Série Espiritualidade: “Regra de São Bento”

stbenedictCapítulo 26 – Dos que sem autorização se juntam aos excomungados

1. Se algum irmão ousar juntar-se, de qualquer modo, ao irmão excomungado sem ordem do Abade, ou de falar com ele ou mandar-lhe um recado, 2. aplique-se-lhe o mesmo castigo de excomunhão.

Capítulo 27 – Como deve o Abade ser solícito para com os excomungados

1. Cuide o Abade com toda a solicitude dos irmãos que caírem em faltas, porque “não é para os sadios que o médico é necessário, mas para os que estão doentes”. 2. Por isso, como sábio médico, deve usar de todos os meios, enviar “simpectas”, isto é, irmãos mais velhos e sábios 3. que, em particular, consolem o irmão flutuante e o induzam a uma humilde satisfação, o consolem “para que não seja absorvido por demasiada tristeza”, 4. mas, como diz ainda o Apóstolo, “confirme-se a caridade para com ele”, e rezem todos por ele.

5. O Abade deve, pois, empregar extraordinária solicitude e deve empenhar-se com toda sagacidade e indústria, para que não perca alguma das ovelhas a si confiadas. 6. Reconhecerá, pois, ter recebido a cura das almas enfermas, e não a tirania sobre as sãs; 7. tema a ameaça do profeta, através da qual Deus nos diz: “o que víeis gordo assumíeis e o que era fraco lançáveis fora”. 8. Imite o pio exemplo do bom pastor que, deixando as noventa e nove ovelhas nos montes, saiu a procurar uma única ovelha que desgarrara, 9. de cuja fraqueza a tal ponto se compadeceu, que se dignou colocá-la em seus sagrados ombros e assim trazê-la de novo ao aprisco.

Capítulo 28  – Daqueles que muitas vezes corrigidos não quiserem emendar-se

1. Se algum irmão freqüentes vezes corrigido por qualquer culpa não se emendar, nem mesmo depois de excomungado, que incida sobre ele uma correção mais severa, isto é, use-se o castigo das varas. 2. Se nem assim se corrigir, ou se por acaso, o que não aconteça, exaltado pela soberba, quiser mesmo defender suas ações, faça então o Abade como sábio médico: 3. se aplicou as fomentações, os ungüentos das exortações, os medicamentos das divinas Escrituras e enfim a cauterização da excomunhão e das pancadas de vara 4. e vir que nada obtém com sua indústria, aplique então o que é maior: a sua oração e a de todos os irmãos por ele, 5. para que o Senhor, que tudo pode, opere a salvação do irmão enfermo.

6. Se nem dessa maneira se curar, use já agora o Abade o ferro da amputação, como diz o Apóstolo: “Tirai o mal do meio de vós” e também: 7. “Se o infiel se vai, que se vá”, [8] a fim de que uma ovelha enferma não contagie todo o rebanho.

Capítulo 29 – Se devem ser novamente recebidos os irmãos que saem do mosteiro

1. O irmão que sai do mosteiro por culpa própria, se quiser voltar, prometa, antes, uma completa emenda do vício que foi a causa de sua saída, 2. e então seja recebido no último lugar, para que assim se prove a sua humildade. 3. Se de novo sair, seja assim recebido até três vezes, já sabendo que depois lhe será negado todo caminho de volta.

Capítulo 30 – De que maneira serão corrigidos os de menor idade

1. Cada idade e cada inteligência deve ser tratada segundo medidas próprias. 2. Por isso, os meninos e adolescentes ou os que não podem compreender que espécie de pena é, na verdade, a excomunhão, 3. quando cometem alguma falta, sejam afligidos com muitos jejuns ou castigados com ásperas varas, para que se curem.

Série Espiritualidade: “Regra de São Bento”

stbenedictCapítulo 12 – Como será realizada a solenidade das matinas

1. Nas Matinas de domingo, 2. diga-se em primeiro lugar o salmo sexagésimo sexto, sem antífona, em tom direto. Diga-se, depois, o quinquagésimo, com “Aleluia”. 3. Em seguida, o centésimo décimo sétimo e o sexagésimo segundo; 4. seguem-se então os “Benedicite”, e os “Laudate”, uma lição do Apocalipse de cor, o responsório, o ambrosiano, o versículo, o cântico do Evangelho, a litania, e está terminado.

Capítulo 13 – Como serão realizadas as matinas em dia comum

1. Nos dias comuns, porém, a solenidade das Matinas seja assim realizada, 2. a saber: recita-se o salmo sexagésimo sexto sem antífona, um tanto lentamente, como no domingo, de modo que todos cheguem para o quinquagésimo, o qual deve ser recitado com antífona. 3. Depois desse, recitem-se outros dois salmos, segundo o costume, isto é, 4. segunda-feira, o quinto e o trigésimo quinto; 5. terça-feira, o quadragésimo segundo e o quinquagésimo sexto; 6. quarta-feira, o sexagésimo terceiro e o sexagésimo quarto; 7. quinta-feira, o octogésimo sétimo e o octogésimo nono; 8. sexta-feira, o septuagésimo quinto e o nonagésimo primeiro; 9. sábado, o centésimo quadragésimo segundo e o cântico do Deuteronômio, que deve ser dividido em dois “Gloria”. 10. Nos outros dias, diga-se um cântico dos Profetas, um para cada dia, como canta a Igreja Romana. 11. A esses seguem-se os “Laudate”, depois uma lição do Apóstolo recitada de memória, o responsório, o ambrosiano, o versículo, o cântico do Evangelho, a litania, e está completo.

12. Não termine, de forma alguma, o ofício da manhã ou da tarde sem que o superior diga, em último lugar, por inteiro e de modo que todos ouçam, a oração dominical, por causa dos espinhos de escândalos que costumam surgir, 13. de maneira que, interpelados os irmãos pela promessa da própria oração que estão rezando: “perdoai-nos assim como nós perdoamos”, se preservem de tais vícios. 14. Nos demais ofícios diga-se a última parte dessa oração, de modo a ser respondido por todos: “Mas livrai-nos do mal”.

Série Espiritualidade: “Regra de São Bento”

stbenedictCapítulo 6 – Do silêncio

1. Façamos o que diz o profeta: “Eu disse, guardarei os meus caminhos para que não peque pela língua: pus uma guarda à minha boca: emudeci, humilhei-me e calei as coisas boas”. 2. Aqui mostra o Profeta que, se, às vezes, se devem calar mesmo as boas conversas, por causa do silêncio, quanto mais não deverão ser suprimidas as más palavras, por causa do castigo do pecado? 3. Por isso, ainda que se trate de conversas boas, santas e próprias a edificar, raramente seja concedida aos discípulos perfeitos licença de falar, por causa da gravidade do silêncio, 4. pois está escrito: “Falando muito não foges ao pecado”, 5. e em outro lugar: “a morte e a vida estão em poder da língua”. 6. Com efeito, falar e ensinar compete ao mestre; ao discípulo convém calar e ouvir.

7. Por isso, se é preciso pedir alguma coisa ao superior, que se peça com toda a humildade e submissão da reverência. 8. Já quanto às brincadeiras, palavras ociosas e que provocam riso, condenamo-las em todos os lugares a uma eterna clausura, para tais palavras não permitimos ao discípulo abrir a boca.

Série Espiritualidade: “Regra de São Bento”

stbenedictCapítulo 3 – Da convocação dos irmãos a conselho

1. Todas as vezes que deverem ser feitas coisas importantes no mosteiro, convoque o Abade toda a comunidade e diga ele próprio de que se trata. 2. Ouvindo o conselho dos irmãos, considere consigo mesmo e faça o que julgar mais útil. 3. Dissemos que todos fossem chamados a conselho porque muitas vezes o Senhor revela ao mais moço o que é melhor. 4. Dêem pois os irmãos o seu conselho com toda a submissão da humildade e não ousem defender arrogantemente o seu parecer, e 5. que a solução dependa antes do arbítrio do Abade, e todos lhe obedeçam no que ele tiver julgado ser mais salutar; 6. mas, assim como convém aos discípulos obedecer ao mestre, também a este convém dispor todas as coisas com prudência e justiça.

7. Em tudo, pois, sigam todos a Regra como mestra, nem dela se desvie alguém temerariamente. 8. Ninguém, no mosteiro, siga a vontade do próprio coração, 9. nem ouse discutir insolentemente com seu abade, nem mesmo discutir com ele fora do mosteiro. 10. E, se ousar fazê-lo, seja submetido à disciplina regular. 11. No entanto, que o próprio abade faça tudo com temor de Deus e observância da Regra, cônscio de que, sem dúvida alguma, de todos os seus juízos deverá dar contas a Deus, justíssimo juiz. 12. Se, porém, for preciso fazer alguma coisa de menor importância dentre os negócios do mosteiro, use o Abade somente do conselho dos mais velhos, 13. conforme o que está escrito: “Faze tudo com conselho e depois de feito não te arrependerás”.

Santo do Dia: São Martinho de Dume

São Martinho de Dume

São Martinho de Dume, rogai por nós!

São Martinho de Dume, rogai por nós!

Oriundo da Panônia, atual Hungria, dirigiu-se ainda jovem para ao Oriente, onde professou vida regular: estudou o grego e outras ciências eclesiásticas em que muito cedo se distinguiu, até ser classificado, pelo eminente Doutor Santo Isidoro, como ilustre na fé e na ciência. Também Gregório de Tours o considerou entre os homens insuperáveis do seu tempo. Regressando do Oriente, dirigiu-se depois a Roma e França, onde travou conhecimento com as personagens por então mais insignes em saber e santidade. Sobretudo, quis visitar o túmulo do seu homônimo e compatriota, São Martinho de Tours, que desde então ficará considerando como seu patrono e modelo. Foi também por essa altura que Martinho se encontrou com o rei dos Suevos, Charrarico, ao qual acompanhou para o noroeste da Península Ibérica, em 550, onde, com restos do gentilismo e bastante ignorância religiosa, se espalhara o Arianismo.

Para acorrer a tantos males, não tardou Martinho em planejar e colocar em andamento seu vigoroso apostolado. Num mosteiro, edificado pelo mesmo rei, em Dume, ao lado de Braga, assenta o grande apóstolo dos suevos suas instalações como escola de monaquismo e base de irradiação catequética e missionária. A igreja do mosteiro é dedicada a São Martinho de Tours, e foi sagrada em 558.

Túmulo de São Martinho de Dume em Braga

Túmulo de São Martinho de Dume em Braga

O seu abade foi elevado ao episcopado pelo Bispo de Braga já em 556, em atenção ao seu exímio saber e extraordinário zelo e santidade. Com a subida ao trono do rei Teodomiro (em 559), consumava-se o regresso dos Suevos ao Catolicismo, deixando o Arianismo. Ilustre por tão preclaras prerrogativas, passa Martinho para a Sé de Braga, em 569, quando o Catolicismo nesta região gozava já de alto esplendor, o que tornou possível o 1° Concílio de Braga, em 561, no pontificado de João III. Em 572, foi Martinho a alma do 2° Concílio de Braga. Nesta altura escreveu ele: “Com a ajuda da graça de Deus, nenhuma dúvida há sobre a unidade e retidão da fé nesta província”.

São Martinho de Dume não esqueceu da importância e eficácia do apostolado da pena. Deixou assim várias obras sobre as virtudes monásticas, bem como matérias teológicas e canônicas, pelas quais foi depois reputado e celebrado como Doutor. Faleceu a 20 de março de 579 e foi sepultado na catedral de Dume; mas desde 1606 estão depositadas as suas relíquias na Sé de Braga. Compusera para si, em latim, o seguinte epitáfio sepulcral, em que mostra a veneração que dedicava ao santo Bispo de Tours: “Nascido na Panônia, atravessando vastos mares, impelido por sinais divinos para o seio da Galiza, sagrado Bispo nesta tua igreja, ó Martinho confessor, nela instituí o culto e a celebração da Missa. Tendo-te seguido, ó Patrono, eu, o teu servo Martinho, igual em nome que não em mérito, repouso agora aqui na paz de Cristo”.

São Martinho de Dume, rogai por nós!

Bispo de Bragança Paulista expulsa comunidade monástica de sua diocese

Uma situação um tanto quanto inusitada está deixando muitos católicos confusos: O Bispo da Diocese de Bragança Paulista, Dom Sérgio Aparecido Colombo decidiu expulsar da sua diocese o Mosteiro Carmelita Eremita em Atibaia coordenado pelo Frei Tiago de São José, que já estava na diocese cerca de onze anos. Para saber mais do mosteiro, clique aqui.

Existem divergências sobre o real motivo da expulsão. Em uma carta aberta para toda diocese, Dom Sérgio afirma que o ato foi necessário tendo em vista a desobediência do Frei Tiago em diversas ocasiões e muitas irregularidades encontradas pelo clero com relação ao mosteiro. Porém para aqueles que defendem a permanência do mosteiro na diocese, a decisão foi em vista de o mosteiro celebrar regularmente as suas missas no Rito Tridentino.

É importante frisar que o Rito Tidentino é a Forma Extraordinária do Rito Romano. É a liturgia da Igreja Católica que era usada antes da reforma do Concílio Vaticano II. É chamada de Missa “Tridentina” porque “Tridentino” se refere ao Concílio de Trento (1545-1563), que unificou a prática litúrgica na Igreja Ocidental.

O Papa Bento XVI em 2007 escreveu o “Summorum Pontificum”, onde indicou que as Missas Tridentinas devem ser disponibilizadas em cada paróquia, sempre que grupos de fiéis desejarem, e onde um padre foi treinado para celebrá-la. Ele também afirmou que a Missa do Missal Romano em uso desde 1970 continua a ser a forma ordinária da missa, enquanto a celebração da Missa Tridentina é a forma extraordinária.

O documento não exige que todas as paróquias sejam obrigadas a estabelecer automaticamente uma programação Missa Tridentina, mas disse que quando “um grupo de fiéis ligados à prévia tradição litúrgica existe de maneira estável”, o pastor deve “voluntariamente aderir” ao seu pedido para fazer a massa disponível.

Apesar de ter a força de um documento redigido e assinado pelo Papa, a Carta Apostólica tem sido objeto de contestação no Brasil por parte de alguns eclesiásticos. Dom Aloísio Roque Oppermann, Arcebispo Emérito de Uberaba, objeta que a Missa Tridentina é incompreensível, seca e utiliza o Latim, uma língua misteriosa. Dom Paulo Sérgio Machado, Bispo de São Carlos, considera que os que preferem a Missa Tridentina são uma minoria moralista de pessoas puritanas, retrógradas, com uma mórbida aversão às mudanças e ao novo.

Por outro lado, mais de 30 cardeais, acatando filialmente as determinações do Papa, já participaram de cerimônias em Latim segundo a Forma Extraordinária do Rito romano, após a entrada em vigor do motu proprio Summorum Pontificum.

No Brasil, mais de 17 arcebispos e bispos também o fizeram, dentre os quais: Dom Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro; Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo de Belém do Pará; Dom Alano Maria Pena, Arcebispo Emérito de Niterói; Dom Luciano Bergamin, Bispo de Nova Iguaçu; Dom Fernando José Monteiro Guimarães, Bispo de Garanhuns; Dom Gregório Paixão, Bispo Auxiliar de Salvador; Dom Pedro Luiz Stringhini, Bispo de Franca; Dom Diógenes Silva Matthes, Bispo Emérito de Franca; Dom Mário Rino Sivieri, Bispo de Propriá e Dom Henrique Soares da Costa, Bispo Auxiliar de Aracaju.

A situação acabou ganhando um certo grau de complexidade, quando os fieis católicos amigos dos monges passaram a denunciar certos abusos doutrinais em sites ligados a diocese e ao movimento chamado PJ – Pastoral da Juventude – com raízes profundas na Teologia da Libertação, que é uma teologia contestada e combatida na Igreja, inclusive pelo Santo Padre Bento XVI. Estes mesmos “amigos do mosteiro” estão fazendo um abaixo-assinado na tentativa de fazer o bispo de Bragança Paulista repensar a situação (Para assinar a petição clique aqui).

Quanto a mim, ainda é cedo para dar uma opinião, haja vista que eu não conheço o mosteiro e muito menos a diocese. Todo caso eu particularmente acho estranho a diocese fechar os olhos para os abusos da TL e ser tão rigorosa com os monges. Além do mais, o bispo quando acusa o Frei Tiago de desobediência e irregularidades, não especifica quais seriam estas desobediências e estas irregularidades. Penso que em tempos onde a informação precisa chegar completa para atingir a devida eficácia, deve-se explicitar melhor o caso. Porém opiniões a parte, esperamos que toda esta celeuma seja resolvida o quanto antes, pois pelo sim pelo não, muitos fiéis da região se beneficiavam com os serviços do mosteiro (missas, confissões, atendimentos, sacramentos e etc.) estão sofrendo com tudo isso.

Estaremos atentos a esta situação, mostrando para você todas as notícias a respeito deste caso. E que a Igreja de Cristo prevaleça diante de toda esta situação lamentável!

Dominus Vobiscum

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Santo do Dia: São Bernardo de Claraval

Bom dia! Tudo bem? Hoje celebramos com muita alegria celebramos a santidade do abade e doutor da Igreja: São Bernardo.

São Bernardo de Claraval

São Bernardo nasceu no Castelo de Fontaine, próximo de Dijon na França no ano de 1090, o terceiro de seis irmãos. Tescelino, pai de Bernardo, ficou consternado quando, ainda muito jovem, ele decidiu tornar-se monge no convento cistercienses, fundado por São Roberto, em 1098: um após outro, os filhos abandonavam o conforto do castelo para seguir Bernardo: Guido, o primogênito, deixou até a esposa, que também se fez monja; Nissardo, o mais novo, também optou por abandonar os prazeres do mundo, seguido pela única irmã, Umbelina e pelo tio Gaudry, que despiu a pesada armadura para vestir o hábito branco; também Tescelino entrou no mosteiro onde estava praticamente toda a família. Um êxodo tão completo como este nunca se verificou em toda história da Igreja. Por terem muitos outros jovens desejado tornar-se cistercienses, foi necessário fundar outros mosteiros. São Bernardo, então, deixou Citeaux, abraçando uma pesada cruz de madeira e seguido de doze religiosos que cantavam hinos e louvores ao Senhor.

São Bernardo, rogai por nós!

São Bernardo é considerado pela Família Cisterciense um segundo fundador, pois atraía a tantos para a Ordem, que as mães e esposas afastavam os filhos e maridos do santo; tamanho era real o poder de atração de Bernardo que todos o seguiram. Homem de oração, destacou-se como pregador, prior, místico, escritor, fundador de mosteiros, abade, conselheiro de Papas, Reis, Bispos e também polemista, político e pacificador.

Por 38 anos foi guia de uma multidão de monges; cerca de 900 religiosos fizeram votos em sua presença. Para abrigar todos os monges foram construídos mais de 343 mosteiros.

São Bernardo depois de laboriosas jornadas retirava-se para a cela para escrever obras cheias de optimismo e de doçura, como o Tratado do Amor de Deus e o Comentário ao Cântico dos Cânticos que é uma declaração de amor a Maria. É também o compositor do belíssimo hino Ave Maris Stella. Também é sua a invocação: ” Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria” da salve-rainha. Foi chamado pelo Papa Pio XII “O último dos Padres da Igreja, e não o menor”.

São Bernardo, rogai por nós!

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Documentário sobre a vida de São Bento

Hoje comemoramos a vida de um dos grandes Santos da Igreja e padroeiro da Europa: São Bento da Nursia. Para comemorar este dia, estou postando aqui um documentário que tive a alegria de dirigir enquanto missionário da comunidade Canção Nova. Este foi apresentado pelo amigo Marcelo Pereira e teve a participação de Dom João Evangelista Kovas, prior do Mosteiro de São Paulo.

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Quero que onde Eu estiver estejam também comigo aqueles que Tu me confiaste

Do Evangelho Quotidiano

Não rogo só por eles, mas também por aqueles que hão-de crer em mim, por meio da sua palavra,para que todos sejam um só, como Tu, Pai, estás em mim e Eu em ti; para que assim eles estejam em Nós e o mundo creia que Tu me enviaste.Eu dei-lhes a glória que Tu me deste, de modo que sejam um, como Nós somos Um.Eu neles e Tu em mim, para que eles cheguem à perfeição da unidade e assim o mundo reconheça que Tu me enviaste e que os amaste a eles como a mim.Pai, quero que onde Eu estiver estejam também comigo aqueles que Tu me confiaste, para que contemplem a minha glória, a glória que me deste, por me teres amado antes da criação do mundo.Pai justo, o mundo não te conheceu, mas Eu conheci-te e estes reconheceram que Tu me enviaste.Eu dei-lhes a conhecer quem Tu és e continuarei a dar-te a conhecer, a fim de que o amor que me tiveste esteja neles e Eu esteja neles também. (S. João 17,20-26)
Comentário do Evangelho feito por São João Cassiano (c. 360-435), fundador de mosteiro em Marselha

O Salvador dirigiu a Seu Pai esta prece por intenção dos Seus discípulos: que o amor que Me tiveste esteja neles e Eu esteja neles também; e ainda: que todos sejam um só; como Tu, Pai estás em Mim e Eu em Ti, que também eles sejam um em nós.Esta prece há-de realizar-se plenamente em nós quando aquele perfeitíssimo amor com que Ele nos amou (1Jo 4,10) passar a ser o próprio movimento do nosso coração, em cumprimento desta prece do Senhor […].Isto acontecerá quando todo o nosso amor, todo o nosso desejo, esforço, procura, pensamento, tudo aquilo que vivemos e de que falamos, tudo o que respiramos, outra coisa não for a não ser Deus, unicamente: quando assimilarmos, na alma e no coração, a unidade presente do Pai com o Filho e do Filho com o Pai – isto é, quando, imitando finalmente a verdadeira caridade, pura e indestrutível, com que Ele nos ama, a Ele nos unirmos também por uma caridade contínua e inalterável, e a Ele estivermos tão ligados que a nossa própria respiração, pensamento, linguagem mais não sejam que Ele e só Ele. Alcançaremos assim, por fim, […] o que o Senhor na Sua prece desejava ver cumprir-se em nós: que sejam um, como Nós somos Um. Eu neles e Tu em mim, para que eles cheguem à perfeição da unidade e Pai, quero que onde Eu estiver estejam também comigo aqueles que Tu me confiaste. A isto está destinado aquele que na solidão ora, a isto deve levar todo o seu esforço: à graça de possuir, já desde esta vida, a imagem da futura bem-aventurança, como uma antecipação, no seu corpo mortal, da vida e da glória do céu.

 


Visita a um mosteiro beneditino…

Este é um pequeno vídeo vocacional sobre a vida monástica tradicional, produzido pelo site vocation.com. Audio do Coro Monástico da Abadia de Notre Dame de Fontgombault. Para quem nunca viu o dia a vida de um mosteiro, o vídeo é interessante. Para quem gosta da boa música católica, vale a pena acompanhar também. Enfim, um vídeo que vale a pena.

Dominus Vobiscum