O Papa, o índio louco e a cruz comunista: Pode ou não pode Arnaldo?

O mundo inteiro estranhou e se revoltou com o presente que o índio doido que os bolivianos chama de presidente deu ao Papa. E o Dominus Vobiscum não poderia de dar sua opinião.

O mundo inteiro estranhou e se revoltou com o presente que o índio doido que os bolivianos chama de presidente deu ao Papa. E o Dominus Vobiscum não poderia de dar sua opinião.

A ousadia dos comunistas aliada ao desejo de ofender os cristãos não tem limites e em geral propicia-nos a momentos toscos como este da foto acima. O assunto já está batido e debatido nas redes sociais de forma que vou apenas resumir o acontecido para prosseguir com o pensamento…

Em visita a Bolívia, o Santo Padre recebeu do presidente Evo Morales (aquele índio doido que os bolivianos chamam de presidente) essa coisa bizarra a quem chamaram de cruz, feita em forma da foice e do martelo (símbolo do comunismo). A cara do Papa Francisco mostra o grau de satisfação dele com o presente. E nem adianta diplomatas falarem: O pontífice não gostou. Se ele fosse brasileiro e nordestino talvez dissesse: “Mas que raio de bixiga lixa é isso? Queres arriar é velho?” Mas como o Papa é argentino, foi um pouco mais educado. Disse algumas palavras que cada um interpreta de um jeito. Como não falo espanhol, não entro no mérito…

Porém mais do que um presente de grego, ao meu ver, o presente é uma afronta a fé católica: Cristo sendo crucificado em uma foice e em um martelo, retrata o descaso da ideologia social-comunista para com o objeto mais sagrado do cristianismo que é a cruz. É preciso lembrar que o comunismo tem como um de seus pilares a destruição da fé católica. E antes que me chamem de radical ou venham tentar argumentar que não, transcrevo abaixo trecho do próprio Karl Marx afirmando efusivamente que o fim da religião é imprescindível para o crescimento do comunismo:

“Além disso, há verdades eternas, como a liberdade, a justiça, etc, que são comuns a todos os regimes sociais. Mas o comunismo quer abolir estas verdades eternas, quer abolir a religião e a moral, em lugar de lhes dar uma nova forma, e isso contradiz todo o desenvolvimento histórico anterior.” (Karl Mark – Manifesto Comunista)

“A luta continuava a ser travada com armas filosóficas, mas já não se lutava por objetivos filosóficos abstratos; agora, tratava-se diretamente de acabar com a religião tradicional e com o Estado existente.” (K. Marx. F. Engels. Obras escolhidas. vol. 3. Rio de Janeiro, Editorial Vitória Limitada, 1963, p. 176)

Além do mais, sabemos que ao longo da história o socialismo e o comunismo (partindo do princípio que ambos tem a mesma raiz), já mataram mais de 100 Milhões de pessoas em todo mundo.

comunismo

Portanto o presente de extremo mal gosto estético e artístico não foi por acaso. Existe ali uma razão implícita de afronta ao Papa e consequentemente ao cristianismo no mundo todo. Não esqueçam que a própria Teologia da Libertação (uma tentativa de inserir a ideologia comunista na Fé Católica) tem um discurso que tenta reduzir a distância entre o céu e a terra usando como exemplo a cruz, e afirmando que temos que ser “menos verticais” e mais “horizontais”. Ou seja: Vamos derrubar o clero e ordem litúrgica e vamos fazer uma Igreja do jeito que agente quer e que agente gosta. Houve ali uma tentativa de minimizar a força do símbolo maior da nossa fé, que é a morte cruenta de Nosso Senhor Jesus Cristo e consequentemente a sua vitória contra a morte, ressuscitando no terceiro dia.

Óbvio que o presidente da Bolívia inventou uma desculpa para dar o presente (dizendo que foi uma obra de arte feita por um padre e blá,blá, blá…) querendo dar uma de João-sem-braço, pensando que enrola o mundo do jeito que enrola os bolivianos, mas sabemos a sua real intenção.

Sabemos também que o Padre Frederico Lombardi recentemente deu um depoimento em nome da Santa Sé colocando panos quentes na situação (e antes que crucifiquem o Papa ou o Vaticano, lembrem-se que a Santa Sé é um país e que portanto a diplomacia se faz necessária).

Mas como eu não sou diplomata e achei aquela coisa tosca, fruto de um tremendo mal gosto estético, além de uma afronta a minha fé, eu vou falar sem diplomacia: Sou católico e acho que aquilo ali não se dá pra ninguém. Foi uma afronta a fé e uma tentativa de ridicularizar a Igreja. Se eu como católico me senti ofendido, imagina o Santo Padre?

Agora vamos a história recente para mostrar que o presente não dado por acaso, mas ao contrário, foi mais uma tentativa de espezinhar a Igreja Católica de forma irônica e jocosa. Veja ele já fez umas palhaçadas assim antes. é reincidente amigos! Já levou cartão amarelo e já passou da hora de levar um cartão vermelho! Veja…

No início de seu governo em 2006, Evo se apresentava como líder ambientalista e evocava a divindade divina andina Pachamama (“Mãe Terra”). Mas no intuito de ganhar dinheiro seu discurso mudou. Recentemente ao autorizar a exploração de gás e petróleo em parques nacionais, Evo afirmou que as reservas florestais são apenas “invenções do Império Norte-Americano”. Resumindo: Ele não acredita em nada só no dinheiro e no poder como todo bom comunista.

Na sua posse, Evo Morales fez questão de começar as solenidades com um ritual ancestral indígena em um sítio arqueológico chamado Tiwanaku. Dilma participou do evento...

Na sua posse, Evo Morales fez questão de começar as solenidades com um ritual ancestral indígena em um sítio arqueológico chamado Tiwanaku. Dilma participou do evento…

Vale lembrar que por causa deste senhor, o Catolicismo deixou de ser a religião oficial da Bolívia. Com isso o ensino religioso foi abolido no país desde 2009 quando também afirmou:

“A Igreja Católica é um símbolo do colonialismo europeu e, portanto, deve desaparecer da Bolívia”.

Recordemos ainda que quando visitou o Vaticano em 2013, Evo Morales achando-se senhor do bem e do mal, e no direito de dizer o que a Igreja deve ou não fazer, entregou ao Papa Bento XVI uma carta pedindo o fim do celibato e a ordenação presbiteral de mulheres, dizendo que a Igreja precisa “democratizar e humanizar sua estrutura clerical”:

“A Igreja não tem que negar uma parte fundamental de nossa natureza como seres humanos e deve abolir o celibato. Assim haverá menos filhos e filhas não reconhecidos por seus padres”…

Moral da história: Evo Morales ofendeu e no fim da história ficou feio pra ele, porque é ridículo ofender um visitante da forma que ele fez com o Papa. Isso mostra o caráter deste homem, e da ideologia a qual ele pertence e milita. Também mostrou que o comunismo, ao contrário do que alguns dizem está mais vivo do que nunca e que a América do Sul está cheio de gente que pensa assim e que já dominou boa parte dos governos sul-americanos. Se o Papa continuar visitando os “hermanos” da América do Sul é capaz de receber coisa pior: Quem sabe até uma… mandioca!

Não pensem que o índio pachamana é o único: O presidente da Venezuela é comuna, da Argentina também, do Uruguai, do Chile, do Brasil… Quem sabe esta viagem do Papa não sirva para abrir os olhos dos cegos que não perceberam ainda que a América do Sul está se tornando uma América Social-Comunista? Quem sabe não sirva para que alguns católicos que ainda agonizam na tal Teologia da Libertação não vejam o perigo disso para nossa fé? Afinal de contas, há males que vem para o bem…

Dominus Vobiscum

Cristãos chineses enfrentam a polícia e impedem a retirada da cruz em uma Igreja

9c436173jw1eha54dnckhj20ci0m8my6Segundo notícia do ACI Digital, um grupo de cristãos chineses impediu nesta segunda-feira que a polícia retirasse a cruz de uma igreja no condado de Pingyang, na província de Zhejiang (China) que fica na costa ao sul de Xangai e há anos é conhecida como um centro da iniciativa privada.

Mesmo fazendo com que a polícia recuasse, vários fieis acabaram feridos em virtude do conflito que começou na madrugada e durou cerca de duas horas. Embora a igreja tenha sido fechada e diversos cristãos tenham sido agredidos, a cruz permaneceu intacta.

9c436173jw1eha54g96fgj20no0vk77aOs cristãos chineses estão compartilharam as fotos do ocorrido na rede weibo, uma rede social semelhante ao Twitter, que é controlada pelo governo da China. Desde que foi criado, em 2009, a empresa líder do segmento, Sina Weibo , já atraiu mais de 400 milhões de usuários, e esse número está aumentando. O que dificulta o monitoramento de todas as mensagens postadas todos os dias. Nela muitos estão começando a desafiar a censura e falam sobre a perseguição religiosa.

Vale a pena ainda dizer que o governo chinês controla a internet do país e proíbe o acesso a redes sociais ocidentais como Facebook e Twitter.

O grupo cristão ChinaAid recordou que nas últimas semanas as Igrejas desta província receberam a ordem do Governo comunista de demolir os templos ou retirar as cruzes. Eles argumentam que estas ações visam combater as construções ilegais, mas na verdade se trata de mais uma jogada do governo socialista chinês de perseguir os cristãos.

Hoje o país já conta com mais de 65 milhões de cristãos (entre católicos e protestantes) e acredita-se que até 2025 a China já seja o maior país cristão do planeta.

Diário de um peregrino da JMJ: Dois dias com o Papa Francisco

Olá amigos! Pax Domini!

Infelizmente ontem não consegui escrever nada. Motivo: Foi uma verdadeira maratona para sair do Guarujá e chegar no Rio de Janeiro. jmjNossa chegada estava prevista para 11h33m na Cidade Maravilhosa. Porém as fortes chuvas fecharam os aeroportos cariocas. O resultado foi um atraso enorme na programação e para chegarmos até a Praia de Copacabana, tanto que mal conseguimos ficar perto de um telão. Porém o recado de Francisco foi ouvido, não apenas por mim, mas por mais de um milhão de pessoas.

O Papa nos convidou a uma “Revolução Copérnica da Fé”. Para quem não sabe, Nicolau Copérnico foi um cônego católico que desenvolveu a Teoria do Heliocentrismo, que afirmava que o Sol seria o Centro do Universo. Ao nos convidar para uma “Revolução Copérnica”, o Sumo Pontífice quis dizer que era necessário tirar o homem do centro do universo (com seu ego, auto-suficiência e orgulho) e colocar Deus. Para isso é necessário que cada católico “bote fé em sua vida” e em todos os lugares onde ele estiver.

Hoje saimos cedo para “circular” na jornada. Caminhamos, encontramos leitores do blog, velhos amigos e procuramos uma boa posição para ver o Papa. Preferimos não ficar na grade onde o papamóvel passa, mas escolher o um lugar próximo do Palco Central. Consegui ver Francisco de uma posição muito legal. Enquanto aguardávamos, vimos a juventude católica fazendo a sua festa. Para eles nada estava ruim e tudo era festa, tudo era alegria. Na areia, eles faziam montes que funcionavam como bancos. Tocavam violão, dançavam uma espécie de ciranda, tomavam chimarrão… Embora Copacabana seja um lugar conhecido por grandes festas onde a bebida e droga “rola solta”, nestes dias, vendedores de bebidas estão tendo enormes prejuízos, pois não se vê jovens bebendo ou se drogando. É a juventude católica dando exemplo para o mundo de uma alegria que não se vai quando acaba a droga ou o álcool.

E então veio a Via-Sacra. As 14 estações da JMJ Rio2013, fizeram mensão às questões do mundo de hoje, revelando o sofrimento de Jesus em meio “às dores” presentes na sociedade atual. Em seu discurso, o Papa Francisco, falou sobre o sentido da Cruz de Cristo e da Cruz peregrina, símbolo da Jornada Mundial da Juventude, que passou por todos os estados do país. E pediu que rezem pelas vítimas do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), que mantou 242 jovens, em janeiro desde ano.

Leia o discurso completo:

Queridos jovens,

Viemos hoje acompanhar Jesus no seu caminho de dor e de amor, o caminho da Cruz, que é um dos momentos fortes da Jornada Mundial da Juventude. No final do Ano Santo da Redenção, o Bem-aventurado João Paulo II quis confiá-la a vocês, jovens, dizendo-lhes: «Levai-a pelo mundo, como sinal do amor de Jesus pela humanidade e anunciai a todos que só em Cristo morto e ressuscitado há salvação e redenção» (Palavras aos jovens [22 de abril de 1984]: Insegnamenti VII,1 (1984), 1105). A partir de então a Cruz percorreu todos os continentes e atravessou os mais variados mundos da existência humana, ficando quase que impregnada com as situações de vida de tantos jovens que a viram e carregaram. Ninguém pode tocar a Cruz de Jesus sem deixar algo de si mesmo nela e sem trazer algo da Cruz de Jesus para sua própria vida. Nesta tarde, acompanhando o Senhor, queria que ressoassem três perguntas nos seus corações: O que vocês terão deixado na Cruz, queridos jovens brasileiros, nestes dois anos em que ela atravessou seu imenso País? E o que terá deixado a Cruz de Jesus em cada um de vocês? E, finalmente, o que esta Cruz ensina para a nossa vida?

Uma antiga tradição da Igreja de Roma conta que o Apóstolo Pedro, saindo da cidade para fugir da perseguição do Imperador Nero, viu que Jesus caminhava na direção oposta e, admirado, lhe perguntou: «Para onde vais, Senhor?». E a resposta de Jesus foi: «Vou a Roma para ser crucificado outra vez». Naquele momento, Pedro entendeu que devia seguir o Senhor com coragem até o fim, mas entendeu sobretudo que nunca estava sozinho no caminho; com ele, sempre estava aquele Jesus que o amara até o ponto de morrer na Cruz.

Pois bem, Jesus com a sua cruz atravessa os nossos caminhos para carregar os nossos medos, os nossos problemas, os nossos sofrimentos, mesmo os mais profundos. Com a Cruz, Jesus se une ao silêncio das vítimas da violência, que já não podem clamar, sobretudo os inocentes e indefesos; nela Jesus se une às famílias que passam por dificuldades, que choram a perda de seus filhos, ou que sofrem vendo-os presas de paraísos artificiais como a droga; nela Jesus se une a todas as pessoas que passam fome, num mundo que todos os dias joga fora toneladas de comida; nela Jesus se une a quem é perseguido pela religião, pelas ideias, ou simplesmente pela cor da pele; nela Jesus se une a tantos jovens que perderam a confiança nas instituições políticas, por verem egoísmo e corrupção, ou que perderam a fé na Igreja, e até mesmo em Deus, pela incoerência de cristãos e de ministros do Evangelho. Na Cruz de Cristo, está o sofrimento, o pecado do homem, o nosso também, e Ele acolhe tudo com seus braços abertos, carrega nas suas costas as nossas cruzes e nos diz: Coragem! Você não está sozinho a levá-la! Eu a levo com você. Eu venci a morte e vim para lhe dar esperança, dar-lhe vida (cf. Jo 3,16).

E assim podemos responder à segunda pregunta: o que foi que a Cruz deixou naqueles que a viram, naqueles que a tocaram? O que deixa em cada um de nós? Deixa um bem que ninguém mais pode nos dar: a certeza do amor inabalável de Deus por nós. Um amor tão grande que entra no nosso pecado e o perdoa, entra no nosso sofrimento e nos dá a força para poder levá-lo, entra também na morte para derrotá-la e nos salvar.

Na Cruz de Cristo, está todo o amor de Deus, a sua imensa misericórdia. E este é um amor em que podemos confiar, em que podemos crer. Queridos jovens, confiemos em Jesus, abandonemo-nos totalmente a Ele (cf. Carta enc. Lumen fidei, 16)! Só em Cristo morto e ressuscitado encontramos salvação e redenção. Com Ele, o mal, o sofrimento e a morte não têm a última palavra, porque Ele nos dá a esperança e a vida: transformou a Cruz, de instrumento de ódio, de derrota, de morte, em sinal de amor, de vitória e de vida.

O primeiro nome dado ao Brasil foi justamente o de «Terra de Santa Cruz». A Cruz de Cristo foi plantada não só na praia, há mais de cinco séculos, mas também na história, no coração e na vida do povo brasileiro e não só: o Cristo sofredor, sentimo-lo próximo, como um de nós que compartilha o nosso caminho até o final. Não há cruz, pequena ou grande, da nossa vida que o Senhor não venha compartilhar conosco.

Mas a Cruz de Cristo também nos convida a deixar-nos contagiar por este amor; ensina-nos, pois, a olhar sempre para o outro com misericórdia e amor, sobretudo quem sofre, quem tem necessidade de ajuda, quem espera uma palavra, um gesto; ensina-nos a sair de nós mesmos para ir ao encontro destas pessoas e lhes estender a mão. Tantos rostos acompanharam Jesus no seu caminho até a Cruz: Pilatos, o Cireneu, Maria, as mulheres… Também nós diante dos demais podemos ser como Pilatos que não teve a coragem de ir contra a corrente para salvar a vida de Jesus, lavando-se as mãos. Queridos amigos, a Cruz de Cristo nos ensina a ser como o Cireneu, que ajuda Jesus levar aquele madeiro pesado, como Maria e as outras mulheres, que não tiveram medo de acompanhar Jesus até o final, com amor, com ternura. E você como é? Como Pilatos, como o Cireneu, como Maria?

Queridos jovens, levamos as nossas alegrias, os nossos sofrimentos, os nossos fracassos para a Cruz de Cristo; encontraremos um Coração aberto que nos compreende, perdoa, ama e pede para levar este mesmo amor para a nossa vida, para amar cada irmão e irmã com este mesmo amor. Assim seja!

Mergulhemos na espiritualidade da Semana Santa

Jesus Carrega a Cruz

São Paulo disse na carta aos Filipenses: Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro (1,21). Esta frase é aquela típica frase das Sagradas Escrituras que repetimos exageradas vezes diante do sacrário, chegando inclusive a fazer músicas (belíssimas, diga-se de passagem). Mas a verdade é que quem meditar um pouco com este versículo e se decidir a vivê-lo, chegará à conclusão que é de fato uma frase linda de se dizer, mas dura de viver. E põe dura nisto!

Quando São Paulo afirmou isto, ele já havia percorrido um belo e longo caminho ao lado de Jesus. Já havia se encontrado com Ele no caminho para Damasco, fato este que mudou radicalmente a sua vida. Nesta caminhada ele pode experimentar as dores e as delicias de seguir a Cristo e nem mesmo os mais difíceis intempéries da vida conseguiram separá-lo do amor do Senhor Jesus como ele mesmo afirmou em sua carta aos Romanos:

“Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada? Realmente, está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro (Sl 43,23). Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou. Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm 8 35-39)

É a experiência de seguir a Jesus Cristo e os seus ensinamentos quem nos dá propriedade de dizer com segurança que o que de fato a vida só pode ser em Cristo e quem tem a Ele tem tudo. Quem não se decide verdadeiramente em segui-lo, não pode entender estas afirmações. São coisas do discipulado…

Amanhã começa o Tríduo Pascal onde vamos fazer memória em nossas paróquias e dioceses do grande amor de Jesus por nós. Nestes três dias vamos recordar que Aquele que nos amou com um amor tão perfeito, recebeu de nós (seres humanos), a traição, a mentira, a falsidade, a dissimulação, chicotadas, ofensas, bofetões, escárnios e todo tipo de zombarias, e que ao invés de nos condenar, nos perdoou e nos deu a Vida Eterna.

Vamos ver também o seu duro e triste calvário, e o seu encontro com a Virgem Maria, sua mãe de ternura, que assistiu de pé a sua crucificação e morte.Vamos chorar a dor de matar o Filho de Deus. E só depois disso, vamos nos alegrar com a sua ressurreição.

Aquele que se decide por ser todo de Deus, independente de ser solteiro, casado ou celibatário, precisa entender nesta Santa Semana, que para ressuscitar com Cristo, é preciso carregar a sua Cruz, como Jesus carregou a Dele. Não há ressurreição sem luta, sofrimento e cruz.

É que na verdade não existe cristianismo sem cruz. Qualquer forma de cristianismo que abomine a Cruz de Cristo, ou a cruz que o cristão deva carregar em seu dia a dia, não é cristianismo. Nem sei que nome dar a isto, mas de fato: Cristianismo sem Cruz não é Cristianismo, mas uma mentira deslavada! Uma invenção meramente humana que e faz conveniente a alguns homens que preferem adotar o discurso de seguir a Cristo sem percorrer o caminho que Ele percorreu.

Carregar a cruz é enfrentar os desafios do dia a dia, sejam eles exteriores – como por exemplo as pessoas que estão ao seu redor com seus defeitos e cobranças, o seu trabalho cotidiano com coragem e profissionalismo, a sua família com as necessidades que lhe são peculiares e, sobretudo as consequências de suas decisões ao longo dos anos – ou os desafios interiores – que são as lutas para vencermos a nós mesmos (nossos pecados, reações, sentimentos e principalmente nosso temperamento).  Carregar a Cruz é converter-se dia após dia! É retomar a caminhada quando percebemos que nos afastamos do verdadeiro caminho. É sair da nossa “zona de conforto” para ir de encontro a quem precisa.

Talvez você me pergunte: Mas vale a pena abrir mão da minha vida pronta e estabelecida para sofrer?

A resposta é pessoal, mas acho que todo cristão irá responder a mesma coisa, por isto me atrevo a responder no plural: Quando trilhamos o caminho de Cristo, somos tomados por uma felicidade tão grande que sofrer por Ele vale a pena!  Ele, Jesus Cristo Nosso Senhor, já aqui na terra, nos dá alegrias que ninguém no mundo é capaz de nos dar. Sim, em meio às dores somos felizes e completos. E fazem mais de dois mil anos que esta estranha decisão intriga o mundo.

Portanto, neste tempo de Semana Santa, mergulhe a fundo na espiritualidade que este tempo nos dá. Reze de forma intensa, seja intenso em Cristo. Ame-o e deixe que Ele te ame. Se precisar retomar o caminho como tantas vezes eu fiz e faço quando necessário, faça! Viva bem esta semana, e no domingo faça festa e celebre não apenas a ressurreição de Cristo, mas a sua própria ressurreição! Sim, viver para nós é Cristo e não há outro motivo, outra alegria, outra felicidade.

Uma Santa Semana para todos os leitores do blog Dominus Vobiscum!
Pax Domini

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E enfim começa a Santa Semana…

Semana Santa

A Semana Santa é para os católicos a mais importante de todoas as semanas. Nela celebramos de forma intensa, como que em um grande retiro, a Paixão, Morte e ressurreição de Jesus Cristo. Ela se inicia no Domingo de Ramos, que relembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e termina com a ressurreição de Jesus, que ocorre no domingo de Páscoa.

Em 325 d.C, o Concílio de Niceia, consolidou as datas religiosas, fazendo com que a Paixão, Morte e Ressurreição fosse comemorada por uma semana. Historicamente falando, existem relatos de festas em homenagem aos últimos dias de Cristo, pouco tempo depois de sua morte, porém estas festividades eram comemoradas em dois dias apenas (sábado de aleluia e domingo da ressurreição).

Cada dia da comemoração faz referência a um acontecimento a saber:

Domingo de Ramos – Abre solenemente a Semana Santa, com a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Jesus é recebido em Jerusalém como um rei, mas os mesmos que o receberam com festa o condenaram à morte. Jesus é recebido com ramos de palmeiras. Nesse dia, são comuns procissões em que os fiéis levam consigo ramos de oliveira ou palmeira, o que originou o nome da celebração.

Segunda-Feira Santa – Em alguns lugares é conhecida como segunda-feira de trevas. Nesse dia realiza-se a o ofício de trevas.

Terça-Feira Santa – Neste dia são celebradas as Sete dores de Nossa Senhora Virgem Maria.

Quarta-Feira Santa – É o quarto dia da Semana Santa. Em algumas igrejas celebra-se neste dia a piedosa procissão do encontro de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Ainda há igrejas que neste dia celebram o Ofício das Trevas, lembrando que o mundo já está em trevas devido à proximidade da morte de Jesus.

Quinta-Feira Santa – Na manhã deste dia, nas catedrais das dioceses, o bispo se reúne com o seu clero para celebrar a Celebração do Crisma, na qual são abençoados os óleos que serão usados na administração dos sacramentos do Batismo, Crisma e Unção dos Enfermos. Com essa celebração se encerra a Quaresma.

Neste mesmo dia, à noite, são relembrados os três gestos de Jesus durante a Última Ceia: a Instituição da Eucaristia, o exemplo do Lava-pés, com a instituição de um novo mandamento (ou “ordenança”) segundo algumas denominações cristãs, e a instituição do sacerdócio. É neste momento que Judas Iscariotes sai para entregar Jesus por trinta moedas de prata. E é nesta noite em que Jesus é preso, interrogado e, no amanhecer da sexta-feira, açoitado e condenado.

A igreja fica em vigília ao Santíssimo, relembrando os sofrimentos de Jesus, que tiveram início nesta noite. A igreja já se reveste de luto e tristeza, desnudando os altares (quando são retirados todos os enfeites, toalhas, flores e velas), tudo para simbolizar que Jesus já está preso e consciente do que vai acontecer. Também cobrem-se todas as imagens existentes no templo.

Sexta-Feira Santa – É quando a Igreja recorda a morte de Jesus. É celebrada a Solene Ação Litúrgica, Paixão e a Adoração da Cruz. A recordação da morte de Jesus consiste em quatro momentos: A Liturgia da Palavra, Oração Universal, Adoração da Cruz e Rito da Comunhão. Presidida por presbítero ou bispo, os paramentos para a celebração são de cor vermelha. Este dia recomenda-se o jejum para todos os católicos. Apenas os que estão sob ordem médica ou dispensados pelo sacerdote estão isentos do jejum.

Sábado de Aleluia – É o dia da espera. Os cristãos junto ao sepulcro de Jesus aguardam sua ressurreição. No final deste dia é celebrada a Solene Vigília Pascal, a mãe de todas as vigílias, como disse Santo Agostinho, que se inicia com a Bênção do Fogo Novo e também do Círio Pascal; proclama-se a Páscoa através do canto do Exultet e faz-se a leitura de 8 passagens da Bíblia (4 leituras e 4 salmos) percorrendo-se toda história da salvação, desde Adão até o relato dos primeiros cristãos. Entoa-se o Glória e o Aleluia, que foram omitidos durante todo o período quaresmal. Há também o batismo daqueles adultos que se prepararam durante toda a quaresma. A celebração se encerra com a Liturgia Eucarística, o ápice de todas as missas.

Domingo de Páscoa – É o dia mais importante para a fé cristã, pois Jesus vence a morte para mostrar o valor da vida. Esse dia é estendido por mais cinquenta dias até o Domingo de Pentecostes.

Durante a Semana Santa estaremos escrevendo textos especiais para você conheça a doutrina desta semana e participe com intensidade deste tempo de graça que vivemos. Pax Domini

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Evangelho:: São Gregório Magno fala da força da Cruz do Senhor!

jesus na cruzDo Evangelho Quotidiano

Naquele tempo, muitos dos judeus que tinham vindo a casa de Maria, ao verem o que Jesus fez, creram nele. Alguns deles, porém, foram ter com os fariseus e contaram-lhes o que Jesus tinha feito. Os sumos sacerdotes e os fari- seus convocaram então o Conselho e diziam: Que havemos nós de fazer, dado que este homem realiza muitos sinais miraculosos? Se o deixarmos assim, todos irão crer nele e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar santo e a nossa nação. Mas um deles, Caifás, que era Sumo Sacerdote naquele ano, disse-lhes: Vós não entendeis nada, nem vos dais conta de que vos convém que morra um só homem pelo povo, e não pereça a nação inteira. Ora ele não disse isto por si mesmo; mas, como era Sumo Sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação. E não só pela nação, mas também para congregar na unidade os filhos de Deus que estavam dispersos. Assim, a partir desse dia, resolveram dar-lhe a morte. Por isso, Jesus já não andava em público, mas retirou-se dali para uma região vizinha do deserto, para uma cidade chamada Efraim e lá ficou com os discípulos. Estava próxima a Páscoa dos judeus e muita gente do país subiu a Jerusalém antes da Páscoa para se purificar. Procuravam então Jesus e perguntavam uns aos outros no templo: Que vos parece? Ele virá à Festa? (Jo 11,45-56)

Comentário feito por São Leão Magno (?-c. 461), papa, doutor da Igreja – Oitava homilia sobre a Paixão, 7; SC 74 bis

Uma vez levantado da terra, atrairei todos a Mim (Jo 12,32). Admirável poder da cruz! Indescritível glória da Paixão! Aí se encontra o tribunal do Senhor, o julgamento do mundo e a vitória do Crucificado. Sim, Tu atraíste todos a Ti, Senhor, e quando estendias continuamente as mãos para um povo incrédulo e rebelde (Is 65,2; Rom 10,21), o mundo inteiro percebeu que devia glorificar a Tua majestade. […] Tu atraíste todos a Ti, Senhor, porque, quando o véu do templo se rasgou (Mt 27,51), a imagem do Santo dos Santos manifestou-se na verdade, a profecia foi completamente cumprida, e a Lei antiga foi substituída pelo Evangelho. Tu atraíste todos a Ti, Senhor, para que o culto de todas as nações seja celebrado em plenitude pelo mistério que, até então envolto em símbolos num só templo na Judeia, seja finalmente expresso abertamente. […]

Porque a Tua cruz é a fonte de todas as bênçãos, a causa de toda a graça. Da fraqueza da cruz os crentes recebem a força; da sua vergonha, a glória; de Tua morte, a vida. Agora, de facto, acabaram os múltiplos sacrifícios: a oferenda única do Teu corpo e do Teu sangue leva ao seu cumprimento todos os sacrifícios oferecidos nas diferentes partes do mundo, porque Tu és o verdadeiro Cordeiro de Deus, que tira o pecado o mundo (Jo 1,29).

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Série Espiritualidade: “Da oblação de Cristo na Cruz e da própria resignação” e “Que devemos com tudo quanto é nosso oferecer-nos a Deus, e orar por todos”

Do livro “A Imitação de Cristo”

Da oblação de Cristo na cruz e da própria resignação

Voz do Amado:Assim como eu a mim mesmo ofereci espontaneamente ao Pai eterno, com os braços estendidos e o corpo nu, de modo que nada restasse em mim que não fosse oferecido em sacrifício de reconciliação divina: assim também deves tu de coração oferecer-te voluntariamente a mim todos os dias na Santa Missa, em oblação pura e santa, com todas as tuas potências e afetos. Que outra coisa exijo de ti senão que te entregues inteiramente a mim? De tudo que me deres fora de ti, não faço caso; porque não busco teus dons, mas a ti mesmo.

Assim como não te bastariam todas as coisas sem mim, assim me não pode agradar o que sem ti me ofereces. Oferece-te a mim, dá-te todo a Deus, e será aceita a tua oblação. Olha como me ofereci todo ao Pai por ti, e dei-te todo o meu corpo e sangue em alimento, para ser todo teu e para que tu te tornasses meu. Se, porém, te apegares a ti mesmo, e não te ofereceres espontaneamente à minha vontade, não será completa tua oblação, nem perfeita a união entre nós. Portanto, a todas as tuas obras deve preceder o voluntário oferecimento de ti mesmo nas mãos de Deus, se desejas alcançar a liberdade e a graça. O motivo de haver tão poucos interiormente esclarecidos e livres é que muitos não sabem abnegar-se de todo a si mesmos. É imutável minha sentença: Quem não renunciar a tudo não poderá ser meu discípulo (Lc 14,33). Se desejas, pois, ser meu discípulo oferece-te a mim com todos os teus afetos.

Que devemos com tudo quanto é nosso oferecer-nos a Deus, e orar por todos

Voz do discípulo: Senhor, vosso é tudo quanto existe no céu e na terra. Desejo oferecer-me a vós em oblação voluntária e ser vosso para sempre. Senhor, na simplicidade do meu coração me ofereço hoje a vós por servo perpétuo em obséquio e eterno sacrifício de louvor. Recebei-me com este santo sacrifício de vosso precioso corpo, que vos ofereço hoje na presença dos anjos, que a ele invisivelmente assistem, a fim de que sirva para minha salvação e de todo o povo.

Senhor, ofereço-vos sobre vosso altar de propiciação todos os meus pecados e delitos que tenho cometido em vossa presença e de vossos santos anjos, desde o dia em que pela primeira vez pequei até à hora presente, para que os consumais e queimeis no fogo de vossa caridade, também apagueis todas as manchas de meus pecados e purifiqueis minha consciência de toda a culpa e me restituais a vossa graça, que perdi pelo pecado, perdoando-me tudo plenamente e admitindo-me na vossa misericórdia ao ósculo da paz.

Que posso eu fazer em expiação dos meus pecados, senão confessá-los humildemente e chorá-los, implorando incessantemente vossa misericórdia? Rogo-vos, meu Deus, ouvi-me propício, aqui onde estou em vossa presença! Detesto sumamente todos os meus pecados, e proponho nunca mais cometê-los; arrependo-me deles e me hei de arrepender enquanto viver; pronto estou a fazer penitência e satisfazer conforme as minhas forças. Perdoai-me, meu Deus, perdoai-me os meus pecados pelo vosso santo nome; salvai minha alma que remistes com vosso precioso sangue. Eis que me abandono à vossa misericórdia, e me entrego em vossas mãos. Tratai-me segundo a vossa bondade, não segundo a minha iniqüidade e malícia.

Ofereço-vos todas as minhas boas obras, por poucas e imperfeitas que sejam, para que vós as emendeis e santifiqueis, e as façais agradáveis a vós e as aperfeiçoeis cada vez mais, e para que me leveis a mim, servo indolente e inútil, a um fim glorioso e bem-aventurado.

Ofereço-vos também todos os santos desejos das almas devotas, as necessidades de meus pais, amigos, irmãos, parentes e de todos os que me são caros, ou me fizeram bem a mim e a outros, por vosso amor; também daqueles que me encomendaram e pediram orações e Missas por si e para todos os seus, sejam vivos ou defuntos, para que todos sintam o auxílio da vossa graça, o socorro da vossa consolação, a proteção nos perigos, o alívio das penas e que, livres de todos os males, vos rendam jubilosos, muitas graças.

Ofereço-vos, finalmente, todas as orações e a hóstia de propiciação particularmente por aqueles que de qualquer modo me ofenderam, contristaram, censuraram, prejudicaram ou molestaram. Enfim, por todos a quem eu tenha afligido, perturbado, contrariado ou escandalizado, com palavras ou obras, por ignorância ou com advertência, a fim de que a todos nos perdoeis os nossos pecados e mútuas ofensas. Apartai, Senhor, dos nossos corações toda suspeita, indignação, e ira e contenda e tudo que possa ofender a caridade e diminuir o amor fraternal. Compadecei-vos, Senhor, compadecei-vos de todos os que imploram vossa misericórdia; daí graças aos que dela necessitam, e fazei-nos tais, que sejamos dignos de gozar a vossa graça e alcançar a vida eterna. Amém.

 
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Série Espiritualidade: Devemos renunciar a nós mesmos e seguir a Cristo pela cruz

Do livro “Imitação de Cristo”

Jesus: Quanto mais saíres de ti mesmo, tanto mais poderás chegar-te a mim. Assim como o não desejar coisa alguma exterior produz paz interior, assim o desprendimento interior de si mesmo causa a união com Deus. Quero que aprendas a perfeita abnegação de ti mesmo, submetendo-te, sem resistência e sem queixa, à minha vontade. Segue-me, eu sou o caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6). Sem caminho não se anda, sem verdade não se conhece, sem vida não se vive. Eu sou o caminho que deves seguir, a verdade que deves crer, a vida que deves esperar. Eu sou o caminho seguro, a verdade infalível, a vida interminável. Eu sou o caminho direito, a verdade suprema, a vida verdadeira, a vida ditosa, a vida incriada. Se perseverares no meu caminho, conhecerás a verdade, e a verdade te livrará (Jo 8,32), e alcançarás a vida eterna.

Se queres entrar na vida, guarda os mandamentos (Mt 19,17). Se queres conhecer a verdade, crê em mim. Se queres ser perfeito, vende tudo (Mt 19,21). Se queres ser meu discípulo, renuncia a ti mesmo. Se queres possuir a vida bemaventurada, despreza a presente. Se queres ser exaltado no céu, humilha-te na terra. Se queres reinar comigo, carrega comigo a cruz, porque só os servos da cruz acham o caminho da bem-aventurança e da luz verdadeira.

A alma: Senhor, Jesus Cristo! Porque vossa vida foi tão oprimida e desprezada no mundo, concedei-me o imitar-vos com o desprezo do mundo. Pois o servo não é maior que seu senhor, nem o discípulo mais do que o mestre (Mt 10,24). Trabalhe vosso servo por conformar-me à vossa vida, porque nela está a minha salvação e a verdadeira santidade. Tudo quanto fora dela leio ou ouço não me pode recrear ou deleitar plenamente.

Jesus: Filho, pois que sabes e lês todas estas coisas, bem-aventurado serás se as puseres em prática. Quem conhece os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; também eu o amarei e me manifestarei a ele (Jo 14,21), e o farei assentar comigo no reino de meu Pai.

A alma: Senhor Jesus! Faça-se em mim segundo vossa palavra e promessa, e seja-me dado merecê-lo. Recebi a cruz, da vossa mão a recebi; hei de carregá-la, carregar até à morte, como vós ma impusestes. Na verdade, a vida do bom religioso é uma cruz, mas o conduz ao Paraíso. O começo está feito; não posso voltar atrás sem desistir.

Eia, irmãos! Marchemos unidos, Jesus está conosco, por Jesus abraçamos a cruz, por Jesus queremos nela perseverar. Ele, que é nosso chefe e guia, será também nosso auxílio. Eis o nosso Rei, que marcha à nossa frente, Ele por nós combaterá. Varonilmente queremos segui-lo, ninguém se espante; estejamos prontos para morrer, com denodo, no combate, e não manchemos nossa glória, desertando da cruz.

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Evangelho do Dia:: Está na hora. Subamos a Jerusalém

Evangelho Quotidiano

Naquele tempo, enquanto Jesus subia para Jerusalém, chamou à parte os Doze e disse-lhes: Vamos subir a Jerusalém e o Filho do Homem vai ser entregue aos sumos sacerdotes e aos doutores da Lei, que o vão condenar à morte. Hão-de entregá-lo aos pagãos, que o vão escarnecer, açoitar e crucificar. Mas Ele ressuscitará ao terceiro dia. Aproximou-se então de Jesus a mãe dos filhos de Zebedeu, com os seus filhos, e prostrou-se diante dele para lhe fazer um pedido. Que queres? perguntou-lhe Ele. Ela respondeu: «Ordena que estes meus dois filhos se sentem um à tua direita e o outro à tua esquerda, no teu Reino. Jesus retorquiu: Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu estou para beber? Eles responderam: Podemos. Jesus replicou-lhes: Na verdade, bebereis o meu cálice; mas, o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence a mim concedê-lo: é para quem meu Pai o tem reservado. Ouvindo isto, os outros dez ficaram indignados com os dois irmãos. Jesus chamou-os e disse-lhes: Sabeis que os chefes das nações as governam como seus senhores, e que os grandes exercem sobre elas o seu poder. Não seja assim entre vós. Pelo contrário, quem entre vós quiser fazer se grande, seja o vosso servo; e quem, no meio de vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo. Também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão. (Mt 20,17-28)

Comentário feito por Bem-aventurado Tito Brandsma, mártir, carmelita holandês (1881-1942)

Jesus declarou-Se cabeça do Corpo místico, de que nós somos os membros. A vinha é Ele; os sarmentos somos nós (Jo 15,5). Ele estendeu-Se no lagar e começou a pisar as uvas; deu-nos assim o vinho para que, ao bebê-lo, pudéssemos viver a partir da Sua vida e partilhar dos Seus sofrimentos. Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz dia após dia e siga-Me. Quem Me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida. Eu sou o Caminho. Na verdade, dei-vos exemplo para que, assim como Eu fiz, vós façais também (Lc 9,23; Jo 8,12; 14,6; 13,15). E como os próprios discípulos não compreendiam que o seu caminho deveria ser de sofrimento, Ele explicou-lho, dizendo: Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na Sua glória? (Lc 24,26)

Então, o coração dos discípulos ardeu (v. 32). A Palavra de Deus inflamou-os. E, quando o Espírito Santo desceu sobre eles como chama divina para os abrasar (Act 2), ficaram cheios de alegria por terem sofrido desprezos e perseguições (At 5,41), pois assim assemelhavam-se Àquele que os tinha precedido no caminho do sofrimento. Os profetas já tinham anunciado este caminho de sofrimento de Cristo e os discípulos compreenderam, por fim, que Ele não o tinha evitado. Da manjedoura ao suplício da cruz, a pobreza e a falta de compreensão tinham sido o Seu quinhão. Ele tinha passado a Sua vida a ensinar aos homens que o olhar de Deus sobre o sofrimento, a pobreza e a falta de compreensão dos homens é diferente da vã sabedoria deste mundo (cf. 1Co 1,20). […] Na cruz está a salvação. Na cruz está a vitória. Deus assim quis.

Veja também:: Exame de consciência para uma boa confissão

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Evangelho do Dia:: E então jejuarão

Evangelho Quotidiano

Naquele tempo, os discípulos de João Batista foram ter com Ele e perguntaram-Lhe: Porque é que nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam? Jesus respondeu-lhes: Porventura podem os convidados para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, hão-de vir dias em que lhes será tirado o esposo e, então, hão-de jejuar. (Mt 9,14-15)

Comentário feito por São Romano Melodista (? – c. 560), compositor de hinos

Entrega-te, minha alma, ao arrependimento; une-te a Cristo pela razão e, gemendo, grita: Concede-me o perdão das minhas faltas, para que de Ti receba, Tu só que és bom (Mc 10,18), a absolvição e a vida eterna. […]

Moisés e Elias, essas torres de fogo, foram grandes nas suas obras. […] Foram os primeiros de entre os profetas a falar livremente a Deus e a comprazer-se em d’Ele se aproximar para Lhe rezar e falar face a face (Ex 34,6; 1Rs 19,13), facto admirável e incrível, e, apesar disso, não deixaram de recorrer ao jejum, que os unia a Deus (Ex 34,28; 1Rs 19,8). Assim, tal como as obras, o jejum conduz à vida eterna.

Pelo jejum são os demônios afastados como pela espada, porque lhe não suportam os benefícios: o que eles adoram são a folia e a embriaguez. Por isso, ao olharem o rosto do jejum, não podem tolerá-lo e fogem para bem longe, como nos ensina o Senhor nosso Deus: estes demônios podem ser expulsos pelo jejum e pela oração» (Mc 9,28 Vulg.). É por isso que o jejum nos traz a vida eterna. […]

O jejum devolve aos que o seguem a habitação paterna donde Adão foi expulso. […] Foi o próprio Deus, o amigo dos homens (Sb 7,14 Vulg.), que confiou o homem ao jejum como a uma mãe extremosa ou a um mestre, tendo-o proibido de provar apenas duma árvore (Gn 2,17).

Tivesse o homem observado esse jejum e viveria para sempre com os anjos. Ao rejeitá-lo, causou para si a dor e a morte, a fereza dos espinhos e das silvas, e a angústia de uma vida dolorosa (Gn 3,17ss.) Ora, se o jejum se revelou proveitoso no Paraíso, quanto mais o não será neste mundo para nos proporcionar a vida eterna!

Veja também:: Exame de consciência para uma boa confissão

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