Providência Divina

ImagemHoje vamos orar pela Divina Providência, já tive diversas experiências com a Divina Providência e certamente você também. Providência esta que se manifesta em TODAS as áreas de nossa vida, que não é só receber, mas também dar. Muitas vezes a providência acontece na nossa vida justamente no NÃO TER, porque o maior objetivo de Deus é a nossa santificação.

O homem é chamado a confiar inteiramente na divina providência, pois esta é o meio pelo qual Ele conduz, com sabedoria e amor, todas as criaturas para o seu último fim, que é a santidade.

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) define a Divina Providência como as disposições pelas quais Deus conduz a Sua criação em ordem a essa perfeição: “Deus guarda e governa, pela Sua providência, tudo quanto criou, atingindo com força, de um extremo ao outro, e dispondo tudo suavemente” (Sb 8,1), porque “tudo está nu e patente a seus olhos” (Hb 4,13), mesmo aquilo que “depende da futura ação livre das criaturas” (CIC 302).

Reconhecer, confiar nesta dependência total do Senhor é fonte de sabedoria e de liberdade, de alegria e de confiança (Sb 11,24-26). O próprio Jesus recomendou o abandono total à providência celeste, sendo Ele o próprio a testemunhar, com Sua vida, que o Senhor cuida de todas as coisas: “Não vos inquieteis, dizendo: ‘Que havemos de comer?’ ‘Que havemos de beber?’ […] Bem sabe o vosso Pai celeste que precisais de tudo isso. Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça e tudo o mais vos será dado por acréscimo” (Mt 6,31-33).

Assim, convido-vos a clamar pela providência Divina, através do Terço da Divina Providência, que é rezado conforme a seguinte regra:

Terço da Providência Divina

No princípio: Credo. 

Nas contas grandes: Mãe da Divina Providência: Providenciai!

Nas contas pequenas:  Deus provê, Deus proverá, Sua misericórdia não faltará!

Oração final: Vinde, Maria, chegou o momento. Valei-nos agora e em todo tormento. Mãe da Providêcia, prestai-nos auxílio no sofrimento da terra e no exílio. Mostrai que sois Mãe de Amor e de Bondade, agora que é grande a necessidade. Amém.

Ana Paula Missias – Equipe Blog Dominus Vosbiscm

Bento XVI nos fala sobre o ato de crer

papa bento sala paulo VIFonte: Rádio Vaticana

Como de costume, Bento XVI recebeu milhares de fiéis e peregrinos na Sala Paulo VI para a tradicional Audiência Geral das quartas-feiras. Vale a pena dizer que neste período do ano faz muito frio na Europa e portanto as audiências são em locais fechados. Neste Ano da Fé, a catequese de hoje foi dedicada ao Credo, de modo especial à primeira frase da nossa Profissão de Fé: “Creio em Deus”.

Trata-se de uma afirmação fundamental, disse o Papa, que parece simples, mas contém um tesouro imenso. Crer implica adesão, acolhida e obediência; é um ato pessoal, uma resposta livre. Dizer creio supõe um dom que nos é dado e uma responsabilidade que aceitamos; é uma experiência de diálogo com Deus que, por amor, nos fala como amigos. (Papa Bento XVI)

O Papa nos diz que  é na Sagrada Escritura, que Deus nos fala de fé e alimenta a nossa vida de ‘amigos de Deus’. Foi a partir desta frase que o Santo Padre desenvolveu sua catequese, onde ele afirmou que a Bíblia nos narra uma história em que o Senhor cumpre seu projeto de redenção através de pessoas que creem e confiam. Ele citou Abraão como pai da fé;

Para nós, Abraão é exemplo de liberdade diante da opinião corrente, diante do juízo do mundo que busca um êxito aparente. Abraão nos convida a responder também a Deus com um ato de confiança, que transforme nossa vida. (Papa Bento XVI)

Bento XVI afirma que a sede de Deus não se extinguiu e a mensagem evangélica continua a ressoar através das palavras e das obras de muitos homens e mulheres de fé.

Após a catequese proferida em italiano, Bento XVI fez um resumo da mesma em várias línguas, saudando os presentes. Ao falar em português, saudou de modo especial os organizadores da Jornada Mundial da Juventude, que estão presentes nesses dias em Roma para acertar os detalhes finais da organização.

Queridos irmãos e irmãs, hoje quero começar a refletir convosco sobre o Credo, a nossa Profissão de Fé, que inicia com estas palavras: Creio em Deus; um Deus, que Se revela e fala aos homens, convidando-os a entrar em comunhão com Ele. Assim no-lo mostra a Bíblia na vida de muitas pessoas. Uma delas é Abraão, chamado o pai de todos os crentes. A fé leva-o a percorrer um caminho paradoxal, pois será abençoado, mas sem os sinais visíveis da bênção. Abraão, na fé, sabe discernir a bênção divina para além das aparências, confiando na presença do Senhor mesmo quando os seus caminhos são misteriosos. Os olhos da fé são capazes de ver o invisível. Também nós, quando dizemos Creio em Deus, afirmamos como Abraão: Entrego-Me nas vossas mãos! Entrego-me a Vós, Senhor!, para fundar em Vós a minha vida e deixar que a vossa Palavra a oriente nas opções concretas de cada dia. 

Amados peregrinos por rotas e caminhos diversos, mas hoje com paragem comum neste Encontro com o Papa que vos dá as boas-vindas e saúda, especialmente à tripulação da fragata «Liberal» do Brasil e à delegação de várias entidades eclesiais e civis comprometidas na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro e guiadas pelo Arcebispo local, Dom Orani. Só de mãos dadas, podereis realizar a travessia… Agradecido pela visita, dou-vos a minha Bênção, extensiva às vossas famílias.”

Ouça as palavras do Santo aos peregrinos de língua portuguesa: [audio http://media01.radiovaticana.va/audiomp3/00354403.MP3]

Obs.: Veja também o texto que publiquei ontem no blog Cività Dei sobre o perigo da Censura na internet!

Série Espiritualidade: “Regra de São Bento”

stbenedictCapítulo 3 – Da convocação dos irmãos a conselho

1. Todas as vezes que deverem ser feitas coisas importantes no mosteiro, convoque o Abade toda a comunidade e diga ele próprio de que se trata. 2. Ouvindo o conselho dos irmãos, considere consigo mesmo e faça o que julgar mais útil. 3. Dissemos que todos fossem chamados a conselho porque muitas vezes o Senhor revela ao mais moço o que é melhor. 4. Dêem pois os irmãos o seu conselho com toda a submissão da humildade e não ousem defender arrogantemente o seu parecer, e 5. que a solução dependa antes do arbítrio do Abade, e todos lhe obedeçam no que ele tiver julgado ser mais salutar; 6. mas, assim como convém aos discípulos obedecer ao mestre, também a este convém dispor todas as coisas com prudência e justiça.

7. Em tudo, pois, sigam todos a Regra como mestra, nem dela se desvie alguém temerariamente. 8. Ninguém, no mosteiro, siga a vontade do próprio coração, 9. nem ouse discutir insolentemente com seu abade, nem mesmo discutir com ele fora do mosteiro. 10. E, se ousar fazê-lo, seja submetido à disciplina regular. 11. No entanto, que o próprio abade faça tudo com temor de Deus e observância da Regra, cônscio de que, sem dúvida alguma, de todos os seus juízos deverá dar contas a Deus, justíssimo juiz. 12. Se, porém, for preciso fazer alguma coisa de menor importância dentre os negócios do mosteiro, use o Abade somente do conselho dos mais velhos, 13. conforme o que está escrito: “Faze tudo com conselho e depois de feito não te arrependerás”.