Na questão do aborto, é muito comum a mulher ser bombardeada com diversos tipos de cobrança. Mas existe um outro viés na história que precisa ser considerado: o pai da criança.
A notícia de uma gravidez pode ser recebida de uma forma positiva ou negativa por parte dos interessados. Quando ambos (o pai e a mãe) se alegram pela criança que vem ao mundo, a gravidez é uma festa e não precisamos traçar grandes considerações a respeito. O grande problema se dá quando uma das partes recebe a notícia como algo negativo.
Não é raro, jovens grávidas se sentirem obrigadas a abortar por que o rapaz que se disse homem para levar a mulher para a cama (ignorando o conselho da Igreja de viver a castidade), não é homem de fato quando precisa assumir a responsabilidade pelos seus atos. Para muitos (irresponsáveis diga-se de passagem), é muito mais fácil comprar um remédio abortivo do que assumir a missão de ser pai. É importante dizer a uma mulher que vive uma situação como esta, que alguém que deseja tirar a vida do seu próprio filho para se isentar das suas responsabilidades, dificilmente poderá entender e viver uma relação baseada no verdadeiro amor e na doação. É lógico que sempre existe a possibilidade do perdão e do arrependimento. Mas enquanto o rapaz viver esta relação egoísta e irresponsável consigo, com os outros e com o mundo, não conseguirá amar e se doar. Hoje a mulher que se decide a ter um filho em uma situação assim, se não me engano, encontra amparo legal para conseguir provar a paternidade e consequentemente querendo ou não, este homem terá responsabilidades legais com esta criança. Lute pelos direitos do seu filho ao invés de matá-lo! Quem deseja abortar seu filho tem índole assassina, pois deseja a morte, não medindo esforços para que isto aconteça. Dar ouvidos a uma criatura assim não é amor!
Por outro lado, existem muitos casos onde a mulher deseja o aborto ao contrário do pai da criança. Ora, o homem tem tanta responsabilidade desta gravidez quanto a mulher. O filho é de ambos. É carne da carne dos dois. Por que a mulher teria primazia sobre a criança? Se a mulher não tem o direito de abortar (pois é crime), muito menos de fazê-lo escondendo o fato do pai. Conheci quando morava em Cuiabá, um rapaz que tinha vivido uma situação assim: por medo dos pais, a moça abortou sem avisar, sem explicar. Ele que tanto desejava ser pai e constituir família com aquela moça, passou um bom tempo se lamentando e sofrendo pelo acontecido. Era de fato uma tristeza de luto! É lógico que aquele relacionamento se desfez e o trauma perdura até hoje na vida de ambos.
Ser pai é um presente, um dom. É uma maravilha chegar em casa e ser recebido por aquela criatura, cheia de alegria, de vida, de energia… e perguntas. Se você recebeu a notícia da paternidade, por favor, alegre-se e entre de cabeça nesta aventura. Seja qual for a situação, ser pai é sempre uma benção de Deus e logo você perceberá que maravilha é ter um filho. É uma opção sua ser um pai responsável ou um assassino irresponsável. Esperamos e rezamos com toda força do nosso coração que você escolha a primeira opção.
E não é demais lembrar: Se você está vivendo uma situação de pensar ou não em abortar, pense muito bem. Antes da sua decisão, procure o padre da sua paróquia (independente de você ser católico/a ou não) e peça um aconselhamento. Na impossibilidade do sacerdote, procure a Pastoral Familiar da paróquia. Certamente eles te darão uma excelente assessoria.
Dominus Vobiscum
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