Mergulhemos na espiritualidade da Semana Santa

Jesus Carrega a Cruz

São Paulo disse na carta aos Filipenses: Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro (1,21). Esta frase é aquela típica frase das Sagradas Escrituras que repetimos exageradas vezes diante do sacrário, chegando inclusive a fazer músicas (belíssimas, diga-se de passagem). Mas a verdade é que quem meditar um pouco com este versículo e se decidir a vivê-lo, chegará à conclusão que é de fato uma frase linda de se dizer, mas dura de viver. E põe dura nisto!

Quando São Paulo afirmou isto, ele já havia percorrido um belo e longo caminho ao lado de Jesus. Já havia se encontrado com Ele no caminho para Damasco, fato este que mudou radicalmente a sua vida. Nesta caminhada ele pode experimentar as dores e as delicias de seguir a Cristo e nem mesmo os mais difíceis intempéries da vida conseguiram separá-lo do amor do Senhor Jesus como ele mesmo afirmou em sua carta aos Romanos:

“Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada? Realmente, está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro (Sl 43,23). Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou. Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm 8 35-39)

É a experiência de seguir a Jesus Cristo e os seus ensinamentos quem nos dá propriedade de dizer com segurança que o que de fato a vida só pode ser em Cristo e quem tem a Ele tem tudo. Quem não se decide verdadeiramente em segui-lo, não pode entender estas afirmações. São coisas do discipulado…

Amanhã começa o Tríduo Pascal onde vamos fazer memória em nossas paróquias e dioceses do grande amor de Jesus por nós. Nestes três dias vamos recordar que Aquele que nos amou com um amor tão perfeito, recebeu de nós (seres humanos), a traição, a mentira, a falsidade, a dissimulação, chicotadas, ofensas, bofetões, escárnios e todo tipo de zombarias, e que ao invés de nos condenar, nos perdoou e nos deu a Vida Eterna.

Vamos ver também o seu duro e triste calvário, e o seu encontro com a Virgem Maria, sua mãe de ternura, que assistiu de pé a sua crucificação e morte.Vamos chorar a dor de matar o Filho de Deus. E só depois disso, vamos nos alegrar com a sua ressurreição.

Aquele que se decide por ser todo de Deus, independente de ser solteiro, casado ou celibatário, precisa entender nesta Santa Semana, que para ressuscitar com Cristo, é preciso carregar a sua Cruz, como Jesus carregou a Dele. Não há ressurreição sem luta, sofrimento e cruz.

É que na verdade não existe cristianismo sem cruz. Qualquer forma de cristianismo que abomine a Cruz de Cristo, ou a cruz que o cristão deva carregar em seu dia a dia, não é cristianismo. Nem sei que nome dar a isto, mas de fato: Cristianismo sem Cruz não é Cristianismo, mas uma mentira deslavada! Uma invenção meramente humana que e faz conveniente a alguns homens que preferem adotar o discurso de seguir a Cristo sem percorrer o caminho que Ele percorreu.

Carregar a cruz é enfrentar os desafios do dia a dia, sejam eles exteriores – como por exemplo as pessoas que estão ao seu redor com seus defeitos e cobranças, o seu trabalho cotidiano com coragem e profissionalismo, a sua família com as necessidades que lhe são peculiares e, sobretudo as consequências de suas decisões ao longo dos anos – ou os desafios interiores – que são as lutas para vencermos a nós mesmos (nossos pecados, reações, sentimentos e principalmente nosso temperamento).  Carregar a Cruz é converter-se dia após dia! É retomar a caminhada quando percebemos que nos afastamos do verdadeiro caminho. É sair da nossa “zona de conforto” para ir de encontro a quem precisa.

Talvez você me pergunte: Mas vale a pena abrir mão da minha vida pronta e estabelecida para sofrer?

A resposta é pessoal, mas acho que todo cristão irá responder a mesma coisa, por isto me atrevo a responder no plural: Quando trilhamos o caminho de Cristo, somos tomados por uma felicidade tão grande que sofrer por Ele vale a pena!  Ele, Jesus Cristo Nosso Senhor, já aqui na terra, nos dá alegrias que ninguém no mundo é capaz de nos dar. Sim, em meio às dores somos felizes e completos. E fazem mais de dois mil anos que esta estranha decisão intriga o mundo.

Portanto, neste tempo de Semana Santa, mergulhe a fundo na espiritualidade que este tempo nos dá. Reze de forma intensa, seja intenso em Cristo. Ame-o e deixe que Ele te ame. Se precisar retomar o caminho como tantas vezes eu fiz e faço quando necessário, faça! Viva bem esta semana, e no domingo faça festa e celebre não apenas a ressurreição de Cristo, mas a sua própria ressurreição! Sim, viver para nós é Cristo e não há outro motivo, outra alegria, outra felicidade.

Uma Santa Semana para todos os leitores do blog Dominus Vobiscum!
Pax Domini

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Papa Francisco: Viver a Semana Santa é sair de nós mesmos!

Papa Francesco

Enfim nesta quarta-feira O Papa Francisco pode estar com o povo de Deus em sua primeira Audiência Geral, que aconteceu na Praça de São Pedro cada vez mais cheia (e ainda dizem que a igreja está definhando). A sua primeira catequese aconteceu justamente na Semana Santa. Segundo ele mesmo disse ao povo, na próxima quarta-feira ele retomará as catequeses sobre o Ano da Fé, como estava fazendo Bento XVI enquanto Chefe da Igreja.

“O que significa viver a Semana Santa para nós?” – questionou o Sumo Pontífice.

É acompanhar Jesus no seu caminho rumo à Cruz e à Ressurreição. Em sua missão terrena, ele falou a todos, sem distinção, aos grandes e aos humildes, trouxe o perdão de Deus e sua misericórdia, ofereceu esperança; consolou e curou. Foi presença de amor. Na Semana Santa, vivemos o vértice desse caminhada de Jesus, que se entregou voluntariamente à morte para corresponder ao amor de Deus Pai, em perfeita união com sua vontade, para demonstrar o seu amor por nós.

O Papa então perguntou: “Que tudo isso tem a ver conosco?” – E ele mesmo respondeu:

Significa que esta é também a minha, a tua, a nossa caminhada. Viver a Semana Santa seguindo Jesus quer dizer aprender a sair de nós mesmos, ir ao encontro dos outros, ir às periferias da existência, encontrar sobretudo os mais distantes, os que mais necessitam de compreensão, de consolação, de ajuda. Viver a Semana Santa é entrar sempre mais na lógica de Deus, do Evangelho. Mas acompanhar Cristo exige sair de nós mesmos, deixar de lado um modo habitudinário de viver a fé . Deus saiu de Si mesmo para vir ao nosso encontro e também nós devemos fazer o mesmo. A falta de tempo não é desculpa. Não podemos nos contentar com uma oração, uma Missa dominical distraída e não constante, de algum gesto de caridade, e não ter a coragem de “sair” para levar Cristo.

A Semana Santa é um tempo de graça que o Senhor nos doa para abrir as portas do nosso coração, da nossa vida, das nossas paróquias, dos movimentos, das associações, e ‘sair’ ao encontro dos outros para levar a luz e a alegria da nossa fé, um raio de amor do Senhor. Sair sempre! E isso com o amor e a ternura de Deus, no respeito e na paciência.

Após a catequese, como de costume, o Pontífice saudou os grupos presentes. Francisco não falou nas várias línguas, mas sim em italiano. A síntese da catequese e da saudação foi lida por um tradutor. Em português, foi feita pelo Pe. Bruno Lins:

Queridos irmãos e irmãs, na Semana Santa, centro de todo o Ano Litúrgico, somos chamados a seguir Jesus pelo caminho do Calvário em direção à Cruz e Ressurreição. Este é também o nosso caminho. Ele entregou-se voluntariamente ao amor de Deus Pai, unido perfeitamente à sua vontade, para demonstrar o seu amor por nós: assim o vemos na Última Ceia, dando-nos o seu Corpo e o seu Sangue, para permanecer sempre conosco. Portanto, a lógica da Semana Santa é a lógica do amor e do dom de si mesmo, que exige deixar de lado as comodidades de uma fé cansada e rotineira para levar Cristo aos demais, abrindo as portas do nosso coração, da nossa vida, das nossas paróquias, movimentos, associações, levando a luz e a alegria da nossa fé. Viver a Semana Santa seguindo Jesus significa aprender a sair de nós mesmos para ir ao encontro dos demais, até as periferias da existência. Há uma necessidade imensa de levar a presença viva de Jesus misericordioso e rico de amor. Queridos peregrinos de língua portuguesa, particularmente os grupos de jovens vindos de Portugal e do Brasil: sede bem-vindos! Desejo-vos uma Semana Santa abençoada, seguindo o Senhor com coragem e levando a quantos encontrardes o testemunho luminoso do seu amor. A todos dou a Bênção Apostólica!

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Não cantará o galo, antes de Me teres negado três vezes!

pedro e o galoDo Evangelho Quotidiano

Naquele tempo, estando Jesus à mesa com os discípulos, sentiu-Se intimamente perturbado e declarou: Em verdade, em verdade vos digo que um de vós me há-de entregar! Os discípulos olhavam uns para os outros, sem saberem a quem se referia. Um dos discípulos, aquele que Jesus amava, estava à mesa reclinado no seu peito. Simão Pedro fez-lhe sinal para que lhe perguntasse a quem se referia. Então ele, apoiando-se naturalmente sobre o peito de Jesus, perguntou: Senhor, quem é? Jesus respondeu: É aquele a quem Eu der o bocado de pão ensopado. E molhando o bocado de pão, deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. E, logo após o bocado, entrou nele Satanás. Jesus disse-lhe, então: O que tens a fazer fá-lo depressa. Nenhum dos que estavam com Ele à mesa entendeu, porém, com que fim lho dissera. Alguns pensavam que, como Judas tinha a bolsa, Jesus lhe tinha dito: ‘Compra o que precisamos para a Festa’, ou que desse alguma coisa aos pobres. Tendo tomado o bocado de pão, saiu logo. Fazia-se noite. Depois de Judas ter saído, Jesus disse: Agora é que se revela a glória do Filho do Homem e assim se revela nele a glória de Deus. E, se Deus revela nele a sua glória, também o próprio Deus revelará a glória do Filho do Homem, e há-de revelá-la muito em breve. Filhinhos, já pouco tempo vou estar convosco. Haveis de me procurar, e, assim como Eu disse aos judeus: ‘Para onde Eu for vós não podereis ir’, também agora o digo a vós. Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, para onde vais? Jesus respondeu-lhe: Para onde Eu vou, tu não me podes seguir por agora; hás-de seguir-me mais tarde. Disse-lhe Pedro: Senhor, porque não posso seguir-te agora? Eu daria a vida por ti! Replicou Jesus: Darias a vida por mim? Em verdade, em verdade te digo: não cantará o galo, antes de me teres negado três vezes! (Jo 13,21-33.36-38)

Comentário feito por São Francisco de Sales (1567-1622), bispo de Genebra, doutor da Igreja – Obras Completas, vol. 10

São Pedro, Apóstolo, foi muito injusto para com o seu Senhor porque O negou, jurando que não O conhecia e, não contente com isso, foi maldizente e blasfemo, asseverando não saber Quem Ele era (Mt 26,69 ss). Este incidente magistral partiu o coração de Nosso Senhor. Que fazeis e que dizeis vós, pobre São Pedro? Não sabeis quem Ele é, não O conheceis?, vós que fostes chamado pela Sua própria boca ao Apostolado e que haveis confessado ser Ele o Filho do Deus vivo? (Mt 16,16) Ah, homem miserável, como ousais dizer que não O conheceis? Não foi Ele Quem vos lavou outrora os pés (Jo 13,6), Ele Quem vos alimentou com o Seu Corpo e o Seu Sangue? […]

Portanto, que ninguém presuma das suas boas obras e pense não ter nada a temer, uma vez que São Pedro, que tantas graças recebeu, que prometeu acompanhar Nosso Senhor até à prisão e até à morte, se prontificou a negá-lo ao mais pequeno reparo duma criada.

Ao cantar do galo, São Pedro lembrou-se do que acabara de fazer e do que lhe havia dito o seu Bom Senhor; então, reconhecendo a sua falta, saiu a chorar tão amargamente que só por isso recebeu indulgência plenária e remissão de todos os seus pecados. Bem-aventurado São Pedro, que através de tal contrição recebestes o perdão de tão grande deslealdade. […] Bem sei que foi o sagrado olhar de Nosso Senhor que lhe calou fundo no coração e lhe abriu os olhos para reconhecer o seu pecado (Lc 22,61) […], pois a partir daí não deixou jamais de chorar, em especial sempre que ouvia o galo cantar. […] Assim, de grande pecador tornou-se um grande santo.

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Especial Semana Santa:: Coroa das sete dores de Nossa Senhora

Icon_of_Virgin_Mary_(fragment,_Greece)Trecho do livro Maria Sempre Virgem e Santa

Esta oração é bastante rezada pela Igreja durante o período quaresmal, sobretudo na terça-feira da Semana Santa, que é uma época oportuna para meditarmos as dores e sofrimentos de Nossa Senhora. Infelizmente não se sabe por qual motivo, os católicos deixaram de rezar esta oração que é linda e muito profunda. Quando a rezamos, nos colocamos ao lado da Mãe de Jesus nos momentos mais sofridos de sua vida, narrados nos Santos Evangelhos.

O cristão que trilha este caminho ao lado de Maria, torna seu coração mais fecundo ao amor e aprende a superar, como Maria, os momentos difíceis; com a ajuda que vem do alto. É claro que nossas dores não se comparam aos sofrimentos da Santa Virgem. Porém é preciso levar em consideração o fato que nenhuma criatura viveu com tanto amor as dores e padecimentos e por isso ela é chamada de corredentora e Onipotência Suplicante!

Fazendo esta oração, nós Unimos nossas dores imperfeitas aos sofrimentos d’Ela e assim encontraremos ânimo para suportar as dificuldades de nosso dia e teremos força para subirmos ao alto de nosso próprio Calvário.

Como rezar?

  • Reze o Creio, o Pai Nosso e 3 Ave-Marias.
  • Para cada dor de Maria deve-se rezar 1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai.

Primeira Dor de Nossa Senhora: A Apresentação de Jesus no Templo e a profecia de Simeão

Ao apresentar o Menino Jesus no Templo, Maria encontrou Simeão que proferiu a seguinte profecia: “Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma (Lc 2, 34-35)

Unidos à dor que Maria sentiu nessa ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado. (1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai).

Segunda Dor de Nossa Senhora: A fuga para o Egito

Após o nascimento de Jesus, o Rei Herodes quis matá-lo e, por causa disso, um anjo do Senhor apareceu a São José e disse: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise”. Obediente, “José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito.” (Mt 2, 13-14).

Unidos à dor que Maria sentiu nessa ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado. (1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai).

Terceira Dor de Nossa Senhora: A perda do Menino Jesus no Templo

Terminada a festa da Páscoa, o Menino Jesus ficou em Jerusalém sem que seus pais o percebessem. Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. (Lc 2, 43-50)

Unidos à dor que Maria sentiu nesta ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado (1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai).

Quarta Dor de Nossa Senhora: O encontro com Jesus no Caminho do Calvário

Um dos momentos mais pungentes da Paixão é o encontro de Jesus com Sua Mãe no caminho do Calvário. As lágrimas que Maria derramou na ocasião, a troca de olhar com o Filho, a constatação das crueldades que Ele estava sofrendo, tudo causava imensa dor no Seu Coração de Mãe.

Unidos à dor que Maria sentiu nesta ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado (1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai).

Quinta dor de Nossa Senhora: Maria fica de pé junto à Cruz de Jesus

Maria acompanhou de perto todo o sofrimento de Jesus na Cruz e assistiu de pé à sua morte: “junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cleofás, e Maria Madalena” (Jo 19, 25)

Unidos à dor que Maria sentiu nesta ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado (1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai).

Sexta Dor de Nossa Senhora: Maria recebe o corpo de Jesus morto em seus braços

Nossa Senhora da Piedade, é assim que o povo católico invoca Maria nesse momento da Paixão. Depois “tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar.” (Jo 19, 40)

Unidos à dor que Maria sentiu nessa ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado (1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai).

Sétima Dor de Nossa Senhora: Maria deposita Jesus no Sepulcro

O sepultamento de Seu Divino Filho foi a última dor que Maria sentiu durante a Paixão. “No lugar em que ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda fora depositado. Foi ali que depositaram Jesus.” (Jo 19, 41-42)

Unidos à dor que Maria sentiu nesta ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado (1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai).

ORAÇÃO FINAL:

Estava a Mãe dolorosa, Junto à Cruz, lacrimosa, Da qual pendia o seu Filho. Banhada em pranto amoroso, Neste transe doloroso, a dor lhe rasgava o peito.

Estava triste e sofria, Porque ela mesma via, as dores do Filho amado. Quem não chora, vendo isto, Contemplando a Mãe do Cristo, Em tão grande sofrimento?

Dai-me, ó Mãe, fonte de amor, que eu sinta a força da dor, para que eu chore contigo.

Fazei arder meu coração, do Cristo Deus na paixão, para que eu sofra com Ele. Quero contigo chorar, e a Cruz compartilhar, por toda a minha vida.

Por Maria, amparado, que eu não seja condenado, no dia de minha morte. Ó Cristo, que eu tenha sorte, no dia de minha morte, ser levado por Maria.

E no dia em que eu morrer, fazei com que eu possa ter, a glória do Paraíso. Amém.

Privilégios para quem pratica essa devoção:

Em revelação particular a Santa Brígida, devidamente aprovada pela Igreja, Nossa Senhora promete conceder sete graças para quem, cada dia, rezar sete Ave-Marias em honra das suas dores e lágrimas. Eis as promessas:

  • Darei paz as suas famílias;
  • Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios;
  • Serão consolados em suas penas e os acompanharei nas suas aflições;
  • Tudo o que pedirem lhes será concedido, contanto que nada se oponha à vontade adorável do Meu Divino Filho e à santificação das suas almas;
  • Irei defendê-los nos combates espirituais contra o inimigo infernal e serão protegidos em todos os instantes da vida;
  • Irei assistí-los visivelmente no momento da morte e verão o rosto da Sua Mãe Santíssima;
  • Obtive do Meu Filho que, os que propaguem esta devoção (às Minhas Lágrimas e Dores), sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois terão todos os seus pecados apagados e o Meu Filho e Eu seremos a sua eterna consolação e alegria.

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Série Espiritualidade: “Regra de São Bento”

stbenedictCapítulo 21 – Dos decanos do mosteiro

1. Se a comunidade for numerosa, sejam escolhidos, dentre os seus membros, irmãos de bom testemunho e de vida monástica santa, e constituídos Decanos; 2. empreguem sua solicitude em tudo o que diz respeito às suas decanias, conforme os mandamentos de Deus e os preceitos do seu Abade.

3. Que os Decanos eleitos sejam tais que possa o Abade, com segurança, repartir com eles o seu ônus; 4. e não sejam escolhidos pela ordem na comunidade, mas segundo o mérito da vida e a doutrina da sabedoria. 5. Se algum dentre os Decanos, acaso inchado por qualquer soberba, for julgado merecedor de repreensão, seja repreendido uma, duas, até três vezes; se não quiser emendar-se seja destituído 6. e ponha-se em seu lugar outro que seja digno. 7. O mesmo determinamos a respeito do Prior.

Capítulo 22 – Como devem dormir os monges

1. Durma cada um em uma cama. 2. Tenham seus leitos de acordo com o modo de viver monástico e conforme o abade distribuir. 3. Se for possível, durmam todos num mesmo lugar; se, porém, o número não o permitir, durmam aos grupos de dez ou vinte, em companhia de monges mais velhos que sejam solícitos para com eles. 4. Esteja acesa nesse recinto uma candeia sem interrupção, até o amanhecer.

5. Durmam vestidos e cingidos com cintos ou cordas, mas de forma que não tenham, enquanto dormem, as facas a seu lado, a fim de que não venham elas a ferir, durante o sono, quem está dormindo; 6. e de modo que estejam os monges sempre prontos e, assim, dado o sinal, levantando-se sem demora, apressem-se mutuamente e antecipem-se no Ofício Divino, porém com toda gravidade e modéstia.

7. Que os irmãos mais jovens não tenham leitos juntos, mas intercalados com os dos mais velhos. 8. Levantando-se para o Ofício Divino chamem-se mutuamente, para que não tenham desculpas os sonolentos; façam-no, porém, com moderação.

Capítulo 23 – Da excomunhão pelas faltas

1. Se houver algum irmão teimoso ou desobediente, soberbo ou murmurador, ou em algum modo contrário à santa Regra, e desprezador dos preceitos dos seus superiores, 2. seja ele admoestado, conforme o preceito de nosso Senhor, a primeira e a segunda vez, em particular pelos seus superiores.

3. Se não se emendar, seja repreendido publicamente, diante de todos. 4. Se porém, nem assim se corrigir sofra a excomunhão, caso possa compreender o que seja essa pena. 5. Se, entretanto, está de ânimo endurecido, seja submetido a castigo corporal.

Capítulo 24 – Qual deve ser o modo de proceder-se à excomunhão

1. A medida tanto da excomunhão como da disciplina, deve regular-se segundo a espécie da falta, 2. e esta espécie das faltas está sob critério do julgamento do abade.

3. Se algum irmão incorrer em faltas mais leves, seja privado da participação à mesa. 4. Será este o proceder de quem está privado da mesa: não entoe salmo, nem antífona no oratório, nem recite lição até que tenha sido dada a devida satisfação. 5. Receba sozinho a sua refeição depois da refeição dos irmãos; 6. de modo que, por exemplo, se os irmãos vão tomar a refeição à hora sexta, aquele irmão o fará à hora nona; se os irmãos à nona, ele à hora de Vésperas, 7. até que tenha obtido o perdão por conveniente satisfação.

Capítulo 25 – Das faltas mais graves

1. Que seja suspenso da mesa e também do oratório o irmão culpado de faltas mais graves.

2. Que nenhum irmão se junte a ele em nenhuma espécie de relação, nem para lhe falar. 3. Esteja sozinho no trabalho que lhe for determinado, permanecendo no luto da penitência, ciente daquela terrível sentença do Apóstolo que diz: 4. “Este homem foi assim entregue à morte da carne para que seu espírito se salve no dia do Senhor”. 5. Faça a sós a sua refeição na medida e na hora que o Abade julgar convenientes, 6. não seja abençoado por ninguém que por ele passe, nem também a comida que lhe é dada.

Por que consagrar-se a Deus? Beato João Paulo II responde…

giovanni-paolo-ii-divina-misericordia-2Do Evangelho Quotidiano

Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde vivia Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos. Ofereceram-lhe lá um jantar. Marta servia e Lázaro era um dos que estavam com Ele à mesa. Então, Maria ungiu os pés de Jesus com uma libra de perfume de nardo puro, de alto preço, e enxugou-lhos com os seus cabelos. A casa encheu-se com a fragrância do perfume. Nessa altura disse um dos discípulos, Judas Iscariotes, aquele que havia de o entregar: Porque é que não se vendeu este perfume por trezentos denários, para os dar aos pobres? Ele, porém, disse isto, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão e, como tinha a bolsa do dinheiro, tirava o que nela se deitava. Então, Jesus disse: Deixa que ela o tenha guardado para o dia da minha sepultura! De fato, os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim não me tendes sempre. Um grande número de judeus, ao saber que Ele estava ali, vieram, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos. Os sumos sacerdotes decidiram dar a morte também a Lázaro, porque muitos judeus, por causa dele, os abandonavam e passavam a crer em Jesus. (Jo 12,1-11)

Comentário feito por Beato João Paulo II (1920-2005), papa – Exortação apostólica Vita Consecrata, §§ 104-105

Diversos são aqueles que hoje se interrogam perplexos: Porquê a vida consagrada? Porquê abraçar este género de vida, quando existem tantas urgências […] às quais se pode responder igualmente sem assumir os compromissos peculiares da vida consagrada? A vida consagrada não será uma espécie de desperdício de energias humanas que podiam ser utilizadas, segundo critérios de eficiência, para um bem maior da humanidade e da Igreja? […] Sempre existiram interrogações semelhantes, como demonstra eloquentemente o episódio evangélico da unção de Betânia: Maria, tomando uma libra de perfume de nardo puro, de alto preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com os cabelos; e a casa encheu-se com o cheiro do perfume (Jo 12,3). A Judas que, tomando como pretexto as necessidades dos pobres, se lamentava por tão grande desperdício, Jesus respondeu: Deixa-a fazer! (Jo 12,7).

Esta é a resposta, sempre válida, à pergunta que tantos, mesmo de boa fé, colocam acerca da atualidade da vida consagrada: […] Deixa-a fazer!

Para aqueles a quem foi concedido o dom de seguir mais de perto o Senhor Jesus, é óbvio que Ele pode e deve ser amado com coração indiviso, que se Lhe pode dedicar a vida toda e não apenas alguns gestos, alguns momentos ou algumas atividades. O perfume de alto preço, derramado como puro ato de amor e, por conseguinte, fora de qualquer consideração utilitária, é sinal de uma superabundância de gratuidade, como a que transparece numa vida gasta a amar e a servir o Senhor, a dedicar-se à Sua Pessoa e ao Seu Corpo Místico. Mas é desta vida derramada sem reservas que se difunde um perfume que enche toda a casa. A casa de Deus, a Igreja, é adornada e enriquecida hoje, não menos que outrora, pela presença da vida consagrada. […] A vida consagrada é importante precisamente por ser superabundância de gratuidade e de amor, o que se torna ainda mais verdadeiro num mundo que se arrisca a ficar sufocado na vertigem do efêmero.

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Especial Semana Santa:: Você conhece o “Ofício de Trevas”?

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O Ofício de Trevas, embora o nome possa dar a entender, não é um rito enigmático e obscuro, mas um das orações mais belas (na minha opinião) da Semana Santa. Em alguns lugares ele é celebrado na Segunda Feira Santa, mas o dia mais correto para esta celebração é entre a noite de Quarta-Feira até antes do amanhecer da Quinta, marcando o início do Tríduo Pascal. Durante os séculos houve muitas formas musicadas, inclusive não apenas na forma gregoriana, mas também na forma de música clássica. Durante muito tempo este rito permaneceu guardado pela igreja (e sinceramente não sei a razão disso), mas atualmente vem sendo retomado em diversas paróquias e dioceses do Brasil.

O Ofício de trevas mostra, de forma bastante clara, a figura do servo Sofredor e, junto dEle, nos colocamos rezando e meditando sobre os Sofrimentos de Sua Paixão e Morte na Cruz. Este nome (Ofício de Trevas) tem diversas explicações. Entre elas:

  • As trevas naturais de meia-noite ao anoitecer, ou seja, as horas destinadas à recitação do ofício, lembrando as palavras de Cristo preso nas trevas da noite: “Haec est hora vestra et potestas tenebrarum” (Esta é a vossa hora e do poder das trevas.) (Lc 22, 53);
  • As trevas litúrgicas, quando durante as cerimonias da paixão apagam-se todas as luzes na igreja, exceto uma;
  • As trevas simbólicas da paixão.

Como este ofício é cantado ao cair da noite o auxílio das luzes de velas torna-se indispensável.

OT2

No coro é colocado um candelabro de quinze velas. Uma delas é de cor branca e todas as outras são feitas de cera amarela e comum, como sinal de luto e pesar. As velas que vão se apagando representam os discípulos, que pouco a pouco abandonaram Nosso Senhor Jesus Cristo durante a Paixão.

No final de cada um dos Salmos que vão sendo cantados, o cerimoniário apaga uma das velas. Ao mesmo tempo, as luzes da igreja vão sendo apagadas também. As velas vão sendo apagadas sucessivamente, até restar apenas uma, a branca. Esta vela não será apagada. Continuará acesa e será levada para atrás do altar, e depois reaparece.

Esta vela branca, significa Nosso Senhor que, por breve tempo, se retira do meio dos homens e baixa ao túmulo, para reaparecer, pouco depois, fulgurante de luz e de glória.

No fim, apagam-se as luzes para simbolizar o luto da Igreja e a escuridão que baixou sobre a terra quando Nosso Senhor morreu.

OT3

O ruído no fim do ofício de trevas significa o terremoto e a perturbação dos inimigos e recordam a desordem que sucedeu na natureza, com a morte de Nosso Senhor. Por isso é comum que os participantes batam nos bancos da Igreja, fazendo um barulho ensurdecedor.

A razão histórica do rito de apagar pouco a pouco as velas do tenebrário provavelmente é uma lembrança. Semelhantemente se apagava uma vela depois de cada salmo, para constar quantos foram recitados. Este rito remonta, portanto, ao tempo em que ainda não havia ofícios metodicamente organizados ou quando havia, conforme a estação do ano, mudança no número de salmos.

Ao término do ofício, o oficiante e os que o seguem, fecham o livro com estrépito.

Se você nunca participou do Ofício de Trevas, fica a dica: Informe-se na sua paróquia ou diocese onde pode encontrá-lo e vá participar e rezar com os irmãos. Como disse antes, para mim é um dos momentos mais lindos e profundos da Semana Santa.

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São Cirilo de Alexandria fala sobre o Domingo de Ramos

domingo de ramos

Trecho de uma homilia de São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja – Homilia 13; PG 77, 1049

Irmãos, celebremos hoje a vinda do nosso Rei, vamos ao Seu encontro, porque Ele também é o nosso Deus. […] Elevemos o coração até Deus, não apaguemos o Espírito (1Ts 5,19), aprontemos alegremente as candeias (Mt 25,7), mudemos as vestes da alma. Quais vencedores, peguemos em palmas e, quais pessoas simples, aclamemo-Lo com o povo. Com as crianças, cantemos, com um coração infantil: «Hossana! Bendito seja O que vem em nome do Senhor!» (Mt 21,15) […] Hoje mesmo Ele entra em Jerusalém, de novo se prepara a cruz, o documento de acusação de Adão foi abolido (Col 2,14); de novo se abre o Paraíso, e o ladrão nele entra (Lc 23,43); de novo a Igreja está em festa. […]

Ele não vem acompanhado pelas forças invisíveis do céu e pelas legiões de anjos; não está sentado num trono alto e sublime, protegido pelas asas dos serafins, por um carro de fogo e por seres vives de múltiplos olhos, que tudo fazem tremer com prodígios e com o som das trombetas (Ez 1,4ss). Ele vem escondido na natureza humana. É uma exaltação de bondade, não de justiça; de perdão, não de vingança. Ele não aparece na glória de Seu Pai (Ex 19,16ss), mas na humildade de Sua mãe. Já outrora o profeta Zacarias nos anunciara esta aparição; e convidava toda a criação ao júbilo […]: Exulta de alegria, filha de Sião! (Za 9,9) As mesmas palavras que o anjo Gabriel pronunciara à Virgem: Salve, ó cheia de graça (Lc 1,28), e a mesma mensagem que o Salvador anunciou às santas mulheres após a Sua ressurreição: «Salve!» (Mt 28,9) […]

Exulta de alegria, filha de Jerusalém! Aí vem o teu Rei, ao teu encontro, manso e montado num jumentinho, filho de uma jumenta. […] Que significa isto? Ele não não vem com pompa e esplendor, como é próprio dos reis. Vem na condição de servo (Fl 2,7), de esposo cheio de ternura, de Cordeiro dulcíssimo (Jo 1,29), fresco orvalho no Seu velo (Jz 6,36ss), ovelha que é levada ao matadouro (Jr 11,19), manso cordeiro arrastado para o sacrifício (Is 53,7). […] Hoje, os filhos dos hebreus correm à Sua frente, oferecendo ramos de oliveira Àquele que é misericordioso e, em júbilo, recebem com palmas o Vencedor da morte. Hossana! Bendito seja O que vem em nome do Senhor!

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Papa aos jovens: “Confio-vos a Virgem Maria em sua jornada rumo a JMJ”

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Da Radio Vaticana

Ao término da missa deste Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, início da Semana Santa, presidida pelo Santo Padre na Praça São Pedro, Francisco, antes da bênção final, fez a oração do Angelus. Na alocução que precedeu a oração mariana, o Pontífice confiou os jovens à Virgem Maria, e o itinerário deles rumo à Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. A seguir, na íntegra, a alocução do Papa:

“Amados irmãos e irmãs,

No final desta celebração, invoquemos a intercessão da Virgem Maria para que nos acompanhe na Semana Santa. Ela, que seguiu com fé o seu Filho até ao Calvário, nos ajude a caminhar atrás d’Ele, levando com serenidade e amor a sua Cruz a fim de chegarmos à alegria da Páscoa. A Virgem Nossa Senhora das Dores ampare especialmente quem está vivendo situações mais difíceis; lembro de modo particular as pessoas vítimas de tuberculose, sendo hoje o Dia Mundial de luta contra esta doença. E de modo especial entrego a Maria vós próprios, caríssimos jovens, e o vosso itinerário rumo ao Rio de Janeiro. Um bom caminho a todos!”

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Homilia do Papa Francisco na missa do Domingo de Ramos

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Da Canção Nova

Homilia do Papa na Celebração do Domingo de Ramos
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 24 de março de 2013

Jesus entra em Jerusalém. A multidão dos discípulos acompanha-O em festa, os mantos são estendidos diante d’Ele, fala-se dos prodígios que realizou, ergue-se um grito de louvor: “Bendito seja aquele que vem, o rei, em nome do Senhor! Paz no céu e glória no mais alto dos céus!” (Lc 19, 38).

Multidão, festa, louvor, bênção, paz: respira-se um clima de alegria. Jesus despertou tantas esperanças no coração, especialmente das pessoas humildes, simples, pobres, abandonadas, pessoas que não contam aos olhos do mundo. Ele soube compreender as misérias humanas, mostrou o rosto misericordioso de Deus, inclinou-Se para curar o corpo e a alma.

Este é Jesus. Este é o seu coração que olha para todos nós, que olha as nossas doenças, os nossos pecados. É grande o amor de Jesus. E assim entra em Jerusalém com este amor, e olha para todos nós. É uma cena bela: cheia de luz – a luz do amor de Jesus, aquele do seu coração – de alegria, de festa.

No início da Missa, também nós o repetimos. Agitamos os nossos ramos de palmeira e de oliveira. Também nós acolhemos Jesus; também nós expressamos a alegria de acompanhá-Lo, de senti-Lo perto de nós, presente em nós e em meio a nós, como um amigo, como um irmão, também como rei, isto é, como farol luminoso da nossa vida. Jesus é Deus, mas se abaixou para caminhar conosco. É o nosso amigo, o nosso irmão. Quem nos ilumina no caminho. E assim O acolhemos. E esta é a primeira palavra que gostaria de dizer a vocês: alegria! Nunca sejam homens e mulheres tristes: um cristão não pode nunca sê-lo! Não vos deixeis invadir pelo desânimo! A nossa não é uma alegria que nasce do fato de possuirmos muitas coisas, mas de termos encontrado uma Pessoa: Jesus, que está em meio a nós; nasce do saber que com Ele nunca estamos sozinhos, mesmo nos momentos difíceis, mesmo quando o caminho da vida é confrontado com problemas e obstáculos que parecem insuperáveis, e há tantos! E neste momento vem o inimigo, vem o diabo, disfarçado como anjo muitas vezes, e insidiosamente nos diz a sua palavra. Não o escuteis! Sigamos Jesus! Nós acompanhamos, seguimos Jesus, mas, sobretudo, sabemos que Ele nos acompanha e nos carrega aos seus ombros: aqui está a nossa alegria, a esperança que devemos levar a este nosso mundo. E, por favor, não deixem roubar a esperança! Não deixem roubar a esperança! Aquela que Jesus nos dá.

Mas nos perguntamos: Segunda palavra. Por que Jesus entra em Jerusalém, ou talvez melhor: como entra Jesus em Jerusalém? A multidão aclama-O como Rei. E Ele não Se opõe, não a manda calar (cf. Lc 19, 39-40). Mas, que tipo de Rei é Jesus? Vejamo-Lo: monta um jumentinho, não tem uma corte que o segue, não está rodeado de um exército símbolo de força. Quem O acolhe são pessoas humildes, simples, que têm o sentido de ver em Jesus algo mais; tem aquele sentido da fé, que diz: Este é o Salvador. Jesus não entra na Cidade Santa para receber as honras reservadas aos reis terrenos, a quem tem poder, a quem domina; entra para ser flagelado, insultado e ultrajado, como preanuncia Isaías na Primeira Leitura (cf. Is 50, 6); entra para receber uma coroa de espinhos, uma vara, um manto de púrpura, a sua realeza será objeto de escárnio; entra para subir ao Calvário carregado em uma madeira. E aqui temos a segunda palavra: Cruz. Jesus entra em Jerusalém para morrer na Cruz. E é precisamente aqui que brilha o seu ser Rei segundo Deus: o seu trono real é o madeiro da Cruz! Penso naquilo que Bento XVI dizia aos Cardeais: vós sois príncipes, mas de um Rei crucificado. Aquele é o trono de Jesus. Jesus toma sobre si… Por que a Cruz? Porque Jesus toma sobre si o mal, a sujeira, o pecado do mundo, também o nosso pecado, de todos nós, e o lava, o lava com o seu sangue, com a misericórdia, com o amor de Deus. Olhemos ao nosso redor: quantas feridas o mal inflige à humanidade! Guerras, violência, conflitos econômicos que afetam quem é mais vulnerável, sede de dinheiro, que depois ninguém pode levar consigo, deve deixá-lo. Minha avó dizia a nós crianças: a mortalha não tem bolsos. Amor ao dinheiro, poder, corrupção, divisões, crimes contra a vida humana e contra a criação! E também – cada um de nós o sabe e o conhece – e os nossos pecados pessoais: a falta de amor e de respeito com Deus, para com o próximo e para com toda a criação. Na cruz, Jesus sente todo o peso do mal e, com a força do amor de Deus, vence-o, derrota-o na sua ressurreição. Este é o bem que Jesus faz a todos nós no trono da Cruz. A cruz de Cristo abraçada com amor nunca leva à tristeza, mas à alegria, à alegria de ser salvos e de fazer um pouquinho daquilo que fez Ele naquele dia de sua morte.

Hoje, nesta Praça, há tantos jovens: há 28 anos o Domingo de Ramos é o Dia da Juventude! E aqui aparece a terceira palavra: jovens! Queridos jovens, eu os vi na procissão, quando vocês entraram; imagino-vos fazendo festa ao redor de Jesus, agitando os ramos de oliveira; imagino-vos gritando o seu nome e expressando a vossa alegria por estardes com Ele! Vós tendes uma parte importante na festa da fé! Vós nos trazeis a alegria da fé e nos dizeis que devemos viver a fé com um coração jovem, sempre: um coração jovem, mesmo aos setenta, oitenta anos! Coração jovem! Com Cristo o coração não envelhece nunca! Entretanto, todos sabemos e vós o sabeis bem, que o Rei que seguimos e que nos acompanha é muito especial: é um Rei que ama até à cruz e nos ensina a servir, a amar. E vós não tendes vergonha da sua Cruz! Antes, abraçam a Cruz, porque compreendem que é na doação de si mesmo, na doação de si mesmo, no sair de si mesmo, que se alcança a verdadeira alegria e que com o amor de Deus Ele venceu o mal. Vós levais a Cruz peregrina por todos os continentes, pelas estradas do mundo! Vocês a levaram respondendo ao convite de Jesus “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (cf. Mt 28, 19), que é o tema da Jornada da Juventude deste ano. Vocês a levam para dizer a todos que, na cruz, Jesus abateu o muro da inimizade, que separa os homens e os povos, e trouxe a reconciliação e a paz. Queridos amigos, também eu me coloco em caminho com vocês, na esteira do Beato João Paulo II e de Bento XVI. Já estamos perto da próxima etapa desta grande peregrinação da Cruz. Olho com alegria para o próximo mês de Julho, no Rio de Janeiro! Vinde! Encontramo-nos naquela grande cidade do Brasil! Preparai-vos bem, sobretudo espiritualmente, nas vossas comunidades, para que este Encontro seja um sinal de fé para o mundo inteiro. Os jovens devem dizer ao mundo: é bom seguir Jesus; é bom caminhar com Jesus; é boa a mensagem de Jesus; é bom sair de si mesmo, às periferias do mundo e da existência para levar Jesus! Três palavras: alegria, cruz, jovens.

Peçamos a intercessão da Virgem Maria. Que Ela nos ensine a alegria do encontro com Cristo, o amor com que O devemos contemplar ao pé da cruz, o entusiasmo do coração jovem com que O devemos seguir nesta Semana Santa e por toda a nossa vida. Assim seja.

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