Evangelho do Dia: Reconhecer o tempo presente

Do Evangelho Quotidiano

Naquele tempo, dizia Jesus à multidão: Quando vedes uma nuvem levantar-se do poente, dizeis logo: ‘Vem lá a chuva’; e assim sucede. E quando sopra o vento sul, dizeis: ‘Vai haver muito calor’; e assim acontece. Hipócritas, sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu; como é que não sabeis reconhecer o tempo presente? Porque não julgais por vós mesmos, o que é justo? Por isso, quando fores com o teu adversário ao magistrado, procura resolver o assunto no caminho, não vá ele entregar-te ao juiz, o juiz entregar-te ao oficial de justiça e o oficial de justiça meter-te na prisão. Digo-te que não sairás de lá, antes de pagares até ao último centavo. (Lc 12,54-59)

Comentário ao Evangelho do dia feito pelo Beato João Paulo II

Não será porventura um sinal dos tempos que se verifique hoje, não obstante os vastos processos de secularização, uma generalizada exigência de espiritualidade, que em grande parte se exprime precisamente numa renovada carência de oração? Também as outras religiões, já largamente presentes nos países de antiga cristianização, oferecem as suas respostas a tal necessidade, chegando às vezes a fazê-lo com modalidades cativantes. Nós que temos a graça de acreditar em Cristo, revelador do Pai e Salvador do mundo, temos obrigação de mostrar a profundidade a que pode levar o relacionamento com Ele.

A grande tradição mística da Igreja, tanto no Oriente como no Ocidente, é bem elucidativa a tal respeito, mostrando como a oração pode progredir, sob a forma dum verdadeiro e próprio diálogo de amor, até tornar a pessoa humana totalmente possuída pelo Amante divino, sensível ao toque do Espírito, abandonada filialmente no coração do Pai. Experimenta-se então ao vivo a promessa de Cristo: Aquele que Me ama será amado por Meu Pai, e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele (Jo 14,21). […]

As nossas comunidades, amados irmãos e irmãs, devem tornar-se autênticas escolas de oração, onde o encontro com Cristo não se exprima apenas em pedidos de ajuda, mas também em ação de graças, louvor, adoração, contemplação, escuta, afetos de alma, até se chegar a um coração verdadeiramente apaixonado. Uma oração intensa, mas sem se afastar do compromisso na história: ao abrir o coração ao amor de Deus, aquela abre-o também ao amor dos irmãos, tornando-nos capazes de construir a história segundo o desígnio de Deus.

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Estudo sobre Jesus e o Reino de Deus:: Estar no mundo e não ser do mundo… Eis a questão

Cristo está no centro do congraçamento dos homens na “família de Deus”. Convoca-os junto a si por sua palavra, por seus sinais que manifestam o reino de Deus, pelo envio de seus discípulos. Realizar a vinda de seu Reino sobretudo pelo grande mistério de sua Páscoa: sua morte na Cruz e sua Ressurreição. “E eu, quando for elevado da terra, atrairei todos a mim” (Jo 12,32). A esta união com Cristo são chamados todos os homens. (CIC§542)

Jesus quando fora interrogado por Pilatos afirmou: Meu Reino não é deste mundo (Jo 18,36). Porém o Reino de Deus mesmo não sendo deste mundo, no sentido de ser uma forma de governo humana, passa por este mundo porque cada um de nós quando passamos a viver os valores do Reino instauramos esse mesmo Reino na Terra.

Entenda. Quando se decide viver dentro do Reino de Deus, embora tenhamos no nosso país, na nossa cidade, um governante e uma série de leis, o que passa a reger a nossa vida pessoal não é a lei dos homens, mas as Leis do Reino de Deus. Se olharmos por esse ângulo, veremos que existe uma outra pátria, uma outra nação que se forma e se “congraça” no mundo. A paritr do momento que aderimos a Lei de Deus, continuamos no mundo, mas as Leis que regem a minha vida já não são deste mundo. Eu brasileiro, pernambucano, morador da cidade de São Paulo, ao me submeter as leis do Reino de Deus, me torno um com o Italiano que também se submete. No centro está o Cristo, Rei do Universo. Jesus pelo seu sacrifício une a todos que pela fé crêem que Ele seja de fato o Filho de Deus.

A Nação Celeste, que um dia se concretizará aqui na terra, é convite de Deus a todos os homens. Todavia é necessário também viver já aqui e já agora esse mesmo Reino. Mas como?

A regra é basica:

 Ter a Jesus com o Senhor
 Conhecer as leis que regem esse Reino
 Se submeter as leis do Reino

Agora é com você. Deseja fazer parte desse Reino?

Dominus Vobiscum

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Estudo sobre Jesus e o Reino de Deus:: A importância da Igreja Católica na implantação do Reino de Deus

“Depois que João foi preso, Jesus veio para a Galiléia proclamando, nestes termos, o Evangelho de Deus: “Cumpriu-se O tempo e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho”‘ (Mc 1,14-15). “Para cumprir a vontade do Pai, Cristo inaugurou o Reino dos céus na terra.” Ora, a vontade do Pai é “elevar os homens à participação da Vida Divina”. Realiza tal intento reunindo os homens em torno de seu Filho, Jesus Cristo. Esta reunião é a Igreja, que é na terra “O germe e o começo do Reino de Deus“.(CIC§541)

O Reino de Deus, conforme vimos nos posts anteriores, significa, trazendo para uma linguagem mais simples, um sistema de governo onde Deus é o centro. Hoje mais do que nunca é essencial desenvolver essa idéia, porque vemos a todo tempo, sistemas de governo (como por exemplo o capitalismo e o socialismo) que brigam entre si, mas que na verdade, nunca demonstraram grandes sucessos no tange a melhoria e a promoção da vida humana. No frigir dos ovos, embora os caminhos sejam diferentes, o resultado é sempre o mesmo.

Lembro que certa vez ouvi o Professor Felipe Aquino comentar sobre um dos livros de Santo Agostinho chamado Cidade de Deus – Cività Dei. Até fiquei interessado em ler. Nele o Santo descreve entre outras idéias, um sistema de governo onde Deus é o Rei, o Centro do Universo e consequentemente o Centro da vida humana e da nossa sociedade. Muitos Reis se inspiraram nesse livro, que inspirou parte dos grandes reinados, sim aconteceram muitos avanços na sociedade, se considerarmos o estado precário das primeiras grandes civilizações (só para comprovar isso, vejam como os povos bárbaros acabaram por deixarem de ser tão bárbaros assim, já naquele tempo). É certo que também, os mesmos reis e talvez possamos incluir as cortes reais nessa, não eram demasiadamente convertidos para entender a mensagem de Santo Agostinho, e por isso acabaram metendo os pés pelas mãos. A culpa como sempre, sobrou para a Igreja (segundo os historiadores iluministas).

Mas o desejo de Deus para a nossa humanidade, continua sendo de instaurar aqui (e já) na terra, o seu reinado, que não se dá propriamente num sistema de governo, mas nos valores que esse sistema e esse governo promovem.

O que Deus pretende é fazer-nos deuses por participação Sendo-O Ele por natureza. Como fogo que converte tudo em fogo, o que Deus pretende é fazer-nos deuses (São João da Cruz)

Quando buscamos colocar em prática, na sociedade em que vivemos os valores que Jesus ensina como valores do Reino de Deus, estamos instaurando esse mesmo Reino aqui na terra. Os valores do Reino sempre promovem a vida humana. Sempre!

A grande preocupação dos inimigos de Cristo é que isso aconteça. uma vez que homem tenha sua dignidade preservada e cresça na formação e no conteúdo, a desigualdade social tenderá a dimiuir. E justamente por isso vê-se nos dias atuais o esforço dos mesmos de minimizar a presença de Jesus Cristo em nossa sociedade, criando não um estado laico, mas um estado ateu. Ora, sabemos que por definição, estado laico é um estado que deve respeitar todas as religiões e que todas devem conviver em harmonia. Mas o que se deseja criar hoje, é um estado ateu, onde todas as religiões são desrespeitadas na sua essência. No fundo, o que se deseja é retirar da cabeça do povo os valores cristãos que há séculos foram semeados na nossa sociedade.

Por isso a Igreja (e quando falo de Igreja aqui me refiro a Igreja Católica – a verdadeira Igreja) se faz tão importante no meio de nós. É ela que semeia, da forma certa, no coração dos homens a semente do Reino de Deus. A Igreja é o germe, a semente, o começo do Reino. É na Igreja que se aprende e se transmite os valores fundamentais do Reino de Deus. A Igreja é a escola, onde os verdadeiros cristãos são formados para perpetuar os valores do Reino na nossa sociedade. Ela que recebeu de Jesus, e consequentemente dos apóstolos, os ensinamentos de tais valores, que partem do próprio Cristo.

Por isso que é importante termos uma vida ativa nas nossas paróquias. Por isso que é importante estarmos atentos aos ensinamentos da Igreja. Aqueles que assim o fazem estão formentando dentro de si, a semente de Deus.

Pax Domini

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