Vida de Santo Agostinho de Hipona :: Contra os Acadêmicos – Livro I [Terceira Discussão]

Santo Agostinho de Hipona (4)Pax et Bonum! Amigos, que a Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vocês!

Dando continuidade aos estudos do livro “Contra os Acadêmicos“, iremos hoje nos deparar como São Agostinho nos definiria o que é Sabedoria. De certo, esta definição não é a sua definição, como mesmo ele nos relata, mas podemos tomá-la como nosso ponto de partida para crescermos.

Terceira Discussão – Definição da sabedoria proposta por Agostinho e objeções de Licêncio

Assim que clareou o dia – na véspera havíamos arranjado tudo para termos muito tempo de lazer – retornamos a discussão já iniciada. Comecei:

– Trigécio, ontem pediste que eu descesse da função de juiz para a de defensor da sabedoria, como se na vossa discussão a sabedoria tivesse um adversário a temer ou, por falta de um defensor, tivesse de implorar um auxílio maior. A única quesão que surgiu entre vós a ataca, visto que ambos a desejais. Depois, se julgas ter falhado na definição  da sabedoria, nem por isso deves abandonar a defesa restante da tua opinião. Assim, terás de mim apenas a definição da sabedoria, que não é nem minha nem nova, mas vem dos antigos. Admiro-me de que não vos lembrais dela, pois não é a primeira vez que ouvis que a “sabedoria é a ciência das coisas humanas e divinas“.

Licêncio, que, após esta definição, eu esperava passaria longo tempo procurando a resposta, interveio imediatamente:

– Por que, então, não chamamos sábio aquele indivíduo devasso que bem conhecemos por toda sorte de desregramentos a que se entregava? Refiro-me a Albicério, que, em Cartago, por muitos anos, dava aos que o consultavam respostas admiravelmente corretas. Poderia lembrar inúmeros casos, se não estivesse falando a pessoas informadas. Poucos exemplos bastam para o meu propósito.

E dirigindo-se a mim:

– Não é verdade que, tendo-se perdido em casa uma colher, e sendo ele consultado por ordem tua, rapidíssima e certíssimamente respondeu não só o que se procurava, mas também nominalmente a quem pertencia e onde estava escondida? Deixo de lado o fato de que não sofria absolutamente nenhum engano naquilo que se lhe perguntava. Outra ocasião, presenciei o seguinte caso: um escravo, que levava certa quantidade de moedas, roubara uma parte delas, enquanto nos dirigíamos a Albicério. Este mandou que fossem contadas as moedas e ante nossos olhos obrigou o escravo a devolver aquelas que roubara, antes que ele mesmo tivesse visto as moedas ou ouvido de nós quanto tinha sido roubado.

– Não nos falaste também de um fato que deixou pasmado um homem tão douto e ilustre como Flaciano? Estando este negociando a compra de um sítio, consultou aquele adivinho, pedindo que, se possível, lhe dissesse o que havia feito. Este imediatamente não só descreveu o tipo de negócio, mas, para grande espanto de Flaciano, também pronunciou o nome do sítio, tão complicado que nem o próprio Flaciano dele se lembrava. Não é sem espanto que lembro a resposta que Albicério deu a um amigo nosso, discípulo teu, que, para confundí-lo, lhe perguntou insolenemente em que ele, interrogador, em que ele estava pensando naquele momento. Respondeu-lhe o adivinho que estava pensando num verso de Virgílio. Como, estupefato, não pudesse negá-lo, nosso amigo prosseguiu perguntando qual era o verso. E Albicério, que só de passagem vira uma escola gramatical, não hesitou, seguro e gárrulo, em recitá-lo. Não era sobre coisas humanas que o adivinho era consultado, ou respondeu com tanta verdade e certeza às consultas sem uma ciência das coisas divinas? As duas hipóteses são absurdas. Pois as coisas humanas nada mais são que as coisas dos homens, como prata, moedas, sítio e até o próprio pensamento. E quem negará que é pelas coisas divinas que o homem adivinha? Portanto Albicério foi sábio, se, conforme admitimos, a sabedoria é a ciência das coisas humanas e divinas.

(Postagem: Paulo Praxedes – Equipe do Blog Dominus Vobiscum – Referências: Veritatis  Suma Teológica  Ordem de Santo Agostinho  Patrística vol.24)

Veja Também:: Vida de São Agostinho | Livro I – Prólogo | Livro I – Gênese Livro I – Primeira Discussão | Livro I – Procura da Verdade e Perfeição do Homem | Livro I – Primeira Definição do Erro | Livro I – Segunda Discussão

Até o próximo post! E divulguem/compartilhem este estudo com seus amigos para que juntos possamos aprender com os doutores da nossa Igreja que é Una, Santa, Católica, Apostólica e Romana!

Dragões protestam no Vaticano

dragoes no vaticano

No Brasil usa-se o termo “dragão” como uma gíria para definir uma mulher muito feia, acabada, desleixada. Eu comumente não sou de chamar ninguém assim, mas olhem a foto acima e vejam se estas criaturas não parecem dragões? Além de feias, ainda soltam fumaça pela boca e destilam ódio pelo olhar.

Eu não sei quem foi a criatura iluminada que pensou que mostrar seios murchos e flácidos seria uma forma de protestar. Pode até ser que isso choque alguém, mas a mim pelo menos se chocam, é pela feiura. Deus me livre!

Este domingo (13/01) essas mulheres que se intitulam ativistas, resolveram mostrar os “muchibas” no Vaticano. Por alguns minutos exibiram frases como “Cale a boca” e “No gay nós confiamos”, pensando que o Papa, Bento XVI iria se preocupar com a pífia presença delas. Pelo amor de Deus! Se querem protestar, sejam mais criativas! A Igreja não vai se calar por causa de um bando de mulheres nuas. Ao contrário: A Igreja permanece forte sob a pedra angular Jesus Cristo Nosso Senhor.

Vivemos em um mundo onde seios murchos e flácidos viraram forma de protesto. Meu Deus! Onde vamos parar?

Deus tenha piedade de nós!

Dominus Vobiscum

E a França vai as ruas para dizer não ao casamento gay!

A França sempre foi palco de grandes revoluções ao longo da história. Ontem (dia13/01) ela viu mais uma linda manifestação do seu povo, desta vez em defesa da família e dos valores cristãos tão defendidos por nós deste blog.

Segundo o site da rádio RFI da França, a manifestação reuniu cerca de 800 mil pessoas, de diversas denominações de fé que vieram dos quatro cantos do  país para protestar contra um projeto de lei que o presidente francês François Hollande defendeu em sua campanha: A legalização do casamento gay.

Paris2

Vale a pena ressaltar que o governo socialista apesar de ter sentido o golpe da manifestação (pois imediatamente após o protesto foram ara a TV minimizar os danos), afirma que não vai recuar e promete aprovar esta lei até julho (assim como no Brasil, os socialistas estão dispostos a derrubar os valores da sociedade como a família por exemplo).

Todo caso, é de se notar e enaltecer a atitude do povo francês que ao contrário do povo brasileiro, vai para as ruas e mostra o que pensa, pressionando seus governantes e mostrando a sua opinião a respeito dos mais variados assuntos.

E como sabemos políticos podem ser tudo no mundo, menos burros! Eles sabem que um passo errado pode custar a sua reeleição e portanto vão pensar bem antes de aprovar tal projeto de lei. Aqui no Brasil eles não temem muito, pois o infelizmente o brasileiro (e aqui incluo os católicos) são acomodados. Preferem ver o Big Brother em seus sofás, do que se envolver em assuntos que mexem com a sociedade que vivem e com os valores que professam. Ir para as ruas? Nem pensar!

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Porém uma manifestação deste tipo enche os católicos de esperança, haja vista que a França em muitos momentos da história insurgiu contra a Igreja, contestando valores e doutrinas. Hoje vemos os mesmos franceses irem as ruas para defender a família, célula essencial da nossa sociedade.

Hoje vivemos em um tempo onde política, religião, valores e sociedade se misturam sim e só quem não quer enxergar diz ao contrário. É tempo de mostrarmos ao mundo no que acreditamos.

Que sirva o exemplo também as nossas autoridades eclesiásticas: Com todo o respeito, nesta manifestação eu vi bispos engajados, indo para as ruas e motivando os católicos a fazerem o mesmo. Penso que já passou do tempo dos nossos bispos e cardeais se posicionarem e mobilizarem os fieis católicos para fazerem algo como a manifestação francesa que vimos ontem. Já pensou como seria diferente se tivéssemos feito algo parecido há tempos atrás?

Dominus Vobiscum