Estudo sobre a Igreja Católica Apostólica Romana:: O Antigo Testamento e a Igreja Católica

Igreja Católica

No Post de ontem, falávamos sobre o sonho de Deus para a humanidade chamado Igreja Católica Apostólica Romana. De fato o Pai quis esta Igreja, preparou e planejou para que este sonho acontecesse no devido tempo. É que as coisas de Deus não acontecem de sopetão. Não é como aquela coisa que agente faz quando dá na telha. Deus é perfeito e faz as coisas de forma perfeita.

O Pai começou a preparar a Igreja no exato instante que o pecado destruiu a humanidade, ou seja, no pecado do primeiro homem. Este foi o primeiro pensamento de Deus logo após a queda do homem: Reconvocar a humanidade em torno do Corpo Místico do Seu Filho Jesus que é a Igreja. O Senhor foi preparando o povo para a vinda do Jesus Cristo e posteriormente para que este povo fosse convocado para estar em torno Dele e da Igreja que Ele instituiu (veremos isso nos próximos posts).

“A preparação longínqua da reunião do Povo de Deus começa com a vocação de Abraão, a quem Deus promete que será  o pai de um grande povo. A preparação imediata tem seus inícios com a eleição de Israel como povo de Deus. Por sua eleição, Israel deve ser o sinal do congraçamento futuro de todas as nações. Mas já os profetas acusam Israel de ter rompido a aliança e de ter se comportado como uma prostituta. Anunciam uma nova e eterna Aliança. “Esta Aliança Nova, Cristo a instituiu.” (CIC§ 762)

Perceba que resumidamente o Catecismo da Igreja Católica traz para nós um resumo daquilo que eu disse anteriormente; através de um processo histórico que levou centenas de anos, Deus foi revelando a sua vontade que é convocar seus filhos para voltar à sua casa, a Igreja. Veja que Deus usou do tempo que chamamos de Antigo Testamento (é um intervalo de tempo enorme certo?) apenas para este preparo daquilo que seria o definitivo.

Se pensamos assim, não é difícil chegar a conclusão de que Deus não quer vários povos espalhados em igrejinhas, mas deseja reunir seus filhos amados na Sua Igreja.Deus certamente não ia levar todo este tempo preparando a sua Igreja para do nada aparecerem homens para desfazer aquilo que Deus sonhou.

No próximo post vamos conversar com você sobre a instituição da Igreja. Será uma conversa bem interessante. Espero você ok!?

pax Domini!

Veja Também:: Estudo sobre a Igreja Católica Apostólica Romana:: Introdução | Estudo sobre a Igreja Católica Apostólica Romana:: O que é a Igreja? | Estudo sobre a Igreja Católica Apostólica Romana:: Os símbolos da Igreja | Estudo sobre a Igreja Católica Apostólica Romana:: Nascida do coração do Pai | Estudo sobre a Igreja Católica Apostólica Romana:: O sonho de Deus para nós!

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Estudo sobre a Igreja Católica Apostólica Romana:: O sonho de Deus para nós!

Igreja Católica

“O mundo foi criado em vista da Igreja”, diziam os cristãos dos primeiros tempos. Deus criou o mundo em vista da comunhão com sua vida divina, comunhão esta que se realiza pela “convocação” dos homens em Cristo, e esta “convocação” é a Igreja. A Igreja é a finalidade de todas as coisas, e as próprias vicissitudes dolorosas, como a queda dos anjos e o pecado do homem, só foram permitidas por Deus como ocasião e meio para desdobrar toda a força de seu braço, toda a medida de amor que Ele queria dar ao mundo…” (CIC§760)

Continuando nosso estudo a respeito da Igreja de Cristo, é importante perceber e pensar que ela foi criada a partir de um desígnio divino, ou seja, Deus pensou  e quis a Igreja. No texto acima, vemos que a coisa ainda é um pouco mais densa, mais profunda: “O mundo foi criado em vista da Igreja”. Está certo que esta frase fora dita pelos primeiros cristãos, mas engana-se quem pensa que ela não é atual ou é muito presunçosa. Ao contrário disso, a frase dita pelos nossos primeiros irmãos da fé é uma frase repleta de verdade e humildade: Lembre-se que a humildade é a verdade. Ainda que seja uma verdade que possa nos engrandecer diante dos outros, se é verdade, precisamos assumir.

Se alguém elogia um bom cantor ou um bom pregador e aquele elogio se traduz em uma verdade, ou seja, se realmente o cantor ou o pregador sabe da sua qualidade, é um ato humildade reconhecer aquela verdade e seguir a vida. É esnobe alguém que realmente tem um talento ficar se diminuindo diante de um elogio.

Mas voltando a Igreja, perceba que a afirmação dos primeiros cristãos diz da importância de fazermos parte da verdadeira e única Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sendo a Igreja o Corpo Místico do Senhor, é mais do que normal que aqueles foram remidos pelo seu Corpo e Sangue reunam-se em torno Dele.

E se pensarmos que a redenção de Cristo na Cruz já fazia parte do plano de amor de Deus para nós, consequentemente podemos afirmar que a consequência desta ação chamada Igreja também fazia parte deste pensamento a nosso respeito.

A Igreja Católica Apostólica Romana não é um improviso de Deus, mas o desejo Dele para nós. O Pai não pensou na Igreja durante o desenrolar dos acontecimentos. Ele pensou antes, planejou antes e prefigurou antes.

Por isso o desejo dos inimigos de Deus em acabar com a Igreja. Digo sem medo: Destruir a Igreja Católica Apostólica Romana é destruir parte do sonho de Deus para seus filhos amados. Por isso o desejo de tantos em acabar com a nossa Igreja, ou tentar diminuí-la, comparando-a com estas outras igrejas que existem por ai. Hoje muitos desejam acabar ou minar o sonho de Deus chamado Igreja Católica Apostólica Romana, mas felizmente jamais conseguirão.

Como dizia Clemente de Alexandria:

Assim como a vontade de Deus é um ato e se chama mundo, assim também sua intenção é a salvação dos homens e se chama Igreja.

Igreja Católica apostólica Romana é o sonho de Deus para a humanidade. O resto é sonho humano, e se brincar é pesadelo… dos mais feios!

No próximo post continuamos!
Dominus Vobiscum

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Estudo sobre a Igreja Católica Apostólica Romana:: Nascida do coração do Pai

Igreja Católica

Nos últimos dias com a notícia da renúncia do Papa Bento XVI, percebi quão importante é continuar fazendo aqui no blog este estudo sobre a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, que é algo pensado por Deus desde os inícios. Digo isto porque a todo momento estamos sendo bombardeados por notícias da mídia secular que tentam se aproveitar deste momento tão incomum para nós católicos, na tentativa de minar nossa fé e a nossa credibilidade na Igreja de Cristo.

“O Pai eterno, por libérrimo e arcano desígnio de sua sabedoria e bondade, criou todo o universo; decidiu elevar os homens à comunhão da vida divina”, à qual chama todos os homens em seu Filho: “Todos os que crêem em Cristo, o Pai quis chamá-los a formarem a santa Igreja”. Esta “família de Deus” se constitui e se realiza gradualmente ao longo das etapas da história humana, segundo as disposições do Pai. Com efeito, “desde a origem do mundo a Igreja foi prefigurada. Foi admiravelmente preparada na história do povo de Israel e na antiga aliança. Foi fundada nos últimos tempos. Foi manifestada pela efusão do Espírito. E no fim dos tempos será  gloriosamente consumada”. (CIC§759)

A Igreja Católica Apostólica Romana, instituída por Cristo, faz parte do plano de Deus para a salvação dos homens. Através dela temos comunhão com a Vida Divina, ou seja, temos acesso a tudo que acontece nos céus. É como aquela pessoa que ao conhecer uma família e fazer amizade com ela, pode entrar na cozinha, ouvir as conversas da família, saber os problemas que acontecem lá…

A Igreja é a casa de Deus, e uma vez que dela você passe a fazer parte, você passa (através da adoção filial) a fazer parte desta família.

Ela foi prefigurada por Deus ao longo dos séculos. Quando falamos de prefiguração, dizemos que ao longo do tempo ela foi sendo desenhada para ser o que é hoje pelo próprio Deus. É igual a um arquiteto que antes de executar um projeto, desenha um esboço e vai aperfeiçoando até chegar a um desenho preciso, perfeito e completo. Depois ele começa a obra colocando a mão na massa e com a ajuda dos seus companheiros finaliza a obra tornando-a linda e admirada por todos.

Assim é a nossa Igreja que foi projetada por Deus, fundada por Cristo e finalizada pelo Espírito Santo que a mantém até hoje digna e sem manchas.

É fato que nela habitam pessoas e que pessoas (pecadoras) podem errar, inclusive cometendo atos hediondos. Mas assim como não se pdoe culpar uma família inteira pelo ato de uma pessoa (não podemos chamar uma família inteira de assassinos apenas porque uma pessoa daquela família cometeu um assassinato), não podemos culpar a Igreja de Cristo pelos erros de seus filhos, e muito menos deixar de perceber que a Igreja Católica Apostólica Romana é querida e amada por Deus.

No próximo post continuamos!
Dominus Vobiscum

Veja Também:: Estudo sobre a Igreja Católica Apostólica Romana:: Introdução | Estudo sobre a Igreja Católica Apostólica Romana:: O que é a Igreja? | Estudo sobre a Igreja Católica Apostólica Romana:: Os símbolos da Igreja

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Estudo sobre a Igreja Católica Apostólica Romana:: Os símbolos da Igreja

Igreja Católica

Na Sagrada Escritura, encontramos diversas imagens e figuras que simbolizam o mistério inesgotável da Igreja. Elas são encontradas seja no Antigo ou Novo Testamento e nos dão a idéia de “povo de Deus” onde Cristo é a cabeça e a Igreja o Corpo.

Um dos símbolos mais lindos para mim, é quando comparamos a Igreja com um redil, do qual Cristo é a única e necessária porta. Suas ovelhas, embora governadas por pastores humanos, são, contudo, incessantemente conduzidas e alimentadas pelo próprio Cristo, Bom Pastor e Príncipe dos pastores, que deu sua vida por suas ovelhas.

Outra comparação traz a Igreja como lavoura ou campo de Deus (1 Cor 3,9). Nesse campo cresce a oliveira antiga, cuja raiz santa foram os Patriarcas e em que foi feita e se fará  a reconciliação dos judeus e dos gentios. Ela foi plantada pelo celeste Viticultor como vinha eleita. Cristo é a verdadeira Vide, que dá  vida e fecundidade aos ramos, que dizer, a nós, que pela Igreja permanecemos nele, sem o qual nada podermos fazer.

Mais a comparação mais perfeita é quando denominamos a Igreja de construção de Deus. O próprio Senhor comparou-se à pedra que os construtores rejeitaram e se tornou a pedra angular (Mt 21,42; At 4,11; 1 Pd 2,7; Sl 118,22). Sobre este fundamento a Igreja é construída pelos apóstolos, e dele recebe firmeza e coesão. Essa construção recebe vários nomes:

1.    Casa de Deus (1 Tm 3,15) na qual habita sua família,
2.    Morada de Deus no Espírito,
3.    Tenda de Deus entre os homens
4.    Templo santo, que, representado pelos santuários de pedra, é louvado pelos santos Padres e, não sem razão, comparado na Liturgia com a Cidade santa, a nova Jerusalém. Pois nela somos, nesta terra, como as pedras vivas que entram na construção.

Por fim, João afirma que a Igreja, sendo a cidade santa, na renovação do mundo, desce do céu, de junto de Deus, adornada como uma esposa enfeitada para seu esposo (Ap 21,1-2).

Para finalizar, a Igreja é chamada também de ‘Jerusalém celeste’ e ‘nossa Mãe’ (Gl 4,26). É ainda descrita como a esposa imaculada do Cordeiro imaculado. Cristo ‘amou-a e por Ela se entregou, a fim de santificá-la’ (Ef 5,26); associou-a a si por uma aliança indissolúvel e incessantemente ‘a nutre e dela cuida’ (Ef 5,29).”

Veja Também:: Estudo sobre a Igreja Católica Apostólica Romana:: Introdução | Estudo sobre a Igreja Católica Apostólica Romana:: O que é a Igreja?

Estudo sobre a Igreja Católica Apostólica Romana:: O que é a Igreja?

Igreja Católica

A palavra “Igreja” [“ekklésia”, do grego “ekkaléin” “chamar fora”] significa “convocação”. Designa assembléias do povo, geralmente de caráter religioso. É o termo freqüentemente usado no Antigo Testamento grego para a assembléia do povo eleito diante de Deus, sobretudo para a assembléia do Sinai, onde Israel recebeu a Lei e foi constituído por Deus como seu Povo santo. Ao denominar-se “Igreja”, a primeira comunidade dos que criam em Cristo se reconhece herdeira dessa assembléia. Nela, Deus “convoca” seu Povo de todos os confins da terra. O termo “Kyriakà”, do qual deriva “Church”, “Kirche”, significa “a que pertence ao Senhor”. Na linguagem cristã, a palavra “Igreja” designa a assembléia litúrgica, mas também a comunidade local ou toda a comunidade universal dos crentes. Esses três significados são inseparáveis. “A Igreja” é o Povo que Deus reúne no mundo inteiro. Existe nas comunidades locais e se realiza como assembléia litúrgica, sobretudo eucarística. Ela vive da Palavra e do Corpo de Cristo e se torna, assim, Corpo de Cristo. (CIC § 751-752)

É importante começarmos este estudo com uma boa definição do que seria a verdadeira Igreja: A Igreja Católica Apostólica Romana.

A Igreja é “o povo que Deus convoca e reúne de todos os confins da Terra, para constituir a assembleia daqueles que, pela fé e pelo Batismo, se tornam filhos de Deus, membros do Corpo de Cristo e templo do Espírito Santo”. Nós católicos professamos pela fé, que a nossa igreja é a única  fundada e encabeçada por Jesus Cristo. A Igreja Católica é governada pelo sucessor de Pedro (hoje Bento XVI) e pelos Bispos em comunhão com ele”. Segundo a Tradição católica, a Igreja está alicerçada sobre o Apóstolo Pedro, a quem Cristo prometeu o Primado, ao afirmar que “sobre esta pedra (do grego “petros”) edificarei a minha Igreja” e que “dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus” (cf. Mt 16, 17-20).

A Igreja Católica é a detentora na plenitude dos sete sacramentos e dos outros meios necessários para a salvação, dados por Jesus à Igreja. Tudo isto para reunir, santificar, purificar e salvar toda a humanidade e para antecipar a realização do Reino de Deus, cuja semente é necessariamente a Igreja. Por esta razão, a Igreja, guiada e protegida pelo Espírito Santo, insiste na sua missão de anunciar o Evangelho a todo o mundo, sendo aliás ordenada pelo próprio Cristo: “ide e ensinai todas as nações, batizando-as no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). A Igreja, mediante os sacramentos do Batismo e da Reconciliação, tem também a missão e o poder de perdoar os pecados, porque o próprio Cristo lho conferiu”.

No próximo post iremos falar sobre os símbolos da Igreja. Um post interessante e gostoso! Aguarde!

Veja Também:: Estudo sobre a Igreja Católica Apostólica Romana:: Introdução

Estudo sobre a Igreja Católica Apostólica Romana:: Introdução

Igreja Católica

É com muita alegria que começamos uma série de textos sobre a Igreja. E quando falo Igreja, falo da verdadeira, aquela fundada por Jesus Cristo. Aquela que é Una, Santa, Católica, Apostólica e Romana. Aquela que foi, é, e sempre será dotada pelo Espírito Santo com o dom santidade. A barca de Pedro. O porto seguro da fé.

A Constituição dogmática sobre a Igreja do Concílio Vaticano II afirma que o artigo de fé sobre a Igreja depende inteiramente dos artigos concernentes a Cristo Jesus. A Igreja não tem outra luz senão a de Cristo; segundo uma imagem cara aos Padres da Igreja, ela é comparável à lua, cuja luz toda é reflexo do sol.

Segundo afirmam os Santos Padres, a Igreja é o lugar “onde floresce o Espírito”.

A Fé Católica é rica de textos e ensinamentos, e queremos trazer para você toda esta riqueza, para que você que diz professar esta mesma fé, possa conhecer a fundo o que você afirma crer. De antemão você verá ao longo deste estudo o que é a nossa Igreja, qual o desígnio de Deus para ela e por que não podemos sair por ai, pulando de igreja em igreja (veja que no caso de outras igrejas o “i” é minúsculo) deixando a verdadeira Igreja fundada por Cristo de lado. Vale a pena acompanhar os textos!

Espero que você goste. Eu particularmente estou muito animado para estudar com você!

Pax Domini

Veja também:: Estudo sobre a Igreja Católica Apostólica Romana:: O que é a Igreja?

Como o Espírito Santo atua na Igreja?

esp santo

Estamos terminando a nossa breve catequese sobre o Espírito Santo. Mais para frente voltaremos a falar sobre Ele, quando formos trabalhar os dons do Espírito Santo. Porém existe um último assunto que precisamos comentar aqui no blog: Como este Espírito Santo atua na Igreja de Cristo?

Sabemos que cada pessoa da Santíssima Trindade tem um papel determinado na história da salvação e sabemos também que a Igreja é o caminho seguro para que nós possamos encontrar a nossa intimidade com Deus. Portanto quando se trata do Espírito Santo, é importante conhecermos a forma que ele atua em nós.

O Espírito edifica, anima e santifica a Igreja: Espírito de Amor, Ele torna a dar aos batizados a semelhança divina perdida por causa do pecado, e faz com que eles vivam em Cristo da própria Vida da Santíssima Trindade.

Ele nos envia a testemunhar a Verdade de Cristo e organiza-os nas suas mútuas funções, para que todos deem os frutos do Espírito conforme São Paulo nos mostra na sua carta aos Gálatas (5,22). Esta ação se dá muitas das vezes por meio dos sacramentos, onde Cristo comunica aos membros do Seu Corpo o Seu Espírito e a graça de Deus que produz os frutos de vida nova, segundo o Espírito.

Finalmente, o Espírito Santo é o Mestre da oração. Ele quem nos ajuda a falar com Deus, inspirando nossa alma, nossa mente e nosso intelecto.

Também o Espírito Santo vem em auxílio da nossa fraqueza, porque não sabemos o que pedir nas nossas orações; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis.” (Rm 8, 26)

Sabemos que o Espírito Santo age onde quer e como quer, mas sendo Ele a terceira pessoa da Santíssima Trindade, em nada Ele irá contrariar aquilo que já foi firmado em conjunto com o Pai e o Filho.

Independente de quem está presidindo a celebração, independente de gostarmos ou não desta pessoa, e digo mais, independente desta pessoa estar ou não em pecado, quando um sacramento acontece, a graça do Espírito Santo é derramada em quem recebe este mesmo sacramento. A ação do Espírito independe de quem o ministra.

Portanto, quando você for receber algum sacramento, seja ele a eucaristia ou a confissão, creia que ali o Espírito Santo de Deus estará agindo em você. Esta é a beleza da verdadeira Igreja de Cristo. Pax Domini

Você sabe o que significa a palavra “Dom” para os católicos?

esp santo

Quando falamos do Espírito Santo, de imediato, muita gente já pensa em algo que chamamos DOM, porém embora sabendo que significa, muitas vezes não consegue exprimir em palavras o seu real significado. Pois bem, vamos neste post tentar expressar o que você já sabe empiricamente.

A palavra dom tem como significado um presente, uma dádiva, dada por alguém a uma pessoa de forma gratuita. Quando dizemos receber do Espírito Santo um determinado dom, dizemos que este “presente espiritual” é um algo mais para que esta pessoa consiga desempenhar bem a sua luta para chegar à imitação plena da pessoa de Jesus Cristo.

O primeiro de todos os dons que recebemos é o amor. Assim nos diz o Catecismo da Igreja Católica (§733 – 734):

Deus é Amor (1 Jo 4, 8.16) e o Amor é o primeiro dom, que contém todos os outros. Este amor derramou-o Deus nos nossos corações, pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5, 5). Uma vez que estamos mortos, ou pelo menos feridos pelo pecado, o primeiro efeito do dom do Amor é a remissão dos nossos pecados. E é a comunhão do Espírito Santo (2 Cor 13, 13) que, na Igreja, restitui aos batizados a semelhança divina perdida pelo pecado.” (CIC § 733-734)

Veja como é interessante: O Espírito Santo derrama sobre nós o dom do Amor. E é graças ao amor de Deus por nós que Ele derrama sobre nós esta força, que faz com que os filhos de Deus possam dar fruto.

É partir deste primeiro dom que vem outros dons que recebemos no nosso batismo: Caridade, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, auto-domínio (Gl 5, 22-23). Quanto mais renunciarmos a nós próprios, mais caminhamos segundo o Espírito, afinal de contas, pela comunhão com Ele, nos tornamos espirituais, como que recolocados no paraíso, reconduzidos ao Reino dos céus, à adoção filial, que nos dá a confiança de chamar Pai a Deus e de participar na graça de Cristo, e de ao mesmo tempo, sermos chamados filhos da luz e de tomar parte na glória eterna.

Nota: Existe também um significado para a palavra dom, quando se trata de bispos, monges beneditinos e etc, mas não é o caso desta postagem!

O que é o dia de Pentecostes?

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Pentecostes (em grego antigo: πεντηκοστή [ἡμέρα], pentekostē [hēmera], “o quinquagésimo dia”) é uma das celebrações mais importantes do nosso calendário, pois comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo. Ele é celebrado 50 dias depois do domingo de Páscoa. O dia de Pentecostes ocorre no décimo dia depois do dia da Ascensão de Jesus.

Esta festa é histórica e mesmo antes da Encarnação do Verbo, ela já era celebrada em virtude do festival judaico da colheita, que comemorava a entrega dos Dez mandamentos no Monte Sinai, cinquenta dias depois do Êxodo. Enquanto a Páscoa era uma festa caseira, Pentecostes era uma celebração agrícola, originalmente, realizada na roça, no lugar onde se cultivava o trigo e a cevada, entre outros produtos agrícolas. Posteriormente, essa celebração foi levada para os lugares de culto, particularmente, o Templo de Jerusalém. Como diz o livro do Levítico (23,4), “era ilegal usufruir da nova produção da roça, antes do cerimonial da Festa das Colheitas”.

Para nós católicos, o Dia de Pentecostes celebra (como já foi dito acima) a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos e seguidores de Cristo como descrito no Novo Testamento, durante aquela celebração judaica do quinquagésimo dia em Jerusalém. Por esta razão o dia de Pentecostes é considerado também como o dia do nascimento da igreja. Os discípulos estavam reunidos em oração com a presença da Virgem Maria e em um dado momento a Bíblia afirma que repousou sobre suas cabeças como se fossem línguas de fogo e esta presença do Espírito Santo deu a eles uma nova guinada em suas vidas e sobretudo em seus ministérios.

Neste dia, revelou-Se plenamente a Santíssima Trindade. A partir deste dia, o Reino anunciado por Cristo abre-se aos que n’Ele creem. Na humildade da carne e na fé, eles participam já na comunhão da Santíssima Trindade. Pela sua vinda, que não cessará jamais, o Espírito Santo faz entrar no mundo nos últimos tempos, no tempo da Igreja, no Reino já herdado mas ainda não consumado:

Nós vimos a verdadeira Luz, recebemos o Espírito celeste, encontrámos a verdadeira fé: adoramos a Trindade indivisível, porque foi Ela que nos salvou (Liturgia Bizantina, Tropário das Vésperas de Pentecostes)

A ação do Espírito Santo na história da salvação

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O Espírito Santo ao longo da história do povo de Deus se manifestou de formas diversas para preparar o homem para a vinda do messias. De todas as ações do Espírito Santo, o Catecismo da Igreja Católica nos apresenta quatro em especial:

A ação do Espírito Santo sobre os profetas:

Com o termo profetas entendem-se todos os homens os que foram inspirados pelo Espírito Santo para falar em nome de Deus. O Espírito ao longo da história foi conduzindo o povo de Deus mediante as profecias do Antigo Testamento até o seu pleno cumprimento, ou seja, até a vinda do Cristo, de quem revela o mistério no Novo Testamento.

A ação do Espírito Santo sobre João Batista:

Sabemos que João Batista, foi o último profeta do Antigo Testamento. Ele era cheio do Espírito Santo, e este o enviou com uma missão especial: Preparar para o Senhor um povo bem disposto (Lc 1,17) e a anunciar a vinda de Cristo, Filho de Deus: Aquele sobre o qual João viu o Espírito descer e permanecer, Aquele que batiza no Espírito (Jo 1,33).

A ação do Espírito Santo sobre a Virgem Maria:

Em Maria, o Espírito Santo realiza as expectativas e a preparação do Antigo Testamento para a vinda de Cristo. De forma única enche-a de graça e torna fecunda a sua virgindade para dar à luz o Filho de Deus encarnado. Faz dela a Mãe do Cristo total, isto é, de Jesus Cabeça e da Igreja que é o seu corpo. Maria está com os Doze no dia de Pentecostes, quando o Espírito inaugura os últimos tempos com a manifestação da Igreja.

A relação do Espírito Santo e Jesus em sua missão terrena:

É importante salientar que o Filho de Deus é consagrado Messias através da unção do Espírito na sua humanidade desde a Encarnação. Ele revela-O no seu ensino, cumprindo a promessa feita aos antepassados e comunica-O à Igreja nascente, soprando sobre os Apóstolos depois da Ressurreição.

No próximo post, iremos conversar sobre o grande momento da Igreja nascente: Pentecostes!