Estudo sobre Jesus no deserto – Tentações e vitórias:: O Silêncio na vida do Cristão

Texto de Daniela de F. Moitinho Cardoso – Vocacionada da Comunidade Chagas de Amor

Vivemos em um mundo frenético e barulhento. O barulho é constante. Saímos à rua e temos o barulho do trânsito caótico, até mesmo dentro dos ônibus não encontramos um momento de silêncio, pois em alguns, encontramos o rádio ligado a toda altura, com músicas, na maioria das vezes, que contêm letras obscenas. Agora inventaram um “celular – rádio”, como eu chamo que tirando o fone as pessoas que estão à volta também escutam a música que está sendo passada.  Conclusão: além do rádio do ônibus, temos as pessoas falando sem parar, outras falando ao celular, outros brincando com o mesmo e os estão escutando as suas músicas no “celular-rádio”.

Em nossas casas ao entrarmos a primeira coisa que fazemos, na maioria das vezes, e ligar a televisão ou um rádio. As pessoas não conseguem mais parar um instante e respirar, vivemos correndo contra o relógio, nosso pensamento sempre está adiante, o momento presente não é mais um presente, mas, um martírio a ser vivido. Pensamos no depois e nunca no agora.

É o caos do barulho e do imediatismo. O mundo não quer que silenciemos que paremos, pois, quando o fazemos pensamos. Pensamos em nós, no mundo e em Deus.

A tática do demônio é o barulho. Até mesmo nalgumas Igrejas verificamos ministérios de música que querem o som alto. Quanto mais alto melhor para as pessoas “sentirem” o que está sendo tocado. Mas será que as pessoas na assembléia estão sentindo Deus?

Verificamos em várias passagens Bíblicas que Jesus se retirava do barulho para se encontrar com o Pai em silêncio, subindo ao Monte, ou indo para lugares desertos.  (Mt 8,1; Mc 1,35; Lc 6, 12).

“Mas ele costumava a retirar-se a lugares solitários para orar.” (Lc 4,16)

Mas você deve estar se perguntando: Eu vivo nesse mundo então como encontrar o silêncio, em meio ao barulho? Teresa d’ Ávila nos ensina a procurarmos o silêncio interior, pois o mundo nos ensina a sermos barulhentos também interiormente. Santa Faustina coloca o silêncio como a primeira virtude a ser procurada:

“Do meu ponto de vista e experiência, a regra do silêncio deveria estar em primeiro lugar. Deus não se comunica à alma tagarela que como zangão na colméia, zumbe muito, mas não fabrica nada. A alma tagarela é vazia interiormente. (…) A alma que não saboreou a doçura do silêncio interior é um espírito inquieto e perturba o silêncio dos outros”. (Santa Faustina)

Santa Teresinha do Menino Jesus nos ensina que:

“O silêncio é a doce linguagem dos Anjos e de todos os eleitos “  (Santa Teresinha do Menino Jesus)

Ainda refletindo sobre o silêncio acho notório transcrever o que o filosofo Huberto Rohden  fala sobre o mesmo:

Silêncio é sinônimo de qualidade – ruído é sinônimo de quantidade.
Silêncio é essência causante – ruído é existência causada.
Silêncio tem afinidade com o Infinito, o Absoluto, o Eterno, o Todo, com Iahweh (…) Ruído é do mundo dos Finitos, dos Relativos, dos Temporários.
Silêncio é Fonte única – ruído são canais múltiplos.
O Uno do Universo é silêncio – o verso dessa palavra representa os ruídos.
Silêncio é Ser – ruído é Existir, ou Agir.
Silêncio e silencioso é tudo que é grande, poderoso, belo, perfeito.
Silêncio é vida, inteligência, espírito, energia – silenciosas são as trajetórias dos astros e dos atomos; silêncio é a causa de todos os ruídos dos efeitos que nossos sentidos percebem ou nossa inteligência concebe. O que está além de todos os derivados, na zona dos sentidos e do intelecto, isso é o inderivado da razão, do espírito cuja fonte brota do seio silencioso do Incógito e do Incognoscéivel.

Peçamos à Virgem Maria, a Virgem Silenciosa que nos ensine a silenciarmos nosso interior e também o nosso exterior, para que possamos ouvir a voz de Deus e sabermos qual é a sua santa vontade para nossas vidas.

Extraido do Blog Formação da Com. Chagas de Amor
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Estudo sobre Jesus no deserto – Tentações e vitórias:: O deserto e o silêncio

“Levado pelo Espírito” ao deserto, Jesus ali fica quarenta dias sem comer, vive com os animais selvagens e os anjos o servem (CIC§538)

O Catecismo afirma que o Espírito “levou” Jesus ao deserto. Essa expressão me deixou pensativo. Será que Jesus não queria ir ao deserto e foi forçado pelo Espírito? Como se deu essa condução?

Não é que Jesus não quisesse ir ao deserto. É que o Espírito Santo sempre vai nos conduzir ao lugar certo, isso é, se deixarmos como Jesus deixou. Eu explico.

Se você se recorda, Jesus antes de ir ao deserto fora batizado por João. E como eu disse nos posts anteriores, deve ter sido um evento fora do comum( o céu se abrindo, a pomba descendo, voz vindo do céu, etc). Porém naquele momento, Jesus ficou cheio do Espírito Santo. O Espírito Santificador. O Espírito Animador. O paráclito.

A partir daquele momento, o Espírito Santo passou a também orientar Jesus da mesma forma que Ele faz conosco, quando nos abrimos a sua ação. Agora o interessante é que o Espírito não conduziu Jesus as grandes platéias, nem o conduziu para o palácio do Rei. O Espírito o conduziu para o deserto. Porque?

Você já foi a um deserto? Eu já fui a algo parecido. Certa vez fui a um desses passeios de buggys (não recordo agora a praia), já faz algum tempo. No meio do caminho eu quis fazer a experiência de ficar 10 minutos no meio daquelas dunas sem ninguém. E fiquei. O motorista do buggy não entendeu nada, mas foi. Voltou depois de dez minutos (até fiquei com medo de ele não me achar, mas resolvi tentar). Mas no tempo em que passei “em deserto”, percebi que ali não se ouve um barulho, senão o do vento. É sol na cabeça e silêncio.

E foi ai que percebi que embora estivesse ali o mais profundo silêncio, meu interior gritava. Já fez a experiência de tentar ficar em silêncio por algum tempo observando os seus pensamentos ou tentando se concentrar em algo? Para mim é algo muito difícil! Porque muitas vezes o barulho de dentro é pior que o de fora.

Acho que para Jesus fazer essa experiência de deserto, foi dar um tempo para concatenar os pensamentos, e conversar com Deus. Bem ou mal, se você não consegue falar com Deus no silêncio, não vai conseguir no barulho. Acho engraçado quando as pessoas dizem falar com Deus no meio do barulho. Não questiono, só acho impressionante. Eu não consigo.

Como é importante fazer e cultivar o silêncio. Não sou eu que digo isso, mas o próprio Jesus, que foi ao deserto para buscar o silêncio. Pense na idéia de cultivar um pouco de silêncio no seu dia, para falar com Deus e acalmar o seu interior. Fazer isso, nada mais nada menos é do que seguir os passos de Jesus

Pax Domini

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Estudo sobre Jesus no deserto – Tentações e vitórias:: Eu o conduzirei ao deserto e falarei ao seu coração

Jesus tinha apenas acabado de ser batizado no rio Jordão por João Batista, recebeu a investidura messiânica quando se ouviu a voz do Pai: “Este é o meu Filho muito amado, escutai-o”. Foi enviado para anunciar a boa nova aos pobres, curar os corações feridos, pregar o Reino. Antes porém Jesus jejuou, rezou, meditou, lutou, em profunda solidão e silêncio. Muitos homens e mulheres, desde a antiguidade cristã, escolheram imitar Jesus, nos desertos do Egito, da Palestina, em lugares solitários, montes e vales remotos. Assim surgiram mosteiros, ordens contemplativas e tantas casas de retiros em toda a parte até na atualidade.

O deserto é um convite para todos os que crêem, para todos os que buscam a verdade absoluta, Deus.

Há uma exortação feita por Santo Anselmo de Aosta a nós dirigida para celebrar com proveito a quaresma e para vivermos tempos de deserto conforme o Senhor nos oriente a fazê-lo:

“Pobre mortal, foge  por breve tempo de tuas ocupações, deixa um pouco os teus pensamentos tumultuados. Deixa para traz,  nesse momento, graves preocupações e põe de lado tuas fadigosas atividades. Sê, um pouco, atento a Deus e nele repousa. Entra no íntimo de tua alma. Exclui tudo, menos Deus e aquele que te ajuda a procurá-lo. Fecha a porta e diz a Deus: Procuro o teu rosto. O teu rosto eu procuro, Senhor.” (Santo Alnselmo)

Deserto tornou-se o modo de entrar em nós: fazer um pouco de vazio e de silêncio em torno de nós mesmos, reencontrar o caminho do nosso coração, subtrair-nos ao barulho  e às solicitudes externas, para entrar em contato com as profundezas do nosso ser. Estamos intoxicados por excesso de rumores e luzes de vídeos, gravações e cartazes. Tornamo-nos insensíveis e sem capacidade de reflexão. Vivemos de ficções, do irreal.

O deserto próprio do Cristão não é lugar árido, sem vida e sem comunicação. Vale lembrar a palavra de Deus dirigida a seu povo, segundo o profeta Oséias 2, 16:

“Eu o conduzirei ao deserto e falarei ao seu coração”. (Os 2,16)

É preciso viver o tempo de deserto quando Nosso Senhor nos convida a viver. A Quaresma é tempo propício por excelência, mas se Espírito Santo nos impele, sejamos dóceis.

Obs.: Texto reformulado por mim para o estudo. Baseado em texto do Dom Geraldo M. Agnelo – Cardeal Arcebispo de Salvador e retirado do Site Universo Católico

Pax Domini

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Estudo sobre Jesus no deserto – Tentações e vitórias:: Um tempo de deserto

Os Evangelhos falam de um tempo de solidão de Jesus no deserto, imediatamente após seu Batismo por João: “Levado pelo Espírito” ao deserto, Jesus ali fica quarenta dias sem comer, vive com os animais selvagens e os anjos o servem (CIC§538)

Para muitos hoje em dia, e até acho que na época de Jesus também,é de se estranhar a atitude de Jesus: Deixar a glória para refugiar-se no deserto.

No estudo passado, onde falamos sobre o Batismo de Jesus, vimos que esse não foi um acontecimento qualquer. A bílbia fala que o céu se abriu, o Espírito Santo desceu em forma de pomba, do céu ouviu-se uma voz… Foi algo que podemos chamar de cinematográfico. Algo grandioso. Se para nós, é um ato grandioso (até porque eu nunca ouvi a voz de Deus, nem o Espírito descer em forma de pomba), mais ainda era para aquele povo antigo.

Se você seguir esse raciocínio, você vai chegar a conclusão que, após o fato, o povo passou a falar de Jesus por todos os lados. Quem estava presente no Jordão, no dia do Batismo de Jesus, não deve ter esquecido da cena. E devem ter contado o fato a todo mundo. O nome de Jesus ficou em alta.

Mas o que fez Jesus? Fugiu da glória, da fama e sobretudo da especulação, para viver um tempo de solidão e deserto.

Eu penso que cada pessoa, mesmo sendo a pessoa mais comum do mundo, tem os seus cinco minutos de fama. Mesmo que não seja numa revista, ou em um programa de TV, mas ela tem os seus cinco minutos de fama. Para isso não basta muita coisa. É só fazer algo bem feito que seja digno de um elogio, ou fazer algo mal feito para ter seu nome falado aos quatro cantos. Pronto. Estão ai os seus cinco minutos de fama. Seja na sua casa ou no seu trabalho, seu nome passou a ser falado, logo você está em alta seja no âmbito familiar, ou entre amigos…

Mas vamos pelo lado positivo. Imaginemos que você tenha feito um bom trabalho e receba um elogio do seu chefe publicamente. Logo estarão comentando do seu bom trabalho profissional. Logo você será exaltado(a) entre seus companheiros… É hora de ir ao deserto. É hora de aprender com Jesus.

Ir ao deserto nada mais é do que buscar a intimidade com Deus, a ponto de olhar para tudo que você faz, e saber que sem Deus nada seria tão bom assim. É aprender com o Pai quem você é nesse grande universo. É saber qual o seu papel nessa história toda. Ir ao deserto, é se colocar no seu lugar. E às vezes precisamos nós mesmos, nos colocarmos no nosso lugar.

Eu já vivi muitas situações indesejosas nessa vida de missionário, por justamente não fugir das luzes e dos tapinhas nas costas. Mas com se diz o ditado: Vivendo e aprendendo. Depois de uma situação onde seu nome está em alta, nas rodas, nas conversas e às vezes até nos julgamentos, nada melhor que silenciosamente calar, se retirar para o deserto e entrar em oração. Seja por um bom motivo, ou por um mal motivo, é sábio entrar em deserto por um tempo. Não precisa ser nada longo, mas que seja fecundo.

Se você hoje vive uma situação assim, peça ao Espírito Santo que te conduza ao deserto, e a intimidade com Deus. Peça tempo para entender o que está acontecendo. Ao fim desse tempo de deserto, você entenderá tudo o que aconteceu…

Pax Domini

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Estudo sobre Jesus no deserto – Tentações e vitórias:: Podcast

Porque Jesus foi ao deserto logo após o seu batismo? O que aconteceu lá? Como o demônio tentou Jesus? Como Jesus venceu as tentações?

Vamos estudar sobre isso e muito mais. Além do mais vamos rezar juntos uma oração de renúncia e libertação feita pelo meu querido amigo, o Marcio Mendes. Só peço perdão a todos pela voz. Gravei esse podcast ontem, tão logo chegar do hospital. Estou com uma faringite terrível. desculpa a voz ok?

Obs.: Vale a pena salientar que este podcast ainda era do tempo em que eu fazia parte da Comunidade Canção Nova. Alguns endereços, dados, datas e locais já não são mais válidos, porém o conteúdo do ensino é super atual!

Ouça este podcast aqui, acessando o player abaixo

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Estudo sobre o pecado e a queda do Homem – Não seria mais fácil Deus simplesmente impedir o homem de pecar?

Ola! Esse é o último post de um longo estudo sobre o pecado. E nesse último estudo aprendemos que Deus tem um plano para nos resgatar do pecado. Vimos que apartir da descendência da mulher, Deus daria alguém para nos libertar definitivamente do pecado e da morte. Mas pode ser que você pense:

Não seria mais fácil Deus simplesmente impedir o homem de pecar?

Como disse no podcast, a resposta é: SIM. Seria muito mais fácil. Porém Deus não quis assim. Como diz meu irmão Marcio Todeschini: Deus vai além!

Uma vez a irmã Maria Eunice falou algo que me chamou a atenção. Ele fez uma pergunta: Quem é mais inteligente, você ou Deus? Digo isso por que quando fazemos uma pergunta assim, de certa forma estamos chamando Deus de burro. Será que não passou pela cabeça de Deus essa possibilidade? Ora, se Ele não fez isso, é por que Ele pensou em algo mais. As vezes queremos ensinar a Deus. Eita povinho petulante!

Para responder essa pergunta posto aqui a frase de São Leão Magno que está no parágrafo 412 do Catecismo:

“A graça inefável de Cristo deu-nos bens melhores do que aqueles que a inveja do Demônio nos havia subtraído”. (CIC§412)

Ou seja, o santo disse a nós, povinho que se acha mais inteligente que Deus, que nós vemos apenas o que nossos olhos enxergam, mas Deus vê além disso. Que para Ele não basta apenas vencer o pecado, mas livrar o mundo de Satanás, vencedo-o de uma forma inigualável: Através de Cristo!

Ainda sobre isso, são Tomãs de Aquino afirma:

“Nada obsta’ a que a natureza humana tenha sido destinada a um fim mais elevado após o pecado. Com efeito, Deus permite que os males aconteçam para tirar deles um bem maior. Donde a palavra de São Paulo: ‘Onde abundou o pecado superabundou a graça” (CIC§412)

Se Deus tivesse impedido o homem de pecar, nós não seríamos livres. Deus nos deu o livre abítrio. Quem ama deixa livre. Além disso, se Ele tivésse feito isso, nunca veríamos quanto Ele nos ama, dando seu Filho para nos salvar. Se nós amamos a Deus devemos fazer aquilo que nos ensina de forma livre. Isso é amor.

Por isso, se você um dia ouvir essa pergunta, responda com autoridade de Filho de Deus, dizendo: Deus sempre vê além do que vemos! Deus tem juizo! Nós não…

Pax Domini

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Estudo sobre o pecado e a queda do Homem – A primeira beneficiada dos planos de Deus

De resto, numerosos Padres e Doutores da Igreja vêem na  mulher anunciada no “proto-evangelho” a mãe de Cristo, Maria, como “nova Eva”. Foi ela que, primeiro e de uma forma única, se beneficiou da vitória sobre o pecado conquistada por Cristo: ela foi preservada de toda mancha do pecado original e durante toda a vida terrestre, por uma graça especial de Deus, não cometeu nenhuma espécie de pecado… (CIC§411)

Foi uma graça estupenda. Ser preservada de toda e qualquer mancha. Sinceramene, não consigo imaginar como seria a minha vida inteira sem pecar. É algo muito maravilhoso, para eu com a minha cabecinha conseguir imaginar. Que graça estupenda!

Existem pessoas que não acreditam que Nossa Senhora foi concebida sem pecado original e passou a vida inteira sem pecar. O engraçado é que essas mesmas pessoas dizem acreditar que Deus tudo pode. Acreditam que Deus possa realizar coisas grandes e tal, mas  gerar um ser humano sem pecado original e deixar essa pessoa sem pecado ai não! Isso Deus não pode! Não quero me alongar muito na questão pois em breve iremos fazer um lindo estudo sobre a Virgindade de Nossa Senhora, mas é preciso que se diga que Deus quis fazer de Maria um sinal no plano de Deus que nunca cruza os braços. Não só Deus pode fazer, como fez:

Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco. (Is 7,14)

Maria é sinal de Deus. Ela gerou o salvador do mundo. E alguém assim não seria tratada por Deus de qualquer jeito! De resto só vale a pena acordar do sonho e dizer que como não temos a graça que a Virgem maria teve, nos resta lutar contra o pecado dia a dia, e contar com sua Intercessão sempre!

Pense nisso! Dominus Vobiscum!

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Estudo sobre o pecado e a queda do Homem – Quem é descendência de quem?

Caríssimos amigos, longe de parecer repetitivo, gostaria de retomar com vocês o tema de um post anterior onde afirmei que Maria é a mulher referida no livro do Gênesis. É que no podcast deste estudo, dei uma explicação que gostaria de retomar. Mas antes vejamos o Catecismo:

“… De resto os numerosos padres e doutores da Igreja vêem na mulher anunciada no ‘proto-evangelho’ a Mãe de Cristo, Maria, como ‘Nova Eva’…”. (CIC§411)

 Estou retomando este texto por que como já vos disse anteriormente, ando preocupado com a “invasão” da doutrina protestante no meio católico. Hoje vemos por ai, muitos católicos lendo livros evangélicos. Muitos desses livros não ferem a doutrina Católica, porém muitos causam estragos grandes no contexto doutrinal. Na minha opinião, devemos ter cuidado ao lermos um livro que contenha a doutrina protestante. Mas por que digo isso?

Veja, como lemos no trecho do parágrafo 411, podemos ver que a Igreja afirma que a Mulher descrita no versículo 15 do capítulo 3 do livro do Gênesis é Maria. Nos documentos dos grandes santos e doutores da Igreja e inclusive em um Concílio, o de Trento encontramos essa afirmação. Mas acontece que alguns teólogos protestantes tem afirmado em seus livros que essa mulher do versículo, pode não ser Maria, mas uma representação da Igreja.

 Sim. Veja o que diz o livro do gênesis capítulo 3 versículo 15:

 Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu ferirás o calcanhar.” (Gn 3,15)

 Fazendo uma espécie de Genealogia e tendo como a mulher referida Nossa Senhora teremos:

 Maria (Mulher do Gênesis) –> Jesus Cristo (Novo Adão) –> Igreja de Cristo

 Fazendo a mesma  genealogia tendo como base a Igreja teremos:

 Igreja de Cristo (representação da mulher) –> Jesus Cristo (Novo Adão)

 Ora, mas a Igreja descende de Jesus, ou Jesus descende da Igreja? É óbvio que a Igreja descende de Jesus, pois Ele a instituiu, e não o contrário.

 São coisinhas pequenas eu sei. Mas precisamos ter cuidado com essas coisinhas pequenas. Por isso digo para ter cuidado. Não estou aqui criticando a doutrina protestante e nem tampouco os seus livros, mas os católicos que não conhecem sua fé e por isso vivem a dar cabeçadas pelo mundo. Sei que existem bons livros protestantes por ai. Mas acho que um católico antes de ler um livro de uma outra religião, precisa conhecer bem a sua religião. E a Igreja tem muita coisa para ser lida, muitas riquezas para serem compartilhadas. É preciso redescobrir livros e textos do baú da Igreja. Livros e textos de santos, documentos dos Papas, grandes teólogos… O grande sonho que trago dentro de mim é de um dia ver os católicos começarem a ter sede da Doutrina da Igreja. Tenho certeza absoluta que se um dia isso acontecesse nossa Igreja estaria muito mais unida e perseverante.

 Tenho alguns amigos que dizem que ler textos antigos da Igreja Católica é algo difícil, pois a linguagem não é a mais simples e etc, etc, etc. Mas respondo dizendo que ler é como andar de bicicleta. Ninguém acha fácil a primeira vista e é normal acontecerem quedas. Mas depois que se pega prática ai nunca mais se esquece.

 Pax Domini

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Estudo sobre o pecado e a queda do Homem – O Novo Adão – A obediência que salva e liberta

A tradição cristã vê nessa passagem (Proto Evangelho – Gn 3,15) um anuncio de um Novo Adão, que por sua obediência até a morte de cruz, repara com sua superabundância a desobediência de Adão (CIC§411)

É engraçado como na palavra de Deus tem determinados trechos tão pequenos e até mesmo versículos que são tão ricos e tão cheios de conteúdo. Esse versículo (Gn 3,15) é um deles. Nesse primeiro anuncio do Evangelho, Deus anuncia uma Nova Eva e um novo Adão. E de fato era preciso que isso acontecesse. O primeiro Adão e a primeira Eva pecaram. Eles eram pais dos viventes e por conseguinte, toda a humanidade sofreu as consequências.

Eva, pecou por desejar aquilo que não podia ter. E Adão, penso eu, pecou ainda mais. Primeiro que foi omisso, poderia ter dito não, poderia ter gritado e não o fez. Ficou mudo. Depois fez o mesmo que Eva: Desejou o que não podia. Por isso era necessário que houvesse um Novo Adão e uma nova Eva.

A nova Eva é Maria. A Ave Maria. E veja, Eva lida de trás pra frente, lê-se Ave. Por que Maria é o oposto de Eva. Se Eva colaborou com a serpente, Maria detesta a serpente. E Jesus é o novo Adão, por que é a descendência de Maria. E se Adão pecou por desobediência, Jesus foi obediente até a morte e morte de Cruz.

Jesus fez exatamente tudo que o Pai lhe pediu.Não negou nada. Por isso irmãos, se quisermos ser como Jesus, precisamos treinar em nós a obediência.

Já reparou como ser obediente é difícil? E é difícil para qualquer um. Geralmente no nosso dia a dia sempre temos a tendência a fazer a nossa vontade. Obedecer é seguir Jesus. é preciso treinarmos a obediência. Aquele que não obedece nas pequenas coisas nunca vai obedecer as grandes.

Tem muita gente que diz: Eu obedeço a Deus e não aos homens!

Quem não obedece seus superiores constituidos em direito nunca vai ser obediente a Deus. Se você não obedece a quem vê, nunca vai obedecer a quem não vê. A voz de Deus é suave. Se você não é treinado na obediência, você nunca vai saber se a rdem é de Deus. Obediência é treinamento para a salvação. Por isso precisamos nesse tempo, trabalhar cada vez mais a obediência e a submissão em nós. Precisamos pedir que Deus nos dê a graça de renunciar a toda revolta e insubmissão e pedir também que o Espírito Santo nos forme na obediência.

Pax Domini 

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Estudo sobre o pecado e a queda do Homem – Maria a mulher do Gênesis ao Apocalipse

Pax Domini! Quero antes de começar a escrever o post de hoje, quero renovar a boa notícia: Deus não cruzou os braços e nunca cruzará! Ele não vai deixar o mundo ao Deus dará! Ele nunca dorme! E por que estou começando o texto assim? Por que a partir de hoje, nós vamos começar a estudar o plano de Deus para que o ser humano pudesse voltar a Santidade e Justiça que Deus preparou para ele desde os inícios, ou seja, antes do pecado original. Mas Deus tem de fato um plano?

Sim, Deus tem um plano, e um plano infalível. A primeira coisa que devemos entender é que Deus é um estrategista. E o plano Dele não vai apenas dar-lha a vitória, mas vai fazer com que o homem consiga dar passos a Ele. E esse plano começa logo após o primeiro pecado. Perceba que no livro do Gênesis, o capítulo 3, nos narra o primeiro pecado. Conta a tentação da serpente, conta o erro de Eva, conta o erro de Adão e narra o momento em que Deus conversa com ambos. Ali, naquele instante, Ele já diz a sua estratégia:

“Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais e feras dos campos; andarás de rastos sobre o teu ventre e comerás o pó todos os dias de tua vida. Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu ferirás o calcanhar.” (Gn 3,14-15) 

Veja, já ai nesse momento percebemos o anuncio da salvação. Esse trecho é chamado de protoevangelho:

Proto Evangelho = Do grego. Proto significa Primeira. Evangelho significa boa nova.

Vejamos as partes:

Serpente = Diabo ou satanás. A ela, cabe como toda serpente, arrastar-se pelo chão e sorrateiramente, ferir o calcanhar da mulher. A serpente, será inimiga da mulher por toda vida.

Mulher = A igreja interpreta essa mulher como Maria. A mulher será inimiga da serpente. E ela (sua descendência) esmagará a cabeça da serpente.

Descendência da serpente = Os demônios que junto com Lúcifer foram banidos dos céus.

Descendência da Mulher = Aqui está a grande novidade. A descendência da mulher será o Messias, o Salvador. Será essa descendência que realmente vai proclamar a vitória de Deus sobre satanás. Por essa descendência muitos esperaram e morreram sem ter visto. Muitos viram e não acolheram. Essa descendência é Jesus Cristo.

Por isso o profeta Isaías dizia:

Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco. (Is 7,14)

É preciso entender que a figura principal no plano de Deus é Jesus Cristo. Mas que tudo começou com a Virgem Maria Santíssima. Por isso que pus como figura deste post, esse excelente livro do Monsenhor Jonas Abib – Maria a mulher do Gênesis ao Apocalipse. Um livro que vale a pena ler e reler, para entender o papel de Maria nesse plano de salvação.

Caso você queira e possa, convido mesmo você a comprar este livro. Até digo a você, que nem pegue emprestado. Compre para você, para que você possa rabiscá-lo, marcá-lo e reler quando precisar. Porém mais do que ler este livro, dia de hoje tenha dentro de você esta certeza de fé, Maria sempre fez e sempre fará parte dos planos de Deus, pois Ela foi a Escolhida!

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Pax Domini 

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