Na Sagrada Escritura, encontramos diversas imagens e figuras que simbolizam o mistério inesgotável da Igreja. Elas são encontradas seja no Antigo ou Novo Testamento e nos dão a idéia de “povo de Deus” onde Cristo é a cabeça e a Igreja o Corpo.
Um dos símbolos mais lindos para mim, é quando comparamos a Igreja com um redil, do qual Cristo é a única e necessária porta. Suas ovelhas, embora governadas por pastores humanos, são, contudo, incessantemente conduzidas e alimentadas pelo próprio Cristo, Bom Pastor e Príncipe dos pastores, que deu sua vida por suas ovelhas.
Outra comparação traz a Igreja como lavoura ou campo de Deus (1 Cor 3,9). Nesse campo cresce a oliveira antiga, cuja raiz santa foram os Patriarcas e em que foi feita e se fará a reconciliação dos judeus e dos gentios. Ela foi plantada pelo celeste Viticultor como vinha eleita. Cristo é a verdadeira Vide, que dá vida e fecundidade aos ramos, que dizer, a nós, que pela Igreja permanecemos nele, sem o qual nada podermos fazer.
Mais a comparação mais perfeita é quando denominamos a Igreja de construção de Deus. O próprio Senhor comparou-se à pedra que os construtores rejeitaram e se tornou a pedra angular (Mt 21,42; At 4,11; 1 Pd 2,7; Sl 118,22). Sobre este fundamento a Igreja é construída pelos apóstolos, e dele recebe firmeza e coesão. Essa construção recebe vários nomes:
1. Casa de Deus (1 Tm 3,15) na qual habita sua família,
2. Morada de Deus no Espírito,
3. Tenda de Deus entre os homens
4. Templo santo, que, representado pelos santuários de pedra, é louvado pelos santos Padres e, não sem razão, comparado na Liturgia com a Cidade santa, a nova Jerusalém. Pois nela somos, nesta terra, como as pedras vivas que entram na construção.
Por fim, João afirma que a Igreja, sendo a cidade santa, na renovação do mundo, desce do céu, de junto de Deus, adornada como uma esposa enfeitada para seu esposo (Ap 21,1-2).
Para finalizar, a Igreja é chamada também de ‘Jerusalém celeste’ e ‘nossa Mãe’ (Gl 4,26). É ainda descrita como a esposa imaculada do Cordeiro imaculado. Cristo ‘amou-a e por Ela se entregou, a fim de santificá-la’ (Ef 5,26); associou-a a si por uma aliança indissolúvel e incessantemente ‘a nutre e dela cuida’ (Ef 5,29).”
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