos GLS (não aconselho que acessem. apenas quis mostrar que a entrevista é real):

“Está prevista uma cota no mercado de trabalho para travestis e transexuais, na atividade pública. Nos presídios, deve haver um cuidado com o lugar onde essa população fica. Aqui no Rio Grande do Sul, travestis e transexuais ficam em celas separadas, mas ficam dentro de um presídio masculino, quando deveriam ficar no presídio feminino.”

Eu particularmente me pergunto sobre como seria um presídio que abrigasse mulheres e travestis, e um outro que abrigasse homens e lésbicas. Um tanto quanto estranho na minha opinião… Além do mais, se já existe uma cota para negros e agora tivermos também uma cota para gays, o que vai restar para o resto da população? Bom se você quiser saber o conteúdo deste estatuto, entre no blog do Carmadélio clicando aqui.

Hoje este estatuto já foi entregue a OAB e agora precisa de 1% de assinaturas do total de eleitores do país para ser levado a diante. Traduzindo: 1,4 milhões de assinaturas. Eles querem fazer com esta lei, o mesmo que foi feito com a Ficha Limpa (conseguir o número de assinaturas que permite ser entregue como um projeto de iniciativa popular). A bancada LGTB já está se mobilizando para isso e em 2013 eles devem trabalhar forte para conseguir estas assinaturas. Além disso, a lei conta com o apoio das ministras Marta Suplicy (Cultura) e Eleonora Menicucci (Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres).

Vale a pena ressaltar que a nível municipal, a ABGLT terá alguns aliados a mais: Entre as 155 candidaturas de representantes assumidamente homossexuais em 2012, cerca de 10% foram eleitas no país. Foram eleitos gays, lésbicas, transexuais e travestis para vereadores em diversas cidades brasileiras. Os campos da esquerda, com destaque para PT (Partido dos trabalhadores) e PSB (Partido Socialista Brasileiro), foram os partidos que mais apresentaram candidatos coloridos.

Acho que o povo cristão (e aqui incluo os católicos e protestantes) precisa começar a pensar em como fazer para que este estatuto medonho não seja aprovado, ou senão, preparar-se para tirar o nome da sua mãe e do seu pai da sua carteira de identidade… lamentavelmente!

Que Nossa Senhora proteja o Brasil!

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Você sabe de onde surgiu o Cerco de Jericó e como ele pode derrubar muralhas em sua vida?

Para obter a graça da visita do Papa João Paulo II a sua terra natal, que era comunista e não via com bons olhos a presença do Pontífice naquele país, alguns piedosos poloneses organizaram a pedido de Nossa Senhora aquilo a que chamam o Cerco de Jericó, o qual consiste num incessante “assalto” de rosários, durante sete dias e seis noites, rezados diante do Santíssimo exposto.

E, por que “Cerco de Jericó?

No Antigo Testamento, depois da morte de Moisés, Deus escolheu Josué para conduzir o povo hebreu, e disse à Josué que atravessasse o Jordão com todo o povo e tomasse posse da Terra Prometida.

A cidade de Jericó era uma fortaleza, e ao chegar junto às muralhas de Jericó, Josué ergueu os olhos e viu um Anjo, com uma espada na mão, que lhe deu ordens concretas e detalhadas. Josué e todo Israel executaram fielmente as ordens recebidas: durante seis dias, os valentes guerreiros de Israel deram uma volta em torno da cidade. No sétimo dia, deram sete voltas. Durante a sétima volta, ao som da trombeta, todo o povo levantou um grande clamor e, pelo poder de Deus, as muralhas de Jericó caíram… (cf. Js 6).

Tudo começou quando o Santo Padre João Paulo II confirmou sua visita à Polônia em 8 de maio de 1979, para o 91º aniversário do martírio de Santo Estanislau, bispo de Cracóvia. Era a primeira vez que o Papa visitava o seu país, sob o regime comunista; era uma visita importantíssima e muito difícil. Aqui começaria a ruína do comunismo ateu e a queda do muro de Berlim.

Em fins de novembro de 1978, sete semanas depois do Conclave que o havia eleito Papa, Nossa Senhora do Santo Rosário teria dado uma ordem precisa a uma alma privilegiada da Polônia: “Para a preparação da primeira peregrinação do Papa à sua Pátria, deve-se organizar na primeira semana de maio de 1979, em Jasna Gora (Santuário Mariano), um Congresso do Rosário: sete dias e seis noites de Rosários consecutivos diante do Santíssimo Sacramento exposto.”

No dia da Imaculada Conceição (8 de dezembro de 1978), Anatol Kazczuck, daí em diante promotor desses Cercos, apresentou a ordem da Rainha do Céu a Monsenhor Kraszewski, bispo auxiliar da Comissão Mariana do Episcopado. Ele respondeu: “É bom rezar diante do Santíssimo Sacramento exposto; é bom rezar o Terço pelo Papa; é bom rezar em Jasna Gora. Podeis fazê-lo.”

Anatol apresentou também a mensagem de Nossa Senhora a Monsenhor Stefano Barata, bispo de Czestochowa e Presidente da Comissão Mariana do Episcopado. Ele alegrou-se com o projeto, mas aconselhou-os a não darem o nome de “Congresso”, para maior facilidade na sua organização. Então, deu-se o nome de “Cerco de Jericó” a esta iniciativa.

O padre-diretor de Jasna Gora aprovou o projeto, mas não queria que se realizasse em maio por causa dos preparativos para a visita do Santo Padre. Dizia ele: “Seria melhor em abril.” e então respondeu o Sr. Anatol “Mas a Rainha do Céu deu ordens para se organizarem esses Rosários permanentes na primeira semana de maio”. O padre aceitou, recomendando-lhe que fossem evitadas perturbações.

A Santíssima Virgem sabia bem que o Cerco de Jericó em maio não iria perturbar a visita do Papa, porque ele não viria. E, logo a seguir, as autoridades recusaram o visto de entrada no país ao Santo Padre, como tinham feito a Paulo VI em 1966. O Papa não poderia visitar a sua Pátria.

Foi, então, com redobrado fervor que se organizou o “assalto” de Rosários. E, no dia 7 de maio, ao mesmo tempo que terminava o Cerco, caíram “as muralhas de Jericó”. Um comunicado oficial anunciava que o Santo Padre visitaria a Polônia de 2 a 10 de junho. Sabe-se como o povo polonês viveu esses nove dias com o Papa, o “seu” Santo Padre, numa alegria indescritível!

No dia de 10 de junho, João Paulo II terminava a sua peregrinação, consagrando, com todo Episcopado polonês, a nação polaca ao Coração Doloroso e Imaculado de Maria, diante de um milhão e quinhentos mil fiéis reunidos em Blonic Kraskoskic.

Depois dessa estrondosa vitória, a Santíssima Virgem ordenou que se organizassem Cercos de Jericó todas as vezes que o Papa João Paulo II saísse em viagem apostólica. “O Rosário tem um poder de exorcismo”, dizem os nossos amigos da Polônia, “ele torna o demônio impotente.”

Por ocasião do atentado contra o Papa, em 13 de maio de 1981, os poloneses lançaram de novo um formidável “assalto” de Rosários e obtiveram o seu inesperado restabelecimento. Mais uma vez, as muralhas de ódio de Satanás se abatiam diante do poder da Ave-Maria.

Em várias partes do mundo estão sendo realizados agora Cercos de Jericó. A 2 de fevereiro de 1986, aquela mesma alma privilegiada recebia outra mensagem da Rainha Vitoriosa do Santíssimo Rosário: “Ide ao Canadá, aos Estados Unidos, à Inglaterra e à Alemanha para salvar o que ainda pode ser salvo.” Nossa Senhora pede que se organizem os Rosários permanentes e os Cercos de Jericó, se queremos ter certeza da vitória.

Ana Paula Missias – Blog Dominus Vobiscum

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JMJRio2013: Entrevista com Guilherme Souza, finalista do concurso #MinhaCamisaNaJMJ

Olá pessoal! Graça e Paz!

Trazemos hoje uma entrevista com o jovem Guilherme Souza, integrante da Equipe do Blog Dominus Vobiscum (categoria Santo do Dia), o qual nos contará um pouco do seu testemunho de ser um jovem evangelizador na Igreja Católica e suas expectativas em relação à Jornada Mundial da Juventude que ocorrerá no Rio de Janeiro em julho de 2013.

– Fale-nos um pouco sobre você. O que você faz, qual a sua história e experiência de “ser Igreja”?

Meu nome é Guilherme, tenho 23 anos, sou formado em Design Gráfico, atualmente trabalho com Comércio Exterior. Não vou falar do meu lado profissional, mas sim da minha vivência na Igreja. Desde pequeno sempre fui muito participante: como coroinha, participando de grupos de jovens, grupo de oração, até que depois de um tempo, fui conhecer o mundão e fiquei afastado alguns anos. Com a graça de Deus através de um retiro da PJ voltei ao meu lugar: na Igreja Católica Apostólica Romana.

Hoje sou coordenador da PJ (leia-se, um novo estilo de pastoral), fui membro da comissão diocesana da PJ e agora sou membro da coordenação do Setor Juventude, aqui na Diocese de Marília/SP (www.diocesedemarilia.org.br). Temos vários projetos na Pastoral da Juventude, com a participação da Missão Resgate Jovem, como o Projeto Ide! (que tem levado a Boa Nova nas casas dos jovens da nossa comunidade) e o Luau da Juventude (uma ideia antiga da PJ que demos uma renovada e a cada dia que passa, mais pessoas participam).

Sou chamado a ser Igreja como Jesus Cristo nos pede, como o Beato João Paulo II reforçou e como Bento XVI vem clamando aos jovens: “Sem deixar de ser jovem, seja santo”!

– Você já foi a uma Jornada Mundial da Juventude? O que te chama a atenção neste Encontro da Juventude com o Papa? Qual foi a JMJ que mais te marcou até agora? O que você espera da JMJ Rio 2013?

Nunca participei de uma Jornada pessoalmente, mas desde quando conheci, procurei saber mais e mais sobre cada uma delas. Sempre fui muito apaixonado pelas Jornadas, na verdade, por todos os eventos que envolvem muita gente com o objetivo de levar a Palavra de Deus às pessoas. Isso me fascina! E as Jornadas chegaram como um barco chega à beira-mar: tomando conta do espaço…

A JMJ Madrid 2011 me motivou por tudo! Vários amigos e irmãos estiveram lá e me ensinaram muito!

E chegou a JMJ Rio 2013, que será um momento único para os jovens se encontrarem e partilharem sobre Deus, Igreja e a vivência do jovem no mundo.

– Em outubro, você participou do concurso movimentou o Facebook e o Twitter, cujo objetivo era escolher três artes para estampar camisetas oficiais da JMJ Rio2013. Jovens do Brasil todo enviaram as artes, as quais foram avaliadas por uma comissão incumbida para escolher os dez modelos que passaram para a segunda etapa. Estas dez artes foram expostas no Facebook oficial da JMJ 2013, para votação pública e finalmente aconteceu a eleição das três camisetas vencedoras que serão confeccionadas como camisetas oficiais da JMJ.

Então, Guilherme, você foi para a final e sua camiseta ficou entre as três selecionadas. Como é a experiência de ter a sua arte estampada na camiseta da JMJ Rio 2012?

O Concurso #MinhaCamisaNaJMJ chegou com bons olhos na minha tela do computador. Nunca tive muita vontade de participar desses concursos porque existem vários artistas, profissionais, pessoas mais dedicadas e merecedoras, mas resolvi arriscar e com a graça de Deus e ajuda dos amigos minha camiseta foi uma das três escolhidas!

(Camiseta 3, com 480 votos):

Imagem: Rio2013.com

– Qual é a mensagem que você deixa para os nossos jovens e demais leitores do Blog Dominus Vobiscum?

Jovem, nunca desista de nada na sua vida! Tudo é possível! Diante de Deus, com Deus, por Deus e em Deus tudo nós podemos ser e conquistar (mas, lembre-se: o essencial, aquilo que precisamos). Seja ousado pelo poder que vem do Alto, seja ferramenta nas mãos do Espírito Santo de Deus, com o auxílio de Maria Santíssima!

Valeu, Guilherme! Continue mostrando ao mundo que vale a pena ser de Deus!

Taís Salum – Equipe do Blog Dominus Vobiscum

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Vida de Hilarião:: Escritos de São Jerônimo – Capítulo 2

“Uma rosa entre os espinhos”. Assim São Jerônimo começa a descrever São Hilarião. Podemos observar que, no primeiro capítulo, São Jerônimo esmiuçou (em detalhes) desde a partida de São Hilarião à Alexandria até sua ida ao deserto.

Neste período de deserto, vimos que Hilarião se dedica a permanecer firme em sua Fé que aumentou nos tempos em que observava Antonio em seu dia-a-dia.

São Jerônimo, iluminado pelo Espírito Santo, nos descreve em riqueza de detalhes como viveu São Hilarião, desde as roupas usadas até em como cortava seus próprios cabelos, passando pelo tipo de comida, quantidade, frequência…

Em meios aos detalhes, é importante ressaltar que as tentações espreitavam São Hilarião em todos os momentos.

Um dos ensinamentos do primeiro capítulo que podemos tirar é que “Vida em Oração”, “Jejum” e “Conhecimento da Palavra” nos coloca a cada dia mais em direção à Santidade. Tomados destas gotas que São Jerônimo nos presenteou, vamos ler mais um capítulo!!!

A PRIMEIRA SÉRIE DE MILAGRES

A mulher sem filhos. Já estava há vinte e dois anos no deserto e sua fama era conhecida por todos, eis que difundida por todas as cidades da Palestina. Uma mulher de Eleuterópolis, a quem o marido desprezava em razão da sua esterilidade (durante quinze anos de matrimônio não foi capaz de produzir frutos), foi a primeira que se atreveu a apresentar-se diante de Hilarião e – sem que ele pudesse imaginar algo semelhante – repentinamente se atirou aos seus pés e lhe disse: “Perdoa o meu atrevimento, mas considera a minha necessidade. Por que afastas de mim os teus olhos? Por que foges de quem te suplica? Não me vejas como uma mulher, mas como uma aflita. O meu sexo gerou o Salvador; não são os sadios que precisam de médico, mas os doentes”. Finalmente, Hilarião lhe deu atenção – depois de tanto tempo sem ver mulher – e lhe perguntou o motivo da sua vinda e das suas lágrimas. Uma vez informando, levantou os olhos para o céu e a exortou a ter confiança e, em lágrimas, a despediu. Após um ano, teve um filho.

Aristenete. O início de seus milagres se fez ainda mais célebre quando ocorreu outro ainda maior. Quando Aristenete, mulher de Helpídio (que depois foi prefeito do pretório), muito conhecida entre os seus e mais ainda entre os cristãos, regressava com seu marido e seus três filhos após ter visitado Santo Antonio, se deteve em Gaza por causa de uma enfermidade que os havia atacado. Ali, seja pelo ar contaminado, seja – como depois de manifestou – para a glória do servo de Deus, Hilarião, todos foram atacados ao mesmo tempo por febres altas e os médicos já não esperavam recuperação. A mão jazia, gemendo em alta voz, e ia de um filho a outro, semelhantes já a cadáveres, sem saber a qual chorar primeiro. Ouvindo dizer que no deserto próximo havia um monge, deixando de lado a sua fama de senhora respeitável – considerando apenas seu instinto materno – para lá se dirigiu acompanhada de donzelas e eunucos. Seu marido, a duras penas, conseguiu que efetuasse a viagem montada sobre um asno. Quando chegou à presença de Hilarião, lhe disse: “Em nome de Jesus, nosso misericordiosíssimo Deus, te conjuro por sua cruz e por seu sangue que me devolvas os meus três filhos e assim seja glorificado o nome do Senhor Salvador nesta cidade pagã. Que seu servo entre Gaza e Marnas seja destruído”. Ele resistia, dizendo que nunca saíra de sua cela e que não estava habituado a entrar nas cidades, nem sequer em uma aldeia. Ela, prostrada na terra, dizia várias vezes: “Hilarião, servo de Cristo, devolva-me os meus filhos. Antonio os teve em seus braços no Egito; salvai-os tu na Síria”. Todos os presentes choravam e ele também, negando, chorou. “Que mais posso dizer?”. A mulher não partiu enquanto ele não prometesse que entraria em Gaza após o pôr-do-sol. Quando chegou ali, fazendo o sinal da cruz sobre o leito de cada um e sobre os membros acometidos pela febre, invocou o nome de Jesus e – coisa admirável! – de imediato, o suor dos enfermos começou a brotar de três fontes. Então, nessa mesma hora, se alimentaram e, reconhecendo à sua mãe que chorava, beijaram as mãos do santo, bendizendo a Deus. Quando isto aconteceu e a notícia se espalhou por todos os cantos, se dirigiram a ele multidões da Síria e do Egito, de modo que muitos passaram a crer em Cristo e abraçaram a vida monástica. Todavia, não existia monastérios na Palestina e ninguém na Síria havia conhecido um monge antes de Hilarião. Ele foi o fundador e o primeiro mestre deste estilo de vida e desta ascese naquela província. O Senhor Jesus tinha no Egito o ancião Antonio e, na Palestina, o jovem Hilarião.

Um cego vê. Facídia é um bairro de Rhinocorura, cidade do Egito. Dali levaram ao beato Hilarião uma mulher cega desde os dez anos de idade. Lhe foi apresentada por vários irmãos, muitos dos quais eram monges. Ela lhe disse que havia gasto todos os seus bens com médicos. Então ele lhe disse: “Se tivesses dado aos pobres o que perdeste com médicos, Jesus, o verdadeiro médico, te teria curado”. Como ela gritava pedindo misericórdia, ele tocou seus olhos com saliva e, em seguida, a exemplo do Salvador, ocorreu o milagre da cura.

O cocheiro de Gaza. Também um cocheiro de Gaza, que ia sentado em sua carruagem, foi atacado por um demônio. Caiu completamente imóvel, a ponto de não poder mover as mãos nem dobrar os joelhos. Colocado sobre um leito e podendo apenas mover a língua para orar, ouviu o que lhe foi dito [por Hilarião]: que não poderia sarar se não cresse em Jesus e prometesse renunciar à sua antiga profissão. Ele creu, prometeu e foi curado; e se alegrou mais pela saúde da sua alma que da de seu corpo.

Marsitas. Havia um jovem forte chamado Marsitas, do território de Jerusalém, que se gabava de possuir uma força tão grande que podia carregar durante muito tempo e por um longo caminho quinze módios de trigo. Se gloriava de possuir uma força superior à dos eqüinos. Estava possuído por um demônio muito mau e nada podia detê-lo: correntes, grilões, celas ou portas. Com suas mordidas, havia arrancado fora o nariz ou as orelhas de muitos. A um cortou os pés e a outros, a garganta. A tal ponto aterrorizava a todos que, amarrado com cordas e correntes o arrastaram ao monastério, como que a um touro enfurecido. Quando os irmãos o viram, cheios de terror – era um homem de extraordinário porte físico – avisaram o pai [Hilarião]. Este, permanecendo sentado, ordenou que o trouxessem e que o soltassem. Uma vez que o deixaram, lhe disse: “Inclina a cabeça e vem”. Ele começou a tremer e a dobrar o joelho, e nem sequer se atrevia a olhar Hilarião. Deposta sua ferocidade, começou a lamber os pés daquele que estava sentado. Assim, o demônio que havia possuído o jovem, exorcizado e castigado, saiu dele ao final de sete dias.

Orión. Tampouco podemos nos calar no que se refere a Orión, homem importante e rico da cidade de Aila, situada junto ao mar Vermelho. Estava possuído por uma legião de demônios e foi conduzido a Hilarião. Suas mãos, joelhos, quadris e pés estavam acorrentados; seus olhos, torcidos e ameaçadores, expressavam a crueldade do seu furor. Enquanto o santo caminhava com os irmãos e lhes interpretava certa passagem da Escritura, aquele escapou das mãos que o sujeitavam e, tomando Hilarião pelas costas, o levantou às alturas. Um grande clamor brotou de todos, pois temeram que destroçasse seus membros debilitados pelo jejum. O santo, sorrindo, disse: “Fiquem tranqüilos; deixem-me na arena com o meu adversário”. E, assim, passando a mão sobre os seus ombros, tocou a cabeça de Orión e, tomando-o pelos cabelos, o trouxe até seus pés, retendo-o à sua frente, com ambas as mãos, e pisando os pés daquele com os seus pés. E repetia: “Retorce-te!”. E Orión gemeu e, ajoelhando-se, tocou o solo com sua cabeça. Hilarião disse: “Senhor Jesus: liberta este desgraçado, livra este cativo; assim como vences a um, podes vencer a muitos”. E ocorreu algo inaudito: da boca do homem saíram diversas vozes, como o clamor confuso de um povo. Uma vez curado, também este, pouco tempo depois, foi ao monastério com sua mulher e seus filhos, dar graças e levar muitos presentes. O santo, então, lhe disse: “Não leste sobre como sofreram Giezei e Simão, um por haver recebido e o outro por haver oferecido dinheiro? Aquele queria vender a graça do Espírito Santo; este outro, queria comprá-la”. E como Orión, chorando, insistia: “Toma e dá aos pobres”, Hilarião respondeu: “Tu podes distribuir teus bens melhor que eu, pois percorres as cidades e conheces os pobres. Eu, que abandononei o que era meu, por que vou desejar o alheio? Para muitos, o nome dos pobres é um ocasião de avareza; a misericórdia, ao contrário, não conhece artifícios. Ninguém dá melhor que aquele que não reserva nada para si”. Orión, entristecido, jazia em terra. Hilarião, então, lhe disse: “Filho, não te entristeças! O que faço por mim, faço também por ti. Se aceitasse esses presentes, ofenderia a Deus e a legião de demônios voltaria para ti”.

O paralítico de Maiuma. E como silenciar o que diz respeito a Zanano de Maiuma? Enquanto cortava pedras retiradas da orla do mar, não muito distante do monastério de Hilarião, para uma construção, foi atacado por uma paralisia em todos os seus membros. Seus companheiros de trabalho o conduziram ao santo. Sarou imediatamente e pôde retornar à sua obra. A costa que se extende da Palestina ao Egito, suave por sua natureza, se torna áspera em razão da areia que se endurece como pedra, tornando-se paulatinamente mais sólida. Então deixa de ser areia para o tato, ainda que continue conservando tal aparência.

Itálico, criador de cavalos. Itálico, cidadão cristão da mesma localidade, criava cavalos para o circo, competindo com um magistrado romano de Gaza, que era adorador do ídolo Marnas. Nas cidades romanas se conservava, desde os tempos de Rômulo, a recordação do rapto das Sabinas, que fôra bem sucedido. Os cavaleiros, dirigindo carroças com quatro cavalos, percorrem sete vezes o circuito em honra de Conso, o deus dos conselhos. A vitória consiste em eliminar os cavalos do adversário. Como seu rival tinha um feiticeiro que, com seus encantamentos demoníacos, freava os cavalos daquele e estimulava a correr seus próprios cavalos, Itálico foi ver Hilarião e lhe suplicou não tanto para prejudicar ao adversário, mas para proteger seus animais. Ao venerável ancião não lhe pareceu razoável orar por um motívo tão fútil. Sorriu e lhe disse: “Por que não dás aos pobres o preço da venda dos teus cavalos, para a salvação da tua alma?”. Ele respondeu que se tratava de um emprego público que realizava não por vontade própria, mas por obrigação. Como cristão, não podia empregar artes mágicas, mas podia pedir ajuda a um servo de Cristo, especialmente contra os habitantes de Gaza, inimigos de Deus, que insultavam não tanto a ele como a Igreja de Cristo. A pedido dos irmãos que se encontravam presentes, Hilarião ordenou que enchessem de água o vaso de terracota em que ele costumava beber e o dessem àquele homem. Itálico o levou e roçou com ele o estábulo, os cavalos e seus cocheiros, o coche e as celas do recinto. Era extraordinária a expectativa do povo. O adversário ironizava, satirizando esse gesto, mas os partidários de Itálico exultavam, prometendo uma vitória segura. Dado o sinal, uns correram rapidamente enquanto que outros [, os do magistrado,] foram impedidos. Sob o coche daqueles, as rodas ardiam; estes, por outro lado, viam apenas o afastamento daqueles, que se adiantavam como se estivessem voando. Então se elevou um grandiosíssimo clamor entre a multidão, ao ponto que também os pagãos gritaram: “Marnas foi vencido por Cristo”. Os adversários de Hilarião, furiosos, pediram para que este, como feiticeiro dos cristãos, fosse levado ao suplício. A vitória indiscutível daqueles jogos de circo e os outros feitos precedentes foram ocasião para que um grande número de pagãos abraçassem a fé.

Uma jovem libertada de um encantamento mágico. Um jovem do mesmo mercado de Gaza, amava perdidamente uma virgem de Deus que morava ali perto. Não havia tido êxito nem com suas freqüentes bajulações, nem com seus gestos e assobios, nem outras coisas semelhantes que podem ser o começo para a morte da virgindade. Então foi a Mênfis para revelar sua ferida de amor, regressar e ver a donzela caída por artes mágicas. Depois de um ano, instruído pelos sacerdotes de Esculápio – que não curam as almas mas as perdem – retornou com o propósito de estuprá-la, como havia antecipado em sua imaginação. Enterrou sob o umbral da casa da donzela certas palavras e figuras estranhas gravadas sobre uma mina de bronze do Chipre. De repente, a virgem enlouqueceu, arrancou o véu, soltou os cabelos e, rangendo os dentes, chamava o jovem aos gritos. A veemência do amor havia se convertido em loucura. Então foi levada por seus pais ao monastério e recomendada ao ancião. O demônio uivava e declarava: “Sofri violência! Fui trazido aqui contra a minha vontade! Com meus sonhos enganei os homens em Mênfis! Quantas cruzes, quantos tormentos estou sofrendo! Me obrigas a sair, porém estou preso sob o umbral! Não posso sair se não me soltar o jovem que me retém!”. Então o ancião lhe disse: “Grande é a tua força por te reterdes em troca de um cordão de uma mina! Diz-me: por que te atreveste a entrar em uma donzela consagrada a Deus?”. Respondeu aquele: “Para conservá-la virgem”. [Disse Hilarião:] “Irás conservá-la? Tu, inimigo da castidade? Por que não entraste naquele que te enviou?”. Porém, ele respondeu: “Por que iria entrar nele, se ele já tem um colega meu, o demônio do amor?”. O santo quis purificar a virgem antes de mandar buscar o jovem e seus objetos mágicos. Assim não pareceria que o demônio só se retiraria porque os encantamentos foram pagos ou porque se dera crédito às palavras do demônio, justamente ele que assegurava que os demônios são mentirosos e astutos em fingimento. Por isso, depois de devolver a saúde à virgem, a repreendeu ásperamente por ter feito algo que permitiu ao demônio entrar nela.

Um oficial de Constâncio libertado. A fama do santo se havia espalhado não apenas pela Palestina e cidades vizinhas do Egito e Síria, mas já chegara às províncias afastadas. Um oficial do Imperador Constâncio, que pela cabeleira ruiva e brancura de seu corpo indicava a província de onde provinha (seu povo natal está situado entre os saxões e os alemães, região não tão extensa quanto forte, chamada Germânia pelos historiadores e, agora, França), há muito tempo, desde sua infância, estava possuído por um demônio que o obrigava a gritar durante a noite, a gemer e a ranger os dentes. Em segredo, pediu ao imperador um salvo-conduto para ver o ancião, indicando cuidadosamente o motivo. Também recebeu cartas para o governador da Palestina e foi conduzido a Gaza com grande honra e escolta. Quando perguntou aos decuriões desse lugar onde habitava o monge Hilarião, os cidadãos de Gaza ficaram aterrorizados, pensando que havia sido enviado pelo imperador. O levaram ao monastério para honrar ao emissário e, deste modo, se em algo tinham ofendido a Hilarião, com este gesto se desculpariam. Neste momento, o ancião passeava pelas areias suaves, murmurando para si os versos de algum salmo. Ao ver tanta gente que se aproximava, se deteve, saudou a todos e os abençoou com a mão. Depois de uma hora, despediu aos outros, que se foram, e disse ao visitante que ali ficasse com seus servidores e guardas. Pela expressão dos seus olhos e do seu rosto, compreendeu o motivo da sua vinda. De imediato, ante a pergunta do servo de Deus, o homem foi elevado ao alto, de modo que apenas tocava a terra com os pés, e, com um fortíssimo rugido, respondeu na língua síria, na qual foi interrogado. Viu-se sair da boca daquele bárbaro – que só conhecia a língua franca e a latina – palavras sírias com uma pronúncia bem pura. Não faltavam os estridores, nem as aspirações, nem nenhuma outra característica da linguagem palestinense. O demônio confessou de que modo havia entrado nele e, para que pudessem compreender os intérpretes, que só conheciam o grego e o latim, Hilarião também o interrogou em grego. Ele respondeu e fez alusão aos numerosos ritos de encantamento e procedimentos infalíveis das artes mágicas. Hilarião lhe disse: “Não me interessa saber como entraste, porém te ordeno que saias em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”. Quando foi curado, o bárbaro ofereceu, com ingenuidade, dez libras de ouro. Ele recebeu de Hilarião um pão de cevada e o ouviu dizer que quem comia desse pão considerava o ouro como barro.

Animais curados. Porém, não basta falar dos homens. Todos os dias levavam até ele animais furiosos. Por exemplo: um dia levaram-lhe um camelo de enorme tamanho, conduzido por mais de trinta homens e amarrado com fortes cordas, em meio a grandes gemidos. Já havia pisoteado a muitos. Seus olhos estavam cheios de sangue, saía espuma da sua boca e movia a língua inchada. Porém, o que atemorizava mais era o barulho dos seus ferozes rugidos. O ancião ordenou que o desamarrassem. Imediatamente, tanto os que haviam trazido [o animal], como os que estavam com o ancião, fugiram, sem exceção, para todas as direções. Então ele avançou ao encontro do animal e lhe disse: “Diabo, não me assustas com esse teu imenso corpo. Em uma raposa ou em um camelo, és sempre o mesmo”. E assim se mantinha firme, com a mão estendida. Quando a besta, furiosa, se cercou dele como que para devorá-lo, subitamente desaprumou e caiu com a cabeça sobre a terra. Todos os presentes se maravilharam ao ver tão repentina mansidão, após tanta ferocidade. O ancião os ensinava que, para prejudicar os homens, o diabo atacava também os animais domésticos; que nutria um ódio tão grande contra os homens que queria fazê-los perecer, não apenas eles, como também suas posses. Para ilustrar isto, propunha o exemplo de Jó: antes de obter a permissão para tentar [o homem], o diabo havia destruído todos os seus bens. E a ninguém devia perturbar o fato de que, por ordem do Senhor, dois mil porcos foram aniquilados pelos demônios. De outro modo, os que presenciaram esse fato não teriam acreditado que uma tal multidão de demônios pudesse sair de um só homem, se não vissem com seus próprios olhos, semelhante quantidade de porcos precipitando-se ao mar, ao mesmo tempo.

(Postagem: Paulo Praxedes – Equipe do Blog Dominus Vobiscum / Tradução: Carlos Martins Nabeto – Central de Obras do Cristianismo Primitivo)

Veja Também:: Prólogo | Capítulo 1

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Santo do Dia: Beata Maria Restituta Kafka

Beata Maria Restituta Kafka, rogai por nós!

Hoje a Igreja faz memória a diversos santos e beatos. Vamos falar um pouco desta que ainda não é santa, mas beata e nasceu com o nome de Helene, mas assumiu depois de entrar no convento de sua mãe e de uma mártir do primeiro século: Beata Maria Restituta Kafka

No dia 1º de maio de 1894 nasceu Helene, filha de Anton e Maria Kafka na cidade de Brno, atual República Checa. Naquele tempo a região chamava-se Morávia e estava sob o governo do imperador austríaco Francisco José.

No ano de 1896, a família Kafka transferiu-se para Viena, capital do Império. Helene concluiu os estudos com o diploma de enfermeira e o desejo de se tornar religiosa. Inicialmente ela conformou-se com a negativa dos pais, mas ao completar vinte anos, ingressou na congregação das Franciscanas da Caridade Cristã, com a benção da família. Como religiosa adotou o nome de sua mãe e o de uma mártir do primeiro século. Assim passou a chamar-se irmã Maria Restituta. Porém, logo recebeu o apelido carinhoso de “irmã Resoluta”, pelo modo cordial e decidido e por sua segurança e competência como enfermeira de sala cirúrgica e anestesista.

No hospital de Modling, em Viena, a religiosa se tornou uma referência para os médicos, enfermeiras e especialmente para os doentes, aos quais soube comunicar com lucidez o amor pela vida, na alegria e na dor.Irmã Restituta durante muitos anos serviu a Deus nos doentes, pelos quais se dedicou incansavelmente.

Em março de 1938, Hitler mandou o exercito ocupar a Áustria. Viena tornou-se uma das bases centrais do comando nazi alemão. Irmã Restituta colocou-se logo contrária a toda aquela loucura desumana. Não teve receio de mostrar que sendo favorável à vida não apoiaria jamais ao nazismo de Hitler, fosse qual fosse o preço. .Por isto, quando os nazis retiravam o Crucifixo também das salas de cirurgias, ela serenamente o recolocava no lugar, de cabeça erguida, desafiando o comando e os soldados nazistas. Como não se submetia e muito menos se “dobrava”, os nazis eliminaram-na. Foi presa em 1942.

Para ela, que era chamada irmã “Resoluta”, a prisão tornou-se uma espécie de lugar de graça, para honrar o nome com que se tinha consagrado: Restituta, aquela que foi restituída para Deus. Por isto, olhando para a força redentora da Cruz, a sua consciência da Vida Eterna tornou-se mais verdadeira no coração. A coragem que lhe era própria tornou-se mais firme. Irmã Resoluta esperou cinco meses na prisão para morrer.

Em 30 de março de 1943, foi decapitada. Para as franciscanas mandou uma mensagem: “Por Cristo eu vivi, por Cristo desejo morrer”. E na frente dos assassinos nazis, antes que o carrasco levantasse a mão que a mataria, irmã Restituta disse ao capelão: “Padre, me faça na testa o sinal da Cruz”.

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O Tempo Litúrgico

Saudações, povo católico! A seção “Liturgia” está de volta!!! E hoje vamos falar de um tema muito importante na nossa caminhada espiritual: o Tempo Litúrgico.

É por meio do Tempo Litúrgico que celebramos o Cristo nos diversos momentos do dia, da semana e do ano…

Assim dispõe a Instrução Geral sobre a Liturgia das Horas (OFÍCIO DIVINO – ORAÇÃO DAS HORAS, Renovado conforme o Decreto do Concílio Vaticano II e promulgado pelo Papa Paulo VI, ed. Vozes, Paulinas, Paulus, Ave-Maria, 2004. p. 18):

Cristo disse: “É preciso orar sempre, sem desfalecimento” (Lc 18,1). E a Igreja, seguindo fielmente esta recomendação, não cessa nunca de orar, ao mesmo tempo que nos exorta com estas palavras: “Por Ele (Jesus), ofereçamos continuamente a Deus o sacrifício de louvor” (Hebr 13,15). Este preceito é cumprido, não apenas com a celebração da Eucaristia, mas também por outras formas, de modo particular com a Liturgia das Horas. 

Entre as demais ações litúrgicas, esta, segundo a antiga tradição cristã, tem como característica peculiar a de consagrar todo o ciclo do dia e da noite (Cf. Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, nn. 83-84).

É deste modo que a Igreja, por meio da Sagrada Liturgia, busca, não apenas com a celebração da Santa Missa, mas também por meio do Ofício Divino, e demais orações como o Angelus, santificar o tempo, em louvor, honra e glória a Deus.

Para tanto, no decorrer de todo o tempo a Igreja Católica estabelece ciclos em comemoração à obra salvífica de Deus.

A semana também tem um ciclo, e neste ciclo temos o Domingo (Dies Domini – “Dia do Senhor”), primeiro dia da semana, como o dia mais importante, pois é nele que ocorre a celebração do Mistério Pascal de Cristo, visto que, já nos primeiros séculos, os cristão faziam, neste dia, a memória da ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Já no ciclo anual, a divisão do tempo, em linhas gerais, se dá da seguinte forma:

– Tríduo Pascal: é o cume de todo o ano litúrgico. Vai da Missa Vespertina da Ceia do Senhor, e encerra-se nas Vésperas do Domingo da Ressureição;

– Tempo Pascal: período de 50 (cinqüenta) dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes. Celebramos tal período como um único dia de festa e júbilo, um único Domingo;

– Quaresma: vai da Quarta-feira de Cinzas até a Missa da Ceia do Senhor, exclusive. É um período de 40 (quarenta) dias marcado pela penitência, oração, jejum, esmola e caridade, em preparação para a Páscoa. Neste período, não se cantam nem o Glória nem o Aleluia;

– Advento: significa “vinda”, “chegada”, e é o tempo de preparação alegre para o Natal. É formado por quatro Domingos e inicia-se após o último Domingo do Tempo Comum (Solenidade de Cristo Rei) e vai até o dia 24 de Dezembro (Vésperas do Natal);

– Natal: período que vai das Vésperas do natal até a festa do Batismo do Senhor. Comemoramos jubilosos o nascimento do Nosso Salvador, a vinda da Luz ao mundo;

– Tempo Comum: é o tempo de 33 (trinta e três) ou 34 (trinta e quatro) semanas no qual celebramos o Mistério de Cristo em sua plenitude. Inicia-se na Segunda-feira após o Domingo depois do dia 06 de Janeiro (Epifania do Senhor) e vai até a Terça-feira antes da Quaresma, recomeçando na Segunda-feira depois do Domingo de Pentecostes e finalizando novamente antes das primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento.

Por fim, no ciclo diário, fazendo uso da Liturgia presente no Ofício Divino (Liturgia das Horas), a Igreja santifica determinadas horas do dia, a saber (OFÍCIO DIVINO – ORAÇÃO DAS HORAS, Renovado conforme o Decreto do Concílio Vaticano II e promulgado pelo Papa Paulo VI, ed. Vozes, Paulinas, Paulus, Ave-Maria, 2004. p. 28, 29 e 32):

– As Laudes destinam-se a santificar o tempo da manhã.

O seu caráter de oração da manhã está belamente expresso nestas palavras de S. Basílio Magno:

“O louvor da manhã têm por fim consagrar a Deus os primeiros movimentos da nossa alma e do nosso espírito, de modo a nada empreendermos antes de nos alegrarmos com o pensamento de Deus, segundo o que está escrito: ‘Lembrei-me de Deus, e enchi-me de alegria’ (Salmo 76,4)”;

E ainda, para que o corpo não se entregue ao trabalho antes de fazermos o que está escrito: “Eu Vos invoco, Senhor, pela manhã, e ouvis a minha voz: de manhã vou à vossa presença e espero confiado” (Salmo 5,4-5) (S. Basílio Magno, Regulae fusius tractatae, Resp. 37, 3: PG 31, 1014).

Esta Hora, recitada ao despontar da luz de um novo dia, evoca também a Ressurreição do Senhor Jesus, a Luz verdadeira que ilumina todos os homens (cf. Jo 1,9), o “Sol de Justiça” (Mal 4,2), o “Sol nascente que vem do alto” (Lc 1,78). Neste sentido, compreende-se perfeitamente a recomendação de S. Cipriano:

“Devemos orar logo de manhã para celebrar, na oração matinal, a Ressurreição do Senhor” (S. Cipriano, De oratione dominica 35: PL 4, 561).

– As Vésperas celebram-se à tarde, ao declinar do dia “a fim de agradecermos tudo quanto neste dia nos foi dado e ainda o bem que nós próprios tenhamos feito” (S. Basílio, o. c.: PG 31, 1015).

Com esta oração, que fazemos subir “como incenso na presença do Senhor” e em que o “erguer das nossas mãos é como o sacrifício vespertino” (Cf. Salmo 140, 2), recordamos também a obra da Redenção.

“Num sentido mais sagrado, pode ainda evocar aquele verdadeiro sacrifício vespertino que o nosso Salvador confiou aos Apóstolos na última Ceia, ao inaugurar os sacrossantos mistérios da Igreja, quer aquele sacrifício vespertino que, no dia seguinte, no fim dos tempos, Ele ofereceu ao Pai, erguendo as mãos para a salvação do mundo inteiro” (Cassiano, De Institutione coenob., L. 3, c. 3: PL 49, 124. 125).

Finalmente, no sentido de orientar a nossa esperança para a luz sem crepúsculo…

“oramos e pedimos que sobre nós brilhe de novo a luz, imploramos a vinda de Cristo, que nos virá trazer a graça da luz eterna” (S. Cipriano, De Oratione dominica, 35: PL 4, 560).

Nesta hora, unimos as nossas vozes às das Igrejas orientais, cantando:

“Luz esplendente da santa glória do Pai celeste e imortal, santo e glorioso Jesus Cristo! Chegada a hora do sol poente, contemplando a estrela vespertina, cantamos ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo…”.

– As Completas são a última oração do dia. Reza-se antes de iniciar o descanso noturno, ainda que, eventualmente, já passe da meia-noite. É de se notar, assim, que a Liturgia, além das palavras, objetos e vestimentas sagradas, também faz uso do tempo, transformando o louvor numa constante da Igreja.

Esta (a Igreja), por meio da Santa Missa diária, das festas e solenidades presentes no decorrer do ano, e através da Liturgia das Horas (Ofício Divino), enfim, por meio da Liturgia, dedica todo o tempo a Deus, num louvor incessante, nos santificando e elevando constantemente nossas preces a Deus.

Por hoje é só, pessoal! Fiquem todos com Deus e até o próximo post! Um grande abraço,

Alex C. Vasconcelos – Equipe Dominus Vobiscum

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Série Espiritualidade: “Que a alma devota deve aspirar, de todo o coração, à união com Cristo no Sacramento”

Do livro “A Imitação de Cristo”

Voz do discípulo: Quem me dera, Senhor, achar-me só convosco, para vos abrir todo o meu coração e vos gozar como deseja a minha alma a ponto que já ninguém em mim reparasse, nem criatura alguma se preocupasse comigo ou olhasse para mim, mas que só vós me falásseis e eu a vós, como costuma falar o amante com seu amado, e conversar o amigo com seu amigo! Isto peço, isto desejo: ser unido todo a vós e desprender o meu coração de todas as coisas criadas, e pela sagrada comunhão e freqüente celebração da Santa Missa achar cada vez mais gosto nas coisas celestiais e eternas. Ah! Senhor meu Deus, quando estarei todo unido a vós, absorto em vós, e completamente esquecido de mim? Vós em mim e eu em vós; concedei que fiquemos assim unidos!

Vós sois na verdade “meu amado, escolhido entre milhares” (Cânt 5,10), no qual deseja a minha alma morar todos os dias de sua vida. Vós sois verdadeiramente meu rei pacífico; em vós está a suma paz e o verdadeiro descanso, e fora de vós só há trabalho, dor e infinita miséria. “Vós sois verdadeiramente um Deus escondido” (Is 45,15), e vosso conselho não é com os ímpios, mas com os humildes, e simples é vossa conversação. “Quão suave, Senhor, é vosso espírito”. Para mostrar-des a vossa doçura aos vossos filhos, vos dignais saciá-los com o pão suavíssimo que desceu do céu. “Na verdade, não há outra nação tão grande que tenha seus deuses tão perto de si, como vós, nosso Deus, estais perto de todos os fiéis” (Dt 4,7), aos quais vos dais em alimento delicioso, para consolá-los diariamente e erguer seus corações ao céu.

Que nação há tão ilustre como o povo cristão, ou que criatura debaixo do céu recebe tanto amor como a alma devota a quem Deus se une para nutri-la com a sua gloriosa carne? Ó graça inefável, ó admirável condescendência, ó amor imenso, prodigalizado singularmente ao homem. Mas que darei ao Senhor por esta graça e tão exímia caridade? Oferta mais agradável não posso fazer a meu Deus, que lhe entregar meu coração todo inteiro, para que o una intimamente consigo. Então exultarão de alegria todas as minhas entranhas, quando minha alma estiver perfeitamente unida com Deus. Então me dirá ele: Se tu queres estar comigo, eu também quero estar contigo. E eu lhe responderei: Dignai-vos, Senhor, ficar comigo, pois eu de bom grado quero estar convosco. Este é meu desejo supremo, que meu coração esteja unido convosco.

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Dia de finados: O que é, como vivê-lo e como ganhar as indulgências deste dia.

O Dia dos Fiéis Defuntos ou Dia de Finados, é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de novembro.

Desde o Antigo testamento (cf. Tobias 12,12; Jó 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46) vemos que os judeus rezavam pelos falecidos. No século II, alguns historiadores escreveram sobre o fato dos cristãos rezarem pelos mortos, visitando os túmulos dos mártires para pedir a Deus por eles. No século V, a Igreja passou a dedicar um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava, e dos quais ninguém lembrava. Também o abade de Cluny, Santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos. Foi no século XI que os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) introduziram no calendário católico um dia para a oração pelos finados porém apenas no século XIII esse dia passou a ter uma data definida: 2 de novembro. A escolha desta data se deu pelo fato de 1º de novembro ser a Festa de todos os Santos.

A morte é o cessar definitivo da vida, que pode acontecer por diferentes motivos, como doenças, acidentes ou violência. Por ser a morte um assunto tão delicado, é preciso que o dia de finados seja respeitado por todos, pois é um dia onde as famílias lembram das pessoas amadas que já não estão mais nesse mundo e rezem por elas, para que elas, se já não estão com Deus, possam ser recebidas por Ele um dia. Para o católico o dia de finados é um dia de guarda.

Porém mesmo sendo um dia de moderação e respeito, precisa ser vivido com esperança, pois a fé católica crê que um dia, na vinda definitiva de Jesus, os mortos ressuscitarão. E é com está fé e esperança que rezamos!

Neste dia o católico é chamado a moderar os seus hábitos, ou seja, não escutar som muito alto, evitar bebidas alcoólicas, comer carnes, viagens, muita euforia e barulhos excessivos. Dia de finados não é dia de baladas. É dia de oração e silêncio interior!

Importante: Este não é um dia para falar com mortos (que aliás é uma prática abominável aos olhos de Deus), mas para falar com o Senhor sobre as pessoas que já faleceram e interceder por elas. De nada adianta dizer coisas do tipo: – Ah Fulano! Que saudades de você!… Mas o invés de se dirigir a seu parente falecido (que não vai te responder), eleve sua mente aos céus e diga: – Senhor Jesus, acolhe estas pessoas em teu coração. Que todas elas possam ser levadas a Tua presença, sobretudo estes que padecem no purgatório…

No Dia de Finados existe uma indulgência plenária própria. Se você fizer todas as práticas recomendadas, você poderá lucrar esta indulgência e dedicar a uma alma que está no purgatório. Graças a esta prática de caridade, neste dia, alguém poderá sair do purgatório e ir para o céu. Veja como:

“Aos que visitarem o cemitério e rezarem, mesmo só mentalmente, pelos defuntos, concede-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos. Diariamente, do dia 1º ao dia 8 de novembro, nas condições costumeiras, isto é, confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice; nos restantes dias do ano, Indulgência Parcial (Encher. Indulgentiarum, n.13)”.

“Ainda neste dia, em todas as igrejas, oratórios públicos adquirimos a Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos; a obra que se prescreve é a piedosa visitação à igreja, durante a qual se deve rezar o Pai-nosso e Creio, confissão sacramental, comunhão eucarística e oração na intenção do Sumo Pontífice (que pode ser um Pai Nosso e Ave-Maria, ou qualquer outra oração conforme inspirar a piedade e devoção).” (pg. 462 do Diretório Litúrgico da CNBB).

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Um católico pode ser maçom?

A maçonaria é uma ordem secreta condenada pela Igreja. Ao católico sempre foi proibida a participação em agremiações maçônicas. Porém, diante do quadro relativista que vivemos em que tudo “é permitido”, é necessário que saibamos porque é proibido. Assista no vídeo abaixo, a explicação o Padre Paulo Ricardo.

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Santo do Dia: São Narciso

São Narciso, rogai por nós!

Hoje celebramos  a memória de São Narciso, vamos conhecer mais deste que foi o bispo que presidiu o concílio de Cesareia (ano de 197).

Segundo Eusébio, S. Narciso era natural da Palestina e foi o 15º bispo de Jerusalém, eleito em 189. Narciso não era judeu e teria nascido no ano 96. Homem austero, penitente, humilde, simples e puro. Presidiu ao concílio de Cesareia (197) e encabeçou a lista de assinaturas de uma carta que o episcopado da Palestina enviara ao papa S. Vitor. Nesta carta, os bispos declaravam observar os rito e usos da Igreja romana. Neste concílio que presidiu com Teófilo de Cesareia onde foi aprovada a determinação de se celebrar sempre a Páscoa num Domingo.

Eusébio narra que em certo dia de festa, em que faltou o óleo necessário para as unções litúrgicas, Narciso mandou vir água de um poço vizinho, e com sua bênção a transformou em óleo. Conta também as circunstâncias que levaram Narciso a demitir-se das suas funções. Contam que certa vez fora acusado de um crime que não cometera. Os caluniadores confirmaram por falsos juramentos a acusação. O primeiro dissera que se estivesse mentindo que o queimassem vivo. Já o segundo chamou sobre si a praga de lepra, se o que havia dito não fosse verdade.

Por fim, o terceiro jurou pela luz de seus olhos que estava falando a verdade. Narciso ficou muito desgostoso e resolveu deixar a cidade secretamente. Foi para o deserto de Nítria, onde viveu oculto durante 8 anos. Aconteceu, então, que abateu sobre os caluniadores o mal que cada um havia arrogado sobre si: o primeiro morreu queimado; o segundo foi consumido pela lepra; e o terceiro ficou cego. Voltando a Jerusalém resolveu reassumir juntamente com o bispo Górdio o pastoreio de seu rebanho.

Morreu por volta de 212, aos 116 anos de idade.

São Narciso, rogai por nós!

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