Evangelho do Dia:: Querer somente o que Deus quer

Do Evangelho Quotidiano

Naquele tempo, enquanto Jesus estava a falar à multidão, apareceram sua mãe e seus irmãos, que, do lado de fora, procuravam falar-lhe. Disse-lhe alguém: “A tua mãe e os teus irmãos estão lá fora e querem falar-te”. Jesus respondeu ao que lhe falara: “Quem é a minha mãe e quem são os meus irmãos?”. E, indicando com a mão os discípulos, acrescentou: “Aí estão minha mãe e meus irmãos; pois, todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está no Céu, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” (Mt 12,46-50)

Comentário do Evangelho do dia feito por São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol

Querer somente o que Deus quer é lógico para quem está verdadeiramente apaixonado por Ele. Fora dos Seus desejos, nós nada desejamos, e se desejássemos, era apenas o que é conforme à Sua vontade; se assim não fosse, a nossa vontade não estaria unida à Sua. Mas, se estivermos verdadeiramente unidos, por amor, à Sua vontade, não desejaremos nada que Ele não deseje, não amaremos nada que Ele não ame e, abandonados à Sua vontade, ser-nos-á indiferente o que Ele nos envie ou onde nos coloque. Tudo o que Ele quiser de nós ser-nos-á, não apenas indiferente mas, mais do que isso, agradável. Não sei se me engano em tudo o que digo; submeto-me em tudo Àquele que entende estas coisas; digo somente o que sinto. Na verdade, não desejo mais nada a não ser amá-Lo e tudo o resto entrego nas Suas mãos. Faça-se a Sua vontade! A cada dia me sinto mais feliz, no meu completo abandono nas Suas mãos.

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Evangelho do Dia:: Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós

Do Evangelho Quotidiano

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Eu sou a videira verdadeira e o meu Pai é o agricultor. Ele corta todo o ramo que não dá fruto em mim e poda o que dá fruto, para que dê mais fruto ainda. Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado. Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer. Se alguém não permanece em mim, é lançado fora, como um ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem. Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e assim vos acontecerá. Nisto se manifesta a glória do meu Pai: em que deis muito fruto e vos comporteis como meus discípulos.” (S. João 15,1-8)

Comentário do Evangelho do dia feito por Papa Bento XVI

O primeiro período na vida desta santa foi caracterizado pelo seu casamento feliz. O marido chamava-se Ulf e governava um importante território do Reino da Suécia. O casamento durou vinte e oito anos, até à morte de Ulf. Deste casamento nasceram oito filhos, a segunda dos quais, Catarina, é venerada como santa. Eis um sinal eloquente do empenho educativo de Brígida para com os seus filhos. […] Brígida, que tinha direção espiritual com um religioso erudito que a introduziu no estudo das Escrituras, exerceu uma influência muito positiva naquela família que, graças à sua presença, se tornou uma verdadeira “Igreja Doméstica”. Juntamente com o marido, adotou a Regra dos Terciários franciscanos. Praticava generosamente obras de caridade em prol dos pobres, e fundou um hospital. Com a esposa, Ulf aprendeu a melhorar o seu carácter e a progredir na vida cristã. No regresso de uma longa peregrinação a Santiago de Compostela […], o casal decidiu viver na abstinência; mas, pouco tempo depois, na paz de um mosteiro para onde se tinha retirado, Ulf terminou a sua vida terrena. Este primeiro período da vida de Brígida ajuda-nos a apreciar o que poderíamos definir hoje como uma verdadeira “espiritualidade conjugal”: em conjunto, os dois elementos de um casal cristão podem percorrer um caminho de santidade, apoiados na graça do sacramento do matrimônio. Muitas vezes, como foi o caso da vida de Santa Brígida e de Ulf, é a mulher que, com a sua sensibilidade religiosa, a sua delicadeza e a sua doçura, consegue levar o marido a percorrer um caminho de fé. Penso reconhecidamente em muitas mulheres que também hoje iluminam, dia após dia, as suas famílias com o seu testemunho de vida cristã. Que o Espírito do Senhor possa suscitar, também nos nossos tempos, a santidade dos casais cristãos, para mostrar ao mundo a beleza do casamento vivido segundo os valores do Evangelho: o amor, a ternura, a ajuda recíproca, a fecundidade na geração e educação dos filhos, a abertura e a solidariedade para com o mundo, a participação na vida da Igreja.

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Evangelho do Dia:: Eram como ovelhas sem pastor

Do Evangelho Quotidiano

Naquele tempo, os Apóstolos reuniram-se a Jesus e contaram-lhe tudo o que tinham feito e ensinado. Disse-lhes, então: Vinde, retiremo-nos para um lugar deserto e descansai um pouco.» Porque eram tantos os que iam e vinham, que nem tinham tempo para comer. Foram, pois, no barco, para um lugar isolado, sem mais ninguém. Ao vê-los afastar, muitos perceberam para onde iam; e de todas as cidades acorreram, a pé, àquele lugar, e chegaram primeiro que eles. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas. (Mc 6,30-34)

Comentário feito por São Clemente de Alexandria (150-c. 215), teólogo

Salvar é um ato de bondade. A misericórdia divina estende-se a todo o ser vivo: repreende, corrige, ensina e reconduz, como pastor, o seu rebanho. Ele Se compadece daqueles que recebem os Seus ensinamentos, e dos que se apressam a cumprir os Seus preceitos» (Sir18,13ss). […]

Os sãos não têm necessidade do médico enquanto estiverem bem; os doentes, pelo contrário, recorrem à sua arte. Da mesma maneira, nesta vida, nós estamos doentes pelos nossos desejos censuráveis, pelas nossas intemperanças […] e outras paixões: temos necessidade de um Salvador. […] Nós, os doentes, temos necessidade do Salvador; extraviados, necessitamos de quem nos guie; cegos, de quem nos dê luz; sedentos, da fonte de água viva, porque «quem beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede» (Jo 4,14). Mortos, precisamos da vida; rebanho, do pastor; crianças, de um educador: sim, toda a humanidade tem necessidade de Jesus. […]

Cuidarei da que está ferida e tratarei da que está doente. Vigiarei sobre a que está gorda e forte. A todas apascentarei com justiça» (Ez 34,16). Tal é a promessa do bom pastor, que nos apascenta como a um rebanho, a nós que somos pequeninos. Mestre, dá-nos com abundância o Teu pasto, que é a justiça! Sê o nosso pastor e conduz-nos até à Tua montanha santa, até à Igreja que se eleva, que domina as nuvens, que toca os céus. Eis que Eu mesmo cuidarei das Minhas ovelhas e me interessarei por elas (cf Ez 34). […] Eu não vim para ser servido mas para servir. É por isso que o Evangelho O mostra cansado, Ele que se afadiga por nós e que promete dar a Sua vida para resgatar a multidão (Jo 4,5; Mt 20,28).

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Evangelho do Dia:: Prefiro a misericórdia do que o sacrifício

Do Evangelho Quotidiano

Naquele tempo, Jesus passou através das searas em dia de sábado e os discípulos, sentindo fome, começaram a apanhar e a comer espigas. Ao verem isso, os fariseus disseram-lhe: “Aí estão os teus discípulos a fazer o que não é permitido ao sábado!” Mas Ele respondeu-lhes: “Não lestes o que fez David, quando sentiu fome, ele e os que estavam com ele? Como entrou na casa de Deus e comeu os pães da oferenda, que não lhe era permitido comer, nem aos que estavam com ele, mas unicamente aos sacerdotes? E nunca lestes na Lei que, ao sábado, no templo, os sacerdotes violam o sábado e ficam sem culpa? Ora, Eu digo vos que aqui está quem é maior que o templo. E, se compreendêsseis o que significa: Prefiro a misericórdia ao sacrifício, não teríeis condenado estes que não têm culpa. O Filho do Homem até do sábado é Senhor. (S. Mateus 12,1-8)

Comentário do Evangelho do dia feito por Epístola dita de Barnabé

A respeito do sábado está escrito: “As [vossas] celebrações lunares, os sábados, as reuniões de culto, as festas e as solenidades são-Me insuportáveis” (Is 1,13). Considerai esta palavra: “Não são os sábados atuais que Me agradam, mas o sábado que Eu farei quando, tendo posto fim ao universo, fizer surgir um oitavo dia que será a aurora de um mundo novo”. Eis por que razão celebramos com alegria este oitavo dia em que Jesus ressuscitou dos mortos, Se manifestou e depois subiu aos céus. A respeito do Templo, evocarei o erro desses infelizes que puseram a sua esperança no edifício, a pretexto de ser a casa de Deus, em vez de a porem no Deus que os criou. […] Examinemos se ainda existe um templo para Deus. Sim, existe, e está lá, onde Ele mesmo afirma tê-lo construído e adornado. Porque está escrito : “Edificarão Jerusalém com magnificência, e nela a casa de Deus” (Tb 14,5). Constato então que esse templo existe. Mas como construí-lo em nome do Senhor? Escutai. Antes de termos fé, o nosso coração era uma habitação frágil e caduca, parecida com um templo construído pela mão do homem. Estava cheio de cultos a ídolos, servia de covil aos demônios, de tal forma os nossos empreendimentos iam contra os desígnios de Deus. Mas “edificarão Jerusalém com magnificência, e nela a casa de Deus”. Vigiai para que esse templo seja construído “com magnificência”. Como? Recebendo a remissão dos pecados, pondo a nossa esperança no Seu nome, tornando-nos homens novos, recriados como na origem. Então Deus habitará verdadeiramente no nosso coração, que se tornará Sua morada.

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Evangelho do Dia:: A perfeição da Lei é o amor

Evangelho Quotidiano

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição. Porque em verdade vos digo: Até que passem o céu e a terra, não passará um só jota ou um só ápice da Lei, sem que tudo se cumpra. Portanto, se alguém violar um destes preceitos mais pequenos, e ensinar assim aos homens, será o menor no Reino do Céu. Mas aquele que os praticar e ensinar, esse será grande no Reino do Céu. (Mt 5,17-19)

Comentário feito por Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja

A graça, que estava como que velada no Antigo Testamento, foi plenamente revelada no Evangelho de Cristo por uma disposição harmoniosa dos tempos, como Deus tem o costume de dispor harmoniosamente todas as coisas. […] Mas, no interior desta admirável harmonia, constatamos uma grande diferença entre as duas épocas. No Sinai, o povo não ousava aproximar-se do lugar onde o Senhor dava a Sua Lei; no Cenáculo, o Espírito Santo desce sobre aqueles que estão reunidos à espera de que a promessa se cumpra (Ex 19,23; Act 2,1). Inicialmente, o dedo de Deus gravou as Suas leis em tábuas de pedra; agora é no coração dos homens que Ele a escreve (Ex 31,18; 2Co 3,3). Antigamente, a Lei estava escrita no exterior e inspirava medo aos pecadores; agora é interiormente que lhes é dada, a fim de os tornar justos. […]

Na verdade, como diz o Apóstolo Paulo, tudo o que está escrito em tábuas de pedra, não cometerás adultério, não matarás, […], não cobiçarás e outras coisas semelhantes, resumem-se num só mandamento: amarás o teu próximo como a ti mesmo. A caridade não faz mal ao próximo. A caridade é o pleno cumprimento da Lei (Rm 13,9ss; Lv 19,18). […] Esta caridade foi difundida em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5,5).

Veja também:: Exame de consciência para uma boa confissão

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Evangelho do Dia: Dá-me apenas o Teu amor e a Tua graça, que isso me basta

Do Evangelho Quotidiano

Naquele tempo, os fariseus ouvindo dizer que Jesus reduzira os saduceus ao silêncio, reuniram-se em grupo. E um deles, que era legista, perguntou-lhe para o embaraçar: Mestre, qual é o maior mandamento da Lei? Jesus disse lhe: Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas. (S. Mateus 22,34-40)

Comentário do Evangelho do dia feito por Santo Afonso Maria de Ligório (1696-1787), bispo e doutor da Igreja 

Para poder amar muito a Deus no céu, é preciso, em primeiro lugar, amá-Lo muito na terra. O grau do nosso amor a Deus no fim da nossa vida será a medida do nosso amor a Deus durante a eternidade. Queremos adquirir a certeza de nunca nos separarmos desse Bem soberano na vida presente? Estreitemo-Lo cada vez mais nos laços do nosso amor, dizendo-Lhe com a Esposa do Cântico dos Cânticos: Encontrei Aquele que o meu coração ama. Abracei-O e não O largarei (Ct 3,4). Como é que a Esposa sagrada abraçou o seu Bem-Amado? Com os braços da caridade, responde Guilherme […]; É com os braços da caridade que abraçamos a Deus, retoma Santo Ambrósio. Feliz daquele que puder gritar como São Paulino: Que os ricos possuam as suas riquezas, que os reis possuam os seus reinos: a nossa glória, a nossa riqueza e o nosso reino, são Cristo! E com Santo Inácio: Dá-me apenas o Teu amor e a Tua graça, que isso me basta. Faz com que Te ame e que seja amado por Ti; não desejo nem tenho mais nada a desejar senão isso.

Dominus Vobiscum

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Grã-Bretanha: Crianças com deficiências tem sido abortadas

Do Portal Zenit

O governo britânico acaba de tornar pública uma inquietante série de informações sobre abortos tardios e eliminação de bebês com deficiências: na Inglaterra e em Gales, são abortados até bebês com palato fendido, pé torto e síndrome de Down.

Segundo a BBC (4 de julho), conseguir essas estatísticas não foi fácil. Em 2003, o Departamento de Saúde decidiu suspender a publicação de informação sobre abortos tardios, depois de protestos generalizados contra os abortos de bebês com palato fendido.

Com base na legislação sobre a liberdade de informação, a ProLife Alliance solicitou detalhes sobre esse tipo de aborto. O Departamento de Saúde negou-se a dar informações, e só com ordem do Tribunal Supremo tornou os dados finalmente públicos.

O site do Departamento de Saúde revela abortos realizados por causa de defeitos genéticos ou deficiências e abortos feitos em meninas com menos de 16 anos.

Em nota à imprensa (4 de julho), a ProLife Alliance se disse satisfeita com a publicação dos dados, que havia solicitado em fevereiro de 2005.

A satisfação não é compartilhada por Ann Furedi, diretora executiva do British Pregnancy Advisory Service, que faz os abortos. “A publicação dessas estatísticas depois de uma campanha do lobby anti-aborto é mais um passo no desejo deles de vingança”, afirmou à BBC.

Discriminação dos deficientes

Em 2010, 482 bebês com síndrome de Down foram abortados. Dez com mais de 24 semanas. Outros 181 foram abortados devido ao histórico familiar de doenças hereditárias. Em total, houve 2.290 abortos em 2010 por problemas genéticos ou deficiências. Destes, 147 depois da 24ª semana de gestação.

Em declaração pública, a Sociedade para a Proteção das Crianças Não Nascidas (SPUC) manifestou preocupação com os dados sobre os abortos.

Anthony Ozimic, diretor de comunicação do SPUC, comenta: “Entre 2001 e 2010, o número de abortos por deficiências aumentou um terço, 10 vezes mais que os abortos em geral. É claro que o aborto legal é um sistema que discrimina, de modo fatal, os deficientes”.

A Inglaterra e Gales não são os únicos lugares em que ocorre a eliminação seletiva. Cerca de 6.000 crianças com síndrome de Down nascem por ano nos Estados Unidos. O número se reduziu desde a generalização do diagnóstico pré-natal.

Houve uma queda de 11% entre 1989 e 2006, período em que se esperava aumento, segundo reportagem da Associated Press (12 de junho) sobre o diagnóstico pré-natal.

Houve ainda um importante número de abortos em meninas menores de idade na Inglaterra e em Gales. Em 2010, foram 3.718 abortos em menores de 16 anos. Os números mostram 2.676 abortos em idades de 14 a 15 anos, 906 de 13 a 14 anos, 134 de 12 a 13 anos, e dois em menores de 12 anos. No período 2002-2010 houve em total 35.262 abortos em menores de 16 anos.

As últimas informações não são a única causa de preocupação sobre o aborto na Inglaterra e em Gales. O número de abortos aumentou 8% na última década. Em comunicado no dia 24 de maio, o Departamento de Saúde afirmou que o número total de abortos em 2010 foi de 189.574, 8% a mais que em 2000 (175.542).

O índice de abortos ficou acima de 33 por 1.000 mulheres entre 19 e 20 anos. As mulheres solteiras representam 81% de todos os abortos. Em geral, 91% dos abortos foram feitos antes da 13ª semana de gestação, com 77% antes da 10ª semana.

Os abortos médicos, ou seja, feitos com o uso de medicamentos, somam 43% do total, notável aumento em comparação com 2000, quando eram 12%.

Micaela Aston, da organização Life, expressa preocupação com a tendência das mulheres a fazer a abortos tão cedo: “É vital dar tempo às mulheres para pensar nas opções. Dados de outros países sugerem que períodos de ‘esfriamento’ antes do aborto podem reduzir essa prática, já que as mulheres e as famílias têm mais tempo para considerar as opções” (Telegraph, 24 de maio).

Reincidências

O relatório do Departamento de Saúde aponta aumento na quantidade de mulheres que reincidem no aborto. Em 2010, 34% das mulheres que abortaram já tinham abortado antes. É uma porcentagem 30% maior que a de 2000.

Estudo recente sublinha os perigos de um alto número de abortos em idade jovem, ou de ter abortos múltiplos. Pesquisas com um milhão de gravidezes na Escócia durante 26 anos mostraram que as mulheres que abortaram têm mais probabilidades de um parto prematuro e outras complicações.

Segundo reportagem do Times (5 de julho) sobre estas pesquisas, as mulheres que abortaram têm 34% a mais de probabilidades de um filho com nascimento prematuro do que as grávidas pela primeira vez.

O número sobe para 73% nas mulheres que têm o segundo filho, quando normalmente elas deveriam ter risco menor de parto prematuro.

Sohinee Bhattacharya, da Universidade de Aberdeen, dirigiu a pesquisa, ainda em etapa preliminar e não publicada.

O risco de dar à luz antes do tempo aumenta notavelmente se uma mulher tiver tido mais de dois abortos. Uma em cada cinco mulheres que tiveram quatro abortos dará à luz antes das 37 semanas, em comparação com menos de uma em cada 10 mulheres que tiveram um só.

Bhattacharya explica que o risco de um nascimento prematuro é de cerca de 6%, enquanto que em mulheres que tiveram um aborto eleva-se a 10%.

Apesar de que o número de mulheres que se verão afetadas por isso é relativamente pequeno, Josephine Quintavalle, da ProLife Alliance, declarou ao Times que isso traz evidências sólidas do impacto do aborto na saúde.

“Independentemente da postura de alguém quanto à moralidade do aborto, é mais que evidente que deveria ser uma parte essencial dos protocolos de consentimento informado alertar as pacientes sobre os riscos muito reais de sofrer abortos não desejados no futuro”, assinala.

Consciência moral

No dia 26 de fevereiro, Bento XVI se dirigiu aos membros da Pontifícia Academia para a Vida, que tinham se reunido para seu encontro anual. Um dos temas tratados foi o trauma sofrido pelas mulheres que tiveram um aborto.

O Papa assinalou que a dor psicológica vivida pelas mulheres que abortaram “revela a voz insuprimível da consciência moral e a ferida gravíssima que ela padece cada vez que a ação humana atraiçoa a vocação inata ao bem do ser humano, que ela testemunha”.

Ele também criticou os pais que deixam sós as mulheres grávidas. Segundo Bento XVI, estamos em um momento cultural em que houve um eclipse do sentido da vida, que debilitou a percepção da gravidade do aborto. Não há melhores evidências disso que os últimos dados da Grã-Bretanha.

Federação Portuguesa pela Vida pede revisão da lei do aborto às autoridades

Da ACI Digital

A presidente da Federação Portuguesa pela Vida (FPV), Isilda Pegado, defendeu “uma rápida revisão” da lei sobre o aborto, sobretudo no que diz respeito ao financiamento público desta prática anti-vida. “Defendemos que o Estado não deve pagar o aborto”, afirmou a líder do FPV. A FPV enviou ao Parlamento um documento com mais de 5.000 assinaturas pedindo medidas legislativas para rever de imediato a regulamentação da prática do aborto e a garantir planos de apoio alternativos a este para as mulheres. “Deve ser repensada a gratuidade do aborto, o subsídio de parentalidade que é dado a uma mulher para fazer um aborto”, afirmou Isilda Pegado em entrevista à agência Lusa, difundida também pela agência Ecclesia do episcopado português.

A FPV defende que as autoridades políticas devem cingir-se ao que foi a pergunta feita em referendo, que culminou com a legislação que permite o aborto por opção da mulher até as 10 semanas de gravidez. “Há quem defenda uma taxa moderadora, há quem defenda que nem sequer seja comparticipado. O que nós fazemos é a seguinte pergunta: deve o Estado português pagar o aborto?”, questionou Isilda Pegado. Contra o que considera ser uma “subsidiação ao aborto”, a FPV alerta ainda para “os perigos de ordem pública que estão sendo verificados” com a prática da interrupção da gravidez, dando o exemplo de mulheres que já abortaram três ou quatro vezes. Sobre a ideia de um novo referendo, Isilda Pegado considera que não é uma questão presente, considerando que não há indícios de que tenha havido alterações na sociedade portuguesa nos últimos quatro anos que justifiquem uma nova consulta à população.

Um segundo referendo, no dia 11 de fevereiro de 2007, abriu caminho à despenalização do aborto em Portugal, consagrado na Lei nº 16/2007, sobre a «Exclusão da ilicitude nos casos de interrupção voluntária da gravidez», recordou a nota da Agência Ecclesia. O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e Patriarca da diocese de Lisboa, Dom José Policarpo, afirmou no mês de junho em Fátima que a atual lei do aborto “não tem sido cumprida” referindo-se, em particular, à falta de “aconselhamento prévio” e a repetição dos abortos.

“Na lógica da governação, não é preciso pôr em questão a lei para exigir que esta seja cumprida com o mínimo de respeito pela pessoa humana e pela vida”, assinalou ainda o prelado, deixando de lado a questão de um eventual referendo. A Lei nº 16/2007 determina “um período de reflexão não inferior a três dias a contar da data da realização da primeira consulta destinada a facultar à mulher grávida o acesso à informação relevante para a formação da sua decisão livre, consciente e responsável”.

Em fevereiro deste ano, a FPV entregou uma petição com cerca de 5.700 assinaturas ao presidente da Assembléia da República, pedindo alterações à regulamentação da lei do aborto. No documento, pede-se ao Parlamento que tome medidas legislativas no sentido de “rever para já a regulamentação da prática do aborto, por forma a saber se o consentimento foi realmente informado e a garantir planos de apoio alternativos ao aborto”. Em 2008 foram realizados 18 014 abortos por decisão da mulher até a 10ª semana de gravidez, em 2009 foram 19.222 e em 2010 foram registrados 18.911, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) em Portugal.

Apertado é o caminho que conduz à vida

Do Evangelho Quotidiano

Não deis as coisas santas aos cães nem lanceis as vossas pérolas aos porcos, para não acontecer que as pisem aos pés e, acometendo-vos, vos despedacem. Portanto, o que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles, porque isto é a Lei e os Profetas. Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que seguem por ele. Como é estreita a porta e quão apertado é o caminho que conduz à vida, e como são poucos os que o encontram! (S. Mateus 7,6.12-14)

Comentário do Evangelho do dia feito por Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo

Vejamos o que Deus disse a Moisés, que ordem lhe deu sobre o caminho a escolher […]. Pensavas talvez que o caminho que Deus mostra é um caminho fácil, que não tem absolutamente nada de difícil ou de penoso; pelo contrário, trata-se de uma subida, e bem tortuosa. Porque esse caminho por onde chegamos às virtudes não é um caminho a descer, mas a subir, e é uma subida íngreme e difícil. Escuta ainda o Senhor no Evangelho: Quão apertado é o caminho que conduz à vida! Vês, portanto, como o Evangelho está em harmonia com a Lei. […] Na verdade, até os cegos conseguem vê-lo claramente: um só Espírito escreveu a Lei e o Evangelho. O caminho por onde vamos é portanto uma tortuosa subida […]; os atos e a fé comportam muitas dificuldades, muitas tribulações. Pois são imensas as tentações e os obstáculos que se opõem àqueles que querem agir segundo Deus. Depois, na fé, encontramos muitas coisas tortuosas, muitos pontos de discussão, muitas objeções heréticas. […] Escuta o que disse o Faraó ao ver o caminho que Moisés e os israelitas tinham tomado: Andam perdidos na terra. (Ex 14,3). Para o Faraó, aqueles que seguem a Deus perdem-se. É que, como dissemos, o caminho da sabedoria é tortuoso, com muitas curvas, muitos desvios. Assim, confessar que há um Deus único, e afirmar na mesma confissão que o Pai, o Filho e o Santo Espírito são um só Deus, quão tortuoso, quão difícil e inextricável parecerá aos infiéis! Acrescentar ainda que o Senhor da glória foi crucificado (1 Cor 2,8), e que Ele é o Filho do homem que desceu do Céu (Jo 3,13), quão tortuoso e difícil parecerá, também! Quem sem fé isto ouve, dirá: Andam perdidos na terra. Mas tu, sê firme, não ponhas em dúvida uma tal fé, sabendo que Deus te mostra esse caminho da fé.

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