Na verdade, a vocação de cada um de nós consiste em ser, unido a Jesus, pão repartido para a vida do mundo

Do Evangelho Quotidiano

Naquele tempo, quando Jesus ouviu que João Batista tinha sido morto, retirou-Se dali sozinho num barco, para um lugar deserto; mas o povo, quando soube, seguiu-O a pé, desde as cidades. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de misericórdia para com ela, curou os seus enfermos. Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se dele e disseram-lhe: Este sítio é deserto e a hora já vai avançada. Manda embora a multidão, para que possa ir às aldeias comprar alimento. Mas Jesus disse-lhes: Não é preciso que eles vão; dai-lhes vós mesmos de comer. Responderam: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes. Trazei-mos cá disse Ele. E, depois de ordenar à multidão que se sentasse na relva, tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu e pronunciou a bênção; partiu, depois, os pães e deu os aos discípulos, e estes distribuíram-nos pela multidão. Todos comeram e ficaram saciados; e, com o que sobejou, encheram doze cestos. Ora, os que comeram eram uns cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.

Comentário do Evangelho do dia feito por Papa Bento XVI

O pão que Eu hei-de dar é a Minha carne que Eu darei pela vida do mundo (Jo 6,51). Com estas palavras, o Senhor revela o verdadeiro significado do dom da Sua vida por todos os homens; as mesmas mostram-nos também a compaixão íntima que Ele sente por cada pessoa. Na realidade, os Evangelhos transmitem-nos muitas vezes os sentimentos de Jesus para com as pessoas, especialmente doentes e pecadores (Mt 20,34; Mc 6,34; Lc 19,41). Ele exprime, através dum sentimento profundamente humano, a intenção salvífica de Deus, que deseja que todo o homem alcance a verdadeira vida. Cada celebração eucarística atualiza sacramentalmente a doação que Jesus fez da Sua própria vida na cruz, por nós e pelo mundo inteiro. Ao mesmo tempo, na Eucaristia, Jesus faz de nós testemunhas da compaixão de Deus por cada irmão e irmã; nasce assim, à volta do mistério eucarístico, o serviço da caridade para com o próximo, que consiste precisamente no fato de eu amar, em Deus e com Deus, a pessoa que não me agrada ou que nem conheço sequer. Isto só é possível realizar-se a partir do encontro íntimo com Deus, um encontro que se tornou comunhão de vontade, chegando mesmo a tocar o sentimento. Então aprendo a ver aquela pessoa já não somente com os meus olhos e sentimentos, mas segundo a perspectiva de Jesus Cristo [Bento XVI, Encíclica “Deus Caritas est”, 18] Desta forma, nas pessoas que contato, reconheço irmãs e irmãos, pelos quais o Senhor deu a Sua vida amando-os “até ao fim” (Jo 13,1). Por conseguinte, as nossas comunidades, quando celebram a Eucaristia, devem consciencializar-se cada vez mais de que o sacrifício de Jesus é por todos; e, assim, a Eucaristia impele todo o que acredita n’Ele a fazer-se pão repartido para os outros e, consequentemente, a empenhar-se por um mundo mais justo e fraterno. Como sucedeu na multiplicação dos pães e dos peixes, temos de reconhecer que Cristo continua, ainda hoje, exortando os Seus discípulos a empenharem-se pessoalmente: Dai-lhes vós de comer (Mt 14,16). Na verdade, a vocação de cada um de nós consiste em ser, unido a Jesus, pão repartido para a vida do mundo.

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Sangue de mártires, semente de cristãos

Do Evangelho Quotidiano

Por aquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos de Herodes, o tetrarca, e ele disse aos seus cortesãos: Esse homem é João Batista! Ressuscitou dos mortos e, por isso, se manifestam nele tais poderes miraculosos. De fato, Herodes tinha prendido João, algemara-o e metera-o na prisão, por causa de Herodíade, mulher de seu irmão Filipe. Porque João dizia-lhe: Não te é lícito possuí-la. Quisera mesmo dar-lhe a morte, mas teve medo do povo, que o considerava um profeta. Ora, quando Herodes festejou o seu aniversário, a filha de Herodíade dançou perante os convidados e agradou a Herodes, pelo que ele se comprometeu, sob juramento, a dar lhe o que ela lhe pedisse. Induzida pela mãe, respondeu: Dá-me, aqui num prato, a cabeça de João Baptista. O rei ficou triste, mas, devido ao juramento e aos convidados, ordenou que lha trouxessem e mandou decapitar João Baptista na prisão. Trouxeram, num prato, a cabeça de João e deram-na à jovem, que a levou à sua mãe. Os discípulos de João vieram buscar o corpo e sepultaram-no; depois, foram dar a notícia a Jesus.

Comentário do Evangelho do dia feito por Beato João Paulo II

A Igreja do primeiro milênio nasceu do sangue dos mártires: “sanguis martyrum — semen christianorum” (sangue de mártires, semente de cristãos). Os acontecimentos históricos […] nunca teriam podido garantir um desenvolvimento da Igreja como o que se verificou no primeiro milênio, se não tivesse havido aquela sementeira de mártires e aquele patrimônio de santidade que caracterizaram as primeiras gerações cristãs. No final do segundo milênio, a Igreja tornou-se novamente Igreja de mártires. As perseguições contra os crentes — sacerdotes, religiosos e leigos — realizaram uma grande sementeira de mártires em várias partes do mundo. O seu testemunho, dado por Cristo até ao derramamento do sangue, tornou-se patrimônio comum de católicos, ortodoxos, anglicanos e protestantes, como ressaltava já Paulo VI. […] É um testemunho que não se pode esquecer. No nosso século, voltaram os mártires, muitas vezes desconhecidos, como que soldados desconhecidos da grande causa de Deus. Tanto quanto seja possível, não se devem deixar perder na Igreja os seus testemunhos. […] Impõe-se que as Igrejas locais tudo façam para não deixar perecer a memória daqueles que sofreram o martírio, recolhendo a necessária documentação. Isso não poderá deixar de ter uma dimensão e uma eloquência ecumênica. O ecumenismo dos santos, dos mártires, é talvez o mais persuasivo. A “communio sanctorum”, a comunhão dos santos, fala com voz mais alta que os fatores de divisão. […] A maior homenagem que todas as Igrejas prestarão a Cristo no limiar do terceiro milênio será a demonstração da presença onipotente do Redentor, mediante os frutos de fé, esperança e caridade em homens e mulheres de tantas línguas e raças, que seguiram Cristo nas várias formas da vocação cristã.

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Marta respondeu-Lhe: Sim, ó Senhor; eu creio

Do Evangelho Quotidiano

 

Naquele tempo, muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria para lhes darem os pêsames pelo seu irmão. Logo que Marta ouviu dizer que Jesus estava a chegar, saiu a recebê-lo, enquanto Maria ficou sentada em casa. Marta disse, então, a Jesus: Senhor, se Tu cá estivesses, o meu irmão não teria morrido. Mas, ainda agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Ele lhe concederá. Disse-lhe Jesus: Teu irmão ressuscitará. Marta respondeu-lhe: Eu sei que ele há-de ressuscitar na ressurreição do último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, mesmo que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre. Crês nisto? Ela respondeu-lhe: Sim, ó Senhor; eu creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus que havia de vir ao mundo. (S. João 11,19-27) 

Comentário do Evangelho do dia feito por Beato John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra

Cristo veio ressuscitar Lázaro, mas o impacto desse milagre tornou-se a causa imediata da Sua prisão e crucifixão (cf. Jo 11,46ss.). […] Ele bem sentia que Lázaro voltava à vida pelo preço do Seu próprio sacrifício; sentia-Se descer ao túmulo de onde tinha de tirar o amigo; sentia que Lázaro tinha de viver e que Ele próprio tinha de morrer. As aparências inverter-se-iam: haveria um festim em casa de Marta (cf. Jo 12,1ss.), mas a última Páscoa de tristeza caber-Lhe-ia a Ele. E Jesus sabia que aceitava totalmente essa inversão: Ele tinha vindo do seio de Seu Pai para resgatar com o Seu sangue todo o pecado dos homens e assim fazer sair do túmulo todos os crentes, como fez com Seu amigo Lázaro ─ fazê-los voltar à vida, não durante algum tempo, mas para sempre. […] Face à amplitude do que pretendia fazer nesse ato de misericórdia único, Jesus disse a Marta: Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em Mim, mesmo que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em Mim não morrerá para sempre. Façamos nossas estas palavras de consolo, quer face à nossa própria morte, quer face à dos nossos amigos: onde houver fé em Cristo, aí estará Ele em pessoa. Crês nisto?, perguntou Ele a Marta. Quando um coração pode responder como Marta: Sim, creio, nele Cristo torna-se misericordiosamente presente. Ainda que invisível, Ele está lá, mesmo junto de um leito de morte ou de um túmulo, sejamos nós que agonizamos ou sejam os nossos entes queridos. Que o Seu nome seja bendito! Nada nos pode tirar essa consolação. Pela Sua graça, temos tanta certeza de que Ele está lá com todo o Seu amor como se O víssemos. Depois da nossa experiência do que aconteceu a Lázaro, não duvidaremos um instante sequer de que Ele está cheio de atenções para conosco e de que está ao nosso lado.

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Quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se nega a crer no Filho não verá a vida

Do Evangelho Quotidiano

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: O Reino do Céu é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes. Logo que ela se enche, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e escolhem os bons para as canastras, e os ruins, deitam-nos fora. Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e separarão os maus do meio dos justos, para os lançarem na fornalha ardente: ali haverá choro e ranger de dentes. Compreendestes tudo isto? Sim responderam eles. Jesus disse-lhes, então: Por isso, todo o doutor da Lei instruído acerca do Reino do Céu é semelhante a um pai de família, que tira coisas novas e velhas do seu tesouro. Depois de terminar estas parábolas, Jesus partiu dali.

Comentário do Evangelho do dia feito por Santa Catarina de Sena (1347-1380), Terceira Dominicana, Doutora da Igreja, co-Padroeira da Europa

[Santa Catarina de Sena ouviu Deus dizer:] No dia do juízo final, quando o Verbo, Meu Filho, revestido da Minha majestade, vier julgar o mundo com o Seu poder divino, não virá como aquele pobre miserável que era quando nasceu do seio da Virgem, num estábulo, no meio dos animais, ou como morreu entre dois ladrões. Nessa altura o Meu poder estava escondido n’Ele; como homem, deixei-O sofrer penas e tormentos. Não é que a Minha natureza divina estivesse separada da natureza humana, mas deixei-O sofrer como homem para expiar os vossos pecados. Não, não é assim que Ele virá no momento supremo: Ele virá com todo o Seu poder e todo o esplendor da Sua própria pessoa. […] Aos justos, inspirará um temor respeitoso e, ao mesmo tempo, um grande júbilo. Não é que a Sua face mude: a Sua face é imutável, em virtude da natureza divina, porque Ele é um coMigo; e, em virtude da natureza humana, a Sua face é igualmente imutável, uma vez que assumiu a glória da ressurreição. Ele parecerá terrível aos olhos dos condenados, porque os pecadores vê-Lo-ão com o olhar de medo e perturbação que têm dentro de si próprios.

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Estudo sobre o papel do homem e da mulher na criação: A mulher é fraca? O homem é forte? Ou ao contrário?

Já faz um tempo que ouvi essa frase do nosso querido Monsenhor Jonas Abib: A mulher tem mais capacidade de sofrer do que o homem. Reage melhor ao sofrimento. E de fato isso é verdade. A mulher tem muito mais capacidade de sofrer do que o homem. Deus me livre de dar a luz um dia! Ano passado tive uma dor no rim, e o médico disse que essa dor, a que mais se aproxima da dor do parto. Sendo que a dor do parto é muito maior que essa dor que tive no rim e me fez ficar em casa três dias. O homem é muito mais mole para aguentar os trancos da vida do que a mulher. No entanto o que se diz por ai é totalmente diferente. Afirmam que a mulher é fraca e o homem é o forte.

A mulher sofre sem deixar de sorrir, sofre sem deixar de amar, não perde a esperança, sonha, acolhe… A mulher é forte mesmo! Óbvio que o homem tem qualidades, e quando se fala de atributos físicos, se diz que ele é mais forte que a mulher. Na verdade ambos tem forças e fraquezas, mas a mulher tem mais virtudes para aguentar as adversidades da vida… O homem muitas vezes disfarça a dor na bebida, no bar, no copo…

Porém hoje vemos que o inimigo de Deus fez uma obra maligna na vidas mulheres.  Vemos por ai mulheres desfiguradas, sem brilho nos olhos, sem esperança. Mulheres que parecem que foram convencidas pelo maligno que foram derrotadas. Parece que o abatimento tomou conta de muitas mulheres espalhadas no nosso Brasil. Por outro lado vemos mulheres que estão tentando ser homens na atitude, no jeito de ser, de falar, de vestir… Mas está tudo errado! Mulher tem que ser mulher! Ela não vai ser mais forte tentando imitar o homem! A força da mulher está no jeito de ser mulher!

Ser uma mulher que vive os desígnios de Deus é retomar o brilho nos olhos, é reforçar,  renovar, reavivar mais uma vez a esperança, a vida, a certeza da vitória em si e em Deus. A mulher é suporte do homem. Suporte no sentido de ser apoio. E um apoio não pode ceder. Por que se o apoio cede, todo projeto desaba.

Nesse dia mulheres, rezem e peçam a Deus para renovar aquilo que Deus tem para você e todas essas qualidades e virtudes que o próprio Deus as capacitou. Que nesse dia você dizer não ao tentador que diz que você não é capaz, ou que a sua fé e esperança são em vão. Se você espera em Deus, recobre sua força. Ele te escuta!

Dominus Vobiscum

Catecismo responde: Qual era a condição originária do homem segundo o projeto de Deus?

Do Compêndio do Catecismo da Igreja Católica

Compêndio do Catecismo da Igreja Católicaresponde essa pergunta no parágrafo 72. Ele ensina assim:

Deus, criando o homem e a mulher, tinha-lhes dado uma participação especial na própria vida divina, em santidade e justiça. Segundo o projeto de Deus, o homem não deveria nem sofrer nem morrer. Além disso, reinava uma harmonia perfeita no próprio ser humano, entre a criatura e o criador, entre o homem e a mulher, bem como entre o primeiro casal humano e toda a criação. (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica §72)

 Observe que o Compêndio ensina aqui algo fundamental: “Segundo o projeto de Deus, o homem não deveria nem sofrer nem morrer…”

A morte e o sofrimento entraram na vida do homem por causa do pecado. E esse será nosso próximo estudo.

Dominus Vobiscum

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Catecismo responde: Que relação Deus estabeleceu entre o homem e a mulher?

Do Compêndio do Catecismo da Igreja Católica

Compêndio do Catecismo da Igreja Católicaresponde essa pergunta no parágrafo 71. Ele ensina assim:

O homem e a mulher foram criados por Deus com uma igual dignidade enquanto pessoas humanas e, ao mesmo tempo, numa complementaridade recíproca enquanto masculino e feminino. Deus quis que fossem um para o outro, para uma comunhão de pessoas. Juntos são também chamados a transmitir a vida humana, formando no matrimónio “uma só carne” (Gn 2, 24), e a dominar a terra como “administradores” de Deus. (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica §71)

Se você não tem o Compêndio do catecismo da Igreja Católica em casa, adquira um. Várias respostas aos seus questionamentos você encontra nele.


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Estudo sobre o papel do homem e da mulher na criação: Porque a mulher foi tirada da costela do homem?

A bíblia nos ensina assim:

Então o Senhor Deus mandou ao homem um profundo sono; e enquanto ele dormia, tomou-lhe uma costela e fechou com carne o seu lugar. (Gn 2, 21)

Existe um sentido teológico belissimo nesse versículo. Sabemos que o Livro do Gênesis na sua primeira parte é uma parábola. Só deixa de ser parábola ao começar a contara história de Abraão. A primeira parte, é uma parábola como as parábolas que Jesus contava. Nessa primeira parte do livro do Gênesis, se conta a história da humanidade mas num senso figurativo. Tudo tem um sentido teológico. Sabemos que Deus não criou o homem do pó propriamente como diz o texto, mas aquilo tem um outro significado. A Bíblia não foi criada para se ater meramente a fatos. Ela descreve a fé. É um livro de fé. A origem da humanidade como já tratei em outros posts, é um assunto da ciência. A única coisa que a Igreja afirma é que nada se criou ao acaso. Tudo tem a mão de Deus. Porém a Igreja sabe que naquele livro, existe o sentido da criação. Vamos entender o sentido deste versículo então.

O fato de Deus retirar a mulher da costela significa que Deus fez a mulher para viver ao lado do homem. Não a fez dos pés para que o homem não a pisasse. Não a fez da cabeça para que ela não se sentisse superior ao homemMas fez da costela, para que fosse tratada de modo igual, tratada com o mesmo carinho e zelo por Deus e de um para com outro.

Portanto – O homem que trata a mulher com inferioridade, está ferindo os designios de Deus. A mulher que se acha superior ao homem, comete o mesmo erro. É preciso observar: como eu me sinto em relação ao sexo oposto? Me sinto superior ou inferior a alguém?

Estudo sobre o papel do homem e da mulher na criação: Deus é homem ou mulher?

Aprendemos que o ser humano é a imagem e semelhança de Deus. Mas geralmente quando converso sobre isso me vem a pergunta: Deus é homem ou mulher? Se parece mais com o homem ou com a mulher? Para responder essa pergunta, precisamos ir ao Catecismo da Igreja Católica. No parágrafo 370 ele ensina que:

Deus não é de modo algum à imagem do homem. Não é nem homem nem mulher. Deus é puro espírito, não havendo nele lugar para a diferença dos sexos. Mas as “perfeições” do homem e da mulher refletem algo da infinita perfeição de Deus: as de uma mãe e as de um pai e esposo.(CIC§370)

A semelhança de Deus conosco, não é algo meramente física. É uma aparência muito mais íntima. É fato que a sociedade em geral, ao longo do tempo, tem desenhado Deus como um ser do sexo masculino. Vemos nas fotos e imagens, Deus sendo um Senhor de barba branca, mas isso não reflete a real aparência de Deus, pois como o catecismo ensina, Deus é Espírito.

A nossa semelhança com Deus é muito maior, e muito mais íntima. Dentro de nós existem traços do Deus que nos criou. Veja um Pai de família. Ao ser Pai, e educar uma criança, o homem se assemelha ao Deus que é Pai. Ao Deus que nos educa, nos ensina, nos projeta para a frente. Essa semelhança é muito maior que o físico. Veja um sacerdote. Quando ele vive a real dimensão do seu sacerdócio, ele se assemelha a Deus. Veja uma mãe. Quando está para dar a luz, se assemelha ao Deus que dá a vida. E depois, ao Deus que percebe nossas necessidades, que ama, que abraça…

Deus traz em si a perfeição. Nós trazemos na nossa natureza traços desse ser único e perfeitíssimo. E se não vivemos, por um motivo ou outro, esses traços, é por que o pecado acabou desfigurando a nossa essência. Precisamos mesmo, resgatar aquilo que Deus pensou de nós e viver isso com intensidade.

Dominus Vobiscum

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Um tesouro escondido

Do Evangelho Quotidiano

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: O Reino do Céu é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem encontra. Volta a escondê-lo e, cheio de alegria, vai, vende tudo o que possui e compra o campo. O Reino do Céu é também semelhante a um negociante que busca boas pérolas. Tendo encontrado uma pérola de grande valor, vende tudo quanto possui e compra a pérola. (S. Mateus 13,44-46)

Comentário do Evangelho do dia feito por Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja

A esposa [do Cântico] dos Cânticos diz […] que se levantou do leito para procurar o seu Bem-Amado na cidade, mas em vão; depois de ter saído da cidade, encontrou Aquele que o seu coração amava (cf. Ct 3, 1-4). Jesus não quer que encontremos a Sua adorável presença no repouso: Ele esconde-Se. […] Oh! Que melodia para o meu coração é esse silêncio de Jesus. Ele faz-Se pobre para que possamos usar de caridade para com Ele; estende-nos a mão como um mendigo para que, no dia radioso do julgamento, quando Ele aparecer na Sua glória, possamos escutar as Suas doces palavras: Vinde, benditos de Meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-Me de comer, tive sede e destes-Me de beber, era peregrino e recolhestes-Me, estava nu e destes-Me de vestir, adoeci e visitastes-Me, estive na prisão e fostes ter coMigo (Mt 25, 34-36). Foi o próprio Jesus que pronunciou estas palavras, é Ele que quer o nosso amor, que o mendiga. Põe-Se, por assim dizer, à nossa mercê, não quer tomar nada sem que Lho demos. […] Jesus é um tesouro escondido, um bem inestimável que poucas almas sabem encontrar, porque Ele está escondido e o mundo ama aquilo que brilha. Ah! Se Jesus Se tivesse querido mostrar a todas as almas com os Seus dons inefáveis, de certeza que não haveria nenhuma que O desdenhasse; mas Ele não quer que O amemos pelos Seus dons: Ele próprio é que deve ser a nossa recompensa. Para encontrarmos uma coisa escondida, temos de nos esconder; a nossa vida deve, portanto, ser um mistério; é preciso assemelharmo-nos a Jesus, a Jesus diante de Quem se tapa o rosto (cf. Is 53,3). […] Jesus ama-te com um amor tão grande que, se o visses, entrarias num êxtase de felicidade […], mas não o vês e sofres com isso. Muito em breve Jesus Se levantará para o julgamento, para salvar os humildes da terra [Sl 76 (75),10].