Papa Francisco manda mensagem e benção apostólica às famílias brasileiras

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O Papa Francisco enviou no dia 06 de agosto (terça feira passada) uma benção apostólica para os fiéis, comunidades e paróquias que participam, no Brasil, da Semana Nacional da Família. A semana, que teve início ontem (dia 11 de agosto) e se encerra no próximo dia 17 do mesmo mês, tem como tema “Transmissão e Educação da Fé Cristã na Família”. O evento é animado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB.  Na mensagem como vocês podem ver abaixo, o Sumo Pontífice nos fala sobre a missão dos pais em educar e testemunhar aos filhos a fé católica e na luta contra o aborto em todas as suas fases. Eis na íntegra da mensagem do Papa Francisco (os grifos são meus):

Queridas famílias brasileiras,

Guardando vivas no coração as alegrias que me foram proporcionadas durante a recente visita ao Brasil, me sinto feliz em saudá-las por ocasião da Semana Nacional da Família, cujo tema é “A transmissão e a educação da fé cristã na família”, encorajando os pais nessa nobre e exigente missão que possuem de ser os primeiros colaboradores de Deus na orientação fundamental da existência e a segurança de um bom futuro. Para isso, “é importante que os pais cultivem as práticas comuns de fé na família, que acompanhem o amadurecimento de fé dos filhos” (Carta Enc. Lúmem Fidei, 53). Neste sentido, os pais são chamados a transmitir, tanto por palavras como, sobretudo pelas obras, as verdades fundamentais sobre a vida e o amor humano, que recebem uma nova luz da Revelação de Deus. De modo particular, diante da cultura do descartável, que relativiza o valor da vida humana, os pais são chamados a transmitir aos seus filhos a consciência de que esta deva sempre ser defendida, já desde o ventre materno, reconhecendo ali um dom de Deus e garantia do futuro da humanidade, mas também na atenção aos mais velhos, especialmente aos avós, que são a memória viva de um povo e transmissores da sabedoria da vida. Fazendo votos de que vocês, queridas famílias brasileiras, sejam o mais convincentes arautos da beleza do amor sustentado e alimentado pela fé e como penhor de graças do Alto, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, a todos concedo a Benção Apostólica.

Papa Francisco – Vaticano, 6 de agosto de 2013

Fonte: Radio Vaticana

Como o Espírito Santo atua na Igreja?

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Estamos terminando a nossa breve catequese sobre o Espírito Santo. Mais para frente voltaremos a falar sobre Ele, quando formos trabalhar os dons do Espírito Santo. Porém existe um último assunto que precisamos comentar aqui no blog: Como este Espírito Santo atua na Igreja de Cristo?

Sabemos que cada pessoa da Santíssima Trindade tem um papel determinado na história da salvação e sabemos também que a Igreja é o caminho seguro para que nós possamos encontrar a nossa intimidade com Deus. Portanto quando se trata do Espírito Santo, é importante conhecermos a forma que ele atua em nós.

O Espírito edifica, anima e santifica a Igreja: Espírito de Amor, Ele torna a dar aos batizados a semelhança divina perdida por causa do pecado, e faz com que eles vivam em Cristo da própria Vida da Santíssima Trindade.

Ele nos envia a testemunhar a Verdade de Cristo e organiza-os nas suas mútuas funções, para que todos deem os frutos do Espírito conforme São Paulo nos mostra na sua carta aos Gálatas (5,22). Esta ação se dá muitas das vezes por meio dos sacramentos, onde Cristo comunica aos membros do Seu Corpo o Seu Espírito e a graça de Deus que produz os frutos de vida nova, segundo o Espírito.

Finalmente, o Espírito Santo é o Mestre da oração. Ele quem nos ajuda a falar com Deus, inspirando nossa alma, nossa mente e nosso intelecto.

Também o Espírito Santo vem em auxílio da nossa fraqueza, porque não sabemos o que pedir nas nossas orações; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis.” (Rm 8, 26)

Sabemos que o Espírito Santo age onde quer e como quer, mas sendo Ele a terceira pessoa da Santíssima Trindade, em nada Ele irá contrariar aquilo que já foi firmado em conjunto com o Pai e o Filho.

Independente de quem está presidindo a celebração, independente de gostarmos ou não desta pessoa, e digo mais, independente desta pessoa estar ou não em pecado, quando um sacramento acontece, a graça do Espírito Santo é derramada em quem recebe este mesmo sacramento. A ação do Espírito independe de quem o ministra.

Portanto, quando você for receber algum sacramento, seja ele a eucaristia ou a confissão, creia que ali o Espírito Santo de Deus estará agindo em você. Esta é a beleza da verdadeira Igreja de Cristo. Pax Domini

Você sabe o que significa a palavra “Dom” para os católicos?

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Quando falamos do Espírito Santo, de imediato, muita gente já pensa em algo que chamamos DOM, porém embora sabendo que significa, muitas vezes não consegue exprimir em palavras o seu real significado. Pois bem, vamos neste post tentar expressar o que você já sabe empiricamente.

A palavra dom tem como significado um presente, uma dádiva, dada por alguém a uma pessoa de forma gratuita. Quando dizemos receber do Espírito Santo um determinado dom, dizemos que este “presente espiritual” é um algo mais para que esta pessoa consiga desempenhar bem a sua luta para chegar à imitação plena da pessoa de Jesus Cristo.

O primeiro de todos os dons que recebemos é o amor. Assim nos diz o Catecismo da Igreja Católica (§733 – 734):

Deus é Amor (1 Jo 4, 8.16) e o Amor é o primeiro dom, que contém todos os outros. Este amor derramou-o Deus nos nossos corações, pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5, 5). Uma vez que estamos mortos, ou pelo menos feridos pelo pecado, o primeiro efeito do dom do Amor é a remissão dos nossos pecados. E é a comunhão do Espírito Santo (2 Cor 13, 13) que, na Igreja, restitui aos batizados a semelhança divina perdida pelo pecado.” (CIC § 733-734)

Veja como é interessante: O Espírito Santo derrama sobre nós o dom do Amor. E é graças ao amor de Deus por nós que Ele derrama sobre nós esta força, que faz com que os filhos de Deus possam dar fruto.

É partir deste primeiro dom que vem outros dons que recebemos no nosso batismo: Caridade, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, auto-domínio (Gl 5, 22-23). Quanto mais renunciarmos a nós próprios, mais caminhamos segundo o Espírito, afinal de contas, pela comunhão com Ele, nos tornamos espirituais, como que recolocados no paraíso, reconduzidos ao Reino dos céus, à adoção filial, que nos dá a confiança de chamar Pai a Deus e de participar na graça de Cristo, e de ao mesmo tempo, sermos chamados filhos da luz e de tomar parte na glória eterna.

Nota: Existe também um significado para a palavra dom, quando se trata de bispos, monges beneditinos e etc, mas não é o caso desta postagem!

Série Espiritualidade: “Regra de São Bento”

stbenedictCapítulo 3 – Da convocação dos irmãos a conselho

1. Todas as vezes que deverem ser feitas coisas importantes no mosteiro, convoque o Abade toda a comunidade e diga ele próprio de que se trata. 2. Ouvindo o conselho dos irmãos, considere consigo mesmo e faça o que julgar mais útil. 3. Dissemos que todos fossem chamados a conselho porque muitas vezes o Senhor revela ao mais moço o que é melhor. 4. Dêem pois os irmãos o seu conselho com toda a submissão da humildade e não ousem defender arrogantemente o seu parecer, e 5. que a solução dependa antes do arbítrio do Abade, e todos lhe obedeçam no que ele tiver julgado ser mais salutar; 6. mas, assim como convém aos discípulos obedecer ao mestre, também a este convém dispor todas as coisas com prudência e justiça.

7. Em tudo, pois, sigam todos a Regra como mestra, nem dela se desvie alguém temerariamente. 8. Ninguém, no mosteiro, siga a vontade do próprio coração, 9. nem ouse discutir insolentemente com seu abade, nem mesmo discutir com ele fora do mosteiro. 10. E, se ousar fazê-lo, seja submetido à disciplina regular. 11. No entanto, que o próprio abade faça tudo com temor de Deus e observância da Regra, cônscio de que, sem dúvida alguma, de todos os seus juízos deverá dar contas a Deus, justíssimo juiz. 12. Se, porém, for preciso fazer alguma coisa de menor importância dentre os negócios do mosteiro, use o Abade somente do conselho dos mais velhos, 13. conforme o que está escrito: “Faze tudo com conselho e depois de feito não te arrependerás”.

O que é o dia de Pentecostes?

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Pentecostes (em grego antigo: πεντηκοστή [ἡμέρα], pentekostē [hēmera], “o quinquagésimo dia”) é uma das celebrações mais importantes do nosso calendário, pois comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo. Ele é celebrado 50 dias depois do domingo de Páscoa. O dia de Pentecostes ocorre no décimo dia depois do dia da Ascensão de Jesus.

Esta festa é histórica e mesmo antes da Encarnação do Verbo, ela já era celebrada em virtude do festival judaico da colheita, que comemorava a entrega dos Dez mandamentos no Monte Sinai, cinquenta dias depois do Êxodo. Enquanto a Páscoa era uma festa caseira, Pentecostes era uma celebração agrícola, originalmente, realizada na roça, no lugar onde se cultivava o trigo e a cevada, entre outros produtos agrícolas. Posteriormente, essa celebração foi levada para os lugares de culto, particularmente, o Templo de Jerusalém. Como diz o livro do Levítico (23,4), “era ilegal usufruir da nova produção da roça, antes do cerimonial da Festa das Colheitas”.

Para nós católicos, o Dia de Pentecostes celebra (como já foi dito acima) a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos e seguidores de Cristo como descrito no Novo Testamento, durante aquela celebração judaica do quinquagésimo dia em Jerusalém. Por esta razão o dia de Pentecostes é considerado também como o dia do nascimento da igreja. Os discípulos estavam reunidos em oração com a presença da Virgem Maria e em um dado momento a Bíblia afirma que repousou sobre suas cabeças como se fossem línguas de fogo e esta presença do Espírito Santo deu a eles uma nova guinada em suas vidas e sobretudo em seus ministérios.

Neste dia, revelou-Se plenamente a Santíssima Trindade. A partir deste dia, o Reino anunciado por Cristo abre-se aos que n’Ele creem. Na humildade da carne e na fé, eles participam já na comunhão da Santíssima Trindade. Pela sua vinda, que não cessará jamais, o Espírito Santo faz entrar no mundo nos últimos tempos, no tempo da Igreja, no Reino já herdado mas ainda não consumado:

Nós vimos a verdadeira Luz, recebemos o Espírito celeste, encontrámos a verdadeira fé: adoramos a Trindade indivisível, porque foi Ela que nos salvou (Liturgia Bizantina, Tropário das Vésperas de Pentecostes)

A ação do Espírito Santo na história da salvação

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O Espírito Santo ao longo da história do povo de Deus se manifestou de formas diversas para preparar o homem para a vinda do messias. De todas as ações do Espírito Santo, o Catecismo da Igreja Católica nos apresenta quatro em especial:

A ação do Espírito Santo sobre os profetas:

Com o termo profetas entendem-se todos os homens os que foram inspirados pelo Espírito Santo para falar em nome de Deus. O Espírito ao longo da história foi conduzindo o povo de Deus mediante as profecias do Antigo Testamento até o seu pleno cumprimento, ou seja, até a vinda do Cristo, de quem revela o mistério no Novo Testamento.

A ação do Espírito Santo sobre João Batista:

Sabemos que João Batista, foi o último profeta do Antigo Testamento. Ele era cheio do Espírito Santo, e este o enviou com uma missão especial: Preparar para o Senhor um povo bem disposto (Lc 1,17) e a anunciar a vinda de Cristo, Filho de Deus: Aquele sobre o qual João viu o Espírito descer e permanecer, Aquele que batiza no Espírito (Jo 1,33).

A ação do Espírito Santo sobre a Virgem Maria:

Em Maria, o Espírito Santo realiza as expectativas e a preparação do Antigo Testamento para a vinda de Cristo. De forma única enche-a de graça e torna fecunda a sua virgindade para dar à luz o Filho de Deus encarnado. Faz dela a Mãe do Cristo total, isto é, de Jesus Cabeça e da Igreja que é o seu corpo. Maria está com os Doze no dia de Pentecostes, quando o Espírito inaugura os últimos tempos com a manifestação da Igreja.

A relação do Espírito Santo e Jesus em sua missão terrena:

É importante salientar que o Filho de Deus é consagrado Messias através da unção do Espírito na sua humanidade desde a Encarnação. Ele revela-O no seu ensino, cumprindo a promessa feita aos antepassados e comunica-O à Igreja nascente, soprando sobre os Apóstolos depois da Ressurreição.

No próximo post, iremos conversar sobre o grande momento da Igreja nascente: Pentecostes!

Série Espiritualidade: “Regra de São Bento”

stbenedictCapítulo 2 – Como deve ser o Abade

1. O Abade digno de presidir ao mosteiro deve lembrar-se sempre daquilo que é chamado, e corresponder pelas ações ao nome de superior. 2. Com efeito, crê-se que, no mosteiro ele faz as vezes do Cristo, pois é chamado pelo mesmo cognome que Este, 3. no dizer do Apóstolo: “Recebestes o espírito de adoção de filhos, no qual clamamos: ABBA, Pai.” 4. Por isso o Abade nada deve ensinar, determinar ou ordenar, que seja contrário ao preceito do Senhor, 5. mas que a sua ordem e ensinamento, como o fermento da divina justiça se espalhe na mente dos discípulos; 6. lembre-se sempre o abade de que da sua doutrina e da obediência dos discípulos, de ambas essas coisas, será feita apreciação no tremendo juízo de Deus.

7. E saiba o Abade que é atribuído à culpa do pastor tudo aquilo que o Pai de família puder encontrar de menos no progresso das ovelhas. 8. Em compensação, de outra maneira será, se a um rebanho irrequieto e desobediente tiver sido dispensada toda diligência do pastor e oferecido todo o empenho na cura de seu atos malsãos; 9. absolvido então o pastor no juízo do Senhor, diga ao mesmo com o Profeta: “Não escondi vossa justiça em meu coração, manifestei vossa verdade e a vossa salvação; eles, porém, com desdém desprezaram-me”. 10. E então, finalmente, que prevaleça a própria morte como pena para as ovelhas que desobedeceram aos seus cuidados.

11. Portanto, quando alguém recebe o nome de Abade, deve presidir a seus discípulos usando de uma dupla doutrina, 12. isto é, apresente as coisas boas e santas, mais pelas ações do que pelas palavras, de modo que aos discípulos capazes de entendê-las proponha os mandamentos do Senhor por meio de palavras, e aos duros de coração e aos mais simples mostre os preceitos divinos pelas próprias ações. 13. Assim, tudo quanto ensinar aos discípulos como sendo nocivo, indique pela sua maneira de agir que não se deve praticar, a fim de que. pregando aos outros, não se torne ele próprio réprobo, 14. e Deus não lhe diga um dia como a um pecador: “Por que narras as minhas leis e anuncias o meu testamento pela tua boca? tu que odiaste a disciplina e atiraste para trás de ti as minhas palavras”, 15. e ainda: “Vias o argueiro no olho de teu irmão e não viste a trave no teu próprio”.

16. Que não seja feita por ele distinção de pessoas no mosteiro. 17. Que um não seja mais amado que outro, a não ser aquele que for reconhecido melhor nas boas ações ou na obediência. 18.Não anteponha o nascido livre ao originário de condição servil, a não ser que exista outra causa razoável para isso; 19. pois se parecer ao Abade que deve fazê-lo por questão de justiça, fá-lo-á seja qual for a condição social; caso contrário, mantenham todos seus próprios lugares, 20. porque, servo ou livre, somos todos um em Cristo e sob um só Senhor caminhamos submissos na mesma milícia de servidão: “Porque não há em Deus acepção de pessoas”. 21. Somente num ponto somos por ele distinguidos, isto é, se formos melhores do que os outros nas boas obras e humildes. 22. Seja pois igual a caridade dele para com todos; que uma só disciplina seja proposta a todos, conforme os merecimentos de cada um.

23. Portanto, em sua doutrina deve sempre o Abade observar aquela fórmula do Apóstolo: “Repreende, exorta, admoesta”, 24. isto é, temperando as ocasiões umas com as outras, os carinhos com os rigores, mostre a severidade de um mestre e o pio afeto de um pai, quer dizer: 25. aos indisciplinados e inquietos deve repreender mais duramente, mas aos obedientes, mansos e pacientes, deve exortar a que progridam ainda mais, e quanto aos negligentes e desdenhosos, advertimos que os repreenda e castigue. 26. Não dissimule as faltas dos culpados, mas logo que começarem a brotar ampute-as pela raiz, como lhe for possível, lembrando-se da desgraça de Heli, sacerdote de Silo. 27. Aos mais honestos e de ânimo compreensível, censure por palavras em primeira e segunda advertência; 28. porém aos improbos, duros e soberbos ou desobedientes reprima com varadas ou outro castigo corporal, desde o início da falta, sabendo que está escrito: “O estulto não se corrige com palavras”. 29. E mais: “Bate no teu filho com a vara e livrarás a sua alma da morte”.

30. Deve sempre lembrar-se o Abade daquilo que é; lembrar-se de como é chamado, e saber que daquele a quem mais se confia mais se exige. 31. E saiba que coisa difícil e árdua recebeu: reger as almas e servir aos temperamentos de muitos; a este com carinho, àquele, porém, com repreensões, a outro com persuasões 32. segundo a maneira de ser ou a inteligência de cada um, de tal modo se conforme e se adapte a todos, que não somente não venha a sofrer perdas no rebanho que lhe foi confiado, mas também se alegre com o aumento da boa grei.

33. Antes de tudo, que não trate com mais solicitude das coisas transitórias, terrenas e caducas, negligenciando ou tendo em pouco a salvação das almas que lhe foram confiadas, 34. mas pense sempre que recebeu almas a dirigir, das quais deverá também prestar contas. 35. E para que não venha, porventura, a alegar falta de recursos, lembrar-se-á do que esta escrito: “Buscai primeiro reino de Deus e sua justiça, e todas as coisas vos serão dadas por acréscimo”; 36. e ainda: “Nada falta aos que O temem”. 37. E saiba que quem recebeu almas a dirigir, deve preparar-se para prestar contas. 38. Saiba como certo que de todo o número de irmãos que tiver possuído sob seu cuidado, no dia do juízo, deverá prestar contas ao Senhor das almas de todos eles, e mais, sem dúvida também da sua própria alma. 39. E assim, temendo sempre a futura apreciação do pastor acerca das ovelhas que lhe foram confiadas enquanto cuida das contas alheias, torna-se solícito para com a suas próprias, 40. e enquanto com suas exortações subministra a emenda aos outros, consegue ele próprio emendar-se de seu vícios.

Série Espiritualidade: “Regra de São Bento”

Queridos irmãos, iniciamos hoje mais uma “Série Espiritualiade” no nosso blog, e, para tanto, gostariamos de trazer-lhes neste novo ano da série, um presente, para uso diário, e sempre que você dele necessitar: a Regra de São Bento!

A Regra de São Bento, com seu prólogo e 73 capítulos, serve como norma de vida para os beneditinos desde os idos do século VI. Foi escrita pelo próprio São Bento, provavelmente em etapas sucessivas, entre os anos 520 e 547, no Mosteiro de Monte Cassino, Itália.

Enraizada na Sagrada Escritura e na literatura monástica, inclui 126 citações explícitas da Bíblia. É uma regra vivida, feita da experiência e percepção. Mesmo que vários detalhes não sejam mais observados em nosso tempo, a Regra nos providencia um estilo de vida equilibrado juntando a oração comunitária e pessoal, o trabalho e a vida fraterna.

No seu Prólogo, São Bento diz que devemos constituir “uma escola de serviço do Senhor, onde com o progresso da vida monástica e da fé pode-se correr com o coração dilatado e com uma indizível doçura de amor o caminho da salvação”.

Tanto pelos seus conselhos sábios quanto pelos seus apelos em prol das atitudes positivas, a Regra serve como um guia espiritual também para nós, os leigos, visto que nos apresenta um caminho de prudência, espiritualidade e fraternidade, sempre em busca da Salvação…

Vamos, então, começar a aproveitar diariamente este presente deixado por São Bento, exemplo de virtude, fé e obediência ao chamado de Deus?!

Boa leitura, e que Deus te abençoe!!!!

stbenedictPrólogo

1. Escuta, filho, os preceitos do Mestre, e inclina o ouvido do teu coração; recebe de boa vontade e executa eficazmente o conselho de um bom pai 2. para que voltes, pelo labor da obediência, àquele de quem te afastaste pela desídia da desobediência. 3. A ti, pois, se dirige agora a minha palavra, quem quer que sejas que, renunciando às próprias vontades, empunhas as gloriosas e poderosíssimas armas da obediência para militar sob o Cristo Senhor, verdadeiro Rei.

4. Antes de tudo, quando encetares algo de bom, pede-lhe com oração muito insistente que seja por ele plenamente realizado 5. a fim de que nunca venha a entristecer-se, por causa das nossas más ações, aquele que já se dignou contar-nos no número de seus filhos 6. assim, pois, devemos obedecer-lhe em todo tempo, usando de seus dons a nós concedidos para que não só não venha jamais, como pai irado, a deserdar seus filhos 7. nem tenha também, qual Senhor temível, irritado com nossas más ações, de entregar-nos à pena eterna como péssimos servos que o não quiseram seguir para a glória.

8. Levantemo-nos então finalmente, pois a Escritura nos desperta dizendo: “Já é hora de nos levantarmos do sono”. 9. E, com os olhos abertos para a luz deífica, ouçamos, ouvidos atentos, o que nos adverte a voz divina que clama todos os dias: 10. “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não permitais que se endureçam vossos corações” 11. e de novo: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça o que o Espírito diz às igrejas”. 12. E que diz? – “Vinde, meus filhos, ouvi-me, eu vos ensinarei o temor do Senhor. 13. Correi enquanto tiverdes a luz da vida, para que as trevas da morte não vos envolvam”.

14. E procurando o Senhor o seu operário na multidão do povo, ao qual clama estas coisas, diz ainda: 15. “Qual é o homem que quer a vida e deseja ver dias felizes?” 16. Se, ouvindo, responderes: “Eu”, dir-te-á Deus:17. “Se queres possuir a verdadeira e perpétua vida, guarda a tua língua de dizer o mal e que teus lábios não profiram a falsidade, afasta-te do mal e faze o bem, procura a paz e segue-a”. 18. E quando tiveres feito isso, estarão meus olhos sobre ti e meus ouvidos junto às tuas preces, e antes que me invoques dir-te-ei: “Eis-me aqui”. 19. Que há de mais doce para nós, caríssimos irmãos, do que esta voz do Senhor a convidar-nos? 20. Eis que pela sua piedade nos mostra o Senhor o caminho da vida.

21. Cingidos, pois, os rins com a fé e a observância das boas ações, guiados pelo Evangelho, trilhemos os seus caminhos para que mereçamos ver aquele que nos chamou para o seu reino. 22. Se queremos habitar na tenda real do acampamento desse reino, é preciso correr pelo caminho das boas obras, de outra forma nunca se há de chegar lá. 23. Mas, com o profeta, interroguemos o Senhor, dizendo-lhe: “Senhor, quem habitará na vossa tenda e descansará na vossa montanha santa?”. 24. Depois dessa pergunta, irmãos, ouçamos o Senhor que responde e nos mostra o caminho dessa mesma tenda, 25. dizendo: “É aquele que caminha sem mancha e realiza a justiça; 26. aquele que fala a verdade no seu coração, que não traz o dolo em sua língua, 27. que não faz o mal ao próximo e não dá acolhida à injúria contra o seu próximo”. 28. É aquele que quando o maligno diabo tenta persuadi-lo de alguma coisa, repelindo-o das vistas do seu coração, a ele e suas sugestões, redu-lo a nada, agarra os seus pensamentos ainda ao nascer e quebra-os de encontro ao Cristo. 29.São aqueles que, temendo o Senhor, não se tornam orgulhosos por causa de sua boa observância, mas, julgando que mesmo as coisas boas que têm em si não as puderam por si, mas foram feitas pelo Senhor, 30. glorificam Aquele que neles opera, dizendo com o profeta: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai Glória”. 31. Como, aliás, o Apóstolo Paulo não atribuía a si próprio coisa alguma de sua pregação, quando dizia: “Pela graça de Deus sou o que sou” 32. e ainda: “Quem se glorifica, que se glorifique no Senhor”.

33. Eis porque no Evangelho diz o Senhor: “Àquele que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, compará-lo-ei ao homem sábio que edificou sua casa sobre a pedra, 34. cresceram os rios, sopraram os ventos e investiram contra a casa; e ela não ruiu porque estava fundada sobre pedra”. 35. Em conclusão espera o Senhor todos os dias que nos empenhemos em responder com atos às suas santas exortações. 36. Por essa razão, os dias desta vida nos são prolongados como tréguas para a emenda dos nossos vícios, 37. conforme diz o Apóstolo: “Então ignoras que a paciência de Deus te conduz à penitência?”. 38. Pois diz o bom Senhor: “Não quero a morte do pecador, mas sim que se converta e viva”.

39. Como, pois, irmãos, interrogássemos o Senhor a respeito de quem mora em sua tenda, ouvimos em resposta, qual a condição para lá habitar: a nós compete cumprir com a obrigação do morador!

40. Portanto, é preciso preparar nossos corações e nossos corpos para militar na santa obediência dos preceitos; 41. e em tudo aquilo que nossa natureza tiver menores possibilidades, roguemos ao Senhor que ordene a sua graça que nos preste auxílio. 42. E, se, fugindo das penas do inferno, queremos chegar à vida eterna, 43. enquanto é tempo, e ainda estamos neste corpo e é possível realizar todas essas coisas no decorrer desta vida de luz, 44. cumpre correr e agir, agora, de forma que nos aproveite para sempre.

45. Devemos, pois, constituir uma escola de serviço do Senhor. 46.Nesta instituição esperamos nada estabelecer de áspero ou de pesado. 47. Mas se aparecer alguma coisa um pouco mais rigorosa, ditada por motivo de eqüidade, para emenda dos vícios ou conservação da caridade 48. não fujas logo, tomado de pavor, do caminho da salvação, que nunca se abre senão por estreito início. 49. Mas, com o progresso da vida monástica e da fé, dilata-se o coração e com inenarrável doçura de amor é percorrido o caminho dos mandamentos de Deus. 50. De modo que não nos separando jamais do seu magistério e perseverando no mosteiro, sob a sua doutrina, até a morte, participemos, pela paciência, dos sofrimentos do Cristo a fim de também merecermos ser co-herdeiros de seu reino. Amém.

Em que consiste crer no Espírito Santo?

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Quando dizemos acreditar no Espírito Santo, é preciso antes de mais nada entender no que consiste esta fé:

Crer no Espírito Santo é professar a terceira Pessoa da Santíssima Trindade, que procede do Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado. O Espírito foi enviado aos nossos corações (Gal 4,6) para recebermos a vida nova de filhos de Deus.

Na Trindade indivisível, o Filho e o Espírito são distintos mas inseparáveis. De fato, desde o princípio até ao final dos tempos, quando o Pai envia o Seu Filho, envia também o Seu Espírito que nos une a Cristo na fé, para, como filhos adotivos, podermos chamar Deus Pai (Rm 8,15). O Espírito é invisível, mas nós conhecemo-lo através da sua ação quando nos revela o Verbo e quando age na Igreja.

Espírito Santo é o nome próprio da terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Jesus chama-lhe também: Espírito Paráclito (Consolador, Advogado) e Espírito de Verdade. O Novo Testamento chama-o ainda: Espírito de Cristo, do Senhor, de Deus, Espírito da glória, da promessa.

São numerosos os símbolos que representam o Espírito Santo:

  1. A água viva que jorra do coração trespassado de Cristo e dessedenta os batizados;
  2. A unção com o óleo que é o sinal sacramental da Confirmação;
  3. O fogo que transforma o que toca;
  4. A nuvem, obscura e luminosa, na qual se revela a glória divina;
  5. A imposição das mãos, mediante a qual é dado o Espírito;
  6. A pomba que desce sobre Cristo e permanece sobre Ele no batismo.

O que significa que o Espírito falou pelos profetas?

Com o termo profetas entende-se todos os que foram inspirados pelo Espírito Santo para falar em nome de Deus. O Espírito conduz as profecias do Antigo Testamento ao seu pleno cumprimento em Cristo, de quem revela o mistério no Novo Testamento.

Vem ai o Estatuto da diversidade sexual.Prepare-se para tirar o nome dos seus pais da carteira de identidade!

Tirar o nome de seus pais da carteira de identidade? Se o estatuto for aprovado, é o que acontecerá!

Passamos o período das eleições. Agora quem ganhou, ganhou, quem perdeu, perdeu. Não existe choro nem vela. Se eu e você votamos corretamente, só o tempo dirá. Todo caso o que me preocupa não são as pessoas eleitas, mas o que elas vão fazer com o poder que nós – sociedade – demos a ela. Porém não quero falar aqui das eleições municipais, mas de um projeto que está rodando a nossa sociedade e se apresenta como um perigo para as nossas famílias: O estatuto da diversidade sexual. Mas o que é isso?

O estatuto da diversidade sexual é mais uma investida do movimento gayzista para implantar no Brasil uma espécie de ditadura totalitária gay. A proposta foi elaborada com contribuições de movimentos sociais e é endossada pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Os principais pontos de projeto são bastante polêmicos pois desejam mudar a estrutura de valores que consideramos fundamentais, entre eles a família. Veja quais são estes tópicos:

  • Acabar com a família tradicional – O conceito de família é pai, mãe e filhos. A ideia é acabar com este conceito e fazer com que as famílias possam ser constituídas de dois homens e duas mulheres e não necessariamente de duas mães ou dois pais;
  • Retirar os termos “pai” e “mãe” dos documentos – Uma vez que a pessoa possa ter dois “pais” ou duas “mães”, é melhor tirar o nome deles da carteira para não constranger a pessoa;
  • Acabar com as festas tradicionais das escolas (dia dos pais, das mães) – Para “não constranger” os que não fazem parte da família tradicional;
  • A partir de 14 anos, os adolescentes disporão de cirurgia de mudança de sexo custeada pelo SUS – Eu estou com um cirurgia marcada para tirar uma pinta pelo SUS faz um ano. Para isso eles não tem dinheiro, mas para um adolescente mudar de sexo eles vão ter…

Além disso, o estatuto abriria uma brecha para a tal ideologia de gênero. Se você não sabe o que é isso clique aqui para saber mais.

Outro aspecto bastante questionável é o fato deste estatuto prever uma cota de trabalho em organismos públicos para travestis e transsexuais. Ou seja, não adianta você estudar para passar em um concurso público, pois alguém com menos preparo poderá assumir sua vaga se ele (ou ela) se declarar travesti ou transsexual. Isso quem afirma não sou eu, mas Maria Berenice Dias, presidente da Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Veja um trecho de sua entrevista no site Athos GLS (não aconselho que acessem. apenas quis mostrar que a entrevista é real):

“Está prevista uma cota no mercado de trabalho para travestis e transexuais, na atividade pública. Nos presídios, deve haver um cuidado com o lugar onde essa população fica. Aqui no Rio Grande do Sul, travestis e transexuais ficam em celas separadas, mas ficam dentro de um presídio masculino, quando deveriam ficar no presídio feminino.”

Eu particularmente me pergunto sobre como seria um presídio que abrigasse mulheres e travestis, e um outro que abrigasse homens e lésbicas. Um tanto quanto estranho na minha opinião… Além do mais, se já existe uma cota para negros e agora tivermos também uma cota para gays, o que vai restar para o resto da população? Bom se você quiser saber o conteúdo deste estatuto, entre no blog do Carmadélio clicando aqui.

Hoje este estatuto já foi entregue a OAB e agora precisa de 1% de assinaturas do total de eleitores do país para ser levado a diante. Traduzindo: 1,4 milhões de assinaturas. Eles querem fazer com esta lei, o mesmo que foi feito com a Ficha Limpa (conseguir o número de assinaturas que permite ser entregue como um projeto de iniciativa popular). A bancada LGTB já está se mobilizando para isso e em 2013 eles devem trabalhar forte para conseguir estas assinaturas. Além disso, a lei conta com o apoio das ministras Marta Suplicy (Cultura) e Eleonora Menicucci (Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres).

Vale a pena ressaltar que a nível municipal, a ABGLT terá alguns aliados a mais: Entre as 155 candidaturas de representantes assumidamente homossexuais em 2012, cerca de 10% foram eleitas no país. Foram eleitos gays, lésbicas, transexuais e travestis para vereadores em diversas cidades brasileiras. Os campos da esquerda, com destaque para PT (Partido dos trabalhadores) e PSB (Partido Socialista Brasileiro), foram os partidos que mais apresentaram candidatos coloridos.

Acho que o povo cristão (e aqui incluo os católicos e protestantes) precisa começar a pensar em como fazer para que este estatuto medonho não seja aprovado, ou senão, preparar-se para tirar o nome da sua mãe e do seu pai da sua carteira de identidade… lamentavelmente!

Que Nossa Senhora proteja o Brasil!

Até o próximo post! Não se esqueça de clicar na imagem abaixo e votar!

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