Como o Espírito Santo atua na Igreja?

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Estamos terminando a nossa breve catequese sobre o Espírito Santo. Mais para frente voltaremos a falar sobre Ele, quando formos trabalhar os dons do Espírito Santo. Porém existe um último assunto que precisamos comentar aqui no blog: Como este Espírito Santo atua na Igreja de Cristo?

Sabemos que cada pessoa da Santíssima Trindade tem um papel determinado na história da salvação e sabemos também que a Igreja é o caminho seguro para que nós possamos encontrar a nossa intimidade com Deus. Portanto quando se trata do Espírito Santo, é importante conhecermos a forma que ele atua em nós.

O Espírito edifica, anima e santifica a Igreja: Espírito de Amor, Ele torna a dar aos batizados a semelhança divina perdida por causa do pecado, e faz com que eles vivam em Cristo da própria Vida da Santíssima Trindade.

Ele nos envia a testemunhar a Verdade de Cristo e organiza-os nas suas mútuas funções, para que todos deem os frutos do Espírito conforme São Paulo nos mostra na sua carta aos Gálatas (5,22). Esta ação se dá muitas das vezes por meio dos sacramentos, onde Cristo comunica aos membros do Seu Corpo o Seu Espírito e a graça de Deus que produz os frutos de vida nova, segundo o Espírito.

Finalmente, o Espírito Santo é o Mestre da oração. Ele quem nos ajuda a falar com Deus, inspirando nossa alma, nossa mente e nosso intelecto.

Também o Espírito Santo vem em auxílio da nossa fraqueza, porque não sabemos o que pedir nas nossas orações; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis.” (Rm 8, 26)

Sabemos que o Espírito Santo age onde quer e como quer, mas sendo Ele a terceira pessoa da Santíssima Trindade, em nada Ele irá contrariar aquilo que já foi firmado em conjunto com o Pai e o Filho.

Independente de quem está presidindo a celebração, independente de gostarmos ou não desta pessoa, e digo mais, independente desta pessoa estar ou não em pecado, quando um sacramento acontece, a graça do Espírito Santo é derramada em quem recebe este mesmo sacramento. A ação do Espírito independe de quem o ministra.

Portanto, quando você for receber algum sacramento, seja ele a eucaristia ou a confissão, creia que ali o Espírito Santo de Deus estará agindo em você. Esta é a beleza da verdadeira Igreja de Cristo. Pax Domini

Série Espiritualidade: “Regra de São Bento”

stbenedictCapítulo 4 – Quais são os instrumentos das boas obras

1. Primeiramente, amar ao Senhor Deus de todo o coração, com toda a alma, com todas as forças.
2. Depois, amar ao próximo como a si mesmo.
3. Em seguida, não matar.
4. Não cometer adultério.
5. Não furtar.
6. Não cobiçar.
7. Não levantar falso testemunho.
8. Honrar todos os homens. 9. E não fazer a outrem o que não quer que lhe seja feito.
10. Abnegar-se a si mesmo para seguir o Cristo.
11. Castigar o corpo.
12. Não abraçar as delícias.
13. Amar o jejum.
14. Reconfortar os pobres.
15. Vestir os nus.
16. Visitar os enfermos.
17. Sepultar os mortos.
18. Socorrer na tribulação.
19. Consolar o que sofre.
20. Fazer-se alheio às coisas do mundo.
21. Nada antepor ao amor de Cristo.
22. Não satisfazer a ira.
23. Não reservar tempo para a cólera.
24. Não conservar a falsidade no coração.
25. Não conceder paz simulada.
26. Não se afastar da caridade.
27. Não jurar para não vir a perjurar.
28. Proferir a verdade de coração e de boca.
29. Não retribuir o mal com o mal.
30. Não fazer injustiça, mas suportar pacientemente as que lhe são feitas.
31. Amar os inimigos.
32. Não retribuir com maldição aos que o amaldiçoam, mas antes abençoá-los.
33. Suportar perseguição pela justiça.
34. Não ser soberbo.
35. Não ser dado ao vinho.
36. Não ser guloso.
37. Não ser apegado ao sono.
38. Não ser preguiçoso.
39. Não ser murmurador.
40. Não ser detrator.
41. Colocar toda a esperança em Deus.
42. O que achar de bem em si, atribuí-lo a Deus e não a si mesmo. Mas, quanto ao mal, saber que é sempre obra sua e a si mesmo atribuí-lo.
43. Temer o dia do juízo.
44. Ter pavor do inferno.
45. Desejar a vida eterna com toda a cobiça espiritual.
46. Ter diariamente diante dos olhos a morte a surpreendê-lo.
47. Vigiar a toda hora os atos de sua vida.
48. Saber como certo que Deus o vê em todo lugar.
49. Quebrar imediatamente de encontro ao Cristo os maus pensamentos que lhe advêm ao coração e revelá-los a um conselheiro espiritual.
50. Guardar sua boca da palavra má ou perversa.
51. Não gostar de falar muito.
52. Não falar palavras vãs ou que só sirvam para provocar riso.
53. Não gostar do riso excessivo ou ruidoso.
54. Ouvir de boa vontade as santas leituras.
55. Dar-se freqüentemente à oração.
56. Confessar todos os dias a Deus na oração, com lágrimas e gemidos, as faltas passadas e 57. daí por diante emendar-se delas.
58. Não satisfazer os desejos da carne.
59. Odiar a própria vontade.
60. Obedecer em tudo às ordens do Abade, mesmo que este, o que não aconteça, proceda de outra forma, lembrando-se do preceito do Senhor: “Fazei o que dizem, mas não o que fazem”.
61. Não querer ser tido como santo antes que o seja, mas primeiramente sê-lo para que como tal o tenham com mais fundamento.
62. Pôr em prática diariamente os preceitos de Deus.
63. Amar a castidade.
64. Não odiar a ninguém.
65. Não ter ciúmes.
66. Não exercer a inveja.
67. Não amar a rixa.
68. Fugir da vanglória.
69. Venerar os mais velhos.
70. Amar os mais moços.
71. Orar, no amor de Cristo, pelos inimigos.
72. Voltar à paz, antes do pôr-do-sol, com aqueles com quem teve desavença.
73. E nunca desesperar da misericórdia de Deus.
74. Eis aí os instrumentos da arte espiritual: se forem postos em ação por nós, dia e noite, sem cessar, e devolvidos no dia do juízo, seremos recompensados pelo Senhor com aquele prêmio que Ele mesmo prometeu: “O que olhos não viram nem ouvidos ouviram preparou Deus para aqueles que o amam”. São, porém, os claustros do mosteiro e a estabilidade na comunidade a oficina onde executaremos diligentemente tudo isso.