Capítulo 19 – Da maneira de salmodiar
1. Cremos estar em toda parte a presença divina e que “os olho do Senhor vêem em todo lugar os bons e os maus”. 2. Creiamos nisso principalmente e sem dúvida alguma, quando estamos presentes ao Ofício Divino. 3. Lembremo-nos, pois, sempre, do que diz o Profeta: “Servi ao Senhor no temor”. 4. E também: “Salmodiai sabiamente”. 5. E ainda: “Cantar-vos-ei em face dos anjos”.
6. Consideremos, pois, de que maneira cumpre estar na presença da Divindade e de seus anjos; 7. e tal seja a nossa presença na salmodia, que nossa mente concorde com nossa voz.
Capítulo 20 – Da reverência na oração
1. Se queremos sugerir alguma coisa aos homens poderosos, não ousamos fazê-lo a não ser com humildade e reverência; 2. quanto mais não se deverá empregar toda a humildade e pureza de devoção para suplicar ao Senhor Deus de todas as coisas? 3. E saibamos que seremos ouvidos, não com o muito falar, mas com a pureza do coração e a compunção das lágrimas.
4. Por isso, a oração deve ser breve e pura, a não ser que, por ventura, venha a prolongar-se por um afeto de inspiração da graça divina. 5. Em comunidade, porém, que a oração seja bastante abreviada e, dado o sinal pelo superior, levantem-se todos ao mesmo tempo.