A tempestade causa estragos. Mas Cristo salva nossa alma da tempestade

Naquele dia, ao entardecer, disse: Passemos para a outra margem. Afastando-se da multidão, levaram-no consigo, no barco onde estava; e havia outras embarcações com Ele. Desencadeou-se, então, um grande turbilhão de vento, e as ondas arrojavam-se contra o barco, de forma que este já estava quase cheio de água. Jesus, à popa, dormia sobre uma almofada. Acordaram-no e disseram-lhe: Mestre, não te importas que pereçamos? Ele, despertando, falou imperiosamente ao vento e disse ao mar: Cala-te, acalma-te! O vento serenou e fez-se grande calma. Depois disse-lhes: Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé? E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem? (Mc 4,35-41)

Comentário feito por Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja

Estás no mar e surge uma tempestade. Não te resta senão gritar: Salva-me, Senhor! (Mt 14, 30) Ele estende-te a mão, O que anda sobre as ondas sem temor, que te remove o medo, que assenta n’Ele próprio a tua segurança, que te fala ao coração e te diz: Pensa no que já suportei. Sofres por causa de um mau irmão, de um inimigo exterior? Não tive Eu também os meus? À minha volta, os que arreganhavam dos dentes, mais perto de Mim, o discípulo que Me traiu.

É verdade, a tempestade causa estragos. Mas Cristo salva-nos da pequenez da alma e da tempestade (Sl 54, 9 LXX). O teu navio está agitado? Talvez seja porque em ti Cristo dorme. Sobre um mar furioso, o barco onde navegavam os discípulos estava agitado, e contudo Cristo dormia. Por fim, chegou o momento em que estes homens perceberam que estava com eles o Senhor e Criador dos ventos. Aproximaram-se de Cristo, despertaram-nO: Cristo mandou calar os ventos e fez-se uma grande calma.

O teu coração perturba-se com razão, se esqueces em Quem crês; e o teu sofrimento torna-se insuportável se tudo o que Cristo sofreu por ti permanece distante do teu espírito. Se não pensas em Cristo, Ele dorme. Desperta Cristo, recorre à tua fé. Porque Cristo dorme em ti quando te esqueces da Sua Paixão; se a recordas, Cristo vela por ti. Quando tiveres meditado com todo o teu coração no que Cristo sofreu, não suportarás com mais perseverança as tuas aflições? E talvez te sintas, com alegria, levemente semelhante ao teu Rei no sofrimento. Sim, quando estes pensamentos começarem a consolar-te e a dar-te alegria, saberás que foi Cristo que Se levantou e que mandou calar os ventos; daí a calma que se faz em ti. Espero, diz um salmo, Aquele que me salvará da pequenez de alma e da tempestade.

A Bíblia de fato é um livro confiável?

Não ponhas em dúvida se é ou não verdade, aceita com fé as palavras do Senhor, porque Ele é a verdade, não mente…
(São Tomás de Aquino – Séc XVI)

A Bíblia nos ensina a verdade e ao contrário do que afirmam por ai, ela é um livro totalmente confiável, porque ela é de origem Divina e não Humana. E ela nunca se contradiz. Para você ter uma noção do que estou afirmando, veja que interessante:

Os estudiosos da Palavra de Deus afirmam que a grande fonte hebraica para o Antigo Testamento é o chamado Texto Massorético. Esse texto foi passado a nós, por escolas de copistas chamados Massoretas. Eles eram radicais na arte de escrever e salvaguardar as cópias dos livros. Os estudiosos afirmam que os manuscritos mais antigos dos livros do antigo testamento que possuímos são na maior parte, do III e IV Século d.C.. E adivinha de quem eram esses escritos? Dos massoretas.

O trabalho dos massoretas, de cópiar originalmente os livros sagrados prolongou-se até ao Século VIII d.C.. Pela grande seriedade deste trabalho, e por ter sido feito ao longo de séculos, o Texto Massorético é considerado a fonte mais autorizada para o texto hebraico bíblico original. No entanto, outras versões do Antigo Testamento também são importantes. Embora o Texto Massotérico seja o mais confiável, outros textos nos servem para confirmá-lo. É o caso do Pentateuco Samaritano (os samaritanos eram uma comunidade separada dos judeus, que tinham culto e templo próprios, e que só aceitavam como livros sagrados os do Pentateuco), e sobretudo principalmente a Septuaginta Grega.

A Versão dos Setenta ou Septuaginta Grega, é a tradução grega do Antigo Testamento, elaborada entre os séculos IV e II a.C., feita em Alexandria, no Egito. Ela tem esse nome por causa da sua história. Conta-se que 70 judeus, estudiosos e conhecedores das línguas e da arte da escrita, fizeram “de forma sobrenatural” (o milagre ai se deu pelo tempo em que foi traduzida) a tradução do Antigo Testamento para o grego. Essa versão é importante para nós cristãos, pois desde o início do Cristianismo, era essa a versão que os cristãos usavam (mais a frente vamos ver o porque disso).

Fragmento do texto da Septuagina Grega

Já no Novo Testamento, não temos uma fonte de referência como o Texto Massotérico, porém segundo estudos, já foram encontrados mais de 4 mil manuscritos em grego do Novo Testamento, que apresentam variantes. Desses, alguns possuem diferenças, porém a maioria deles nos dá credibilidade de serem iguais ou ao menos muitíssimo parecidos. A Igreja ao longo do tempo foi comparando esses manuscritos e percebendo a credibilidade desses estudos.

Em 404 d.C., São Jerônimo fez uma tradução da Bíblia para o Latim. Essa tradução foi chamada de Vulgata. Essa tradução foi usada por muitos séculos pela Igreja. Hoje tendo como base a tradução do Latim, e usando como referência aquilo que a Igreja tem de mais Antigo, a Bíblia foi traduzida para diversas línguas.

O fato é que desde o início os livros sagrados eram escritos e preservados na sua essência. Assim poderemos perceber que desde os inícios, a palavra tem sido tratada de forma séria. Veja o quadro abaixo:

Essa tabela por exemplo, mostra os papiros e pergaminhos mais antigos que temos dos livros do Novo Testamento. Não sei se você já teve a oportunidade de ver um pergaminho feito de pele de carneiro. É um material muito frágil. Por isso não é de se estranhar que os originais tenham se prdido. Porém se levarmos em conta o tempo passado, três séculos não é uma grande diferença assim, visto que, o último livro a ser escrito é datado do ano 100 d.C.

Outro fragmento do texto da Septuagina Grega

“Se não podemos encontrar a solução de todas as questões que são levantadas nas Escrituras, nem por isso devemos procurar outro Deus fora d’Aquele que é o verdadeiro Deus, pois isto seria o máximo da impiedade. Antes, devemos deixá-las para o Deus que nos criou, bem sabendo que as Escrituras são perfeitas, entregues pelo Verbo de Deus e pelo seu Espírito e nós tanto somos pequenos e últimos em relação ao Verbo de Deus e ao seu Espírito quanto precisamos receber o conhecimento dos mistérios de Deus”
(Santo Irineu de Lyon – Séc I)

Por isso acho engraçado ver pessoas que não estudam a Bíblia, ou que tem pouco contato com a mesma, comumente afirmarem que encontram na Bíblia algumas contradições. O fato é que quanto mais se estuda e se aprofunda na Palavra de Deus, percebe que a Bíblia nunca se contradiz.

Nem a bíblia se contradiz, e muito menos tem dúvidas quanto a sua autenticidade.

Ou seja, não é que a Bíblia se contradiz. É você que estuda pouco. A Bíblia é totalmente coerente. Ela não ensina uma coisa e depois fala outra coisa. Se você hoje traz esse pensamento dentro de você, quero convidar você a analisar a palavra dentro de um outro ângulo. No próximo post, vamos dar algumas dicas sobre como interpretar a palavra de Deus. Mas o mais importante de tudo, é que em caso de dúvidas, procure a interpretação daquela palavra pela Igreja. Ela tem a interpretação correta. Ela é confiável. O problema é que para entender a bíblia, precisamos entender diversos aspectos. Nem tudo pode ser entendido ao pé da letra.

E falando sobre esse aspecto da fidelidade, quero partilhar uma coisa bacana. Esses dias estava lendo um livro chamado “Para ler a Bíblia” (Flávio Cavalca de Castro – Editora Santuário). E vi um exemplo interessante que gostaria que você também visse. Ele diz:

No salmo 62, versículo 6, lemos: Minha alma será saciada de gordura e de tutano, de meus lábios alegres ressoará o teu louvor. (Sl 62,6)

Nós poderíamos dizer: O que é isso? A alma não come! É verdade. Mas, para o judeu, um bom almoço era aquele com muita carne gorda. Um bom almoço alegra. Por isso o salmista, em vez de dizer: “Minha alma estará feliz junto de Deus”, diz: “Junto de Deus minha alma será alimentada com carnes gordas e tutano”. Pode não parecer piedoso. Mas assim é que rezavam.

Volto a repetir: Não é a Bíblia que se contradiz. É você que estuda pouco.

Ela não foi escrita para relatar fatos. Ela foi escrita para relatar a Vitória de Deus. A Boa Nova da Salvação. É um livro de fé. É um livro que não tem finalidade jornalística ou meramente especulativa. A Bíblia embora tenha referências históricas, não tem preocupação com a história da humanidade, mas naquilo que Deus fez na história da humanidade e qual a resposta que a humanidade, que aquele povo, daquele tempo, deu a Deus.

Outra coisa que precisamos entender. A Bíblia não é um livro científico. Ela não foi escrita para ensinar Ciência, Química, Física ou Biologia. Portanto, quando encontramos em qualquer trecho bíblico, uma alusão a ciência, não podemos e nem devemos afirmar que a bíblia quer trazer ensinamentos científicos. A Bíblia é um livro de fé. A palavra quer ensinar aquilo que Deus fez. Quer ensinar sobre os planos de Deus. A Bíblia quer nos ensinar que a Nossa Alma tem sede de Deus. E não como a água mata a sede do homem. Nem mesmo quer ensinar sobre a composição química da água. Agora, muitas afirmações que a palavra faz, tem consequências sobre a maneira do homem fazer ciência. Por isso que é sempre preciso ter uma refêrencia séria. E esta referência é a Igreja.

Mais um Fragmento do texto da Septuagina Grega

A Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura , constituem um só depósito da palavra de Deus confiado à Igreja. O ofício de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita ou transmitida foi confiado unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo…
(Dei Verbum)

Dominus Vobiscum

Quem escreveu a bíblia e com que finalidade?

Já começo dizendo algo muito importante sobre os escritores da Bíblia. Os escritores não eram jornalistas. Não conheciam mídias, e nem trabalhavam com marketing. Os autores e escritores da bíblia eram homens simples que iam se deixando levar pela inspiração do Espírito Santo na medida em que escreviam.

Eles não iam escrevendo a noite o que acontecia de dia. Eles não tinham gravadores, iPods ou MP3. Na sua grande maioria os livros eram escritos em etapas. Veja por exemplo os Evangelhos. Os discípulos não eram escritores. Eram discípulos. Na sua maioria pescadores como já sabemos. Eles não fizeram um Curso Intensivo de Aramaico e Grego e sairam escrevendo tudo que Jesus dizia. Às vezes pensamos que as coisas aconteciam dessa forma. Mas não. Muitas vezes os escritores, sobretudo nos livros mais históricos, iam escrevendo na medida em que tinham tempo hábil para fazer, em um determidado lugar (pois não podiam levar tudo para todo lugar), e sem contar que escrever era uma arte, eram poucos os que sabiam escrever. Imagina os discípulos carregando pergaminhos e mais pergaminhos atrás de Jesus. Era muito peso. Muita coisa. Entenda, a Bíblia não é um livro jornalístico. Ela não se atem a detalhes. A Bíblia é um livro de fé. Ela tem uma finalidade: Anunciar o Verbo Divino e a vitória do Reino de Deus. Os escritores bíblicos eram pessoas que tinham o objetivo de falar das coisas de Deus e não anunciar uma notícia em uma revista de fofoca. O Foco da Bíblia é a palavra de Deus, é o Verbo de Deus. E é assim que os escritores foram escrevendo os livros.

No século XVIII d.C., os Católicos achavam que Moisés tinha escrito o Pentateuco (que são os cinco primeiros livros do Antigo Testamento); mas, mas hoje, os estudiosos desacreditam disso. A versão mais correta é que Moisés escreveu os primeiros códigos e Leis de Israel, mais que ao longo do tempo, devido as mudanças históricas e sociais daquele povo, aqueles códigos foram sendo modificados (acrescidos de novas leis).

Esse é um dos exemplos que podemos citar para que você entenda como os livros foram escritos. A partir de Salomão, passou a existir na corte dos reis, tanto de Judá quanto da Samaria (reino cismático desde 930 A.C.) um grupo de escritores que zelavam pelas tradições de Israel, eram os escribas e sacerdotes.

Era um profundo desrespeito para aqueles homens, alterar qualquer palavra que fosse Divina. Assim a palavra foi sendo cuidada detalhadamente.

Lembrai-vos que é uma mesma palavra de Deus que está presente em todas as Escrituras, que é o mesmo Verbo que ressoa na boca de todos os Escritores Sagrados. Ele que sendo no início Deus, junto de Deus, não tem necessidade de sílabas por não estar submetido no tempo…
(Santo Agostinho – Séc IV)

Veja, a Bíblia é a prova concreta do amor de Deus por nós. Deus não só quis falar ao seu povo, mas também quis que essas palavras fossem registradas para que outros que viessem, no caso a nossa geração, também tivessem a oportunidade de conhecer os ensinamentos de Deus para o seu povo. E além disso, vale a pena lembrar o que o Catecismo nos ensina. Ele diz que Deus quis falar ao seu povo, usando palavras humanas. Ele poderia ter feito de outra forma de outro jeito, mas preferiu que fosse assim. Quis expressar através de palavras humanas, o único verbo: Jesus Cristo.

Hoje, quando ouvimos críticas a respeito da palavra de Deus, muitas dessas dizem respeito a ausência de detalhes na narrativa. Há muito tempo atrás, lendo um livro que não gostaria de citar o nome, pois ofende a fé cristã (na época eu ainda não havia tido meu encontro com Cristo), o autor do livro criticava os escritores, dizendo que se eles fossem mais “jornalisticos”, nós hoje teríamos uma fonte mais segura da história. Porém a Bíblia não é um livro histórico, apesar de conter muitos detalhes históricos. A Bíblia é um livro de Fé, onde os autores escreveram sobre fé.

Dominus Vobiscum

O que é a Bíblia?

A palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante que uma espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do corpo, e das juntas e medulas e discerne os sentimentos e pensamentos do coração. Nenhuma criatura lhe é invisível. Tudo é nu e descoberto aos olhos daquele a quem haveremos de prestar conta” (Hb 4,12-13)

A Bíblia não é um livro como outro qualquer. Já disse isso e quero reafirmar. A Bíblia é um instrumento divino. Nela está contida a palavra do Deus vivo. Nos estudos anteriores, vimos que a revelação de Deus, se deu por meio Oral e posteriormente Escrito. É preciso que você entenda que o parâmetro para que a Biblia chegasse as nossas mãos como está hoje, é a Sagrada Tradição. Por isso, a Igreja nos ensina que a nossa fé deve sempre ser guiada pela Sagrada Tradição e Pelas Sagradas Escrituras. Elas nunca se contradizem. Aliás, é importante reafirmar aquilo que disse no antes: A Bíblia é uma inspiração do Espírito Santo, consequência da ordem que Jesus nos deu quando disse que deveríamos anunciar o Evangelho a toda criatura.

A palavra grega Bíblia, em plural, deriva do grego βίβλιον (lê-se bíblos ou bíblion). Sua tradução literal é livro, ou rolo. Significa, num sentido mais abrangente biblioteca. Coleção de livros. A Bíblia não é um único livro, muito embora pareça. Na verdade ela é uma coleção de livros. São ao todo 73 livros. Esses livros tem um ponto em comum: Eles destacam a História de Salvação do povo eleito de Deus. Alguns desses livros são enormes. Outros tem apenas uma página. Existem livros que levaram muito tempo para serem escritos. Outros nem tanto. A diferença entre um livro e outro, as vezes levam séculos de diferença. A sua redação começou por volta do Século XV a.c. e só terminou no final do Século I d.c.. Cada livro tem um estilo, pois foi escrito de um jeito. Uns foram escritos de uma forma mais poética. Outros com um estilo mais narrativo. Porém todos esses livros trazem em si, a história da Salvação.

Assim divide-se a Bíblia: Antigo Testamento e Novo Testamento. Há uma diferença significativa entre um e outro.

“Amemos também os profetas, pois eles igualmente anunciaram o Evangelho, puseram nele sua esperança e aguardaram sua vinda. Acreditando n’Ele, salvaram-se; permanecendo na unidade de Jesus Cristo, santos dignos de amor e admiração receberam o testemunho de Jesus Cristo e foram admitidos no Evangelho de nossa comum esperança (…) Os sacerdotes [do Antigo Testamento] também eram respeitáveis; melhor, porém, era o sumo sacerdote, a quem foi confiado o Santo dos santos, o único a quem se confiaram os segredos de Deus. Ele é a porta do Pai, pela qual entram Abraão, Isaac e Jacó, os profetas, os Apóstolos e a Igreja. Tudo isso é para a unidade de Deus”…
(Santo Inácio de Antioquia – Séc II)

No Antigo Testamento, estão os livros que foram escritos antes da vinda de Jesus Cristo, e relatam a história do povo de Deus. Nessa parte da bíblia, temos 46 livros. Que são divididos assim:

Da Criação aos Reis – 7 Livros:
Gênesis, Exôdo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué e Juízes.

Obs.: A Coleção dos cinco primeiros livros são chamados de Pentateuco

Dos Reis de Israel e o Exílio – 7 Livros:
Rute, Samuel I, Samuel II, Reis I, Reis II, Crônicas I e Crônicas II.

Fatos após o Exílio na Babilônia  – 7 Livros:
Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, Macabeus I e Macabeus II.

Livros Sapienciais – 7 Livros:
Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cânticos, Eclesiástico (ou Sirac) e Sabedoria.

Profetas Maiores – Pregações – 6 Livros:
Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel e Daniel.

Profetas Menores – 12 Livros:
Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.

“A Lei fez-se Evangelho, o antigo renovou-se, a figura converteu-se em realidade, o Cordeiro agora é o Filho”
(Melitão de Sardes – Séc II)

No Novo testamento econtram-se os livros escritos após o nascimento de Cristo. Nessa parte da Bíblia, encontramos toda a revelação de Cristo, bem como aquilo que a Igreja Nascente foi estabelecendo. No Novo Testamento temos:

Evangelhos e Atos dos Apóstolos – 5 Livros:
Mateus, Marcos, Lucas, João e Atos dos Apóstolos.

Cartas de São Paulo – 14 Livros:
Carta aos Romanos, Coríntios I e II, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, Tessalonicenses I e II, Timóteo I e II, Tito, Filemon, Hebreus.

Cartas dos outros Apóstolos – 8 Livros:
Carta de Tiago, Pedro I e II, João I , II e III, Judas,

Livro Profético:
Apocalipse.

“Os Evangelhos são a história das coisas que Cristo disse e fez; os Atos, por sua vez, são a história das coisas que o outro Paráclito disse e fez”
(São João Crisóstomo – Séc IV)

Até ai não há nenhuma grande novidade, e provavelmente você até saiba dessas informações. Mas é interessante perceber que na Bíblia você tem de fato uma biblioteca. Se cada livro fosse editado de uma forma única seria complicado andar com ela. A Bíblia não é um livro, mas um conjunto de livros, cada um diferente do outro.

O fato é que quando você pega a Bíblia em suas mãos, você tem uma bíblioteca inteira nas mãos. Hoje de forma compacta em folhas finas de papel tipo seda. Mas na época em que fora escrita, era colocada em papiros que formavam rolos e mais rolos, ou em pergaminhos e no caso do Antigo Testamento, até em tábuas de madeira. Ter uma bíblia em casa dava um trabalho enorme. Na verdade era difícil para uma única pessoa ter todos os livros em casa. Era muito caro. Agora, imagina transportar a bíblia na mochila como fazemos hoje? Era impossível! Outro ponto interessante da época é que poucos sabiam ler. O fato é que hoje você tem, de forma compacta a palavra de Deus. Mais de quize séculos de história na sua bolsa. E nela você tem palavras que foram inspiradas pelo Espírito Santo. A Bíblia é um milagre de Deus, usando de mãos humanas. Nunca se esqueça disso.

Dominus Vobiscum