Tadinho morreu… agora vai pro céu… Peraí quem garante isso?

funeral

A semana nem terminou e quando me dei conta estava eu contabilizando algumas mortes significativas durante este período sobretudo entre os dias de terça e quarta-feira. Morreram alguns famosos. Morreram milhares de anônimos. Morreram conhecidos meus e um leque de desconhecidos. Uma das pessoas falecidas foi a irmã de um grande amigo que não resistiu na mesa de cirurgia. Partiu. Que Deus a acolha e abençoe bem como a todos os outros falecidos.

Figuras ilustres como o presidente Venezuelano Hugo Chávez e cantor “Chorão” faleceram durante a semana, mortes inclusive amplamente comentadas nas mais diversas mídias sociais. Mas o que de fato me chamou a atenção e me motivou a escrever este texto, foi de ler muitas frases parecidas com a que citarei abaixo:

“Vá com Deus Chorão, nos encontraremos no céu” (um fã do facebook cujo o nome não me recordo).

A verdade por mais cruel que seja, é que ninguém pode garantir que o “Chorão”, o Chávez ou a irmã do meu amigo estão definitivamente no céu. Talvez você fique chocado, chateado e irritado comigo, mas a verdade é essa, ainda que seja dura. E também não podemos sequer dizer isto de nós mesmos (ninguém pode se garantir no céu ainda que seja o nosso desejo).

Veja, eu e você queremos o céu. Querer e desejar o céu é algo maravilhoso! Na verdade é uma coisa que muitas vezes nos move a mudar de vida e seguir mais a Jesus Cristo. Porém garantias ninguém tem. Temos apenas a possibilidade, que aceitando Jesus Cristo como seu Único Senhor e Salvador, contando com a graça de Deus e com a nossa luta pessoal (já São Tiago dizia que a fé sem obras é morta) podemos alcançar um dia este intento.

É certo que existem muitas pessoas que alcançaram o céu e que permanecem anônimas (graças a Deus). Outras fizeram esta busca de forma tão perfeita que chegaram a ser elevadas aos altares. Eu creio que se por graça Divina eu chegar lá, me espantarei ao encontrar pessoas que não esperava ver, bem como me decepcionarei com alguns que esperava encontrar e não encontrarei… Não sabemos a intimidade de cada pessoa, e não sabemos como Jesus irá julgar a cada um de nós, já que Ele disse que quanto mais Ele nos dá, mais nos cobrará.

Entenda que não é porque a pessoa está velhinha, sofrida, com dores aqui e acolá que ela tem a garantia do céu. Quanto mais velhos ficamos, mais pecados cometemos e mais devemos nos esforçar para repará-los: Idade avançada não leva ninguém para o céu.

Outro fato que precisa ser dismistificado: Não é porque amamos alguém que podemos dar certeza definitiva da sua ida para o céu, seja algum familiar, seja uma pessoa pública de reconhecida fama. O fato de alguém ser celebridade não lhe dá o direito de ter cadeira cativa no céu. E não é o nosso “pensamento positivo” que vai abrir as portas do céu para os nossos familiares. As coisas se resolvem de outro jeito.

mentira

Antes de mais nada, a fé católica acredita que a morte não é o fim e que ainda que uma pessoa morra e não alcance o céu de forma direta, ela pode ir ao purgatório (para saber mais sobre o purgatório clique aqui), e uma vez lá, ela conta com as orações de quem está aqui, para terem seus pecados expiados. Por isso que nós rezamos o Santo Terço pelas almas do purgatório, por isso oferecemos a Santa Missa, os sacrifícios que fazemos…

Estou escrevendo este texto não apenas para desiludir àqueles que tem uma fé infantil, mas para fazer com que você, que ama alguém que partiu, possa continuar amando de forma efetiva: Rezando pela alma do seu ente querido para lhe dar a salvação.

Imagino que alegria deve ser para uma alma que padece no purgatório ser premiada com o céu. E penso também quão grata aquela alma será por você que rezou para ela fosse liberta de lá. É preciso formar os católicos na verdade, pois Jesus disse que a verdade liberta e leva o cristão a uma fé madura. Eu poderia escrever um texto água com açucar e falar mil abobrinhas para afagar seu coração. Mas eu não posso mentir para você e para ninguém. Como diz a célebre frase: Diga-me a verdade sempre. E nunca me console com mentiras!

Preciso dizer também (para finalizar) que se você está sofrendo pela perda de um ente querido, que eu me solidarizo com você e hoje rezarei por todas as almas que padecem no purgatório. Vamos rezar juntos?

Livro Maria Sempre Virgem e SantaVeja também o novo livro do Cadu (Administrador do Blog Dominus Dominus Vobiscum): Maria Sempre Virgem e Santa. Nele você vai encontrar ensinamentos seguros da doutrina da Igreja a respeito da Santíssima Virgem Maria, além das orações mais tradicionais da nossa Igreja à Virgem Mãe de Deus. Vendas apenas pela internet nos sites Clube de Autores e Agbook. Um livro para quem deseja ser mais íntimo de Nossa Senhora.

Notícia:: No Dia de Finados, Bento XVI recorda que o homem precisa da eternidade

Do RadioVaticana

Bento XVI se reuniu com fiéis e peregrinos hoje, na Sala Paulo VI, para a Audiência Geral das quartas-feiras. A catequese foi dedicada ao Dia de Finados. O Papa fez sua reflexão sobre o que este Dia representa hoje em meio a uma mentalidade que dá importância somente ao “aqui e agora”.

Bento XVI recordou que o homem sempre levou em consideração os mortos. E mesmo que a nossa sociedade tente eliminar com todos os meios o pensamento sobre a morte, nós nos perguntamos: “Por que é assim?”. A resposta é que a morte atinge a todos nós, em qualquer tempo e lugar.

Diante de um mundo positivista, incapaz de abordar este mistério, essas celebrações nos ajudam a reconhecer na morte a grande esperança, de que a vida do homem não termina aqui, que seu anseio de eternidade foi preenchido por Deus, cujo Filho, morto e ressuscitado por nós, vencendo a morte nos abriu o caminho para a vida eterna.

“Se reduzirmos o homem àquele pouco que ele percebe empiricamente, a vida perde seu sentido mais profundo. O homem precisa da eternidade, pois todas as outras esperanças são muito breves e limitadas”, disse Bento XVI.

Eis o resumo da catequese do Papa em português, precedido da apresentação dos grupos de brasileiros presentes na Sala Paulo VI, feita pelo Padre Bruno Lins: “Queridos irmãos e irmãs, hoje a Igreja nos convida a pensar em todos aqueles que nos precederam, tendo concluído o seu caminho terreno. Na comunhão dos Santos, existe um profundo vínculo entre nós que ainda caminhamos nesta terra e a multidão de irmãos e irmãs que já alcançaram a eternidade. Em definitiva, o homem tem necessidade da eternidade; mas por que experimentamos o medo diante da morte? Dentre as várias razões, está o fato de que temos medo do nada, de partir para o desconhecido. Não podemos aceitar que de improviso caia, no abismo do nada, tudo aquilo que de belo e de grande tenhamos feito durante a nossa vida. Sobretudo, sentimos que o amor requer a eternidade, não pode ser destruído pela morte assim num momento. Além disso, assusta-nos a morte, por causa do juízo sobre as nossas ações que a ela se segue. Mas Deus manifestou-Se enviando o seu Filho Unigênito para que todo aquele que acredita não se perca, mas tenha a vida eterna. É consolador saber que existe um Amor que supera a morte, um amor que é o próprio Deus que se fez homem e afirmou: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá» (Jo 11,25). Saúdo com afeto os peregrinos de língua portuguesa, em particular os brasileiros vindos de diversas cidades do Estado de São Paulo. Exorto-vos a construir a vossa vida aqui na terra trabalhando por um futuro marcado por uma esperança verdadeira e segura, que abra para a vida eterna. Que Deus vos abençoe!“.

No final da tarde desta quarta-feira, Bento XVI irá até a Cripta Vaticana para um momento particular de oração pelos Sumos Pontífices defuntos.

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Estudo sobre o purgatório: Ensinamentos de São Francisco de Sales sobre o purgatório

Pax Domini! Estamos encerrando (ao menos parcialmente) o nosso estudo sobre o purgatório e espero ter ajudado a todos. Este estudo, começou com um podcast (que você pode ouvir aqui) falando sobre a existência do purgatório, e reuniu outros posts que foram “detalhando” o conteúdo do podcast. Quero deixar este post final sobre o tema, com alguns ensinamentos de São Francisco de Sales sobre o purgatório. No próximo post de estudo, iniciaremos um estudo sobre os Anjos. E em breve um estudo sobre as indulgências. Aguarde! Mas por enquanto leia o que diz São Francisco de Sales.

Assim diz São Francisco de Sales sobre o purgatório:

1 – As almas alí vivem uma contínua união com Deus.

2 – Estão perfeitamente conformadas com a vontade de Deus. Só querem o que Deus quer. Se lhes fosse aberto o Paraíso, prefeririam precipitar-se no inferno a apresentar-se manchadas diante de Deus.

3 –Purificam-se de forma voluntária, amorosamente, porque assim o quer Deus.

4 – Querem permanecer na forma que agradar a Deus e por todo o tempo que for da vontade Dele.

5 – São invencíveis na prova e não podem ter um movimento sequer deimpaciência, nem cometer qualquer imperfeição.

6 – Amam mais a Deus do que a si próprias, com amor simples, puro e desinteressado.

7 – São consoladas pelos anjos.

8 – Estão certas da sua salvação, com uma esperança inigualável.

9 – As suas amarguras são aliviadas por uma paz profunda.

10 – Se é infernal a dor que sofrem, a caridade derrama-lhes no coração inefável ternura, a caridade que é mais forte do que a morte e mais poderosa que o inferno.

11 – O Purgatório é um feliz estado, mais desejável que temível, porque as chamas que lá existem são chamas de amor.

( Extraído do livro O Breviário da Confiança, de Mons. Ascânio Brandão, 4a. ed. Editora Rosário, Curitiba, 1981)

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Estudo sobre o purgatório: O que a Igreja primitiva falava a respeito do purgatório?

Sobre o estudo que estamos fazendo (ouça o Podcast clicando aqui), temos muita coisa para falar. E hoje quero trazer até você amigo do Dominus Vobiscum, o testemunho da Igreja Primitiva, dos Santos Padres da Igreja, daqueles que estiveram no início, na Fundação da Igreja do Senhor. E sempre tenho procurado colocar aqui estes testemunhos, para mostrar a você que está buscando uma maturidade na fé, que o posicionamento da Igreja Católica Apostólica Romana, não é uma invenção do nada, mas vem desde as origens. Então vejamos alguns testemunhos interessantes…

O didaquè (ou doutrina dos 12 Apóstolos de Cristo) nos diz assim:

“Ao fazerdes as vossas comemorações, reuni-vos, lede as Sagradas Escrituras… tanto em vossas assembléias quanto nos cemitérios. O pão duro que o pão tiver purificado e que a invocação tiver santificado, oferecei-o orando pelos mortos”.

Perceba que este ensinamento está na catequese que os próprios Apóstolos(Pedro, João, Thiago, Felipe, etc…) ensinavam aos cristãos. Será que é justo que alguém surja do nada e diga que os apóstolos estão errados?

Vamos seguir em frente. Tertuliano, Bispo de Cartago, falecido no ano de 220:

A esposa roga pela alma de seu esposo (felecido) e pede para ele refrigério, e que volte a reunir-se com ele na ressurreição; oferece sufrágio todos os dias aniversáriosde sua morte”. “… é um pensamento santo e salutar rezar pelos defuntos para que sejam perdoados de seus pecados” (2 Mac 12,46).

São Cipriano, bispo de Cartago após a morte de Tertuliano diz ainda nas cartas (nos textos escritos por Tertuliano) que é comum encontrar a expressão: oferecer o sacrifício por alguém ou por ocasião dos funerais de alguém”. 

S. João Crisóstomo, bispo e doutor da Igreja que viveu no perído de 349-407 dizia:

“Levemos-lhe socorro e celebremos a sua memória. Se os filhos de Jó foram purificados pelos sacrifícios de seu pai (Jó 1,5), porque duvidar que as nossas oferendas em favor dos mortos lhes leva alguma consolação? Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer as nossas orações por eles”. “Os Apóstolos instituíram a oração pelos mortos e esta lhes presta grande auxílio e real utilidade”

São João Crisóstomo segue com fidelidade o ensino dos Apóstolos (que vimos acima). Então quem está errado? Sigamos…

São Cirilo, bispo de Jerusalém, falecido no ano de 386:

“Enfim, também rezamos pelos santos padres e bispos e defuntos e por todos em geral que entre nós viveram; crendo que este será o maior auxílio para aquelas almas, por quem se reza, enquanto jaz diante de nós a santa e tremenda vítima”.

E ainda diz em outros escritos:

“Da mesma forma, rezando nós a Deus pelos defuntos, ainda que pecadores, não lhe tecemos uma coroa, mas apresentamos Cristo morto pelos nossos pecados, procurando merecer e alcançar propiação junto a Deus clemente, tanto por eles como por nós mesmos.”

Como você pode perceber, a crença no purgatório e a oração pelos mortos não foi e nem é uma prática inventada. A Igreja sempre fez assim e continuará fazendo por que essa é a vontade de Deus, expressa no ensinamento dos Apóstolos.Rezemos pelos nossos irmãos que já partiram. Lembrando a você que deixei duas orações que se podem fazer pelas almas que padecem no purgatório:

A oração de Santo Agostinho pelas Almas no purgatório

Rosário de amor pelas almas do purgatório

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Estudo sobre o purgatório: Rezar pelos mortos era uma prática de antes de Cristo

Vendo a passagem de Segunda Macabeus que estudamos no podcast da semana (2 Mac 12,40-46), vemos que Judas Macabeu mandou oferecer 10.000 dracmas em sacrificio pelos soldados, pois ele acreditava na ressurreição dos mortos. A ressurreição dos mortos também é um crença cristã. Jesus fala da ressurreição dos mortos.Ele afirma que todos nós vamos ressuscitar. E muitos judeus possuiam essa mesma crença. Assim, como nós os muitos judeus rezam pelos mortos. Os judeus tem uma oração feita após a morte de alguém, por esse alguém! Veja que interessante!

Os judeus ortodoxos acreditam que exista um lugar de purificação final que chamam de “Gehenom”. Quando morre um judeu ocorre a prática do “Taharh” onde se realiza a “Chevra kaddisha – gmilat khessed shel emet” que podemos abreviar por “Chevra Kadisha”ou simplesmente “Kaddish”. Nesta oração os judeus pedem a clemência pelos pecados que a pessoa cometeu. Rezam esta oração por 11 meses.

A Igreja Católica diz que a prática de oração expiatória aos mortos já era feita desde tempos antes de Cristo, já na época dos Macabeus ou até mesmo antes pelo povo israelita, por aqueles que acreditavam na ressurreição dos mortos.

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Estudo sobre o purgatório: Esclarecendo Dúvidas a respeito do purgatório

Existem muitas confusões a respeito do purgatório que precisamos esclarecer. Essas confusões vem de diversas fontes, e de pessoas que por não conhecerem o Ensino Oficial da Igreja Católica acabam usando de “achismos”para se perderem e levarem muitos a perdição. Por isso que deixar algunas explicações a alguns pontos que geralmente são levantados.

1. O purgatório não é uma segunda chance para a salvação, como afirmam os desentendidos de plantão. O julgamento do Senhor é único. É preciso entender de uma vez por todas que o purgatório é um estado que a alma já julgada e destinada ao céu, mas que precisa ser purificada, precisa passar.

Muitos desentendidos citam passagens como Ef 1,7 dizendo que não existe uma segunda chance, e de fato não existe. Porém o purgatório não é uma segunda chance:

Nesse Filho, pelo seu sangue, temos a Redenção, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça. (Ef 1,7 )

O Catecismo deixa bem claro que as almas no purgatório possuem a garantia da salvação eterna. Ou seja, uma vez que a alma está no purgatório, o seu destino será unicamente o céu. É apenas uma questão de tempo.

2 – A prática de oração aos mortos não foi “inventada” pela Igreja Católica, que somente a definiu, ou seja, organizou as idéias a seu respeito. Esta prática está descrita já em 2 Mc 12,46. Já falamos no podcast e nos textos anteriores sobre esse trecho. Mais adiante se houver necesidade, poderemos estar fazendo um post explcando esse trecho, mas isso dependerá dos internautas. Só peço que antes dêem uma escutada no podcast e em posts anteriores a este.

3 – O “fogo” no purgatório é diferente do “fogo” do inferno. É preciso entender isso com muito cuidado. O sofrimento que a alma passa no inferno é um sofrimento eterno, e portanto de tristeza e de dor. A alma que vai para o inferno nunca terá alívio. Porém osofrimento que a alma passa no purgatório embora seja grande, é um sofrimento de purificação. Quem lá está, sabe que um dia terá um fim. Os santos da Igreja ensinam que o sofrimento em si é o mesmo. A diferença está no contexto. A alma que está no inferno sabe que aquilo nunca terá fim, enquanto a alma que está no purgatório sabe que em um momento aquele sofrimento terá fim.

4 – O purgatório não é uma passagem obrigatória, mas somente aos que não atingiram a santificação necessária para ver a Deus. Na enquete que está na nossa comunidade do orkut, é grande o número de pessoas que dizem lutar para ir ao menos ao purgatório, confiando mais na misericórdia Divina que nos seus méritos. Mas sabemos que existem pessoas que podem e vão certamente ver a Deus no céu e por toda eternidade, sem a necessidade do purgatório.

Rezemos pelas almas que padecem no purgatório, pois as nossas orações aliviam e retiram a muitos desse estado de purificação.

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Rosário de Amor para as Almas do Purgatório

Nesta semana, estamos estudando e conhecendo mais sobre a Doutrina do Purgatório. Porém não basta apenas conhecer a existência do purgatório, mas é fundamental rezar pelas pelas Almas do Purgatório. Esses dias estava conversando com uma irmã que sabia que devíamos rezar nessa intenção. Ela me dizia que devemos rezar por essas almas sempre, pois a nossa oração diminui o tempo em que ficam no purgatório. Muitas dessas almas suplicantes saem de lá através das nossas preces. E ainda vale a pena ressaltar: Não sabemos se um dia estaremos lá também. Então cultivemos essa prática em nós e nos outros. Por isso estou disponibilizando além dos textos do nosso estudo, o Rosário de Amor pelas Almas do Purgatório. E é muito simples de rezar, e nem é tão demorado. Você vai pegar o seu terço e substituir as orações pelas que se seguem abaixo:

No Creio:
Dulcíssimo Jesus, pelo suor e sangue que derramastes no Horto das Oliveiras, tende piedade das almas do Purgatório!

Nas Ave-Marias:
Jesus, Maria eu Vos amo! Salvai almas!

No primeiro Pai Nosso:
Dulcíssimo Jesus, pelas dores da Vossa crudelíssima flagelação, tende piedade das almas do Purgatório!

No segundo Pai Nosso:
Dulcíssimo Jesus, pelas dores da Vossa coroação de espinhos, tende piedade das almas do Purgatório!

No terceiro Pai Nosso:
Dulcíssimo Jesus, pela dores que sofrestes no caminho do Calvário, tende piedade das almas do Purgatório!

No quarto Pai Nosso:
Dulcíssimo Jesus, pelas dores da Vossa penosíssima agonia, tende piedade das almas do Purgatório!

No quinto Pai Nosso:
Dulcíssimo Jesus, pelas imensas dores que sentistes expirando na Cruz, tende piedade das almas do Purgatório!

Na Salve Rainha:
Dulcíssimo Jesus, pelas últimas gotas de Sangue do Vosso Coração transpassado pela lança, tende piedade das almas do Purgatório!

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Estudo sobre o purgatório: Existe salvação depois que morremos?

O último podcast que coloquei aqui fala sobre a existência do purgatório (você pode escutá-lo clicando aqui).  E é justamente sobre isso que estamos estudando aqui no blog.

Talvez você já tenha se feito essa pergunta: Existe salvação quando morremos? E quando morremos, nossa alma adormece esperando o juízo, ou já somos julgados?

Bom, eu quero responder a você de uma forma simples e direta: Na verdade, quando morremos, vem o julgamento. E depois do julgamento, a nossa alma é destinada a eternidade ou não. Por que o julgamento do Senhor é único. Mas é interessante saber aquilo que falamos anteriormente que os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida a sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrarem na alegria do Céu, mas a estas almas, a eternidade já está garantida.

A Palavra de Deus nos ensina que somente aqueles que estão puros, ou seja justificados, podem herdar a vida eterna e consequentemente terem acesso à visão de Deus. Como diz o salmista:

Senhor, quem há de morar em vosso tabernáculo? Quem habitará em vossa montanha santa? O que vive na inocência e pratica a justiça, o que pensa o que é reto no seu coração, cuja língua não calunia; o que não faz mal a seu próximo, e não ultraja seu semelhante. O que tem por desprezível o malvado, mas sabe honrar os que temem a Deus; o que não retrata juramento mesmo com dano seu,não empresta dinheiro com usura, nem recebe presente para condenar o inocente. Aquele que assim proceder jamais será abalado. (Sl 14)

Também sobre isso nos fala o próprio Cristo:

Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! (Mt 5,8)

Infelizmente, também é verdade, pouquíssimos cristãos partem desta vida totalmente reconciliados com Deus e com os irmãos. Será que Deus seria tão impassível ao ponto de permitir que a maioria dos homens não fossem ao seu encontro?Claro que não!

O Senhor vem em socorro de nossas fraquezas, com sua misericórdia, permitindo que aqueles que estão destinados ao céu, ou seja que procuraram pautar suas vidas pela mensagem e vivência evangélica, mas que ainda carregam em si algumas imperfeições e pecados, possam ser purificados, de algum modo, após a morte. O purgatório é portanto, uma exigência da razão e mesmo de caridade de Deus por nós. Hoje, infelizmente, muitos negam a realidade do purgatório, afirmando que o mesmo não se encontra na Bíblia. O termo “purgatório” não existe na Bíblia (como também não existe o termo “Santíssima Trindade”), mas a realidade, o conceito doutrinário deste lugar de purificação existe. Examinemos:

“Todo o que tiver falado contra o Filho do homem será perdoado. Se, porém, falar contra o Espírito Santo, não alcançará perdão nem neste mundo, nem no mundo vindouro.” (Mt 12,32).

Analisemos essa afirmação do próprio Jesus. O pecado contra o Espírito Santo, ou seja a pessoa que recusa de todas as maneiras os caminhos da salvação, não será perdoado nem neste mundo, nem no mundo futuro. O Senhor Jesus, neste trecho, afirma, ainda que implicitamente, que há pecados que serão perdoados no mundo futuro, ou seja, após a morte.

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Oração de santo Agostinho pelas almas do purgatório…

No podcast dessa semana que trata do purgatório,fiz essa oração de Santo Agostinho pelas almas que padecem no purgatório. Estou postando ela aqui caso você deseje rezar conosco nesse tempo! 

Dulcíssimo Jesus meu, que para redimir ao mundo quisestes nascer, ser circuncidado, desprezado pelos judeus, entregado com o beijo de Judas, atado com cordas, levado ao suplício, como inocente cordeiro; apresentado ante Anás, Caifás, Pilatos e Herodes; cuspido e acusado com falsos testemunhos; esbofeteado, carregado de opróbrios, despedaçado com açoites, coroado de espinhos, golpeado com a cana, coberto o rosto com uma púrpura por zombaria; desnudado afrontosamente, cravado na cruz e levantado nela, posto entre ladrões, como um deles, dando-vos a beber fel e vinagre e ferido o Coração com a lança. Livrai, Senhor, por tantas e tantas acerbadíssimas dores que haveis padecido por nós, as almas do purgatório das penas em que estão; levando-as a descansar na vossa Santíssima Glória, e salvai-nos, pelos méritos de vossa Sagrada Paixão e por vossa morte de cruz, das penas do inferno para que sejamos dignos de entrar na posse daquele Reino, onde levastes ao bom ladrão, que foi crucificado convosco. Vós que viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos dos séculos. Amém.

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Estudo sobre o purgatório: Entendendo melhor a doutrina do Purgatório

No Podcast que republiquei hoje cedo, estou falando sobre a Existência do Purgatório (Para ouvir o Podcast, clique aqui). A Igreja Católica ensina o que é o purgatório no seu Catecismo, parágrafos 1030 a 1032, páginas 290 e 291:

Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida a sua salvação eterna, passam, após a sua morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrarem na alegria do céu. A Igreja denomina purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao purgatório sobretudo no Concílio de Florença e de Trento. Fazendo referência a certos textos da Escritura, a tradição da Igreja fala de um fogo purificador. No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo o que afirma que é a Verdade, dizendo que se alguém tiver pronunciado uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoada nem no presente século nem no século futuro (Mt 12,32). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro.

Este ensinamento apóia-se também na prática da oração pelos defuntos, da qual já a Sagrada Escritura fala: “Eis porque ele (Judas Macabeu) mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos do seu pecado” (2 Mac 12,46).

Note-se que o Livro de Macabeus, além de inspirado, é um livro histórico. Conta a história dos cristãos. Mesmo que não fosse um livro inspirado, o que lá está escrito tem uma base histórica altamente confiável.

Desde o seu início, a Igreja sempre honrou a memória dos defuntos e ofereceu orações e penitências em seu favor, em especial o sacrifício eucarístico da Santa Missa, para que, purificados, eles possam chegar a Deus. A Igreja ensina também que devemos dar  esmolas, indulgências e fazer obras de penitência em favor dos defuntos. Como dizia São João Crisóstomo:

Levemo-lhes o socorro e celebremos a sua memória. Se os filhos de Jó foram purificados pelo sacrifício de seu pai, por que duvidar de que as nossas oferendas em favor dos mortos lhes leve a alguma consolação? Não hesitamos em socorrer os que partiram e em oferecer as nossas orações por eles (São João Crisóstomo).

Devemos pegar esse texto como base para o nosso estudo. Talvez esse estudo leve algum tempo, mas é necessário fazê-lo. Como católicos, é preciso lembrar que isso é um dogma de fé, ou seja, algo que ao dizer-se católico você por obrigação acreditar. Então é preciso entender e entender bem!

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