O que é ideologia?

Hoje muito se fala sobre direita, esquerda, conservadorismo, progressismo, feminismo, racismo e tantos outros segmentos sociais e políticos. Antes que você se identifique a qualquer um deles, é importante você conhecer o que tem motivado tanta gente a se ligar tantos movimentos e pensamentos: a ideologia.

Na minha opinião, essa foi uma das mais perversas criações da humanidade (quem sabe até do demônio) para nos destruir. Depois do surgimento do termo ideologia, todo processo social, político e econômico pelo qual a humanidade passou jamais foi o mesmo. A cada dia que passa vemos mais pessoas agindo, de forma até irracional, em virtude de uma ou de outra ideologia. Como o assunto é complexo, obviamente não tenho que falar tudo de uma vez só. Estaria sendo leviano com você. Por isso esse é o primeiro de uma série de textos. Se você chegou a esse blog através desse texto, veja os outros posteriormente..

A origem do termo ideologia

Segundo Russel Kirk em seu livro “A política da Prudência” o termo ideologia foi criado por Antoine-Louis-Claude Destutt deTracy. Este foi o autor de Les Elements d’Idéologie (Os Elementos da Ideologia), Na época, Destutt de Tracy desejava uma grande reforma educacional fundamentada no que ele chamava de ciência das ideias.

Este primeiro ideólogo e seus discípulos, rejeitavam a religião e a metafísica e acreditavam que poderiam encontrar um sistema de leis naturais, que se obedecidos se transformariam no grande fundamento da harmonia e do contentamento universal. Para tornar esse pensamento mais claro ao leitor, eles acreditavam que a humanidade – e não Deus – é quem conseguiria resolver todos os problemas da sociedade. Segundo o ideólogo, Deus e qualquer outra entidade metafísica (ou seja, que não habitasse dentro do plano físico ao qual estamos submetidos), não teria poder algum sobre nós e que nós, seres humanos, é quem teríamos poderes para transformar a terra em um paraíso.

Acreditavam também que o conhecimento sistematizado, aperfeiçoaram a sociedade por meio de métodos éticos e educacionais, bem como de uma direção política bem organizada.

John Adams chamava a ideologia de “A Ciência dos Idiotas”, no entanto assim como nos tempos atuais, a postura do ideólogo virou uma espécie de “modinha” entre os intelectuais da época. No geral, segundo Kirk, os ideólogos eram inimigos da tradição, dos costumes, das convenções, dos usos e dos antigos estatutos.

No século XIX, uma figura muito incomum acabou tornando a ideologia um elemento ainda mais complexo de se tratar: Karl Marx. Inicialmente Marx aparece contestando conceitos dos próprios ideólogos ao dizer que uma ideia mais é do que a expressão de um interesse de classe, definidos em relação à produção econômica.

No entanto, ao questionar o conceito dos ideólogos, Marx cria para si, sua própria ideologia, para avançar com seus projetos revolucionários.

Mais adiante falarei mais sobre Karl Marx e os males que ele causou à sociedade moderna e contemporânea bem como as religiões de cunho cristão.

Por hora, é importante que tenhamos em mente que a ideologia se opõe a tudo aquilo que pode ser considerado metafísico. Além disso, como veremos mais adiante, a ideologia é uma luta para defender um ideal imaginário que muitas vezes não se sustenta por si mesmo, e que para que isso aconteça, o ideólogo esquece tudo que tem e que preza em prol do seu ideal. E isso é muito perigoso!

É bom estar de volta!

Dominus Vobiscum

Acabou a esperança?

espoir1

Gostaria de começar este texto com algumas perguntas: Você confia no ser humano? Você confia na humanidade? Você acredita que a humanidade pode construir uma sociedade perfeita? Será que o nosso futuro será melhor do que vivemos hoje?

Eu não sei você, mas para todas estas perguntas a minha resposta é uma só: Não.

Eu não confio nos seres humanos. Entendo que na nossa vida precisamos confiar em uma pessoa ou outra, mas se você observar direitinho, de uma forma geral, cada pessoa com seus dramas e problemas, pode nos deixar na mão em algum momento. Quantas vezes confiamos em pessoas que nos deixaram na mão? Quantas vezes eu deixei pessoas na mão? Não estou dizendo que todas as pessoas são ruins. Só estou dizendo que não confio nelas. A pessoa que é boa também pode fazer uma má escolha e até por falta de conhecimento ou ingenuidade, colocar àquilo que você espera ou deseja em risco. Seja por maldade, ou seja por uma má escolha, o ser humano pode destruir o que conquistamos. O livre arbítrio é muito bom, mas em contrapartida abre este leque: Por causa de um erro, uma má escolha ou por uma fraqueza a pessoa pode te decepcionar. E olha que até confio, mas não nas pessoas: Confio naquilo que Deus semeou de bom no coração de algumas pessoas que em certos casos se sobressaem.

Também não acredito que a humanidade possa construir uma sociedade perfeita. Se em uma família com cinco pessoas, muitas vezes não se chega a um consenso, quem dirá uma sociedade? Se em uma paróquia muitas vezes não chegamos a um ponto de unidade, quem dirá uma cidade? Quem dirá um país? É preciso pensar que cada pessoa tem um sonho, uma meta, um objetivo. Cada pessoa pensa de um jeito e age de um jeito. Mesmo que todos fossem cristãos, dificilmente se construiria uma sociedade perfeita. Se isso fosse realmente possível, pelo menos uma congregação ou comunidade religiosa seria perfeita. Mas não é…

Nem mesmo as comunidades e congregações mais radicais, mais santas são perfeitas. Pessoas vivem juntas, trabalham juntas, convivem juntas, tem o mesmo ideal e ainda assim não acontece a perfeição.

Além do mais, se pensarmos que a Bíblia fala do Apocalipse como um tempo difícil e complicado para a humanidade, qual a lógica da sociedade melhorar? Sinceramente, eu não acredito que haverá melhora…

Caminhamos para um futuro onde as ideologias estão tomando conta de todos os povos. Como já disse uma vez, a ideologia é uma crença do homem em um mundo perfeito, que para alcançá-lo é necessário destruir tudo que já existe. Portanto não vejo sentido em pensar em um mundo melhor, quando a tônica do debate é a destruição. E ai vem a pergunta: Não temos esperança? Não há vale a pena confiar em ninguém? O que fazer? Chamamos ou não o Chapolim Colorado?

Bom, se você chegou até aqui e teve paciência de ler este texto, você deve estar pensando que eu sou mais um pessimista no mundo, um profeta do Apocalipse ou alguém revoltado com algo. Não caríssimos. Eu tenho esperança…

Diz um adágio popular que quando o vento muda de direção, o pessimista desiste de velejar. O otimista reza esperando que ele volte a ser como antes. Já o realista ajusta as velas. Eu não me considero um pessimista e muito menos otimista. Eu sou um realista que tem sim esperança.

Sim caríssimos existe uma esperança e esta esperança tem nome: Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo. É Nele que eu ponho a minha esperança. É Nele que eu ponho a minha fé. Eu já pus minha confiança em pessoas e me decepcionei. Já esperei de instituições políticas e nenhuma resolveu. A minha fé está no Senhor e na sua Igreja Católica Apostólica Romana, que com seus ensinamentos nos mostram o caminho a seguir. Foi sobre ela que Cristo profetizou dizendo que as portas do inferno jamais prevaleceriam sobre ela.

Com isso não estou dizendo que será fácil, ou que quem estiver na Igreja de Cristo terá uma vida mais fácil. Todos nós passaremos por duros momentos. Mas, quem estiver dentro da Barca de Cristo, terá o fardo aliviado e encontrará consolo em suas promessas, até por que, todas as suas promessas se cumprem.

Tem muita gente que se diz católico, que na hora do “pega pra capar” deixa de lado o que a Igreja ensina para colocar sua confiança em pessoas, sejam elas sacerdotes, formadores de opinião, artistas e até políticos cafajestes que são bons de bico, mas que são mais sujos do que pau de galinheiro. É que das duas uma: Ou este cidadão ainda não entendeu que em se tratando de pessoas de carne e osso, nós confiamos desconfiando, ou esta pessoa no fundo ainda não conhece Àquele que nos salva e liberta. Ela pode estar há anos na Igreja, mas não conhece Nosso Senhor Jesus Cristo.

Agora pergunto a você: Em quem você deposita sua esperança?

Dominus Vobiscum

Política para os católicos: A diferença entre o político, o politiqueiro e o revolucionário

Interromper.Conversa

Política é a arte de administrar conflitos. Para mim, esta é a definição mais completa e mais sucinta sobre o tema. Estava pensando nisso quando resolvi escrever sobre três perfis de pessoas que estão mais perto de nós do que pensamos e as vezes nem nos damos conta: A pessoa política, o politiqueiro e o revolucionário. Antes de mais nada, é possível que você não se enquadre em nenhum destes perfis, por não ser assim tão predisposto(a) a política ou ao debate, mas observe que como fazemos política em todos os lugares, dificilmente não nos enquadraremos em um destes tipos. E por que falar disso em um blog católico? Por que estes três tipos também estão dentro das nossas paróquias e comunidades. Leia…

Uma pessoa política, não é aquela que “bajula” os outros. Não é o famoso “puxa-saco” – Também conhecido como “xeleléu” ou “babão”. Em um sentido mais subjetivo, podemos afirmar que uma pessoa política significa, também, ter a sabedoria – e talvez a astúcia – para lidar com situações ou pessoas que nem sempre nos são agradáveis, usando a solidez do diálogo e a força do argumento para resolver possíveis conflitos em questão. Entenda que por razão de falarmos de conceitos, uma pessoa política ao portar estas habilidades, pode ser boa ou não. Mas, ainda que está pessoa use seus dons e conhecimentos para interesses pessoais ou escusos, não se pode dizer que ela não é uma pessoa política. Se a pessoa tem essas características e as usa para o bem comum ou para defender aquilo que é justo, correto, louvável, ético e valoroso, esta pessoa é uma boa pessoa política ou um “político do bem”. Caso ela use isso para o seu benefício próprio, ela é uma má pessoa política ou seja, uma espécie de Darth Vader (do lado negro da força).

Se você olhar por esta ótica, vai ver que existem verdadeiros políticos perto de você. Sim eles estão ao seu redor e talvez até você mesmo seja um político e não se deu conta. Quando existe aquela reunião de paróquia onde as pessoas discutem, os ânimos se arrefecem e do nada aparece alguém que com o diálogo e fortes argumentos, consegue expor suas ideias e conseguir um consenso, ou ao menos apoio de parte do grupo, respeitando as regras do diálogo e do debate, eis ai uma pessoa política.

Resumindo: A pessoa política é aquela que tem capacidade de falar, ouvir, argumentar de forma racional e lógica suas ideias, explicando o que pensa, de forma clara para todos os presentes, respeitando o senso ético de um debate de ideias. Uma pessoa política sabe que pode vencer ou perder.

Ao nosso redor existem muitas pessoas com este dom. Sim amigos, política é um dom. Até por que, administrar conflitos não é para qualquer um. Defender ideias, leis, valores, rumos, caminhos e metas não é para todo mundo.

Por outro lado existe o politiqueiro, mas deste eu não vou falar muito, até por que, este é um sujeito que onde quer que esteja, infelizmente acaba sofrendo por si só. Logo é descoberto e se destrói sozinho no meio do caminho. O politiqueiro é o sujeito que vive de orelha em pé, atento para bajular aquele que tem mais poder, a fim de sobreviver em meio ao caos. Ele é o cidadão que se esgueira pelos cantos, como um ratinho de esgoto. Como não tem força de argumento e foge do diálogo e do debate de ideias, vive da bajulação e da promoção alheia. Este é o mais vil dos elementos que encontramos na política.

Mas o perfil mais preocupante é o famoso “revolucionário”. Este sim é complicado. Mas por que?

A princípio alguém poderia dizer: Mas é bom uma revolução de vez em quando. Precisamos renovar. E para isso o revolucionário é perfeito! Poderia ser mas não é.

O revolucionário é alguém de certo modo atua na política, mas passa longe de ser uma pessoa política, e por uma simples razão: O revolucionário não ouve, não debate e não pondera. O revolucionário só fala, só argumenta e impõe a ferro e fogo as suas ideias. O revolucionário tem esse nome, por que não respeita as regras do debate. Não respeita a pessoa com quem ele debate. O revolucionário se estabelece de um jeito ou de outro, seja na força, seja na voz… É o famoso criador de panelinhas. Como seu argumento é fraco, ele precisa de um grupo para lhe encorajar. Ele não une, mas prega a divisão de grupos, pessoas e classes. E como seu argumento é fraco, em geral é o que mais grita, como se fosse possível impor uma ideia pelo seu volume vocal.

Uma outra característica do revolucionário: Suas propostas em geral visam uma ruptura dura e seca com o que vivemos. Para ele nada do que vivemos, do que foi definido por uma hierarquia está certo. Tudo tem que ser desobedecido, tudo tem que ser diferente e enquanto não for, não está bom. Só ele sabe o que dá certo. Ninguém sabe mais que ele. O revolucionário defende um futuro que para acontecer necessita da destruição do presente. Explico…

O revolucionário sonha com o mundo do jeito dele. Mas para que isso aconteça, ele não mede esforços para realizar o que deseja, não tem princípios éticos e morais e não se preocupa com nada e nem ninguém. O negócio do revolucionário é “fazer a jiripoca piar” custe o que custar. Para o revolucionário, é possível fazer algo errado, desde que o final seja bom. Ela passa por cima de valores, de pessoas, de sentimentos… Nada disso para ele importa desde que aconteça como ele sempre quis. Ou seja: É o famoso “mimadinho da mamãe” que virou “rebelde sem causa”.

Não precisamos ir muito longe para identificar os políticos bons, os políticos ruins, os politiqueiros e os revolucionários. Olhe para sua paróquia, seu trabalho, sua família e seus amigos. Mas sobretudo olhe para você mesmo. Veja como se dão as relações entre as pessoas e como os interesses pessoais são resolvidos. Você perceberá que este tipo de coisa não acontece apenas no Congresso Nacional ou na Câmara. Acontece ai pertinho de você.

Dominus Vobiscum

Católicos na Política: Uma necessidade dos tempos em que vivemos

DSC_0091-704x400

O homem é um animal político. Assim dizia Aristóteles no seu célebre livro intitulado “Política”. Já Santo Agostinho dizia em seu livro Confissões:

Tu mesmo que incitas ao deleite no teu louvor, porque nos fizeste para ti, e nosso coração está inquieto enquanto não encontrar em ti descanso. (Santo Agostinho)

Ora, se o homem é um ser político e ao mesmo tempo um ser religioso (pois a busca de Deus é a única que pode aquietar o nosso coração), como pode a política não se misturar com a religião no nosso dia a dia, se dentro de nós estes dois atos (o religioso e o político) se revelam necessidades do ser humano enquanto ser diferenciado dos demais seres da terra?

Infelizmente quando se fala em política, a primeira coisa que nos vem em mente é a trágica política partidária que se faz no Brasil (que de partidária não tem absolutamente nada, haja vista que quase nenhum político da nossa nação defende partidos, mas seus próprios interesses). No entanto a política é mais que isso. Muito mais…

Quando lutamos para que uma rua seja asfaltada, ou reivindicamos por mais segurança em nosso bairro, ou ainda quando realizamos um abaixo-assinado para a criação de um posto de saúde mais próximo, também fazemos política. Naquela famosa reunião de condomínio, quando lutamos pelos interesses comuns e os da nossa família, fazemos política. Ou seja, a política é muito mais do que a nojenta briga político partidária que existe por ai. É muito mais do que corrupção, mensalão, petrolão e roubalheira do dinheiro público. É mais do que estes cretinos sem caráter que vivem as custas do nosso dinheiro.

E justamente por que vemos tantas atrocidades na política atual, é que muitos de nós desejam ardentemente se afastar da política, criando uma ojeriza até da palavra “política”. Um dia eu também já fui assim…

Desde os meus 15 anos participo das coisas da Igreja. Já fui de grupo de jovens, RCC, fui missionário da Canção Nova, participei de pastorais e ministérios diversos… E nessa história, já se vão 25 anos. Uma vida de dedicação as coisas de Deus.

E em boa parte deste período, sempre fui contra qualquer tipo de mistura entre fé e política. Nunca admiti que isso pudesse acontecer, e nunca acreditei que um político pudesse ser católico verdadeiro, ou que um católico verdadeiro pudesse se tornar político e continuar sendo católico. Na verdade para mim a política era uma coisa meio que demoníaca. E sinceramente, vi muita coisa ruim dentro da política que me fazia acreditar que isso era verdade. Quando via algo deste tipo na política, meu pensamento era: Política é coisa do capeta! Deus que me livre disso!

Ao longo da minha vida, vi políticos interesseiros se aproximarem da Igreja querendo votos doando migalhas aos padres… Sumiam depois das eleições. Vi políticos doarem faixas, barracas para quermesse, folhas de canto para missas, cartazes… Desde que tivesse seu nome lá: impresso e em destaque. Vi pessoas se oferecerem para fazer leitura na missa em época de eleição no intuito de se mostrar como candidato. Depois da eleição nem passava na porta da igreja. Vi cada coisa…

Vi pessoas que se diziam extremamente corretas se candidatarem, ganharem a eleição com o voto de católicos e mudarem, defendendo aspectos contrários a nossa fé. Vi católicos aparecendo em escândalos políticos… Infelizmente vi tudo isso. Cheguei a pensar que diante do poder e do dinheiro cada pessoa tem seu preço e ninguém seria tão santo assim a ponto de recusar o poder.

E cada vez que via essas coisas, mais me afastava da política. Mais tinha medo de me aproximar e cair na mesmice dos facínoras que via, e mais tinha raiva desta coisa que para mim era medonha e nociva. Para mim, um católico na política era o mesmo que uma ovelha gorda, jovem, tenra e inocente no meio de uma alcateia pronta para o abate em questão de segundos. Pobre ovelha…

Porém houve um dia em que rezando diante de Jesus Sacramentado depois de ver um certo episódio com um certo político, o Senhor tocou neste assunto comigo. É complicado explicar estas coisas místicas. Mas creio que só Deus para me fazer mudar de opinião com relação a este assunto, sobretudo depois do que tinha acontecido. Diante de Jesus, comecei a pensar sobre como um bom político poderia fazer a diferença para as pessoas. Não sei explicar com palavras, mas me vinham imagens a mente de possibilidades positivas onde um bom político poderia ajudar pessoas. Aquilo mexeu comigo. Senti que Deus me levava a rezar para que despertassem no país católicos políticos. Não quero ser político (Deus me livre). Mas partir deste dia, passei a pedir a Deus por isso. E sempre pedia (e peço até hoje) por políticos incorruptíveis, pois para mim esta é a nossa necessidade nesses tempos difíceis. Passei a pedir a Deus por políticos que amassem a Deus sobre todas as coisas e não a partidos. Passei a rezar por políticos que tenham Deus no coração e não se abram a ideologias ou ideias que são contrárias a nossa fé. Resumindo: Passei a pedir por santos na política. Se nosso Deus é o Deus do impossível, por que ele não poderia fazer nascer uma geração de santos para atuar onde vivem os lobos? Se Deus estiver no controle quem sabe as ovelhas doces e tenras não podem dar um “hadouken” nos lobinhos do mal? Até na política eu ponho minha fé em Deus e não nos homens…

Hoje eu tenho a clareza que nenhuma ideologia (partidária ou revolucionária) possa retirar nosso país do estágio no qual se encontra. Apenas Deus.

Ele é a nossa força e a nossa esperança. É Nele que cremos e confiamos. Todos os homens que se arvoraram em salvadores da pátria fracassaram. Sucumbiram diante do mal, da corrupção e do pecado. É óbvio que existem ideologias totalmente e declaradamente contrárias a fé católica que precisam ser rechaçadas. Mas toda ideologia é risco, sobretudo àquelas que se escondem hoje, para serem mais perversas no futuro. Porém homem algum pode nos salvar. Só Jesus salva!

E tenho outra certeza neste mundo: Política e religião precisam se misturar e a fé que temos precisa reger nossos atos políticos. Somente quando os católicos (desses que realmente querem ser santos) se envolverem com este assunto e adentrarem neste campo, o Brasil mudará. Não por eles, mas pelo Cristo que habita dentro deles. Hoje mais do que nunca, o católico é chamado a trazer sua fé para a sociedade, defendendo seus valores e transformando a sociedade em que vivemos aos moldes do evangelho. O Brasil é sim um país laico, mas a maioria do seu povo é católico, e no dia em que o católico entrar na política levantando a bandeira do evangelho, a coisa muda.

Hoje eu não vejo um católico na política como uma ovelha no meio de lobos famintos. Eu vejo um católico na política como uma cruz iluminada que demarca um território que é nosso, afastando as trevas de nós.

Oremos,

Dominus Vobiscum

Esta é a posição oficial do Dominus Vobiscum: Estamos com o Aécio e #ForaPT

aecio_neves

Sabemos que o único Salvador da humanidade é Jesus Cristo. Mas acreditamos que Aécio Neves pode nos libertar do ardiloso plano de tornar o Brasil um país socialista. A hora é agora!

Nosso blog nunca foi de ficar em cima do muro. Entendemos que a fé católica não comporta políticas como a do Partido dos Trabalhadores. Acompanhamos sobretudo nestes quatro anos o PT e suas atitudes que vão em direção contrária àquilo que fere a Fé Católica. Embora a CNBB como entidade maior dos católicos não se posicione oficialmente (apesar de um documento recente onde convida os católicos a não votarem no PT, feita por parte de seus integrantes da Regional Sul), eu não me omitirei e darei a você o meu recado: Neste segundo turno seremos Aécio Neves e o nosso voto é 45. Ouça nosso podcast!

Aproveito para convocar todos os blogueiros católicos, comunicadores católicos, padres, seminaristas, músicos, coordenadores de Grupo de Oração, a publicarem um áudio ou vídeo para defender esta posição. Agora é o momento que não podemos nos omitir. Por mais que sejamos católicos, dentro da sociedade civil somos cidadãos, com direito a liberdade de expressão.

“Os lugares mais quentes do inferno são destinados aos que, em tempos de grandes crises, mantêm-se neutros”.
(Dante Alighieri)

“O silêncio dos covardes um dia se volta contra eles mesmos! A complacência de hoje é paga com o sangue de amanhã. “Tudo que é necessário para o triunfo do mal é que as pessoas de bem nada façam”
(Edmund Burke)

Eleições: CNBB oferece dicas importantes para os eleitores católicos!

1d77059d0d8adeb2ceccdbc07bdc73c2_XL

O site Zenit.org publicou um artigo que para mim é bastante interessante. Segundo ele a Regional Leste 1 da CNBB publicou um folder com 10 dicas para essas eleições, intitulado “Vote certo. Vote bem. Somos responsáveis pelo futuro do nosso país”. Eu achei as indicações bastante pertinentes. Analisando-as, percebi que são coerentes com a fé católica e com tudo aquilo pelo que temos lutado e divulgado aqui no blog quanto a fé e política. Óbvio que a CNBB neste folder não se mostra abertamente contra nenhum partido. Mas é aquela história: Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça. Diante da “cristianofobia” que vivemos hoje, sabedoria, prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.

Na minha opinião pessoal, se a CNBB deu uma baita bola fora emitindo há uns meses atrás um documento pedindo uma reforma política urgente (que corroborava com os desejos petistas de usurpar o poder no Brasil), mas desta vez, preciso reconhecer que o artigo foi bastante feliz. Se me permitem uma pequena crítica, penso que as dicas poderiam ser melhor arranjadas quanto a sua ordem. Mas ainda assim penso que são válidas. Abaixo, mostro na íntegra os pontos levantados pela Conferência dos Bispos do Brasil – Regional Leste 1 (os grifos são meus):

Publicamos abaixo essas recomendações para os eleitores nas eleições de outubro de 2014:

1- Votar é um exercício importante de cidadania; por isso, não deixe de participar das eleições. Seu voto contribui para definir a vida política de nosso país.

2- Verifique se os candidatos estão comprometidos com a superação da pobreza, com a educação, saúde, moradia, saneamento básico, respeito à vida e ao meio ambiente.

3- Veja se seus candidatos estão comprometidos com a justiça, segurança, combate à violência, dignidade da pessoa, respeito pleno pela vida humana desde a sua concepção até a morte natural.

4- Observe se os candidatos representam o interesse apenas de seu grupo ou partido e se pretendem promover políticas que beneficiam a todos. O bom governante governa para todos.

5- Dê o seu voto apenas a candidatos com “ficha limpa”. O homem público deve ter honestidade (idoneidade moral).

6- Fique atento à prática de corrupção eleitoral, ao abuso de poder econômico, à compra de votos. Voto não é mercadoria.

7- Procure conhecer os candidatos, sua conduta, suas ideias e seus partidos. Voto não é troca de favores.

8- Vote em candidatos que respeitem a liberdade religiosa e de consciência, garantindo o ensino religioso confessional e plural.

9- Escolha candidatos que promovam e defendam a família, segundo sua identidade natural conforme o plano de Deus.

10 – Acompanhe os políticos depois das eleições, para cobrar deles o cumprimento das promessas de campanha e apoiar suas ações políticas e administrativas.

Quem acessa meu blog, meu facebook e meu twitter sabe que eu há muito tempo tenho advertido os meus leitores para o perigo do socialismo a frente do nosso país. Eu digo e reafirmo: O Brasileiro continua arriscando muito em deixar os petistas a frente do nosso país, e podemos pagar caro por isso um dia. Porém eu sei que o grande problema do Brasil não é político apenas: É também um problema moral, haja vista que políticos honestos e comprometidos com os valores que trazemos são “moscas brancas”. Mas não podemos desanimar! Para que este quadro mude, é preciso pesquisar muito e votar certo!

Este ano eu estou bastante esperançoso de que o nosso povo finalmente mude o quadro e comece a virar esta mesa. Será bom para a nossa fé, as nossas famílias, as nossas crianças e para a sociedade de um modo geral. Parabenizo a CNBB por este documento e peço que continuem seguindo a linha da defesa da vida, das famílias, da liberdade religiosa e de uma sociedade mais digna. Porém tudo depende do brasileiro aprender a votar corretamente. E para isso, toda ajuda é muito válida!

Pax Domini

Blog Dominus Vobiscum apoia o Voto Distrital. Saiba o que é isso!

adesivo-evd1

O blog Dominus Vobiscum depois de um daqueles recessos tradicionais, resolveu voltar a ativa e desta vez falando sobre política. Sim, o tema é bastante pertinente e envolve também a nossa fé, pois se queremos uma sociedade que se baseia em valores cristãos, devemos também atuar no campo político. Pelo menos é o que diz o Papa:

Envolver-se na política é uma obrigação para um cristão que não pode ser fazer de Pilatos: Lavar as mãos. Devemos implicar-nos na política, porque a política é uma das formas mais elevadas da caridade, visto que procura o bem comum… Os leigos cristãos devem trabalhar na política. Dir-me-ão: não é fácil. Mas também não o é tornar-se padre. A política é demasiado suja, mas é suja porque os cristãos não se implicaram com o espírito evangélico. É fácil atirar culpas… mas eu, que faço? Trabalhar para o bem comum é dever de cristão. (Papa Francisco)

Por isso como não podemos viver apenas de críticas quero propor aos amigos católicos que visitam este blog uma opção de mudança que no meu entender é muito viável: O Voto distrital. Mas o que seria isso exatamente?

O voto distrital é um sistema em que cada membro do parlamento (deputado) é eleito individualmente nos limites geográficos de um distrito pela maioria dos votos (simples ou absoluta). Para que isso aconteça, o país é dividido em determinado número de distritos eleitorais, normalmente com população semelhante entre si, cada qual elegendo um dos políticos que comporão o parlamento. Ou seja, se por exemplo a Baixada Santista fosse um distrito eleitoral, cada partido disponibilizaria um candidato e ao invés de você ficar indeciso entre milhares de candidatos, o número cairia para poucos e assim você poderia pesquisar melhor sobre as suas propostas e seus projetos.

Hoje no Brasil, o voto é proporcional. Se um candidato é muito bem votado ele leva pelo menos uns dois políticos de seu partido com ele. Todos se lembram do Tiririca que foi mega votado. Com os votos do palhaço, foram para o poder (Otoniel Lima, do PRB, Delegado Protógenes, do PCdoB e Vanderlei Siraque, do PT). Com o voto distrital essa “palhaçada” literalmente acaba. Ganha o mais votado no distrito e ponto final.

No Brasil democrático, o sistema distrital não teve defensores significativos até 1993. O projeto que defendia a adoção do sistema foi derrotado ainda na fase das subcomissões na constituinte de 1988 (porque será não é mesmo?)

Atualmente, contudo, há um movimento civil apoiado por diversos setores da sociedade e meios de comunicação que defendem o Voto Distrital como uma medida para incentivar e aperfeiçoar a participação política no país.

Mas qual seria a vantagem do Voto Distrital?

1. Fortalecimento do elo entre representante e representado

Um sistema em que cada parlamentar representa um conjunto fixo de cidadãos encoraja uma conexão forte entre o deputado e quem o elegeu. Esse sistema fortalece a responsabilização e a prestação de contas do representante.

O número reduzido de candidatos nesse sistema eleitoral (uma vez que se vota por distrito, cada partido apresenta apenas um candidato e não uma “lista”) permite um escrutínio cuidadoso deles por parte do eleitor. Isso facilita a familiarização do eleitor com os candidatos e fortalece a conexão entre eles. Ao fim da eleição, os cidadãos do distrito são representados por uma única pessoa, e, da mesma forma, têm facilidade em acompanhar a atuação dela como parlamentar. Isso aumenta a fiscalização e a cobrança sobre os representantes eleitos, o que os obriga a adequar seu voto parlamentar às demandas do eleitorado.

2. Fiscalização da Oposição

O sistema distrital permite que, ao votar num candidato, o eleitor esteja votando não apenas a favor dele, mas também contra um outro candidato. Se o parlamentar em exercício tiver atuação incompetente ou antiética, na próxima eleição o eleitor insatisfeito tem um candidato de oposição em quem votar, para tirar o mau parlamentar do poder. Por conta disso, o candidato de oposição em busca de votos é incentivado a expor aos eleitores as más ações do parlamentar com quem compete. Dessa forma, o voto distrital inibe a corrupção, por incentivar sua exposição e ampliar as consequências desfavoráveis que ela traz ao parlamentar corrupto.

3. Desfavorecimento de correntes radicais e grupos de interesse

Outra característica considerada vantajosa é cada deputado ter de ser votado por uma maioria dos eleitores; dessa forma o sistema favorece candidatos que defendam interesses gerais da população, enquanto desfavorece o extremismo ideológico, que dificilmente obtém apoio majoritário. Se o voto distrital fosse válido no Brasil, o Deputado Jean Willis não teria sido eleito, pois ele foi puxado pelos números de outro candidato, o deputado Chico Alencar do PSOL (veja na ficha dele).

Ao mesmo tempo, o voto distrital desfavorece grupos de interesse organizados, que são geralmente minoritários (categorias profissionais, setores econômicos, grupos religiosos, minorias políticas), que seriam favorecidos pelo voto proporcional. Há, em vez disso, favorecimento à maioria não-mobilizada do eleitorado. A experiência mostra que o voto distrital também estimula a formação de maiorias parlamentares, o que favorece a governabilidade e, em teoria, a estabilidade – embora um parlamento cuja maioria absoluta pertença a apenas um partido seja mais capaz de propor reformas abruptas e radicais.

4. Memória Eleitoral

O sistema eleitoral proporcional, pela própria natureza complexa da sua distribuição de votos (privilegiando a formação de bases partidárias em detrimento da contagem absoluta de votos pessoais), tende a dificultar o acompanhamento do resultado das eleições. Desta maneira, os eleitores raramente sabem efetivamente para quais candidatos o seu voto é computado e quem foram os eleitos. Em pesquisa recente sobre o comportamento eleitoral dos brasileiros revelou-se que 71% dos eleitores esqueceram em quem votaram para deputado federal quatro anos antes e outros 3% citam nomes inexistentes.

Ainda segundo a pesquisa, essa amnésia eleitoral tem início pouco tempo após as eleições: passados dois meses, 28% já não se recordam de seu candidato a deputado federal, e 30%, em quem votaram para deputado estadual.

Nesse sistema há um número menor de candidatos por distrito, o eleitor é capaz de fazer uma avaliação mais precisa dos perfis e propostas de cada um. Segundo o cientista político Alberto Carlos Almeida, “mais importante do que isto: O candidato eleito mantém um contato permanente com o distrito. O que faz com que seus eleitores lembrem dele. Em geral, o candidato derrotado ou o oposicionista do distrito também precisa ter um contato frequente, o que ajuda a lembrar o seu nome.”

5. Redução dos Custos de Campanha

As campanhas eleitorais são realizadas exclusivamente dentro do distrito. Considerando-se que os distritos têm áreas com menor extensão e população se comparadas às circunscrições eleitorais delimitadas por sistemas proporcionais, o sistema majoritário elimina a necessidade de os candidatos viajarem através de todo o estado (em caso de uma aplicação em nível federal) em busca de votos. Com a campanha concentrada apenas em um distrito, todo custo da campanha diminui. Campanhas mais baratas abrem espaço para candidatos com menos recursos financeiros. Assim, um líder comunitário, por exemplo, pode mobilizar seu distrito para a campanha, com chances reais de vitória. Ademais, campanhas menos dispendiosas reduzem significativamente a influência de corporações e grupos de interesse no processo eleitoral.

Existe uma campanha acontecendo neste momento para esclarecer as pessoas sobre o que é o voto distrital e para colher assinaturas para defender esta ideia. Fica a dica: Conheça, assine e compartilhe. O blog Dominus Vobiscum apoia esta campanha!

“No mundo atual, o homem é visto apenas como um ser biológico”, alerta o Santo Padre!

O Papa Bento XVI disse que o homem de hoje é considerado apenas em chave biológica, como se fosse um mero “capital humano” ou “recurso” de uma “engrenagem produtiva ou financeira” devido à indiferença à relação mais importante do ser humano: a relação com Deus. Assim indicou o Santo Padre esta manhã em seu discurso aos participantes da assembléia plenária do Pontifício Conselho Justiça e Paz.

“Embora a defesa dos direitos tenha feito grandes progressos em nosso tempo, a cultura de hoje, caracterizada, entre outros, por um individualismo utilitarista e um economicismo tecnocrático, tende a desvalorizar a pessoa .

Isto vem concebido como um ser ‘fluído’, sem consistência permanente. Apesar de estar imerso em uma rede infinita de relações e de comunicações, o homem de hoje paradoxalmente parece sempre um ser isolado, porque indiferente a respeito da relação constitutiva do seu ser, que é a raiz de todos os outros relacionamentos, a relação com Deus.

O homem de hoje é considerado chave predominantemente biológica ou como ‘capital humano’, ‘recurso’, parte de um sistema produtivo e financeiro que o domina.

Se, por um lado, continua-se a proclamar a dignidade da pessoa humana, por outro, novas ideologias – como aquela hedonística e egoísta dos direitos sexuais e reprodutivos ou aquela de um capitalismo financeiro desregulado que prevalece na política e desconstrói a economia real – contribuem para considerar o trabalhador e o seu trabalho como bens ‘menores’ e a minar os fundamentos naturais da sociedade, especialmente a família”.

“Na realidade, o ser humano, constitutivamente transcendente a respeito dos outros seres e bens terrenos, tem uma liderança real que o coloca como responsável de si mesmo e da criação. Concretamente, pelo Cristianismo, o trabalho é um bem fundamental para o homem em vista de sua personalização, da sua socialização, da formação de uma família, a contribuição para o bem comum e para a paz”.

“Por isso mesmo, o objetivo do acesso ao trabalho para todos é sempre prioritário, também nos períodos de recessão econômica”, acrescentou.

“A partir de uma nova evangelização da sociedade pode derivar um novo humanismo e um renovado empenho cultural e projetivo. Essa ajuda a destronar os ídolos modernos, para substituir o individualismo, o consumismo materialista e a tecnocracia, com a cultura da fraternidade e da gratuidade, do amor solidário.

Jesus Cristo resumiu e cumpriu os preceitos de um novo mandamento: ‘Como eu vos amei, assim amais também vós uns aos outros’; aqui está o segredo de cada vida social plenamente humana e pacífica, e da renovação da política e das instituições nacionais e mundiais. O beato Papa João XXIII motivou o empenho para a construção de uma comunidade mundial, com uma correspondente autoridade, movendo-se pelo amor, e precisamente o amor para o bem comum da família humana.

Assim lemos na Pacem in terris: ‘Existe uma relação entre os conteúdos históricos do bem comum de um lado e a configuração dos Poderes públicos de outro. A ordem moral, isso é, como exige a autoridade pública na convivência para a implementação do bem comum, por consequência exige também que a autoridade para tal campo seja eficiente’.

A Igreja certamente não tem a tarefa de sugerir, do ponto de vista jurídico e político, a configuração concreta de uma tal ordem internacional, mas oferece a quem tem a responsabilidade por esses princípios de reflexão, critérios de julgamento e orientações práticas que possam garantir o quadro antropológico e ético em torno do bem comum.

Na reflexão, no entanto, há de se ter em mente que não se deve imaginar um superpoder, concentrado nas mãos de poucos, que dominaria sobre todos os povos,  tirando proveito dos mais fracos, mas que toda autoridade deve ser entendida, antes de tudo, como força moral, faculdade de influir segundo a razão, isso é, como autoridade de propriedade, limitada por competência e pelo direito.

Siga-nos e fique por dentro das novidades:
  

Vem ai o Estatuto da diversidade sexual.Prepare-se para tirar o nome dos seus pais da carteira de identidade!

Tirar o nome de seus pais da carteira de identidade? Se o estatuto for aprovado, é o que acontecerá!

Passamos o período das eleições. Agora quem ganhou, ganhou, quem perdeu, perdeu. Não existe choro nem vela. Se eu e você votamos corretamente, só o tempo dirá. Todo caso o que me preocupa não são as pessoas eleitas, mas o que elas vão fazer com o poder que nós – sociedade – demos a ela. Porém não quero falar aqui das eleições municipais, mas de um projeto que está rodando a nossa sociedade e se apresenta como um perigo para as nossas famílias: O estatuto da diversidade sexual. Mas o que é isso?

O estatuto da diversidade sexual é mais uma investida do movimento gayzista para implantar no Brasil uma espécie de ditadura totalitária gay. A proposta foi elaborada com contribuições de movimentos sociais e é endossada pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Os principais pontos de projeto são bastante polêmicos pois desejam mudar a estrutura de valores que consideramos fundamentais, entre eles a família. Veja quais são estes tópicos:

  • Acabar com a família tradicional – O conceito de família é pai, mãe e filhos. A ideia é acabar com este conceito e fazer com que as famílias possam ser constituídas de dois homens e duas mulheres e não necessariamente de duas mães ou dois pais;
  • Retirar os termos “pai” e “mãe” dos documentos – Uma vez que a pessoa possa ter dois “pais” ou duas “mães”, é melhor tirar o nome deles da carteira para não constranger a pessoa;
  • Acabar com as festas tradicionais das escolas (dia dos pais, das mães) – Para “não constranger” os que não fazem parte da família tradicional;
  • A partir de 14 anos, os adolescentes disporão de cirurgia de mudança de sexo custeada pelo SUS – Eu estou com um cirurgia marcada para tirar uma pinta pelo SUS faz um ano. Para isso eles não tem dinheiro, mas para um adolescente mudar de sexo eles vão ter…

Além disso, o estatuto abriria uma brecha para a tal ideologia de gênero. Se você não sabe o que é isso clique aqui para saber mais.

Outro aspecto bastante questionável é o fato deste estatuto prever uma cota de trabalho em organismos públicos para travestis e transsexuais. Ou seja, não adianta você estudar para passar em um concurso público, pois alguém com menos preparo poderá assumir sua vaga se ele (ou ela) se declarar travesti ou transsexual. Isso quem afirma não sou eu, mas Maria Berenice Dias, presidente da Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Veja um trecho de sua entrevista no site Athos GLS (não aconselho que acessem. apenas quis mostrar que a entrevista é real):

“Está prevista uma cota no mercado de trabalho para travestis e transexuais, na atividade pública. Nos presídios, deve haver um cuidado com o lugar onde essa população fica. Aqui no Rio Grande do Sul, travestis e transexuais ficam em celas separadas, mas ficam dentro de um presídio masculino, quando deveriam ficar no presídio feminino.”

Eu particularmente me pergunto sobre como seria um presídio que abrigasse mulheres e travestis, e um outro que abrigasse homens e lésbicas. Um tanto quanto estranho na minha opinião… Além do mais, se já existe uma cota para negros e agora tivermos também uma cota para gays, o que vai restar para o resto da população? Bom se você quiser saber o conteúdo deste estatuto, entre no blog do Carmadélio clicando aqui.

Hoje este estatuto já foi entregue a OAB e agora precisa de 1% de assinaturas do total de eleitores do país para ser levado a diante. Traduzindo: 1,4 milhões de assinaturas. Eles querem fazer com esta lei, o mesmo que foi feito com a Ficha Limpa (conseguir o número de assinaturas que permite ser entregue como um projeto de iniciativa popular). A bancada LGTB já está se mobilizando para isso e em 2013 eles devem trabalhar forte para conseguir estas assinaturas. Além disso, a lei conta com o apoio das ministras Marta Suplicy (Cultura) e Eleonora Menicucci (Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres).

Vale a pena ressaltar que a nível municipal, a ABGLT terá alguns aliados a mais: Entre as 155 candidaturas de representantes assumidamente homossexuais em 2012, cerca de 10% foram eleitas no país. Foram eleitos gays, lésbicas, transexuais e travestis para vereadores em diversas cidades brasileiras. Os campos da esquerda, com destaque para PT (Partido dos trabalhadores) e PSB (Partido Socialista Brasileiro), foram os partidos que mais apresentaram candidatos coloridos.

Acho que o povo cristão (e aqui incluo os católicos e protestantes) precisa começar a pensar em como fazer para que este estatuto medonho não seja aprovado, ou senão, preparar-se para tirar o nome da sua mãe e do seu pai da sua carteira de identidade… lamentavelmente!

Que Nossa Senhora proteja o Brasil!

Até o próximo post! Não se esqueça de clicar na imagem abaixo e votar!

Siga-nos e fique por dentro das novidades: