Uma mulher que passa por uma gravidez indesejada e por conseguinte pode pensar em fazer um aborto, precisa antes de tudo de ajuda, carinho, amparo e orientação. “Descer a lenha” ou “soltar os cachorros” em cima da jovem que está vivendo esta situação não ajuda em nada. Ajudar é uma missão não apenas dos padres, bispos e missionários, mas de todos os católicos verdadeiramente católicos. Em uma situação assim, a mulher sente o peso do mundo em suas costas. Engravidar inesperadamente (sobretudo quando se é muito jovem e depende dos pais), na grande maioria dos casos, gera uma série de sentimentos difíceis de administrar: tristeza, solidão, angústia e desespero. Nesta hora não nos cabe julgar ou condenar a jovem pelo seu ato, mas dar apoio a ela e ao filho que já está sendo gestado.
Sei que na sociedade machista em que vivemos, muitos pais sentem a sua masculinidade afetada quando a sua filha diz que vai ser mãe solteira. Entendo que muitos pais carregam o sonho de levar a sua filha ao altar para o matrimônio, para somente depois disso pensar em neto. Mas nem sempre a vida é como queremos. A Igreja Católica Apostólica Romana por exemplo, ensina a castidade aos jovens mas também ensina o perdão acima de tudo. Condenar uma jovem neste estado é colocar em risco a vida do bebê e a estabilidade da família. Ao invés de ouvir, a jovem precisa ser ouvida, ajudada e em muitas socorrida materialmente. Além desta atitude ser a verdadeira atitude cristã, também ajuda muito a diminuir o número de abortos no Brasil e no mundo.
Depois que a situação estiver estabilizada e resolvida, é importante conversar com esta jovem para que ela reflita sobre seus atos. Mas só depois…
Conselho aos pais: Nesta hora, não pense nos seus planos e sonhos. Não pense no que os outros vão dizer. Pense apenas na sua filha e no seu neto, que precisa ser amado desde o momento da sua fecundação.
Um aborto deixa sequelas gravíssimas na vida mulher e também no seio da família. Para evitar isso, o diálogo é fundamental. A família que passa por uma situação assim, em caso de dificuldade em conversar pode pedir a ajuda profissional de um psicólogo, um sacerdote ou até da pastoral familiar, que podem servir de mediadores para este diálogo tantas vezes complexo.
Portanto se você mulher está passando por uma gravidez não desejada, não viva tudo isso sozinha. Não se isole do mundo! Não procure opiniões de pessoas despreparadas! É importante ter amigos, mas é essencial falar disso com quem tem uma bagagem profissional e até mesmo espiritual para lhe ajudar. Saia do isolamento e busque pessoas disponíveis para te escutar, acompanhar e ajudar.
Dominus Vobiscum
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