A carinha de vovó simpática que você vê na foto ao lado realmente engana qualquer um que desconheça Margaret Sanger, que na verdade foi uma personalidade decisiva para a conquista feminista do direito ao aborto na metade do século 20. Sua história se confunde com a evolução do movimento feminista pelo controle da natalidade. Seu nome, no entanto, é solenemente omitido de relatórios e fundamentações que se destinam a um público maior. Não é preciso dizer muito sobre ela para entender esta omissão, basta expor um trecho de seu principal livro The Pivot of Civilization (1919):
“[os habitantes dos bairros pobres] que, devido a sua natureza animal, reproduzem-se como coelhos e logo poderiam ultrapassar os limites de seus bairros ou de seus territórios, e contaminar então os melhores elementos da sociedade com doenças e genes inferiores”.
Ela resume, mais adiante, em um artigo na sua revista, Birth Control Review, do mesmo ano:
“mais nascimentos entre as pessoas aptas e menos entre as não aptas, esse é o principal objetivo do controle da natalidade”.
A IPPF (International Planning Parenthood Federation) – em tradução: Federação Internacional de Planejamento de Paternidade, foi fundada por ela e hoje possui 142 filiais no mundo. No Brasil, a BEMFAM – sua afiliada, tem um orçamento médio anual de 2 milhões e meio de dólares para seus projetos.
No livro já citado “Pivot of Civilization” e em sua revista “Birth Control Review” ela disse:
“Controle de natalidade – mais filhos dos saudáveis, menos dos incapazes”;
“Controle de natalidade – para criar uma raça de puro-sangue”;
“Os filantropos que dão recursos para atendimentos nas maternidades encorajem os sãos e os grupos mais normais do mundo a igualar o fardo da irracional e indiscriminada fecundidade de outros, que trazem com ele, sem nenhuma dúvida, um peso morto de desperdício humano. Em vez de reduzir e tentar eliminar as espécies que mais comprometem o futuro da raça e do mundo eles tendem a tornar essas raças dominantes numa proporção ameaçadora” [1]
Já no livro Um Plano para a Paz (1932), p. 106, Margaret Sanger propôs a criação de um departamento no Congresso Americano para:
“Manter as portas da imigração fechadas à entrada de certos estrangeiros cuja condição seja reconhecidamente prejudicial à força da raça, tais como retardados mentais e disléxicos, idiotas, lentos, loucos, portadores de sífilis, epiléticos, criminosos, prostitutas profissionais e outros nesta classe barrados pela lei de imigração de 1924.” [2]
Além disso ela afirmou:
Aplicar uma estrita e rígida política de esterilização e segregação àquele grau da população cuja prole já seja manchada por algum defeito ou cujas características genéticas passadas de pai para filho sejam tais que traços censuráveis possam ser transmitidos aos descendentes. [2]
Um outro documento de estratégias para mudanças da legislação, resultante da 9ª Conferência da IPPF -, que aliás é a maior organização privada internacional abortista de controle de população, estabelece:
“Vemos, pois que um terceiro papel das associações nacionais (no Caso do Brasil a BEMFAM) o de encontrar novas áreas para a atividade dos grupos de pressão… poderá exercer pressão em favor de mudanças da legislação referente ao aborto, para colocá-la de acordo com a política da IPPF e as atitudes culturais da população” (Gente sin Opción, pág. 59/60)
“De tal modo, as associações nacionais deverão operar até mesmo à margem da lei e até contra a lei, onde a legislação é dúbia ou não está sincronizada com a opinião pública” (idem pág. 77)
Evidentemente todas essas estratégias e diretrizes não ficaram apenas nesses documentos.
Para materializar essas ações algumas medidas foram tomadas:
a) destinação de recursos nos chamados “Projetos de População”;
b) criação de associações e movimentos feministas para implementarem as medidas;
c) criação e manutenção de um “lobby” junto ao Congresso Nacional para trabalhar pela aprovação de leis que atendam àqueles objetivos;
d) criação e manutenção do “Grupo Parlamentar de Estudos de População e Desenvolvimento” para apresentação e aprovação de projetos de lei que consubstanciassem as medidas propostas;
d) destinação de recursos específicos para “assessoramento” a parlamentares a nível federal.
e) pressão dos países ricos, nas conferências internacionais, para que se adote o “planejamento familiar” com o objetivo de controlar o crescimento da população através da contracepção da esterilização e do aborto.
[1] M. Sanger, Pivot of Civilization – N. York, Bretano’s, 1992, p. 177, in Father of Modern Society – Elasah Drogin. // [2] Sanger, “A Plan For Peace”, Birth Control Review, April 1932, p. 106
Fontes de pesquisa (internet): Blog do Tiba, Movimento endireitar, Brasil Medicina. Portal Zenit de Notícias.
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