No podcast que postei ainda hoje, e que gostaria que você ouvisse antes de continuar a leitura deste texto, falamos e debatemos sobre algo interessante: A salvação vem unicamente pela fé, ou depende também das obras que praticamos? É importante conhecer a Doutrina Católica para saber o que a Igreja pensa a respeito. E olha que existem diferenças entre a Doutrina Católica e a Doutrina Protestante. E como este blog se destina a ajudar todos aqueles que desejam conhecer mais sobre a fé católica, gostaria que você lesse mais sobre isso, por sendo sendo bem franco com você a minha e a sua salvação estão em jogo!
A Salvação para os nossos irmãos Protestantes – Para o Protestante basta que a pessoa se declare Salva devido sua Fé (de forma mais popular, que ela aceite Jesus na sua vida), sem necessitar mudar de vida conforme deseja o Nosso Senhor Jesus. Ainda que ela não seja purificada ou Santificada, o ato de “aceitar Jesus” praticamente faz tudo isso.
Lutero (que causou toda essa confusão) afirmava assim:
Os méritos de Jesus não levam em conta os pecados do indivíduo; a Fé confiante faz com que Deus nos recubra com o manto dos méritos de Cristo, declarando-nos justos. O crente diz estar certo da Salvação eterna em qualquer fase da sua vida, desde que mantenha a Fé confiante. Donde o famoso adágio atribuído a Lutero:“Pecco fortiter, sed fortius credo” (Peco intensamente, mas ainda mais intensamente creio)
Que dizer a Respeito? – Não há dúvida, a Escritura ensina que a remissão dos pecados é gratuitamente concedida aos homens mediante os méritos de Cristo:
Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. (Romanos 5,8)
E a Igreja católica sabe que o homem não pode merecer o perdão, mas ele o aceita contritamente. Porém, a palavra diz também que o perdão concedido por Deus não é mera fórmula jurídica, ou seja, uma vez que aceitou Jesus pode agora seguramente garantir a salvação. Mas na verdade, a salvação se alcança quando através da graça de Deus vamos voltando a nossa vida, os nossos olhos e coração, para a vontade de Deus. Com isso vai acontencendo uma coisa muito linda em nós: A regeneração da dignidade de filhos de Deus em mim e em você. Veja:
“Jesus replicou-lhe: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus. Nicodemos perguntou-lhe: Como pode um homem renascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no seio de sua mãe e nascer pela segunda vez? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus.” (João 3,3-5)
“E, não por causa de obras de justiça que tivéssemos praticado, mas unicamente em virtude de sua misericórdia, ele nos salvou mediante o batismo da regeneração e renovação, pelo Espírito Santo…” (Tito 3,5)
E essa dignidade de filhos de Deus não é de nome apenas, como afirma o Apóstolo São João:
Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não o conheceu. (1 João 3,1)
Por isso nos tornarmos ”parceiros” ou colaboradores (estou usando uma linguagem bem simples) da natureza Divina como diz São Pedro, e o próprio Jesus no Evangelho de São Mateus:
Por elas, temos entrado na posse das maiores e mais preciosas promessas, a fim de tornar-vos por este meio participantes da natureza divina, subtraindo-vos à corrupção que a concupiscência gerou no mundo. (2 Pedro 1,4)
Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito. (Mateus 5,48)
Se portanto, é pela regeneração dessa dignidade, Deus nos concede uma nova natureza ao nos perdoar as faltas, está claro que não basta crer, e que as obras boas devem pertencer ao programa de Santificação do Cristão; elas se tornam condição indispensável para que alguém consiga a vida eterna. Deus não pode deixar de exigir tais obras depois de nos ter concedido o princípio capaz de as produzir. No próximo post explicaremos o que significa a salvação para os católicos…
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